terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Cachorro e filho...

CACHORRO SE CRIA COM RAÇÃO , FILHO SE CRIA EDUCAÇÃO
João Joaquim 

Dois são os problemas gravíssimos abandonados por sucessivos governos do Brasil. São eles o planejamento familiar e o controle de natalidade. E eles têm múltiplas causas. Aqueles e aquelas que procriam e têm filhos também têm culpa. Porque estamos aqui a falar de gênero humano, dotado que é de instinto e prazer sexual, mas também de racionalidade, de inteligência e discernimento.
Em outras palavras cada pessoa não só tem, mas detém o dever de escolher (discernir) o que é certo e o que errado, o que é bom para si e para aquela criança que ela colocará nesse mundo.
Vamos iniciar a presente discussão pelo lado do homem ou mulher que vai procriar. No concernente ao pai menor de idade os motivos que o levam a ter um filho ainda adolescente envolve sua insuficiente informação sobre atividade sexual e biologia da fecundação. Essa desinformação em geral decorre de baixa escolaridade do próprio indivíduo e dos pais que por consequência não reúnem condições técnicas e culturais em orientar os filhos sobre sexualidade e métodos contraceptivos.
Os mesmos critérios se aplicam à gravidez nas meninas adolescentes. Baixa escolaridade dessas garotas e das famílias, e falta de diálogo franco e claro sobre a biologia da reprodução humana. Em lugar de educação, têm-se a imbecilização e programas assistencialistas de governos petecomunistas.  Nada contra Lula , Dilma e parças . Mas, deveria ter porque eles destroçaram o país e suas economias.
Agora tomemos a situação dos progenitores bem maiores de idade, nos quais se consideram haver uma plena maturidade da racionalidade, da inteligência e do discernimento, que por conceito é a aptidão em definir o certo do errado, o bem do mal.
Tais considerações se aplicam aos dois gêneros, homem e a mulher. Tome-se agora o exemplo de um pai ou mãe que faz a opção em ter um filho. Mas esse pai ou mãe encontra na categoria de desempregado, ou mesmo com trabalho formal ou informal , mas  de baixa renda. Procriar, ainda que seja um filho, significa custo material, assistência alimentar e médica;  e certamente custo com educação. Tendo em conta que saúde e ensino fundamental são direitos constitucionais, mas no Brasil, são itens de baixa qualidade.
Assim é de previsão cristalina que a criação e educação de um filho único envolvem gastos contínuos e elevados, durante no mínimo 20 anos. Imaginemos então ter uma prole de 5 filhos, sem as condições financeiras mínimas para tal.
Fazendo uma consideração pelo lado dos pais procriadores, que sem esse suporte básico, ainda assim optam por uma prole de 3 filhos ou mais, esses genitores se assemelham a um animal mentecapto, com alguma sandice , leviano, irresponsável e até delituoso. Pelo fundamental e humano fato de insuficiente condições no apoio e provimento  de uma digna criação e educação de uma criança.
Que exalte de maneira bem consistente e severa :  há uma gigantesca diferença entre a criação de uma ninhada de cachorros e de filhos. Bichos apenas se criam. Filhos e gente diferem muito porque exigem (por direitos humanos) criação, educação e formação dignas.
Por  educação e formação dignas entendem-se alfabetização e escolarização de qualidade. São condições que começam com uma boa orientação ética e cultural oferecidas pelos pais, que devem ter um nível de escolaridade básico para tal missão. E no Brasil sabemos que nem sempre isto é possível. Os programas assistencialistas dão bolsas e abonos mas não dão educação.  Porque levam ao discernimento e esclarecimento do eleitor e perda de votos.
Por último ,o planejamento familiar e controle de natalidade de orientação e responsabilidade do Estado. Êi-los .
No Brasil as políticas de saúde pública em tais questões sempre foram pífias e escassas. Basta imaginar a opção de uma laqueadura de trompa ou vasectomia. A burocracia e exigência pericial (junta médica) para obter esta técnica contraceptiva são desestimulantes para qualquer usuário (a) que procura as unidades do SUS para tal procedimento.
Quando se opta por métodos anticoncepcionais mais simples e de baixo custo, a exemplo das pílulas anovulatórias e preservativos, nem sempre eles são encontrados nas unidades de saúde pública.
Somados a tudo isto não vê por parte do governo campanhas e programas de instrução e orientação sobre planejamento familiar e controle de natalidade.
Assim, têm-se esse quadro dramático de descontrole populacional, de crianças, jovens e adultos completamente desassistidos do direitos mais elementares .   São os exemplos de uma educação de qualidade, condições dignas de moradia e assistência médica. São direitos na Constituição, mas na prática, inalcançáveis.
Todos os governantes são uníssonos em suas oratórias e campanhas no tocante aos mais de 200 milhões que é a população brasileira. Mas, nunca mencionam os milhões de desempregados, de analfabetos absolutos e funcionais, de crianças fora das escolas, dos jovens que não completam o 2º grau.
Muito melhor e  seria mais humano, se fôssemos a metade do que somos, mas sem desemprego e sem analfabetismo. Tudo por culpa do cidadão e do governo. Faltam planejamento familiar e controle de natalidade. Cidadãos e governos solidariamente responsáveis , porque todos somos dotados de razão e juízo critico , em saber separar o joio do trigo, o bem do mal . Criar filhos não é o mesmo que criar cachorro. Cachorro se cria com ração. Filho se cria com alto custo, assistência alimentar e médica e educação de boa qualidade , e ponto final .   Fevereiro/2018.   

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