sábado, 26 de dezembro de 2015

PIB EDUCACIONAL...

QUAL O MELHOR PIB DE UMA NAÇÃO ?
João Joaquim  



Eu penso que o maior PIB de qualquer país seja a educação de seu povo. Educação aqui em toda sua extensão de significados. O próprio PIB monetário destinado ao setor e políticas de escolas, desde o ensino fundamental até a universidade e formação de mestres, doutores e cientistas. Eu gosto muito daquele pensamento de Monteiro Lobato  de que “ um país se faz de homens e livros”.
O homens(palavra) aqui de nosso famoso escritor nordestino já merece significados menos abrangentes. Que sejam homens que na direção do Estado tenham espírito de políticos e estadistas como concebiam Aristóteles e Platão. Bom seria que muitos de nossos homens públicos lessem por exemplo as obras Ética a Nicômaco (Aristóteles) e A República ( Platão ). Um pouco também dos diálogos de Sócrates traria mais decência e luz aos nossos representantes. Outro significado de homens seria o respeitante ao seu cabedal de educação no sentido amplo, desde sua conduta moral e ética até sua formação técnico-profissional. O ideal seria que todos fossem cidadãos , não no sentido literal de citadinos, mas homens de uma bagagem de honestidade, honradez e ética.

A excelência do PIB educacional de uma nação seria 100% de pessoas alfabetizadas. Agora vamos refletir a situação do Brasil. De plano é bom que esqueçamos os índices educacionais do atual governo (petista), que aliás, já são sofríveis e lastimáveis. Segundo o último censo do IBGE há hoje no Brasil 8% de pessoas analfabetas, ou seja cerca de 16 milhões de patrícios que não sabem ler e sequer assinar o próprio nome; uma cegueira escolar absoluta. Para um nível de comparação isso equivale a 5 nações (população) do Uruguai.
Se esse índice já nos entristece , embora não  vexe ou faz corar os nossos representantes do parlamento ou do executivo, vejam os indicadores e outras estatísticas não maquiadas da verdade real que é a educação dos brasileiros.

 Ei-las: somando nosso analfabetismo absoluto (8%) com o funcional, temos cerca de 60% da população analfabeta. Em tempo: analfabeto funcional é o indivíduo que assina o nome, sabe algumas operações de aritmética, mas é incapaz de entender o significado de um parágrafo de um texto popular; de uma revista, um jornal ou um livro qualquer.

Essa é a realidade, crua, nua e melancólica de a quantas anda nossa educação brasileira. Não é sem razão que as escolas privadas se tornaram um mercado promissor em nosso país. O que é um dever do Estado tem sido cada vez mais custeado pelas famílias que podem (poder monetário ) dar uma educação de melhor qualidade aos filhos. O que o MEC deveria implementar seria um plano nacional de educação, com um currículo básico em todos os estados e de maneira uniforme, dar dignificação à carreira de professor à semelhança do judiciário e provimento de material e abrigos decentes, e a altura de serviço público tão nobre que é a formação educacional de nossas crianças e jovens.

Todos, estadistas e sociedade, devemos entender que educação de qualidade significa mais saúde, menos violência, menos desemprego, menos gastos com segurança pública, mais humanização e valorização da vida.

O Brasil se encontra com o seu povo em plenos albores do século XXI, era da informática e da internet, mas, a educação continua empacada nas primeiras décadas do século XX. Em conexão com a internet e posse de mídias digitais (tablets, celular, smartphones) somos o segundo do planeta. Todavia, quando olhamos nossos indicadores de alfabetização somos os primeiros dos piores do mundo. Os testes de habilidade em matemática e leitura por exemplo. Estamos na segunda página dos menos ruins. Que triste não! E pelo barulho dos clicks e bips  dos smartphones a coisa vai piorar. Toda a garotada e juventude quer mesmo é estar conectada em suas mídias. Ler, pensar, senso crítico e redigir que transformam as pessoas e o mundo se tornaram atitudes e hábitos caretas e ultrapassados.  Que século, este estamos vivendo hein!   Dez/15.  
  

João Joaquim - médico - articulista DM 

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