sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O QUE SOU ?

DE ONDE EU  VIM ? ONDE ESTOU ? O QUE SOU E PARA ONDE VOU ?


  João Joaquim

De onde eu vim? Onde estou?  Quem sou e para onde eu vou? Estas são três perguntas emblemáticas e enigmáticas que envolvem a existência humana. São inquietações debatidas não só em vários ramos da Filosofia mas em muitas especialidades científicas como a Paleontologia, a Antropologia e Historiografia da humanidade.
Vamos por parte .  Nossa origem. Como surgiu a espécie humana no planeta terra? Será que viemos ao mundo através apenas de um processo evolutivo ( teoria da evolução)? Ou seria a humanidade e toda forma de vida um ato da criação divina (teoria do criacionismo)? A existência das duas teses são mostras do dissenso que persiste relativamente ao surgimento do homem nesse planeta. É muito provável que essas grandes dúvidas que atormentam o homem ainda tenham uma longa vida pelas próximas décadas ou séculos. A própria origem do universo é muito controvertida. Supõe-se que nosso universo tenha surgido há cerca de 14 bilhões de anos. Quando digo nosso universo não soa impróprio, nem egoísmo porque supõe-se que não haja um mas multi-versos. Uma das teses para o nascimento de nosso universo se deu através da grande explosão chamada big bang( Georges Lemaître 1894-1966). Esta foi também chamada de teoria do átomo primordial. Há uma certa correlação com a teoria da Relatividade de Einstein .    Dessa grande explosão houve a formação das galáxias,  de estrelas e os planetas. Segundo a teoria do big bang o universo continua em expansão. Ou seja, são grandezas e dimensões que escapam até ao nosso completo entendimento e inteligência. Somos muitíssimos pequenos, minúsculos  mesmo para entender a estatura do cosmo. 
 Onde é que eu estou? Trata de dúvida que não deveria ser de difícil compreensão uma vez que se refere ao presente, ao local onde me encontro no universo, na terra e ao momento de minha existência. A essa grande interrogação da humanidade vem-me à lembrança aquele papo de alguém que se acha o rei ou rainha da cocada. Seria aquela pessoa dada à gabolices ou sabichão de tudo ou com poderes e rompantes de autoridade. Não é incomum trombarmos com essas arrogantes criaturas que no gozo de algum status socioeconômico  ou função pública (delegado, policial ou juiz) dão as famosas carteiradas. No Brasil, volta e meia assistimos às empáfias e soberbas dessas grotescas figuras com o expediente “ você sabe com quem está falando”? A esse tipo de gente deixo a seguinte resposta: o Sr ou Sra  é uma ínfima subunidade do quase nada que habita um pedacinho deste planetinha que orbita em torno de um pequeno sol deste imensurável universo.
 À dúvida- Onde é que eu estou ?   -poder-se-ia acrescentar outra grande interrogação: o que sou e o que  estou fazendo aqui? Esta, sim, a grande questão para os agora nascentes e viventes humanos  neste mundinho que é o mais belo ( se o homem não destruir) planeta do   nosso sistema solar.
A você, meu caro leitor e leitora, não importa a sua idade. Se você ou vossa excelência (como muitos exigem ser tratados) se lê, já tem juízo crítico e livre-arbítrio ( e livre cultura) eu faço a seguinte e contundente inquirição: o que você esta fazendo na vida enquanto habitante deste planeta ? Você, ou outro tratamento que lhe couber por convenção dos homens, tem justificado a sua passagem ( que aliás é curta), por esse mundo?
Estamos em pleno século XXI. Vamos falar, sem meias palavras, ao que vimos e assistimos em nossos dias. Eu sou um vivente que estou no meu segundo  cinquentenário de vida e sinto-me muito preocupado com o futuro da humanidade. Sem rodeios ou circunlóquios  e direto ao ponto. Hoje estamos vendo pessoas, jovens e adultos maduros que passam a vida sem nada fazer. São indivíduos, permitam-me assim resumir, que  nem fedem nem cheiram. Passam o tempo todo envolvidos com futilidades. São moços e moças que, às vezes, não estudam, nada produzem.
Quando “estudam” , muitos deles e delas  são pelo simples fato de ter um diploma de curso secundário ou superior. Muitos desses diplomados vivem uma vida de ociosidade. Muitos têm  suas vidas mergulhados nos vícios e nas futilidades. E nem falo dos  vícios de bebidas e drogas porque já é a perdição total e absoluta;  mas aos vícios do apenas comer e dormir, do consumismo insano e desenfreado, do apego e uso desmedido das inutilidades e nocividades da internet e redes sociais; da posse neurótica dos recursos digitais ( celular, notebook);  e de outras tantas idiotices criadas pela civilização do prazer e do consumo. E sabem de uma notícia trágica e horrendo desses grupos de pessoas fúteis e desocupadas?  Muitas delas tocam a vidinha consumista, vazia e prazenteira às custas de pais já velhos e decadentes, idosos  e doentes, dos avós, das famílias. São fardos pesados e negativos para os parentes, para a sociedade e até para o Estado. A sociedade, as famílias, o mundo onde vivemos estão enojados com esta classe de gente. E outra má noticia, há uma nítida tendência de crescimento desse grupo de pessoas. Não bastasse o grupo dos nem, nem do IBGE (nem estudam, nem trabalham) agora temos outro grupo de nem, nem : nem fedem e nem cheiram.
E à terceira  pergunta: O que sou e  para onde eu vou? Eu imagino que sou resultado ( passos  evolutivos, claro) de uma ideia e concepção divina. Creio na minha dualidade corpo e alma. A minha vida de gozo no paraíso vai depender de minhas respostas eficazes e prósperas a segunda  pergunta, onde é que eu estou e o que faço aqui onde vivo?
Não custa lembrar que a vida é  curta e a arte é breve. Pelo sim, pelo não, não é demais a gente fazer o melhor, o mais honesto, o mais ético e generoso para com a terra, com os animais de minha espécie e os outros animais classificados por nós, humanos e inteligentes,  como sem almas  e irracionais . Os outros animais são mesmo animais irracionais e sem alma ?
Contou-me uma vez um professor que os mineiros(MG) são muitos existencialistas e filosóficos.  Em uma placa, beira de estrada, próximo a Belo Horizonte havia essa inscrição em uma placa :                DON CÔ VIM, ON CÔ TÔ, QUEM CÔ SÔ.  Vejam que não sou o único com essas dúvidas, minha origem, meu planeta, para onde vou.  
     
João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

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