terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

PPPs

AS   PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS(PPPs)  DO MAL
João Joaquim 


Não faz muito que tomei ciência de uma cooperação que fora assinada entre uma iniciativa oficial e uma privada. Privada aqui no sentido particular e não local de depósito de excrementos e sujeiras humanas. Se bem que elas se coincidem aqui no brasil.  As  famosas PPPs.
 Até onde sei o convênio funciona assim: o sujeito tem uma ideia, imagina e engendra uma atividade produtiva que lhe seja bom e útil, mas que também possa trazer alguma utilidade para o governo e para a comunidade. Pronto, aí nessas circunstâncias, a União, o Estado ou município entra com o seu quinhão de participação.
 Por exemplo as organizações não governamentais (ONGs). Elas podem ser tachadas de PPP. Porque embora sejam de gestão privada têm incentivos e subsídios dos governos. De uns anos para cá, mais escrachadamente de quando o partido dos trabalhadores (PT) assumiu o governo, a nação, a sociedade brasileira, o mundo inteiro tomaram conhecimento, de novo, de uma moderna  parceria público-privada. Para quem lembrou é isto mesmo , a propinagem  público-privada, que diga-se de passagem, não é  exclusiva do Brasil, mas tem nele seu máximo representante.
Mas, vamos à história, aos primórdios dessa relação de homens de Estado com pessoas privadas. Tudo começou com os navegadores, nas grandes navegações, quando as diligências em suas naus e caravelas singraram os oceanos em busca de terras, riquezas, ouro e especiarias. No caso das especiarias o desiderato era a Índia. No caso do Brasil, ao que sugerem as narrativas foi uma descoberta incidental, não confundir com acidental. Se buscava um território e achou-se outro. Grande Pedro Alvares Cabral. Aqui aportando, nosso primeiro Pedrão fez-se comunicar ao rei de Portugal. Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra cabralina,  não se fez de rogado. Mão na pena (literalmente se escrevia com uma pena de galinha embebida em tinta) e fez minucioso relato ao rei português, Dom Manuel I ,  falando de  nossas terras de pau-brasil, araras coloridas, muito verde e mares. Tudo ainda de muita cor, sem poluição e selvagem. Ah, e índios;  muitos índios. Alguns até canibais e antropófagos. Só de pensar dá repelões e arrepios.
 Aqui, se chamava Pindorama, terra de muitos índios, tudo muito virgem e selvagem(natural).  A carta de Caminha, preservada no original, é considerada a certidão de nascimento do Brasil.  
Eis que surge uma intrincada questão para a coroa. Como administrar terras selvagens, bravias, pertencentes aos nativos habitantes, às diversas famílias indígenas? Como fazer? E há ideias que só podiam nascer nas mentes de portugueses.
 - Fácil, Majestade, a gente (eles os ministros da época) faz uma parceria público-privada. Quem para lá se dispuser a  ir, damos a eles uma boas léguas de terras, algumas sesmarias.
Eram formas de recompensa pelo enfrentamento de feras, doenças e índios bravos. Foi nesse propósito que se criaram as donatarias e os donatários de então. É exatamente ai o nascedouro da relação espúria e de propinagem, subornos e corrupção  entre as coisas do Estado e as coisas privadas.
Ficam então aqui consignadas e bem lembradas as raízes e primórdios da mistura, do mix, das relações que hoje existem entre aquilo que é público com o privado e particular. Tudo que temos de bom nas PPPs e ONGs do bem de hoje são espelhadas nas antigas misturas e confusão entre o oficial e o privado. Entre o que  deveria ser estritamente do Estado ou Público e o que é de âmbito ou interesse particular.
E já arredondando  e quadrando tão relevante faceta meio esquecida de nossa história;  não se trata de comportamentos específicos de nosso socialista e esquerdista PT. São vários outros partidas  da letra P. PMDB, PP,PSDB, entre outras siglas. São mais de trinta agremiações politicas. É muita farra.
A grave questão ocorrida no mandato do PT é que tomaram o erário e muitos órgãos públicos de assalto e levaram o Brasil à falência , à bancarrota. O que se tem a fazer é manter os ex políticos e larápios no xilindró. Os empresários corruptos idem. E  não encerrar as diligências e prisões de mais gente graúda e poderosa. Só isso.
Dessa forma pode-se tirar o País da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)e livrá-lo da certidão de óbito, a que deixaram em risco os gatunos e ladrões do mensalão e petrolão , agora corajosa e severamente punidos e investigados pelo Juiz Sérgio Moro , da Justiça Federal de Curitiba – PR , através da operação Lava-Jata. Haja água e detergente . Ninguém quer se bater de frente com o magistrado e incorruptível Moro, e isto traz muito alento e esperança de purificação dessa triste e subversiva mistura do Público com o Privado, a propinagem Público-Privada, a PPP do mal .  fevereiro/2017.  


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