quarta-feira, 30 de setembro de 2015

PLANETA...E ESPORTES...

ECOLOGIA E OLIM-PIADAS 2016

 João Joaquim


Nesta  semana ,causaram-me boa impressão e um sentimento de brasilidade algumas notícias que li em alguns jornais on-line, Estadão, Folha etc.
Não foram acontecimentos  e fatos de investimento em estradas, escolas ou saúde. Nem frentes de trabalho, nem novas minas de petróleo sondadas pela Petrobras. Antes que todos fiquem impacientes e me chamem prolixo (ou pró lixo), eu digo logo, foram questões ecológicas,  de energia sustentável e olimpíadas 2016.
 Vamos às questões ecológicas no que concerne a saneamento básico ( urbano) e graduação ambiental. Não confundir com degradação ambiental que é outra coisa. Esta, a graduação ambiental é coisa diversa mais moderna.
Na verdade, sendo mais conciso e pró lixo eu falo a respeito dos depósitos dos lixos produzidos nas cidades. O expediente funciona mais ou menos assim: muitas Prefeituras no sentido de economia e em obediência à temida Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não têm investido em aterros sanitários nem em reciclagem dos resíduos e rejeitos urbanos. Tudo de inaproveitável  ou muito descarte  ,  que é jogado  fora pelas pessoas e empresas tem sido lançado a céu aberto.
Voltando então ao conceito de graduação ambiental. Os lixos que as companhias urbanas recolhem das lixeiras ou mesmo das vias públicas  ( porque há pessoas que não têm lixeiras) refletem o ambiente social, familiar ou trabalhista dos ditos cidadãos  ;ou seja, é aquele principio sociológico: as pessoas são o que comem ou o lixo que produzem. Exemplo: se a pessoa tem os qualificativos de cidadania (igual a civilização) seu lixo estará bem embalado, separado em biodegradável ou permanente etc.
As mesmas características se aplicam às indústrias (empresas) com seus resíduos ou rejeitos sólidos. Das suas( as empresas no caso) preocupações com a ecologia se deduz a sua graduação ambiental (entenda-se graduação como classe social) no mundo ou meio onde vivem seus diretores, presidente e gestores). Os funcionários menos graduados dessas empresas não têm tanta culpa porque eles recebem ordens e normativos dos superiores, tecnicamente falando.
Dentro ainda desses primados da graduação ambiental muitos prefeitos e gestores da coisa pública (não confundir com “res publica”) fazem e defendem o seguinte.” No que tange ao lixo, nós, enquanto servidores do povo vamos acabar com esta tal de graduação ambiental. Os lixos, continuam eles, serão  amontados por igual, a céu aberto, para que ninguém que por ali passar possa identificar os primitivos donos daqueles  lixos ali despejados” . Vejam que ideia brilhante, embora venha de gente que nem reluz nem ofusca( ou nem fede nem cheira).
E pensando bem, têm razões suas excelências, os prefeitos, e as têm duas vezes,  primeiro porque assim não se discriminam (graduam) ou recriminam as pessoas pelo lixo que produzem e segundo, não há risco de exorbitância da tal LRF. Em suma, acaba-se com uma forma de discriminação humana e economiza-se dinheiro do erário municipal.
 A notícia de energia sustentável foi que a UFRJ construiu um estacionamento solar de cerca de 250 m2 de cobertura para os carros com placas de energia fotovoltaica. Para tanto a universidade federal deverá economizar por ano cerca de U$ 30.000 em contas de energia elétrica. Como prêmio e mimo do governo carioca (governador  Luiz Fernando  Pezão, ele calça 48) a UFRJ deixará ainda de pagar icms , algo em torno U$ 4000.000 por ano. Um negócio tipo pai bilionário (Estado RJ) para filho pobre (a União).
A notícia que li sobre olimpíadas 2016 foi esta: como preparativos para as olimpíadas 2016(Rio de Janeiro), o COI vem promovendo algumas provas-testes na Baia de Guanabara, Copacabana  e Lagoa Rodrigo de Freitas. Todavia, com alguns incidentes e micro-acidentes. Os atletas de remo(canoagem) e vela têm reclamado de alguns corpos e objetos estranhos nas águas desses mananciais. Algo do tipo cascas de coco, além do cocô, garrafas pets, sacos plásticos e peças de utensílios domésticos como sofá e  outros menos nomeáveis .
Outros técnicos europeus estão preocupados com detalhes sanitários como os vírus de hepatites e coliformes fecais.
Agora, francamente, falando direto para os atletas, homens fortes e musculosos. Vocês habituados a saltos mortais, distâncias com barreiras, superação de tantos limites;  et caetera e tal ;  vêm agora com tais melindres e futilidades de se preocuparem com pequenos objetos e bichinhos, presentes( e gratuitos) em nossas águas brasileiras. Não, não, por essa o Brasil não esperava. Francamente.   Set/2015

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