quarta-feira, 22 de maio de 2013

QUEM SOMOS ...



Quem somos , para onde vamos?



João Joaquim de Oliveira




Nós humanos somos dotados de muitos atributos que nos tornam animais especiais. Dentre estes atributos especiais está a inteligência, nossa capacidade de ver, ouvir, e decodificar tudo à nossa volta. Sem falar que somos uma dualidade, corpo e alma. Alma esta que nos dá chispas, chamas, pequenas atribuições divinas.

Todos nascemos com um potencial divino. Agora, poucos, mas muito poucos mesmo, têm a capacidade de expressar e demonstrar essas fagulhas que recebemos de Deus.

Na história da humanidade poucos terráqueos atingiram a máxima expressão de seres especiais dotados de faculdades divinas. Além da figura de Jesus Cristo, temos na cultura e filosofia orientais as figuras de Sidharta gautama (Buda, o iluminado) e confúcio. Como se sabe Buda viveu na Índia por volta de 563 a.C a 483 a.C. e Confúcio na China , 551 a.C. - 479 a.C

Ao olhar essas figuras e seres tão diferenciados de um passado tão longínquo e o mundo da idade moderna, sobretudo do século XIX até início do século XXI ( 1801-2000), nós podemos indagar: por que não tem mais notícias dessas pessoas tão virtuosas, tão especiais nos dias de hoje? Todos sabemos da eterna luta entre o bem e o mal. Trata-se de um embate que acompanha a espécie humana desde a sua gênese, desde a criação do cosmo, do planeta terra e toda sua forma de vida.

O homem surgiu, evoluiu-se, fez-se o progresso. Inúmeras foram as conquistas do século XX ( 1901-2000). Tem-se como certo que os avanços tecno-científicos dos últimos 100 anos foram maiores do que tudo que se alcançou em toda a história da humanidade. Não é pouca coisa em tão curto espaço de tempo.

Mais eis que surge outra indagação! Por que o ser humano, apesar de tanto crescimento industrial e científico, não obteve, ele próprio uma diferenciação como pessoa humana, como um animal racional e de natureza biopsíquica? Dotado que é de uma natureza dual, corpo e alma?

Todos as conquistas empreendidas pelo gênero humano, resultaram por óbvio, de sua natureza como racional e inteligente. Mas, permanece a dúvida, a última pergunta: e a essência do ser, o que o homem tem de mais belo e imortal, seu espírito, sua alma?

Em todas as correntes filosóficas e mesmo religiosas são feitas três inquirições de difíceis respostas, quais sejam; de onde viemos, o que somos, para onde vamos?

Tomo então a questão do embate bem versus mal . Todos temos assistido o recrudescimento das forças do mal, da violência, do feio, das trevas. Em todas as esferas da vida vêm imperando as forças diabólicas que destroem e aniquilam o outro, a pessoa honesta e honrada. Autoridades e gestores públicos, religiosos, juízes e médicos vêm ocupando com frequência as páginas policiais e da justiça pela prática desmedida de delitos, os mais indignos e hediondos. E neste contexto as leis e a justiça têm sido lenientes e muito tolerantes com a prática de todo mal, tanta torpeza, tanta maldade contra pessoas inocentes.

Tem-se tanto progresso, tantas conquistas, tanta informação, tantos avanços culturais e sociais. Entretanto, o mal, o banditismo, a violência cresceram na mesma proporção. No outro polo nossos legisladores teimam em não mudar as leis. Direitos humanos e respeito parecem institutos criados apenas para os criminosos. Para as vítimas e famílias apenas as condolências e pêsames ; e continuam apenas vítimas. Às famílias dos bandidos há até a garantia de uma bolsa mensal.

A ganância de muitas nações tem feito da natureza uma presa fácil. A cada dia assistimos passivamente espécies sendo extintas, rios sendo poluídos e desviados do curso natural , florestas e espécies vegetais sendo dizimadas. Tudo em nome de um extrativismo predatório e sem controle.

Na minha modesta e otimista opinião ainda acredito nas muitas pessoas boas e honestas deste mundo. E elas estão por aí e são a esperança de uma sociedade melhor. Torna-se necessário que retomemos nossa capacidade de indignar-se e de espantar com a teimosia e resistência do mal sobre o bem, do feio sobre o belo, da virtude sobre o vício, do egoísmo sobre a fraternidade, da mentira sobre a verdade, do rico sobre o pobre, da corrupção sobre a honestidade, do ódio sobre o amor.

Se nada for feito a tempo, por quem de direitos e deveres ( gestores públicos e governantes, em especial) estaremos próximos do autoextermínio e aniquilamento da própria espécie. Um derrocada que dispensa o prenúncio de qualquer profeta ou messias. Quem viver até lá morrerá junto com essa hecatombe terrestre . Que triste!




João Joaquim de Oliveira médico e cronista DM joaomedicina.ufg@gmail.com



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