quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MORTE DA TERRA



A AGONIA DA TERRA  

                                                    João Joaquim 



A imagem de um  vulcão em erupção traz-me à
reflexão a terra como um ser vivo! Sou da corrente daqueles que pensam a
terra como um organismo vivo e complexo com profundas e contínuas atividades
metabólicas, vitais a todos os seres animais.
É lamentável que nós humanos, racionais que somos, representamos os únicos
animais a torturar, maltratar e adoecer este planeta vivo. Este
macroorganismo que tão bem nos faz sem nada exigir em troca que não seja
respeito e carinho!
É mesmo uma pena! Sempre que contemplo uma árvore frondosa e verdejante,
sempre que vejo e degusto uma saborosa e nutritiva fruta vem-me à lembrança
e à minha gratidão o papel generoso e tão fértil desta nossa mãe-terra .
Quanta riqueza, quanta prodigalidade , quantos nutrientes e oxigênio dela
extraímos.  Quanta  beleza, prazer e lazer este magnífico organismo vivo nos
proporciona e não apercebemos disso e só ofensas e depredações lhe causamos.
Até quando ? como um ser vivo a terra pode morrer! Aliás, ela já vem
morrendo!
A erupção de um vulcão , pode ser um grito de dor! Uma lágrima de sangue!

Até quando ?

O Lamento das Coisas

 “ Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos,
O choro da Energia abandonada!

 =
É a dor da Força desaproveitada,
O cantochão dos dínamos profundos.
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!

 =
É o soluço da forma ainda imprecisa…
Da transcendência que se não realiza…
Da luz que não chegou a ser lampejo…

 =
E é, em suma, o subconsciente aí formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!” – (
de Augusto dos Anjos)



João Joaquim  -médico –
joaomedicina.ufg@gmail.com

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