segunda-feira, 30 de novembro de 2015

AIDS E CÂNCER...

CLÍNICA - CARDIOLOGIA joao joaquim consultoriojoaojoaquim@gmail.com

17 de nov (Há 13 dias)
para OpiniãoOpinião
   
MORRE-SE DE AIDS E DE CÂNCER  QUEM QUER
João Joaquim  


 Algumas questões interessantes e curiosas sobre saúde e medicina. É o que  eu quero exaltar nesse modesto artigo. É uma constante nos congressos e encontros científicos o debate sobre as causas das doenças e os avanços dos meios diagnósticos. Hoje, nos encontramos já em um estágio tão alto de avanços nessas áreas, que ficamos a perguntar: o que de novo nos espera ? Ao que parece, sobram por exemplo as terapias com célula tronco, a redução ou eliminação do fenômeno da rejeição  ao transplante de órgãos, a terapia genética e progressos na área de oncologia (tratamento e prevenção de toda forma de câncer).
 Uma área que também guarda muitos enigmas é a da Neurologia (Neurociências). Os acidentes vasculares cerebrais e o mal de Alzheimer são ainda doenças que desafiam a medicina no que se refere à prevenção e tratamento. Pelo cheiro dos estudos, o crânio humano guarda não só esse prodigioso órgão, o cérebro , mas outros mistérios para a eternidade. Pode ser que ele seja o recôndito e cofre também de nossa alma. Sendo mistério, só Deus para desvendá-lo. Essa é a diferença entre fé, mistério e Ciência . O que é cientifico se prova o que é místico se intui e acredita.
Sobre as causas de morte, as doenças e os recursos diagnósticos. Nos anos ou décadas de 1930 e 1940 se morria muito de doenças infectocontagiosas. A tuberculose nessa época era a nossa AIDS de hoje. Aliás, se morria muito mais de tuberculose naquela época do que por infecção do HIV neste século ,   que embora sem cura há pleno controle da doença. Outras doenças que matavam muito eram a cólera, o tifo e as viroses como varíola, o sarampo, a difteria e febre amarela.
Tais doenças são agora plenamente conhecidas quanto ao agentes etiológicos, modo de transmissão, tratamento e prevenção. Quando se fala em profilaxia das doenças infecciosas  quase tudo se resume ao combate de vetores, saneamento em geral e campanhas vacinais. As vacinas e soros hoje são administrados assim que a criança nasce. Há um calendário vacinal muito rígido para as diversas doenças contagiosas. A varíola por exemplo é uma doença já extinta do planeta, a poliomielite está em fase de sê-lo. O grande foco das Ciências Médicas atualmente são as vacinas para Aids, dengue, malária , entre outras .
A dengue, embora tenham um pouco de culpa os governos na sua eterna incompetência com a saúde pública, tem muito também da participação dos brasileiros(as) com os desleixos da higiene pessoal, domiciliar e no destino com os descartes e lixos domésticos. A salvação pode ser a vacina anti-dengue que parece será aprovada e lançada  brevemente.
Um ramo das doenças que mereceria mais atenção dos governantes e indústria farmacêutica é o das doenças degenerativas. Como exemplos, cito dois grupos:  as doenças cardiovasculares e as doenças oncológicas (câncer). No que se refere a história desses dois grupos de doenças, fica a pergunta: se morria mais antes (1940)  ou hoje, de doenças cardiovasculares? Percentualmente (%), é possível que o infarto e derrame cerebral matassem menos do que hoje. Isto porque as pessoas eram menos sedentárias, a alimentação era mais saudável e havia menos estresse. Agora temos alimentos muito insalubres, embora apetitosos, vida estressante, alto índice de sedentarismo , obesidade e pouca prevenção para as  doenças que mais incapacitam e matam, o infarto e derrames cerebrais.
São doenças com alta mortalidade,  e o que é pior , governos, laboratórios e as pessoas não se preocupam com prevenção. E para o setor farmacêutico as terapias paliativas, protéticas e curativas são fontes de lucros permanentes. A medicina sabe bem as causas de um infarto, de um derrame cerebral;  mas, de preventivo o que existe é  muito escasso e pouco recomendado para a população.
Na área de oncologia houve grandes avanços. Percentualmente (%) morria-se mais de câncer nos anos 1930/40, porque não conhecia muitos agentes etiológicos e genéticos e o tratamento era meramente paliativo e sintomático .  Eu digo quase sempre como conselhos para as pessoas  : morre-se de AIDS e de câncer quem quer. Para HIV há preservativos e câncer,  prevenção .  Hoje, 80% dos tipos de câncer é bem prevenível. Para tanto basta não fumar, não ser alcoólatra, combater a obesidade e sedentarismo, mínimo ou zero de alimentos industrializados (bacon, salsichas e carnes vermelhas )e check-ups periódicos conforme orientação médica.
 Quais os tipos de câncer que mais matam no mundo? De mama, útero, colo de útero, intestino, de pulmão (99% no fumante), próstata e aparelho digestivo como um todo. Todos preveníveis e bem conhecidos. É recomendável que o homem, por exemplo, vá ao proctologista a cada cinco anos( câncer de intestino), ao urologista a cada 2 anos;  a mulher ao ginecologista e mastologista anualmente.
Enfim, a Medicina e seus meios diagnósticos e preventivos evoluíram no sentido de mostrar a cada pessoa os riscos que ela traz (de forma hereditária ou adquirida),  e quais as chances que cada um tem  de morrer dessa ou daquela doença. Simples, não?   NOV/2015

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