sábado, 30 de setembro de 2017

COTAS MINORIAS

SOU CONTRA AS COTAS RACIAIS E EXPLICO 

joão Joaquim 


Estamos vivendo a era da voz das minorias. É tal classe disso, daquilo, que não acaba mais. Daqui a pouco vamos ter a gritaria dos sem minoria. O movimento dos sem minoria. Em tempos um pouco mais remotos, ali no início da redemocratização do Brasil (1985) não se tinha as reivindicações de minorias. Fico imaginando uma manifestação dos LGBT no período do regime militar. Mesmo que não houvesse repressão por órgãos do governo. Porque a sociedade da época era muito mais carrancuda, conservadora e tradicionalista.
No fundo isto é uma verdade. Mesmo que no íntimo a maioria das pessoas goste de mais liberdade e democracia, essa mesma maioria é influenciada pelo sistema de governo. É o que no popular se chama lavagem cerebral, ou efeito manada.
Mas, enfim, eis que estamos nos primórdios do século XXI e temos nos quatro cantos e centro do país o grito, o alarido e as reivindicações das minorias. Quando promulgou-se a lei das cotas raciais( 2012), me posicionei contra. E eu explico. De forma simples e objetiva eu penso que negros, índios, mestiços e mulatos ser contemplados com cotas de ingresso nas universidades se torna uma forma de discriminação, de preconceito.
É o próprio Estado chancelando esta forma de discriminação. E os contemplados com tais privilégios vão dizer que não, que tal concessão do estado não é uma forma de preconceito. E que interessante! Esses mesmos beneficiários, estudantes cotistas ao negar essa discriminação do governo estão, eles próprios, afirmando tal forma oficial de preconceito. Não soa estranho. Muitas vezes a negação é a afirmação da coisa negada.
A minoria de maior alarido tem sido a dos negros. Pode-se dizer que eles são a maior das minorias. Curioso é que uma vez institucionalizada a lei das cotas muitos que não eram negros típicos se autodeclararam de etnia negra.
E atenção! Temos que tomar cuidado com as palavras, os termos. Raça por exemplo. Está em vias de extinção. Porque ela lembra racial e racismo; o mais correto é o termo etnia. Já há quem defenda que deve-se acabar com etnia tal, etnia qual etc; e unificar, etnia humana e pronto. Somos uma etnia única, a humana.
Houve até alguns casos de autodeclaração de pertencimento a etnia negra muito curiosos. O aluno sempre tido e havido de familiares todos brancos. Na momento  de concorrência pelo critério de cotas se declarou de origem negra. Vai lá saber! Só fazendo estudo genealógico ou de genoma. Isto demonstra o quanto de viés pode existir no concernente ao sentimento de discriminação étnica. Se o resultado é em benefício do sujeito ele troca até de cor de pele e de etnia.
E assim seguem as vozes dos minoritários. Uma minoria que anda provocando muito barulho e alvoroço tem sido a das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). E são minorias só de nome porque muitos saíram do armário, do anonimato e foram para as ruas. Em passeatas são numerosos e se tornaram maioria.
As passeatas, de milhares de pessoas, encerram um grandíssimo espetáculo. Os adereços tem todas as cores e lembram o arco-íris. Todos ficam em polvorosa, assanhados e irisados. O certo é que os homoafetivos e transgêneros conseguiram muitos direitos e prerrogativas. Há quem opine que eles querem implantar a ditadura dos gays. Aí também é extrapolação de reivindicação e querer muitos privilégios. O que é um absurdo porque numa democracia todos são iguais e sem privilégios.
Agora se tem uma minoria neste país que sempre foi discriminada, oprimida e perseguida é a dos povos indígenas. Na verdade grande parte dos índios do Brasil foi extinta. Algumas etnias desapareceram e outras em vias de sê-lo. Numa consideração rasa, os indígenas é que são os verdadeiros donos nativos do país. Eles paulatinamente vêm sendo massacrados desde a chegada dos portugueses com a chefia de Pedro Álvares Cabral em 1500. Foram crimes e mais crimes de lesa-humanidade cometido pelos colonizadores.
As tribos indígenas, sim, constituem uma minoria a quem o povo brasileiro e a nação devem muito por tanta perda e infortúnio que padeceram.
Enfim e como epílogo pode-se cravar que o século XXI, além de nomeado o século digital e da internet e redes sociais pode também ser intitulado a era do domínio e voz das minorias.
O que não parece decente e aceitável é a imposição dessas minorias de seus direitos, poder, haveres e privilégios. O que a constituição cidadã de Ulisses Guimarães( promulgada em 1988) previu e consignou é que todos somos iguais perante a lei.

Assim ninguém é melhor e mais igual do que os outros. Todos devem ser agraciados com os mesmos direitos, mais de igual forma ter ciência e senso de iguais deveres; em suma, isto, sim,  é democracia, isto é justiça. E cá entre nós se todos somos igualmente capazes, de mesmo QI, e de igual aptidão e inteligência, porque entrar nas Universidades e empregos públicos sem concorrência de igual para igual !  Por isso eu concluo, entrar em univerdades e empregos públicos com um nota de corte menor é ter as benções do Estado e um atestado de inferioridade e discriminação com os outros alunos e com os próprios cotistas. Não pode , Não pode.    Setembro/2017

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