sábado, 26 de agosto de 2017

Estadistas honestos

PROCURAM-SE ESTADISTAS E POLÍTICOS HONESTOS
João Joaquim  

Os fatos e ocorrências em nossos tempos andam tão atrapalhados e esquisitos que há pessoas que até se enojam em comentá-los. E eu me incluo dentre esses. Todavia, não podemos também fugir a essas crises porque é justamente delas que surgem as soluções para um país e uma sociedade melhores.
Todos os críticos, jornalistas e ativistas de variadas classes têm expressado que o Brasil se encontra na mais dramática crise de toda a sua história. Alguém menos atento aos fatos e à nossa historiografia poderia se arvorar e lembrar de nossa guerra contra o Paraguai no final do século XIX (1860-1870), um verdadeiro massacre e genocídio contra aquela nação.
Poderiam ser lembradas as epidemias de febre amarela e tifo no inicio do século XX (1905).  Ou ainda a ditadura militar (1964-1985). Mas, o contra-argumento é enfático e direto, essas referidas crises foram de uma única natureza. Na guerra do Paraguai por exemplo foi uma crise de segurança e de soberania nacional que resultou também para o Brasil em uma crise econômica e humanitária. Embora vencedor do conflito, nosso país foi dilacerado em perdas de vida e na economia. Nas epidemias a população sofreu com a insegurança sanitária. Não se tinha antibióticos, saneamento de água e outros insumos sanitários. Vacinas, eram poucas.
Se fizermos uma comparação de nosso período democrático com a ditadura militar (de 1964-1985) concluiremos que naquele regime não tínhamos os direitos e a liberdade de hoje. Entretanto não havia crise ética, moral e econômica.
Estamos vivendo dias e anos que por mais que queiramos não temos condições e clima para nos alienarmos da situação vivida pelo país. E eu apresento um dentre outros motivos. Todos inescapavelmente foram e estão sendo vítimas da recessão econômica que se instalou no país há quase uma década. Crise econômica que trouxe de roldão o desemprego (são cerca de 14 milhões os desempregados), a inadimplência, a falência de muitas empresas e insegurança social. Fala-se até em insegurança alimentar, estamos nos venezuelando( verbo derivado da Venezuela), uma ditadura com apelido de Democracia.
Uma crise gera outra crise. Torna-se um círculo vicioso ou efeito dominó. Desde a reeleição de Dilma Rousseff (2015) instalou-se a instabilidade política. Os esquemas de corrupção com participação de políticos e empresários solaparam as economias de estatais (caso da ou do Petrobras) e do próprio país. Pior do que essas crises política e econômica são  as de natureza ética, moral e de confiança nos governantes e nas instituições públicas.
Eu fico a imaginar os homens públicos que temos hoje e em alguns estadistas e vultos históricos do passado (com perdão da redundância). E assim recordar de alguns desses verdadeiros filhos pródigos e patriotas.
O que diriam ou sentiriam alguns desses baluartes de nossa pátria e que muito fizeram pelo país, sem o menor deslize ou desatino que tisnasse a sua biografia? Vamos imaginar por exemplo um Dom Pedro II ! Um Ruy Barbosa. Mais recentemente um Juscelino Kubitschek, um Mário Covas ou um Tancredo Neves. Quanta tristeza e frustração não sentiriam todos esses grandes brasileiros se vissem os fatos e feitos de seus pares de agora! Numa força metafórica, eles devem estar se contorcendo nos respectivos túmulos .
Enfim e ao término dessa crônica, o nível de desqualificação, descrédito e denúncias contra os políticos são tamanhas e de natureza tão grave que fica difícil escolher algum parlamentar com aptidão moral e ética para ser governador de estado (unidade da federação) ou presidente do Brasil.
No caso por exemplo do afastamento do atual Michel Temer (cassação de mandato ou impeachment). Quem reúne os qualificativos e aceitação popular na sucessão presidencial? Pelo que temos no mundo político, não há ninguém que seja de consenso. Se permitido fosse, poderia se pensar em importar algum candidato. Mas é inconstitucional.
Em sendo assim eu tenho uma sugestão: ou me aceitem como candidato (prometo manter minha candura, por isso me sinto cândido e candidato) ou importemos alguém de outro país. Sugiro alguém da Suécia, da Suíça, da Islândia, ou até mesmo da Groelândia. Nessas nações pouco se sabe o que é corrupção e caixa 2. E propina é só um gorjeta doada ao garçom. julho/2017

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