sábado, 8 de setembro de 2012

SEDENTARISMO ADOECE, ENVELHECE E MATA

Uma recente pesquisa publicada pela prestigiada revista The Lancet (Reino Unido) trouxe mais luzes e advertências sobre os riscos do sedentarismo para a saúde humana. Em termos sucintos e práticos os médicos pesquisadores comparam os malefícios da inatividade física ao do tabagismo. Não é novidade para a Medicina que o estilo sedentário de se viver traz muitos danos ao organismo humano. A própria OMS em 1993 editou as diretrizes que alertavam a comunidade médica e outras organizações de saúde sobre os benefícios e impactos positivos da prática regular de atividade física. Hoje considerado uma pandemia, o sedentarismo é responsável por mais de 5 milhões de mortes por ano no mundo. Não é custoso entender as razões, uma vez que em seu caudal existe outras alterações fisiopatológicas e orgânicas com altas taxas de morbidade e mortalidade. Na esteira desse espectro temos duas vezes mais doença coronária com os desfechos de infarto e morte súbita. Há uma prevalência maior também de hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, taxas mais altas de colesterol e triglicérides, várias doenças crônico-degenerativas e até mesmo incidência maior de vários tipos de câncer de mama e intestino. Torna-se fácil constatar que as pessoas fisicamente inativas em geral agregam outros fatores insalubres(de risco). Quanto mais fatores de risco mais interação entre eles, pior a qualidade de vida, mais chances de doença, de invalidez e morte prematura. A cada dia a Medicina vem recomendando o chamado estilo de vida saudável. Este ritmo ou comportamento de viver com mais saúde significa dieta saudável com menos de 2000 Kcal/dia para um adulto não atleta, abstenção de vícios (fumo, álcool, drogas), sono de boa qualidade, lazer e atividade física de no mínimo 30 minutos 4 vezes/semana. A chamada Medicina baseada em evidencias há mais de duas décadas vem constatando os inúmeros benefícios preventivos e terapêuticos da atividade física regular. Seguramente há melhora significativa da qualidade e expectativa de vida. Em termos práticos não há limite de idade para se exercitar. Os exercícios aeróbicos estão indicados, e de preferência, para qualquer pessoa. Crianças e adolescentes abaixo de 16 anos não devem fazer musculação (exercícios estáticos resistidos ). Antes de qualquer atividade deve-se fazer 5-10 minutos de alongamento para promover a flexibilização músculo-tendínea . Toda pessoa sedentária e saudável com menos de 35 anos, antes de iniciar qualquer atividade física deve submeter-se a uma consulta com um clínico geral ou cardiologista e realizar pelo menos dosagem dos lipídios, glicose, hemograma e eletrocardiograma. Acima de 35 anos é recomendado um teste ergométrico com cardiologista. Pessoas portadoras de alguma doença crônica, por exemplo: asma, bronquite, diabetes, doença cardiovascular; devem além de orientação do médico assistente, ter uma avaliação cardiológica. Deverá haver a prescrição do exercício conforme as limitações e aptidão de cada pessoa. Como se pode concluir a atividade física é, além de preventiva, medida terapêutica complementar e de reabilitação em muitas enfermidades, inclusive no infarto ou acidente vascular cerebral(AVC). O imobilismo, a apatia física ou mental, fatalmente conduz a pessoa á baixa autoestima, á depressão, ás doenças e morte prematura. Nosso próprio coração é um exemplo e convite ao movimento. Vamos seguir o exemplo e símbolo deste órgão máximo do amor, da saúde e da vida.

Nenhum comentário:

Os aditivos fúteis e vazios da Internet e redes sociais

  E nesses termos caminham rebanhos e rebanhos de humanos. Com bastante fundamento e substância afirmou o filósofo alemão Friedrich Nietzsch...