terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Ex quase ministra

A LIÇÃO REVERSA DE UMA EX QUASE MINISTRA

João Joaquim 

Eu não tenho e nunca tive vocação para advogado. E mesmo que o fosse não passaria de um reles rábula. Porque nunca foram de meus pendores profissionais, nem de meus  objetivos e modos,  litigar contra quem quer que fosse. Todavia, peço escusas a todos os assim constituídos e saio em prol de alguns fatos e pessoas que andam mal interpretadas e injustiçadas. E acredito que tal sentimento de injustiça possa ter desabrochado no íntimo e coração de outros cidadãos. Não só com esses fatos que conto aqui, como inúmeros outros assemelhados.
A primeira pessoa aqui tratada é do presidente da república, Michel Temer. Longe de querer falar de sua baixa popularidade; conforme pesquisas de opinião pública. Ela anda na margem dos 3%. Considerando a margem de erro, pode ser popularidade zero.  Três pontos  a mais, três a menos, zero. Mas pode ser nove também. Estatística é a Ciência da inexatidão.  Fora os que o consideram ruim ou péssimo, além dos indecisos e os que se negaram a qualquer outra consideração e adjetivo. São os sem noção  e sem opinião .  Agradar a todos é muito difícil .
A questão maior de que falo aqui versa sobre a escolha pelo  chefe da nação, da pessoa da sra Cristiane Brasil, filha do ex preso e ex deputado, Roberto Jefferson (PTB),  para ser ministra do trabalho. Uma vez indicada para o cargo foram conferir o seu curriculum vitae. Aferição esta feita por adversários do presidente da República (MDB), imprensa, associações de classe e OAB. Está consignado em sua folha corrida, aquele apanhado ou registro de culpas em cartórios ou tribunais,  que a  ex quase ministra  já foi condenada pelo tribunal regional do trabalho em duas ações trabalhistas( ali no Estado do Rio de Janeiro). Foram dois motoristas que trabalharam para a deputada  Cristiane, do PTB, sem carteira de trabalho assinada e sem outras obrigações trabalhistas pagas.  Ela foi condenada a pagar aos ex funcionários. Dívida que ela ainda tem algumas parcelas não quitadas. Mas, ela vai pagar, assim o declarou para a justiça e para os reclamantes. Ela deve, não adianta negar porque foi condenada, e pagará quando puder.
Agora imagine bem ! Pura questiúncula e litigância de somemos importância, para não dizer de má fé . Ela deve, não tem negado e pagará, não quando puder. Além  de poder pagar, porque dispõe de bens,  a justiça assim o determinou como sua dívida e seu dever.
Agora em nome do contraditório e ampla defesa das pessoas e dos fatos. Empossar uma pretensa ministra do trabalho que descumpriu leis trabalhistas tem uma razão fiscalizatória e pedagógica.
Ser chefe de um ministério do trabalho dá trabalho, significa ser  regente das relações trabalhistas. Tal múnus público  lhe traria a chamada pedagogia reversa. Porque assim, tendo ela transgredido uma legislação trabalhista, traz-lhe um aprendizado adicional e empírico do que não deve fazer o seu séquito de comandados. Bem  assim , trabalhadores, empregadores e empresas sob sua fiscalização e vigilância. Seria essa contribuição , que a ex quase ministra traria à Nação. Qual o problema ? Eu não vejo.
Portanto, a gritaria e protestos gerais contra a posse da futura ex quase ministra perdem sentido. No mesmo sentido sobrou razão ao presidente Temer na insistência em tê-la tido  como sua auxiliar na pasta do trabalho. Ou eu estaria falando alguma abobrinha ou cometendo alguma tolice?
Outro fato de que falo como causídico se deu em Londrina PR. Nessa cidade, tida e havida como grande produtora de café foi constatado que numa chácara especializada em recuperação de dependentes químicos( maconheiros, cocainômanos , alcoólatras e sucedâneos )  havia uma plantação extensa de mais de 500 pés de maconha. Ora, trata-se como referido na história da ex quase ministra do trabalho da mesma tese. Fiscalização e pedagogia reversa. Não fosse a denúncia do cultivo da cannabis sativa, a polícia não teria ido àquele local numa diligência de monitoração e fiscalização. Assim o fez. E nessa visita, ficou então consignado no inquérito, que os dependentes químicos cultivavam uma grande horta da famosa planta consumida em baseados.  Só isso. Nenhuma outra irregularidade.
O fato de em uma  clínica ou estância para recuperação de dependentes químicos ser encontrado drogas ilícitas está de acordo com o desígnio e objeto das coisas ou da pedagogia reversa. Desígnio das coisas porque não é de chofre que se desmama de qualquer entorpecente. Pedagogia reversa porque como os monitores e profissionais dessa terapia de recuperação irão demonstrar para os internos como abdicar ou abster  do vício?  Tal expediente não se faz com sistemas e exposições teóricas. Torna-se ao que sugere tal empreitada, uma espécie de clínica-escola. Nem só de teorias e ideias se demonstram os danos que o vício faz .
Tal tese e preleção se dão para presídios e colônias penais. Em lá se achando armas de fogo e granadas. Tudo se justifica pela ideologia da vigilância e pedagogia reversa.
Como se depreende desses fatos há um exagero e falação da imprensa e sociedade. Tanto na pretensão do presidente Michel Temer, quanto na sua indicada a quase ministra, deputada Cristiane Brasil. Francamente, quanto falatório maldoso e insosso.  Fevereiro /2018

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