quarta-feira, 30 de novembro de 2016

TRUMP x Hillary

OS COCHILOS QUE DERRUBARAM HILLARY CLINTON

João Joaquim  

No balanço  das contas temos mais um presidente eleito dos EUA. Trata-se de acontecimento dos mais solenes do planeta pelo que representa aquele país no cenário mundial. Os Estados Unidos constituem uma nação cuja escolha do chefe de estado tem repercussão nos quatro contas da terra. Afinal eles podem quase tudo. Basta saber o peso que a nação tem  nas decisões da ONU e em outros organismos internacionais. Como se diz no popular eles mandam prender, soltar, derrubar ou reforçar regimes e governos de outras nações mundo a fora. Não é pouca coisa quando se fala em diplomacia e defender os seus interesses .
Deixando essas considerações iniciais à parte volto a outros aspectos do que foi essa surpreendente derrota da candidata Hillary Clinton. A bem da verdade nem tanto o seu fracasso, mas a vitória de seu adversário Donald Trump. Aos olhos da  crítica mundial, na análise de todos os jornais do mundo ele está sendo o mais previamente improvável presidente dos EUA. No dito vulgar,  a maior zebra da história das eleições americanas.
Fica para nós a sensação de que o povo de lá como o daqui (Brasil ) cansou e quer experimentar algo ou alguém que não seja mais um do mesmo. É o fenômeno opcional da mudança ; talvez  a ruína e fracasso dos candidatos de esquerda. O exemplo é a fragorosa derrota do partido dos trabalhadores(PT) e assemelhados nas eleições municipais do Brasil de  2016. Se bem que o sr.  Trump, do partido republicano, não tem tanta característica socialista e de direita como a de outros partidos de outros países. Mas, ao cabo e nas ponderações  dos americanos ao que fica de sugestão é a opção por uma mudança daquelas de surpreender a sociedade mundial e até outros planetas. O partido republicano, originalmente é conservador, fundado em meados do século XIX.
O pitoresco e atrativo foram as campanhas finais dos dois candidatos. Para quem supunha que mau gosto, xingamentos, e baixaria eram jabuticabas nossas, se enganou. O espírito e a alma dos  ianques  também têm as suas vilanias e sabem usá-las como o último recurso. Nessas eleições americanas para presidente ocorreu entre outros fenômenos um processo chamado sugestionabilidade, que a psicologia explica. Em palavras mais simples, para melhor compreensão, o fenômeno se dá assim: na narração de um fato (verdadeiro ou mentiroso) o orador terá um papel decisivo em torná-lo aceitável e ouvido como uma verdade única e definitiva. 
O ministro da propaganda do fascismo de Hitler, Joseph Goebbels, teve papel decisivo nesse processo. Ele próprio afirmou: “ Se uma mentira é repetida 100 vezes, ela é aceita como verdade”. Os sofistas da antiga Grécia foram os pioneiros nessa arte do convencimento pelo argumento, pela retórica, pelos arroubos verbais.
Vamos relembrar alguns dos insultos nada republicanos Trump versus Hillary. Ele foi acusado de discriminação racial, assédio sexual e sonegador de impostos. Ela foi chamada de incompetente, incapaz de lidar com a ameaça do terrorismo e irresponsável nas questões de tratar de assuntos de estado no seu e-mail pessoal. Só para lembrar ela é secretária de estado no atual governo Obama e ex senadora.
Para concluir, a mim não resta dúvida de que a sra. Hillary Clinton perdeu as eleições para o falastrão Trump justamente por causa da questão dos e-mails, que vieram à tona na última semana das campanhas eleitorais. Aí funcionou o efeito da sugestionabilidade. Foi puro efeito retórico. Primeiro, do chefe do FBI que reabriu a investigação da responsabilidade ou não da secretária na matéria dos e-mails. Vale lembrar que um dia antes das eleições o FBI declarou não ter achado provas de crime cometido pela Sra. Clinton. Mas, aqui a votação já tinha sido aberta pelos colégios do Estados. Segundo efeito, o discurso ferino e muito repreensivo de Trump contra sua adversária. 
Grande parcela dos delegados dos colégios eleitorais e população votaram não tanto no Trump, mas contra a candidata, por acreditar nas acusações a ela endereçadas. Na verdade ela venceu as eleições no voto popular, mas perdeu nos colégios eleitorais. O sistema americana de eleições tem o peso decisivo dos votos dos delegados eleitorais. Prevalece a decisão desse colegiado.
Agora, cá para nós brasileiros como atrasados tecnologicamente, o que tinha a sra Hillary Clinton, ficar futricando em assuntos de Estado através de seu e-mail pessoal . E o pior, ela foi flagrada nesses expedientes em plenas vias públicas . É o que eu digo sempre, a questão não é o mal das tecnologias digitais, mas no uso ou abuso que se faz delas. O mau exemplo tinha que vir logo do berço da Web  , dos inventores da informática e da internet. Só mesmo com os americanos.                                      Novembro/2016.  

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