quarta-feira, 27 de agosto de 2014

MENTIRAS, MENTIRAS,...

MENTIRA , MENTIRA E MAIS MENTIRAS



Será que a mitomania ou a arte de mentir é uma aptidão congênita; isto é;
que nasce com o indivíduo ou que se adquire, que se aprende no meio
social onde se vive e interage com outros? Alguém mais exasperado,
crítico ou purista, já neste exórdio tem todo o direito de contestar-me.
Putzgrila meu! Mas, não tem matéria mais relevante para se falar. Todo
mundo mente! E cá no pé do ouvido, para evitar entreouvidos, quem
mente joga apenas o verde ou a semente para depois não se passar por
um demente e viver no bem bom de forma permanente.
Diante de tanta mentira epidêmica que vem grassando e assolando o país
nestes tempos petistas de Lula e Dilma eu tive uma ideia inopinada. Pelo
menos nunca li nada escrito. Seria um projeto de lei suplementar (PLS)
instituindo o dia nacional da verdade. Todos sabemos que existe até o dia
da mentira. Ou melhor, existia. Era o 1º de abril. Ele perdeu a graça.
Ninguém dá a menor bola para a data internacional da mentira. Pelo
menos no Brasil. As mentiras se tornaram tão deslavadas no meio
político que quando eles falam de forma séria ninguém acredita naquilo
como algo sério. Corrijo-me, acredita como mentira, porque esta é uma
arte que eles dominam muito bem.
Mentir e parecer verdade é uma arte para poucos. O 1º de abril deste ano
lembra-me bem esta inclinação natural ou por treinamento na qual
sempre me dei mal . Encontrei um velho amigo e tasquei-lhe uma mentira.
Disse-lhe que tinha ganhado na quina. Pelos meus olhos algo
dissimulados e rimas labiais ele não acreditou. E olha que nunca tinha
mentido para ele. Concluí que sou um pangaré ou joão-ninguém na arte
da mitomania.
Como dito, há uma classe de gente no Brasil que de duas uma, ou eles
têm o dom natural ou são treinados para mentir. Estamos a falar dos
políticos, gestores públicos e empreiteiros do governo. Estes que pegam
obras caríssimas da união e pagam propinas a quem os contratam
através de licitações fraudadas. As bolas da vez são pela ordem de
importância : a CPI da Petrobras, com todas as perguntas e respostas
previamente ensaiadas com os depoentes; o pagamento fraudulento de
precatórios pelo governo do Maranhão; as propinas pagas a juiz do TCE
de SP entre outras mutretas que volta e meia vêm a público.
O interessante são as explicações esfarrapadas e sem consistência dadas
quando os meliantes de colarinho branco são pegos em flagrante delito.
Aí vemos como eles são exímios na arte do Pinóquio. –Ah! mas e aqueles
maços de dinheiro que foram vistos em sua cueca, ou lhe sendo
entregues? -Não, não, aquilo eram doações para obra de caridade.
Outros saem com esta: não, não! Aqueles pacotes de notas eram fruto de
mágica , era apenas uma brincadeirinha. Ou esta mais apetitosa, não, não
, aquele dinheiro ( milhares de reais) foram destinados a compras de
panetones para os pobres.
- Ah, mas e aquela conta aberta em nome de vossa Excia em bancos da
Suíça? - não, não, aquilo tudo é fictício, coisas virtuais da internet. Se
tiver algum dinheiro em meu nome eu dou tudo ao repórter que ora me
entrevista.
Torno então á minha ideia original que seria a criação do dia nacional da
verdade. Claro que tal lei não poderia violar a constituição; seria a
chamada lei infraconstitucional; isto é; ela estaria submetida á nossa
carta magna. Como seria o teor? o texto dessa lei poderia ser assim a
sua dicção: o dia x de tal mês fica proclamado como o dia nacional da
verdade. Ninguém maior de idade, e no gozo pleno de lucidez e razão
poderá mentir nesta data; sob pena de se provada a não verdade, ser o
seu autora(a) cominado(a) com os rigores da lei. A pena será majorada de
um terço se o agente for funcionário público, político ou candidato a
cargo eletivo.
Agora, para finalizar eu já estou imaginando a saída de nossos
mentirosos oficiais. Estes mesmos, os que andam de carro chapa branca
ou tem imunidade parlamentar. Se entrevistados no dia nacional da
verdade, o que eles vão fazer?
Se a pergunta lhes impuser uma resposta mentirosa, de duas uma: não,
não, de acordo com a constituição eu tenho o direito de ficar calado. Ou
esta: -para esta pergunta, a gente pula e amanhã ou depois eu penso na
resposta. Só mesmo no Brasil , onde código penal foi feito para pobre, p..
e p... e código civil foi feito para os ricos.

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