terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Assédios

                                        ASSÉDIOS 
                                                Enquete no #OpiniãoPública
 
Mensagem partilhada originalmente por OpiniãoPública  JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ – GOIANIA GO 19.01.2017  João Joaquim 


Diuturna ou eviternamente a humanidade vive em conflitos, em escaramuças, em agressões, em abespinhamentos, fúrias e difamações. Os sentimentos ou motivos que levam a tais reações são multifários, de tal natureza que fica árduo o seu ordenamento. Assim temos a inveja, a cobiça, o “ciúme passional”, os assédios moral e sexual,  a atitude de vingança ou retaliação por uma injúria ou objetivo não alcançado entre outros sentimos destrutivos e de violência contra o outro que passa a ser um desafeto ou invejado.
A questão ou tratativa aqui proposta da agressividade, de agressão ao outro  (moral ou emocional, da honra) e desqualificação de alguém exclui aquelas condições mais graves envolvendo tentativa de homicídio ou feminicídio. Embora pode-se até chegar a este cúmulo. Nem tão pouco se refere aos crimes com participação e efeito de drogas ilícitas, nem por assaltos. As violências e lesões aqui tratadas pretendem ser as de natureza contra a moral, a honra e a dignidade das pessoas. Ao que sugerem os fatos e o comportamento das relações, é o que nos mostram estudos e mais estudos de psicologia , antropologia e da sociologia;    os sentimentos de vingança, da inveja e da difamação do outro estão plasmados no DNA de cada agressor. Assim nos atesta a história que tem casos bem típicos que remontam aos nossos ancestrais. Basta como amostra grátis revisitar as histórias de uma rainha Cleópatra, do imperador Júlio César e muitas outras narrativas palacianas antigas e recentes. Afora os fatos que circundam cada pessoa, seja no seu meio social e profissional ou divulgados pela mídia, que existem em profusão .
O bom e proveitoso é quando certas passagens e circunstâncias tais ocorrem em nossas vidas e possamos delas fazer alguma crônica pitoresca ou picaresca, naquele princípio de uma amara tangerina se fazer um capitoso e saboroso refresco.
 Eu já na madureza de minha juventude cheguei a trabalhar no Banco do Brasil (entrei antes do Henrique Pizzolato, do mensalão). Exercia duas atividades, era médico e bancário. Trabalhava num departamento de nome cesec (já extinto). O chefe dessa divisão se chamava Wagner Ferreira Lima. Agora, imagine um chefe xerife, chato, perseguidor. Era ele em pessoa. As atitudes de perseguição, de assédio moral eram tão ostensivas, que um dia resolvi e  mandei ele aos diabos e pedi demissão. Foi uma decisão sumária, foi uma vingança inusitada de minha parte.   Ao que parece, o indigitado chefe assim agia  por pura inveja. Ele não suportava que eu fosse médico e fizesse um bico de emprego no Bando do Brasil. Se ele for gente que leia as minhas crônicas , mando a ele meu abraço, e o aqui relatado são águas passadas, nenhuma ojeriza contra ele.
E no realce de assédio, relembro um outro episódio. Era plantonista do Hospital Unimed. Na minha equipe uma colega, Lúcia Helena. O certo é que convívio próximo reforça algum vínculo ou inconformismo pessoal, revigora alguma antipatia. E assim foi o sucedido. Nos tornamos antipatizantes mútuos, por questiúnculas pessoais não atendidas no cotejo dela,  Lúcia Helena. O tempo passou, mas as memórias e desejos de revinditas nunca. Certo dia, uma paciente inconformada com um pedido que lhe neguei (de forma ética e regimental) fez uma queixa em meu desfavor. A chefe da comissão de ética era justamente a médica Lúcia Helena. Imagine que oportunidade ímpar. Fui impiedosamente denunciado pelo feito. Embora contundentemente absolvido de nenhuma infração ética ou técnica ou administrativa.  Passei por sérios aborrecimentos em demonstrar minha inocência. O que seria mais ético e digno em uma situação dessa? A pessoa( no Caso Lúcia Helena Goetz)  se considerar impedida e não uma atitude no mínimo de alta suspeição e sem credibilidade, ou chance de se vingar de uma quizila antiga não sanada, entre dois colegas de Hospital.
Por último um exemplo autêntico de desforço ou revindita ou mesmo uma atitude de talião. Numa fase de minha vida, jovem e solteiro,  loquei um apartamento de duas irmãs, de nomes santos, Ana Maria e Lúcia;  com uma das quais tive um certo flerte, de pouca monta e curta duração. Findos aqueles mútuos contatos de atração eu subloquei o imóvel para minha namorada de então( hoje vive casada nos EUA). Pronto, foi o motivo bastante para que eu e a antiga namorada(sublocatária)  fôssemos  escorraçados (despejados) do imóvel de forma arbitrária, ilegal e violenta com a participação de um delegado de polícia,  amigo das ditas irmãs. Isto tudo contrariando as cláusulas de contrato de aluguel .
Mas, durmam com uma maldição ou anátema desses que o destino nos reserva. Passados tantos anos e já na era da internet, não é de ver que uma dessas irmãs se casou com um parente meu. É a dinâmica do mundo e suas voltas. E a sede de revindita dessa dita cuja continua vigente e eviterna( “ até de cujus”) . Enfim e ao cabo esta é a natureza, genética e índole do bicho humano. Complexo, imprevisível e incompreensível. 

O temo assédio vem do latim,” adsedere, i.e, sentar-se em, ou de ad , a, mais sedere”. Tinha o sentido do guerreiro e combatentes quando se sentavam ou cercavam uma cidade.  Curioso e coincidente com o que vemos com espíritos dotados de algum rasgo de egoísmo pusilânime ou feiura moral interior. São os labéus ou máculas que cada um pode portar em seus registros internos por um processo hereditário ou defeito de caráter educacional e mesmo vivencial advindos  de suas famílias e meio social, que a psiquiatria ajuda a entender .  Janeiro/2017. 

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