domingo, 30 de outubro de 2016

E-LIÇÕES

 LIÇÕES DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DO BRASIL

João Joaquim  

Nessas eleições municipais, desse outubro rosa de 2016( prevenção do câncer de mama, do homem e da mulher), duas ocorrências me despertaram o interesse.  Para refrescar nossa memória, um registro: o Brasil tem hoje 5570 municípios. Esse número é flutuante, porque conforme conveniências e interesses públicos e privados vão-se abrindo mais e mais municípios. O estado que mais prefeituras tem é Minas Gerais. São mais de 800.
Dois fatos então aguçaram minha atenção:  o enfraquecimento dos partidos de esquerda, o dos trabalhadores (que não trabalham) por exemplo, aqui no Brasil;  e a premiação dos juízes infratores, do judiciário brasileiro e do futebol. 
Eu sou político e posso falar por natureza e por comportamento. Infeliz e malquisto aquele(a) que se intitula apolítico(a). E quem o disse foi ninguém menos do que o grego Aristóteles. Sua tese era de que o homem é um animal social e político. Na medida em que as pessoas vêm para as regiões urbanas, aí é que elas se tornam mais políticas ( de polis, ou civilitá, cidade). O convívio humano  já envolve um pouco da arte da Política. 
O que eu não sou é filiado ou engajado em qualquer partido. Nem tenho plasmado eu minha memória ou princípios essa ou aquela ideologia de nenhum regime de governo. Todavia, sou político no sentido de opinião, de voto livre, de expressar o que penso, e vejo, e analiso, e com meu discernimento e senso crítico, a fazer escolha menos ruim na urna eletrônica . Porque está difícil saber qual o pior das candidatos.  E recomendo a todos os eleitores e leitores, que opinem, que deem seu palpite, suas ideias,  do que passa no cenário de nossa vida social e política, aqui  do Brasil e do mundo.
O que traz muito alento de um mundo melhor é que as pessoas cada vez mais têm se tornado mais esclarecidas, mais lúcidas e autônomas na hora do voto. Acabou aquele forte apoio no qual os políticos se sustentavam e se achavam escudados com o significado e peso de uma sigla partidária, partido socialista, comunista ou trabalhista ou proletário tal. Essa escora já não se vinga mais. Cada eleição que se passa, o eleitor se faz mais exigente não com ideologias, fisiologismo ou populismo. Essa prática vem se mostrando desgastada, infrutífera e ultrapassada. O que o cidadão quer são candidatos com promessas factíveis, viáveis e compatíveis com a realidade social e econômica vigentes. Antigamente havia candidatos que prometiam até pontes e passarelas onde não se tinham rios e estradas. Uma autêntica piração e delírio para enganar as pessoas. 
O que se constatou com a derrota nacional do partido dos trabalhadores (PT) nessas eleições para prefeito e vereadores em todo o Brasil é uma constatação inequívoca do velho sistema da política do clientelismo, da demagogia, do engodo, da compra e aliciamento do eleitor. Eleitor e voto não são artigos renais. E assim estamos assistindo pelo mundo a fora . Como exemplos  na Argentina com a eleição do presidente Macri e fim do Kirchnerismo. Está ocorrendo até com o falastrão Donald Trump nos EUA. Antes as pessoas temiam o Trump, agora nem tanto, pelas pesquisas , às vésperas das eleições americanas.
Até com as cenas e mudanças políticas no Reino Unido( que agora anda meio desunido); temos confirmado que o povão está cansado com a esquerda. A maioria, indiferente com esquerda, direita ou centro quer mesmo são   homens públicos e gestores que cumpram promessas que vão ao encontro dos anseios de justiça, de liberdade, de honestidade e paz social. Apenas isto.
Outro lance que trago à baila refere-se a inimputabilidade (não punição) aos nossos magistrados do judiciário. Eles sempre tiveram a vitaliciedade no cargo, o que já é um privilégio. E têm imunidade criminal. Quando cometem algum peculato ou improbidade no cargo, têm como punição uma aposentadoria compulsória que varia entre 30 a 40 salários mínimos. O nosso inoperante congresso, finalmente, discutirá se acaba ou não com esse benemérito. E não é de ver que até o superior tribunal de justiça desportiva (STJD) copiou a cultura de nosso judiciário. O trio que apitou o último fla flu  e causou o maior rebu, foi suspenso provisoriamente. Mas, esse mesmo trio vai apitar na liga de futebol da Índia. É o que está anunciado no site da entidade de futebol de lá. Só mesmo na Índia e no Brasil. Outubro/2016.

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