terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Presídios..

                       TEATROS DE HORRORIZAÇÃO DA SOCIEDADE
João Joaquim  


 Muito se tem falado, divulgado e discutido sobre a violência em nosso país. E tais discursos e falações se fazem com todas as razões, embora sem apresentar as raízes de tão grave questão que faz de vítimas as verdadeiras vítimas(físicas e emocionais) e também todos aqueles de envolta com as agressões. E mesmo aqueles distantes que veem e leem os noticiários diários.  A natureza da violência entre as pessoas é multifária, multifatorial,  mas alguns dados e fatores saltam à apreciação de qualquer profissional, seja ele do jornalismo, do judiciário ou outro de ciências humanas.
Uma causa recorrente nas agressões criminosas contra as pessoas é o uso de drogas. E aqui entra desde o álcool e psicotrópicos( de prescrição médica) até  as drogas ilícitas de efeitos psicodélicos e alucinatórios. Como exemplos a maconha, o crack e a cocaína. No fator efeito das drogas, há uma ação sinérgica ou aditiva com os distúrbios psiquiátricos, desde aqueles diagnósticos limítrofes aos casos mais graves sem um adequado controle psicoterapêutico. A verdade real é que há muitos loucos e psicopatas soltos, muito mais do que sonha nossa filosofia e nossa precaução.
 Imagine a situação de uma pessoa com uma esquizofrenia descompensada sob efeito de uma droga ilícita. São agressores e assassinos de alta periculosidade. E eles estão livres por aí como lobos solitários. As pessoas mais vulneráveis são justamente as do convívio familiar próximas desses psicopatas. Vale deixar claro que esses ditos lobos solitários não são aqueles pervertidos do estado Islâmico (Isis) e outros terroristas que deturpam  e envergonham o islamismo e adeptos dos preceitos do corão (inspirado no evangelho de Maomé).
Os lobos solitários aqui referidos são as milhares de pessoas com as quais cruzamos em nosso ir e vir e que repentinamente têm um desequilíbrio mental e provocam graves agressões , assassinatos e chacinas. Muitas dessas tragédias ocorrem por psicopatas “sem nenhum antecedente criminal”.
 Aliás, todo facínora e criminoso hediondo só o torna a partir do primeiro crime. E nesse quesito, nossas leis e a Justiça têm sua participação em permitir que muitos desses predadores humanos não fiquem o necessário ou perpetuo tempo na cadeia. E bem trancados , porque um outro problema de segurança pública são as evasões e fugas dos presídios.
Ainda ao falar dos psicopatas soltos, ao analisar a biografia desses mentecaptos, ele têm todos os critérios de uma doença mental e comportamental de alto risco. São os casos por exemplo de esquizofrenia, de personalidade antissocial ou psicopática  etc.
O ano de 2017 começa com os horrorosos e tenebrosos massacres nas penitenciárias de Manaus (AM) e Boa Vista (RR). Alguns dados dessa crise de violência saltam às considerações mais triviais. A violência nos presídios no Brasil mostra o que? Primeiro, a falência do estado (união) aqui representado por ministério público e judiciário em fiscalizar e manter a ordem e o rígido cumprimento das penas. Segundo ponto, o domínio do crime organizado nessas prisões, é inimaginável um criminoso perigoso, recalcitrante e reincidente ter direito e acesso a telefone celular, drogas e até a armas em sua cela!

 Outra questão gravíssima surgida nessas rebeliões de preso é a infiltração do chamado crime organizado nos órgãos públicos com a participação  de agentes do estado. São várias as denúncias que saem na imprensa de membros das polícias e do judiciário (até desembargadores) envolvidos com assassinos e traficantes. São fatos do fim do mundo. Imaginar que autoridades cometem tais venalidades, suborno, corrupção e comércio  de sentenças e liminares. São condutas condenáveis e que se repetem em nossa República  de muitas desgovernanças.
Enfim, a questão da violência no Brasil hoje pode ter lá suas causas genéticas; e parece que ancestralmente o homem traz a agressividade em seu genoma, mas o estado deveria ter uma governança mais rigorosa no trato de tão sensível matéria, que causa medo e ameaça a todos os cidadãos.
Muitas outras faces poder-se-iam ser postas nessa discussão como a desigualdade social, a brandura das leis, o uso disseminado de drogas ilícitas;  e mesmo uma educação pública precária em todos os níveis. Pessoas incivilizadas, sem uma educação de qualidade tendem mais aos delitos, a uma vida sem regras éticas e de mais infrações penais.
Porquanto, tendo todas essas constatações e falhas até mesmo na estrutura e criação/educação dos filhos, vamos fazer cada um a nossa parte, considerando até mesmo que o estado sozinho não dá conta de consertar tantas coisas erradas  a que as próprias pessoas dão causa e efeito.
Todo mal se combate melhor pela raiz. Que cada família seja dos filhos o próprio juiz e os crie para o bem de nosso tão querido país de nome Brasil. O mundo melhor que queremos começa por uma geração de pessoas melhores, no caso nossos filhos, são o bom começo dessa mudança .            Janeiro/ 2017.  


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