terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

  ÊTA MUNDO!  NÃO TRÊS,  MAS  MULTILOUCADO
 
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                                                                                  João Joaquim


 Nossos tempos andam desvairados, tresloucados. Nós olhamos as manchetes internacionais e estão lá os fatos não tres, mas, quadri ou pentaloucados. É guerra aqui, conflitos acolá, golpes de Estado, guerras tribais (África), o Brasil financiador de porto para ditadores ( irmãos Castro- Cuba), perdão de dívidas a ditadores facínoras da África pelo governo petista do Brasil,  execuções a mando de ditador (Coréia do Norte), atentados suicidas e tudo mais de ruim e desumano.
Há dois conflitos no mundo que me chamam a atenção pelo difícil encontro de uma solução. As guerras civis da Síria e do Sudão contra o Sudão do Sul. A guerra civil da Síria já matou mais de 130.000 pessoas. Isto em três anos. A questão trágica de qualquer guerra além dos mortos, são os refugiados, os mutilados e órfãos. Fora a destruição da infra-estrutura de muitos serviços públicos essenciais.
O conflito envolvendo o Sudão e Sudão do Sul representa hoje uma das maiores tragédias humanitárias. São  mais de 200.000 mortos e 2 milhões de refugiados.   As pessoas morrem por execução, de fome e doentes. A ONU e a  cruz vermelha pouco têm feito por essas vítimas. Os doentes e famintos são muitos e o socorro não dá para todos. A região de Darfur (Sudão ) é  emblemática do que é uma tragédia de guerra. São milhares de crianças e adultos morrendo à míngua ou sendo executados.
A mim que sou leigo em geopolítica e relações internacionais causa muita perplexidade e curiosidade. Fico espantado do porque da ONU em pouco se envolver na solução dessas carnificinas e extermínios étnicos no continente africano. Será que não há uma solução diplomática para tanto sofrimento, dor e extermínio daquele povo?
Vamos deixar as guerras de lado e analisar o país mais civilizado do planeta, os EUA. Ali cada cidadão pode ter uma arma de fogo. Está na lei. Volta e meia temos os massacres. Algum aloprado, tresloucado,  num surto psicótico descarrega suas crises e fúrias em escolas, shopping e contra pessoas inocentes. E o país não tem controle sobre a  venda livre de armas de fogo a qualquer maluco que possa comprá-las. Isto porque eles são os modelos para o mundo em democracia, liberdade e direitos humanos.
Vamos voltar aqui para o Brasil! Uma tragédia que a mídia voltou a dar destaque estes dias foi o incêndio na boate Kiss em  Santa Maria (RS). Foram 242 mortos. Completou um ano e poucos punidos. As autoridades gaúchas andam trocando acusações. Corpo de bombeiros,  prefeitura, vigilância sanitária e outros órgãos são os culpados e pelo andar da carruagem  ficarão impunes “ad infinitum”.
Vamos repisar a estatística da guerra na Síria. Lá trata-se de uma guerra de um ditador carniceiro, Bashar Al-assad, com emprego de aviões, tanques, gases letais (sarim) e um exército estatal. Do outro lado temos xiitas, Al-qaed e muitos rebeldes apoiados por países inimigos do regime sírio. Balanço de 130.000 mortos em três anos.
Tornamos às páginas do Brasil. Aqui temos uma guerra que já nos entorpecemos pela sua natureza sórdida, trágica e impune. Todos, pela repetição, já estamos atordoados e anestesiados pela seu cotidiano de impunidade. Eu estou a falar de uma violência que mata por ano três vezes mais que  do que a guerra da Síria. Trata-se das mortes violentas por armas brancas, de fogo e do trânsito. São 120.000 mortos  por ano. A exemplo da tragédia da boate Kiss, e da guerra na Síria, quase ninguém é punido. O mundo anda, mesmo não tres mas,   multiloucado. Que barbaridade! Onde vamos parar com tanta loucura? Eu nem imagino. 


     
João Joaquim  - médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

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