domingo, 30 de outubro de 2016

Somos o meio social...

SOMOS FRUTOS DA MEIO FAMILIAR E SOCIAL 
João Joaquim 


Se para algumas pessoas soa infértil e até rebarbativo, para outras ressuma em tema construtivo e edificante, por isso torno a ele com o interesse e entusiasmo de sempre. Expresso sobre a educação na construção e melhoramento do ser humano. A mim, veio-me de novo a abordagem do tema inspirado na lição e exemplo das competições das paralimpíadas( eu prefiro o termo parolimpíadas ) . Eu convidaria a cada leitor deste artigo a fazer a seguinte reflexão: o quanto a minha genética, o meu DNA, a minha herança familiar foram determinantes na pessoa que sou hoje? Vamos imaginar e conceituar o termo “ ser o que sou”, como um conjunto de atributos. Por exemplo, a personalidade, o caráter, qualidades éticas e sociais e a formação técnico-profissional.
 Uma segunda pergunta de igual relevância seria: o quanto o meu processo educacional foi importante “no que eu sou”? Devem ser postas nessa educação todas as etapas da criação e formação do indivíduo, a começar pelos ensinamentos recebidos dos pais e/ou cuidadores e todos os níveis de alfabetização e escolarização; ensino fundamental, médio e superior, quando for o caso: porque estamos falando de Brasil, onde nem todos têm acesso a ensinos de 3º e 4º graus (graduação e pós).
Feitas essas provocações iniciais vamos ao que dizem muitos especialistas, tomando estes pesquisadores, como referido, o próprio modelo dos atletas paraolímpicos. E a importância dessa classe de competidores não é pouca coisa porque eles são milhares de pessoas, com educação e treinamento de várias décadas. Aqueles que se aposentam por idade são sucedidos por novas gerações, com desempenho que sempre supera os predecessores.
 Ninguém pode negar que a herança genética é determinante nas características físicas, fisiológicas, psíquicas e de personalidade da pessoa. Hoje, já se sabe que uma outra herança significativa( aqui herança de costumes repassados às gerações futuras e filhos, não de DNA) em determinar  no que a pessoa vai ser é a educação que essa pessoa recebe, desde a infância até sua completa maturação psíquica, física e biológica. Não fosse assim seria fácil prever, uma vez nascido gênio, toda a prole seria composta de gênios. Então, quantos “Pelés, Drummonds e Moazarts”  não teríamos pelo mundo.
 É evidente que alguns poucos nascem gênios, sem contudo serem filhos de gênios. Basta rever as biografias de muitos luminares das artes e das ciências pelo mundo. O que se tem de verdadeiro hoje é que o indivíduo é o resultado de seu meio social como um todo ( teoria do bem selvagem de JJ Rousseau entre outros estudos científicos ).
A genética no que tange a saúde física, fisiológica e mental também terá a sua contribuição. É impossível transformar  um mentecapto ou idiota genético em um sujeito produtivo ou campeã de qualquer competição. Ainda assim, pode-se melhorá-lo com muito treino e repetições educativas.  
Trazendo os ensinamentos dos paratletas (paralimpíadas), das teses de filósofos e sociólogos, os resultados de outras pesquisas mais recentes chegamos à conclusão de que o indivíduo “é o que ele é”( sou o que sou )  como resultado de um longo processo de educação e treinamento.
Falo (eu) no caso específico do Brasil. Nós somos o resultado de fatores sociais, políticos, culturais e familiares. No âmbito de governos, somos vítimas de gestões incompetentes, populistas e socialistas (PT como sistema  da vez até 2016) que nada fez para melhorar o nível da educação brasileira. Houve até uma tese petista (ex presidente Lula da Silva) de que faculdade para o brasileiro não tinha muita importância. Um estímulo ao vigor da lei ou regra de Murphy “ se alguma coisa puder dar errado , ela o fará “ . Ou Seja o que estava ruim piorou, no caso da vez, a Educação Brasileira. Tentam agora, os gestores da Educação ( governo Michel Temer)  melhorá-la com a reforma e flexibilização do ensino médico, como período integral na educação, e outros ajustes nos moldes de países da OCDE,  pode ser uma saída. O tempo e os resultados dirão , se vamos acertar .  
Restrito ao núcleo de meus contatos, amigos e familiares vejo o quanto as teorias do meio social e familiar são cruciais no futuro de cada pessoa. Os filhos, crianças e jovens criados sob a excessiva proteção, mimo e complacência de mães e pais, primeiro muito protetores, segundo muito omissos e tolerantes nos limites educacionais; esses filhos e jovens tendem a “ não dar em nada na vida”. Expressão esta que tomo de empréstimo de meu falecido avô, na sua simples e observadora sabedoria.
Enfim, é isso aí, o quanto o processo educacional, disciplina, regras, imposição de limites,  estímulos à leitura e criação, podem fazer a diferença na construção, educação e formação do indivíduo. Somos , sem dúvida, o resultado  dessa interação , indivíduo com a família, e indivíduo com  escolas e meio social . 

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