domingo, 29 de maio de 2016

CO(RRUP)RAÇÃO...

COM MUITA CORRUPÇÃO MORRE-SE MAIS DO CORAÇÃO
João Joaquim 


 Uma curiosidade que invade minha consciência e imaginação nesses conflagrados dias do impeachment de nossa primeira mulher presidente, foi a seguinte: qual a relação que existe entre corrupção e coração? Como do país inteiro sabido, o dia 12 de maio 2016 ficará para a história como o começo do fim, do fim  do  governo da presidente Dilma Rousseff. Em nome da fidelidades dos fatos ; que as futuras gerações saibam, ela não está sendo impedida de gerir o Brasil por ser mulher. Longe disto! Sua despedida se dá por outras razões assim delineadas.
Sua exoneração do cargo, aliás muita penosa e traumática, se dá motivada por muitas pedaladas. E não por pedalar todos os dias em sua bike, nas cercanias do palácio da  alvorada, mas pura e simplesmente  por pedaladas fiscais. Fiscal no sentido fazendário, ou de milhões, bilhões de reais gastos sem autorização do congresso nacional. Segundo acusam-na o TCU( tribunal de contas da união ) câmara e senado, tais montanhas de dinheiro  foram gastos à semelhança de um “cheque especial”. Naquele velho lema : gasto agora e depois vejo se dá para acertar.
Mas, em tese, corrupção e coração. É o mote da presente crônica .  Tudo tem a ver uma coisa com a outra. E de todas essas coisas, sairá algum resultado que magoará o nosso tão místico, tão simbólico e vigoroso órgão de muitos sentimentos, do amor e da vida, O Coração.
 Na primeira consideração devemos ter em conta, o ponto de vista dos corruptíveis não participantes da corrupção em voga (mensalão, petrolão como exemplos). À luz da chamada medicina baseada em evidências, e mesmo da medicina psicossomática, se sabe que a inveja e a cobiça maltratam o coração, fazem aumentar a adrenalina (hormônio do estresse). Assim, todo brasileiro corruptível, não contemplado com os frutos e furtos da corrupção, por somatização, passará por situações de dor precordial, cefaleias, dores no peito, opressão torácica; todo um conjunto de sintomas semelhantes a uma cardiopatia. E de fato, conforme estudos de casos-controle, esses indivíduos têm maior risco de angina, arterioesclerose( que também envelhece a pessoa) e infarto do miocárdio. Somados a outros fatores mórbidos como cigarro, alcoolismo, sedentarismo e colesterol, então, é que o quadro pode antecipar e desandar, e o potencial corrupto sofrer infarto e outros eventos vasculares de alta gravidade.
 E sob a ótica e ética  do brasileiro honesto e probo, o que pode haver de nexo causal entre corrupção e coração ? Se aplicam as mesmas evidências( da Medicina Baseada em Evidência e da Psicossomática ) . Sabe-se que a indignação é causa de doença cardíaca e morte prematura. A frustração, a angústia e a desesperança da pessoa honesta colocam-na em maior risco de sofrer do coração. Se o amor, a alegria e a felicidade são energéticos e vitamínicos  para o nosso coração, o ódio e a revolta representam toxinas e venenos que o aniquilam, estrangulam e matam-no lenta ou subitamente. Aqui então é que se dão aqueles princípios morrer de medo, morrer de raiva. Quantas pessoas morrem subitamente do coração sem nenhum aviso ou sintoma prévio?
Por último, um fator que não se pode perder de análise entre corrupção e maus tratos ao coração refere-se ao dinheiro roubado e não investido em saúde. Basta lembrar o quanto de pessoas desassistidas temos visto por esse Brasilzão a fora. Sem marcapassos, sem stents, sem cateterismo, sem válvulas cardíacas, sem uma simples aspirina ou sinvastatina. Ou seja, não precisa nem um tantinho para deixar tanto coração em completo desatino. Como já sentenciou um meditabundo caboclo, em se tratando de material, medicamentos e outros recursos no SUS há uma “fartura” em tudo. “Fartam” desde leitos hospitalares até vergonha na cara dos governantes por promessas não cumpridas.
O que se espera é que de ora avante, todo homem público aja com o máximo da razão e coloquemos um ponto final em tanto mal como a  corrupção que tanto estrago  faz ao  coração, a brasileiros honestos  e a toda uma nação. Maio/2016. 

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