segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Bullying

BULLYING MAIS DOENÇA MENTAL E ACESSO A ARMAS DE FOGO PODEM DAR EM TRAGÉDIAS INOMINÁVEIS
Joao Joaquim

O atentado com vítimas fatais e sobreviventes no Colégio Goyases, de Goiânia, é mais um daqueles epsódios trágicos que trará muitas discussões, opiniões, debates e propostas sobre diversas questões enfrentadas pelas famílias e sociedade. Como registro para futuras leituras: nessa escola de ensino fundamental, um garoto do 8º ano, 13 anos de idade, sofria chacotas, desdém e injúrias verbais; como  de todos sabido, um assédio  denominado bullying, até que no dia 20.10.17, essa vítima de "assédio moral" entra para uma aula normal portando uma arma de alto poder letal. Ele atira pontualmente no autor dos repetidos bullyings e em outros companheiros de classe, com 2 mortos imediatos e mais 4 feridos. São relatos testemunhais de colegas da escola. A direção do colégio,  por questão de justiça de informaçao, nega ter recebido essas informações de bullying sofrido pelo agressor.  
O que se tem de concreto até então, de informações concordantes, de amigos e imprensa, é que o autor do atentado sofria injúrias verbais e menosprezo de alguns colegas de classe. E mais, segundo informes de testemunhas do convívio, que o agressor verbalizara sinais e sintomas de provável distúrbio psiquico e/ou psiquiátrico. São hipóteses para futura elucidação diagnóstica.
Três são as questões que podem ser trazidas à baila para debates e propostas de minimização e/ou solução. 1-Bullying em escola e em outros espaços de convivência; 2-transtornos (doenças) mentais;  3-disponibilidade e/ou porte de arma de fogo.
O bullying( do inglês to bully, tiranizar, oprimir) tem sido recorrente nos espaços de convivência, sobretudo nos ambientes ecolares. É também muito praticado na internet e redes sociais (ciberbullying). No ambiente virtual são empregados os chamados memes, imagens nocivas e xingamentos. São agressões da mesma natureza do racismo, injúria étnica e preconceito contra as minorias;  como exemplo, pessoas dos grupos LGBTI e algumas religiões.
No ambiente escolar tal forma de assédio moral deve ser coibido pelo corpo docente das próprias escolas. Missão pedagógica que cabe a professores (as), coordenadores (as) e monitores. Tal expediente deve ser adotado com todo rigor através de reuniões, com a presença de vítimas e agressores, no sentido de pacíficação, orientação moral e ética aos envolvidos e proibição de qualquer expressão, gesto ou objeto injuriante. Outra exigência determinante é a comunicação de tais injúrias às famílias de vítima e agressor no propósito de cooperação e cessação de toda forma de agressão  física e verbal. O que fica claro e patente é que tanto professores e pais nunca podem subestimar e negligenciar ante os comportamentos e denúncias de bullying. Por isso dá-se ênfase no diálogo permanente de pais e professores com os alunos.
Uma outra realidade de uma prevalência significativa se chama doenças mentais. Elas têm um espectro  grande e variável e algumas de prognóstico grave e incurável. Como exemplos, os transtornos de ansiedade que atigem em torno de 20% das pessoas. A ideação suicida, também grave e crônica, mas tem tratamento e cura. As esquizofrenias, que acometem 1,2% das pessoa. Estas doenças(esquizofrenias)  não têm cura, exigem rigoroso tratamento com psicotrópicos e vigilância das famílias e/ou cuidadores (curadores). Nessa estatística, têm-se em Goiânia , cerca de 15000 pessoas acometidas dessa grave psicopatia. A cada 100 pessoas que se  encontra, tem-se ao menos um com a doença.
Uma questão extremamente milindrosa e grave é o preconceito e negação da família em relação aos sinais premonitórios (iniciais) indicativos das doenças mentais. Os pais ou responsáveis são os primeiros na demora e negativas em admitir e procurar ajuda diante de um filho com as primeiras manisfestações de qualquer transtorno psicológico ou paiquiátrico.
Trata-se de uma realidade tão grave que não tem sido incomum fazer-se o diagnóstico após um episódio de desatino ou tragédia como são os casos de tentativa ou comentimento de suicídio, de homicídio e crimes passionais. O estigma e segregação que as doenças mentais provocam levam a essa omissão e negação por parte de pais e familiares desses pacientes. 
A questão da participação das armas de fogo. Toma-se como exemplo os EEUU. Lá, em muitos estados, todos podem portar a arma que puder comprar, inclusive as de guerra como metralhadoras e fuzis. Já se têm estudos no próprio País que apontam: os estados com mais liberdade ao acesso a essas armas letais são os de maior número de homicídios, suicídios e atentados em massa (colégios, shoppings, shows).
No Brasil, o estatuto do desarmamento, criado em 2003, tem sido tanto infrutífero quanto estéril. Talvez pior ou mais nocivo do que antes porque desarma as pessoas honestas e responsáveis, mas, não se tem  os mesmos efeitos e resultados para os criminosos. Além do que há uma cultura no Brasil de muitas leis não surtir a eficácia esperada e a prática do jeitinho ilícito e desonesto de ser. A clandestinidade e a pirataria andam de mãos dadas nessas circunstâncias. As armas de fogo entram no país por todas as fronteiras. Que bem o atestam sobre essa triste realidade o crime organizado do Rio e São Paulo.
Assim ficam postas com as devidas propostas, essas três realidades:  bullying, transtornos mentais e armas de fogo. Cada uma tem sua dramaticidade peculiar e sujeita a tragédias. Imaginemos então a convivência ou coexistência de pessoas vítimas ou autoras de bullying,  de doenças mentais mais o acesso ou porte de arma de fogo. São associações mais do que danosas , irracionais e com alto poder de tragédias e de fatos e feitos que deixam famílias e sociedade  aturdidas e consternadas em só de ouvir e ver imagens dos horrendos crimes perpetrados por autores em crises de ódio e surtos psicóticos. 
Se uma dessas três condições já tem um alto potencial de conflitos, de destruição e molestação da pessoa atingida, imagine a conjugação de duas ou todas no mesmo ambiente de convivência. Por isso se alerta: - Bullying, transtorno psiquiátrico mais acesso a arma de fogo podem resultar em tragédias inomináveis. Cabe às famílias, educadores, sociedade e Estado uma profunda reflexão sobre tais questões e criar expedientes e diretrizes na prevenção desses eventos que amendrontam e ameaçam todos nos seus espaços de convivência, como são escolas, casas de entretenimento e participação coletiva.

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