domingo, 16 de fevereiro de 2014

ANALFABETISMO ...



                 OS CEGOS CULTURAIS DO BRASIL, UMA TRAGÉDIA 

click no link abaixo para ler no infográfico do DM 

 João Joaquim 
  A UNESCO divulgou em janeiro de 2014 resultados de uma pesquisa sobre analfabetismo no mundo . Foram analisados 150 nações .  O Brasil figura na lista com o 8º lugar, e 13,2 milhões de analfabetos acima de 15 anos. Temos que ficar atentos para este dado, são a maioria  adultos analfabetos.  Mais de treze milhões. A mim parece subestimado. Mas, como a referência é feita aos analfabetos absolutos, a cifra é verossímel. Seriam aqueles brasileiros (as) que não assinam o próprio nome e não dão conta de ler o lema de nossa bandeira. É muito triste.
Curiosa e digna de registro foi a reação do governo frente a divulgação do levantamento daquele órgão da cultura da ONU. Isto mostra o quanto este governo lulopetista gosta de maquiar e falsear estatísticas que lhe favoreçam eleitoralmente. Foi o caso do lucro da caixa econômica federal em 2013. A direção da instituição contabilizou aos ganhos da Caixa os saldos das contas inativas. Algo que é contrário aos normativos do banco central. Tiveram que refazer as contas e tranquilizar publicamente clientes que não movimentavam suas contas e poupanças. Foi o mico do ano dos  gestores das finanças do país.
O certo é que o Brasil pode não ter as mesmas sete pragas do antigo  Egito, mas outras que lhe corroem o seu desenvolvimento socioeconômico e cultural. Duas destas pragas são a corrupção e o analfabetismo.  O analfabetismo pode ser comparado à perda da visão, a cegueira nos seus diferentes graus. O indivíduo iletrado de tudo é como o cego total. Não enxerga uma sombra sequer ou um filete de luz e se torna dependente do auxílio de terceiros para tudo. Assim é o analfabeto, um cidadão sem cidadania, porque não sabe reivindicar os seus direitos. Alguém tem fazer por ele. Por isso ele é tão manipulado e guiado como eleitor. Qualquer agrado do governo lhe serve em troca de votos.
As diferentes perdas parciais da visão se compara ao analfabetismo funcional em seus diferentes graus. De que adianta a pessoa rabiscar mal o nome e mal ler e não interpretar um parágrafo deste artigo. As chances de progresso  dessa pessoa serão as mesmas do analfabeto absoluto. Então vejam que as estatísticas , quando somados analfabetos absolutos e funcionais são muito mais trágicos.
Eu cito aqui um artigo de J.R Guzzo da revista veja de 24/12/13. A matéria intitulada a “cara do Brasil “ se fundamenta numa pesquisa da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas -SP. Alguns dados relevantes da pesquisa : Cerca de  30% das pessoas entre 15 e 64 anos são analfabetos absolutos ou funcionais;  outros 40% são semi-analfabetos. Grosso modo, conclui a pesquisa, apenas 30% da população de Campinas -SP é de fato alfabetizada, aquela que tem chance de um emprego digno, de fazer um concurso público etc.
A pesquisa mostra outros dados de dar engulho. Um em cada cinco jovens entre 18 e 24 anos já é chefe de família. Das pessoas entre 18 e 24 anos, 60% não estudam;  mais de 50% desta mesma faixa etária tem uma renda per capita de 2 salários mínimos.
Agora imagine bem, se Campinas SP, considerada a cidade padrão em termos de desenvolvimento sociocultural , industrial e econômico tem este perfil educacional de seus habitantes , imagina o resto do  país menos desenvolvido.
Ou seja, para não espichar mais, nós podemos concluir que mais do que praga temos uma verdadeira tragédia na educação brasileira.
Portanto, sua excelência, a presidente Dilma, não adianta ficar nervosinha ou discordar dos mais de  13 milhões de analfabetos absolutos  apontados pela UNESCO. As estatísticas e o próprio povo demonstram que as cifras de analfabetos são  muito mais trágicas do que este cabalístico 13 milhões de  cegos culturais absolutos.

      João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com


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