terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Médicos Ruins...

SUBVERSIVOS E DETRATORES DA MEDICINA
João Joaquim 



Nada nesse mundo se torna inútil ou em vão. Até mesmo as tragédias, a morte, o luto e a luta de alguém, pode, uma vez decorridas, trazer debates, lições e tornar redivivos alguns valores, princípios e postulados para nortear as relações humanas. De tempos em tempos, frente a uma tragédia coletiva ou pessoal, são postas à lume uma importante disciplina de postura entre profissionais médicos, a Bioética, ou simplesmente o código de ética médica (CEM).
Trata-se de matéria obrigatória nos cursos de graduação de qualquer faculdade de medicina. Todos os estudantes passam por aulas teóricas e mesmo “vivência prática” nos hospitais-escola. Encerrada a graduação e se registrando no conselho, o agora inscrito recebe novas preleções de ética e todo o código impresso daquilo que se pode e deve fazer um bom profissional; bem assim os atos vedados ao bom e zeloso exercício da profissão. Ou seja, o médico ainda que interiormente tenha alguma inclinação ao ilícito, ao imoral, ao vício ou a desonestidade para com o próximo, ao paciente enfim; ele (o médico) está ciente que estará sob interpelação disciplinar, administrativa, ética (pelo conselho de medicina) e até penal (ministério público).
 Diante destas considerações torna-se instigante a seguinte pergunta: por que apesar de receber uma formação curricular, um treinamento durante no mínimo seis anos (duração do curso), uma sessão de advertência no conselho (ao receber o RG do médico), o médico ainda assim( felizmente são poucos casos) comete as mais indignas infrações ao CEM? Por quê? É uma indagação , que acredito ressoa no meio social, a cada atitude infracional ou penal de grande monta cometida exatamente por quem deveria ter o compromisso maior, até porque é feito um juramento , emblematicamente cunhado hipocrático( homenagem a quem teve este primeiro lampejo humanístico,  o médico e filósofo grego Hipócrates).
 Aqui o meu parecer e minha ementa. São duas as razões do mau comportamento desses maus profissionais.
A primeira(as), são razões inerentes ao próprio indivíduo, ao próprio ser humano. Muita vez temos aí uma deformação de caráter hereditário; isto é ,  trata-se de uma herança educacional, vem da família onde esse médico se fez gente e pessoa e depois se formou em Medicina. Com exceção, pode-se ter também uma questão genética mesmo. O indivíduo tem um transtorno comportamental que o leva a ser um infrator, como pessoa, genericamente um sociopata. Muitos desses estão entre nós e  livres, até cometer um crime maior e ser preso. O pior é que muitos sequer chegam a ser condenados.
Porque a honestidade, a virtude e a boa ética são valores aprendidos com os pais, com  a família e com o meio social, inclusive com as escolas de 1º e 2º graus.
A segunda razão. Decorrente da primeira, tais profissionais não reúnem nenhum cabedal, pendor ou vocação para cuidar de quem quer que seja. Muito menos de quem está enfermo, doente e carente de zelo, compaixão, amor e tratamento digno e respeitoso. Neste caso ele poderia ser um metalúrgico, um engenheiro, um matemático, um físico; menos um profissional  que lide com a vida, a dor alheia, com a doença de outrem.
A Medicina, como bem preceituava Hipócrates é um sacerdócio que exige sentimento de compaixão (se doer junto com a dor alheia) , de respeito ao pudor, à intimidade e dignidade de quem estiver sob os cuidados daquele profissional.

 Lamentavelmente temos visto muitas deformações quando se fala em formação médica. São degradações tanto das instituições que foram surgindo como um negocio lucrativo,  como os malformados médicos  egressos dessas faculdades sem uma estrutura física e corpo docente à altura da nobreza da profissão. A Medicina assim como outras profissões da saúde , pelo   que assistimos nas últimas duas décadas, têm se tornado  um mercado como outro qualquer, pouco importando com os qualificativos e valores que deveriam serem impingidos aos profissionais “formados”. O exercício escorreito, isento, virtuoso e de “boa ética” tem se tornado exceções em nosso país.
No dia a dia, assim como em tantas searas da vida, no social, no infracional e criminal, temos presenciado no circulo profissional médico, inúmeras atitudes, condutas, comportamentos e expedientes nada condizentes com os ditames da pura e virtuosa praxe profissional. Este modesto escrito fala de carteirinha e fidedigno à melhor Ética, a de berço, de família; considerando que já fora vítima de prolações, picuinhas e inventivas difamatórios de ato a que não deu causa. O que é gravoso e triste é que tais assertivas partiram de quem integrava comissão de  ética médica. São fatos que no atual cenário do Brasil passam até batidos.
A presente digressão e opinião  foi motivada pela lamentável morte da primeira-dama Marisa Letícia. À  família da qual emiti uma nota de pesar na minha fanpage. Cardiologia João Joaquim De Oliveira    2 de fevereiro às 16:15 ·  LUTO -Morre dona Marisa Letícia Esposa ex Lula Silva
Expresso meu sincero e contrito pesar pela Morte de dona Marisa –
A morte de qualquer  pessoa, se revela uma face de transe doloroso para os que ficam. Mas, faz parte da natureza humana.  Do Húmus viemos, a ela tornamos . Nossos sentimentos sinceros. Nota que fiz circular nas redes sociais.
Os profissionais que vazaram dados de seu prontuário do hospital Albert Einstein devem ser investigados e punidos exemplarmente pelo CREMESP. Aqueles que emitiram opiniões caluniosas e vilipendiosas merecem todos os rigores de punição ética e penal. No mínimo!
Todos esses, indistintamente, maculam e ofendem os desígnios e postulados da Medicina. A profissão da abnegação, do amor, do respeito e compaixão. Fora desse padrão, são muitos os subversivos e detratores de tão nobre missão.  Fevereiro/2017.

João Joaquim - médico - articulista DM   facebook/ joão joaquim de oliveira  www.drjoaojoaquim.blogspot.com - WhatsApp (62)98224-8810 

Um comentário:

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