terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Lavagem...

LAVAGEM CEREBRAL NAS RELIGIÕES E NA POLÍTICA
João Joaquim  

Eu como um animal pensante e racional, ou seja, dotado que sou de razão e pensamento concreto, mas também emotivo e sensível, dotado que sou de emoção e coração, gostaria muito de compreender e saber mais sobre a lavagem cerebral. E pouco ou nada sei sobre esse fenômeno psíquico.
Quisera ter hoje um Sigmund Freud para auxiliar-me nesse entendimento. Além da psicanálise tal efeito psíquico e na consciência,  tem sido objeto de estudo da psicologia, da sociologia , da  neurologia; e mais recentemente na Política. Mas, dúvidas e perguntas persistem: como se dá todo o processo da tão disseminada e refratária lavagem cerebral? Aos fatos.
Por conceito tem-se que é um mecanismo ou expediente empregado em muitos cenários de atividade. Na religião e na Política por exemplo. Muitas seitas religiosas ainda se valem desse suporte pedagógico como captura de fieis, incutindo-lhes na consciência e memória sobre os seus dogmas e postulados. Algumas denominações ou igrejas adotam a chamada teoria ou “teologia” da riqueza ou da prosperidade junto aos seguidores. Referida prática se constata em seitas ditas pentecostais e neopentecostais. Esse expediente, uma espécie de Simonia  (tráfico de coisas sagradas) nos remete às mercancias da própria igreja católica dos séculos XV e XVI, com as venda das indulgências papais e outros líderes católicos. 
O sectarismo e fidelização em muitas das religiões de nossos tempos se estabelecem pela mercancia de feitos e objetos sagrados. Para tanto, muitas se valem das mídias de massa como rádio e televisão através da oratória e persuasão de seus pastores executivos e bons oradores. Desta forma se constrói o adesismo dos fieis. Os seguidores são impelidos a fazer ofertas, mensalidades, dízimos e muitas outras doações, num sistema de compra da remissão de culpas e pecados e garantia de um assento no paraíso quando morrer. Muitas são as promessas, recompensas e objetos ungidos (“consagrados”) direta ou indiretamente vendidos aos “irmãos”. É um autêntico e lídimo processo de lavagem cerebral.
Assim também o fazem as formas de governos, assim procedem os regimes tirânicos socialistas, comunistas e de direita, o mesmo mecanismo de impressão e sugestionamento é adotado pelos líderes carismáticos e opressores, ou carismáticos e populistas demagogos  desses partidos e dessas ideologias e liderança. Foram dessa forma que vingaram as prédicas e oratórias de Lenin, de Stalin, de Hitler, de Mussolini e muitos outros ditadores de antes e de hoje.
Muitos desses déspotas e sanguinários tiveram uma longa sobrevida com o emprego maciço e único da propaganda de mentiras e falsidades, ou da hoje tão conhecida lavagem cerebral. Um exemplo foi Joseph Goebells , ministro da propaganda do Nazismo, que cravou essa: " Uma mentira repetida 100 vezes se torna verdade ". 
As primeiras referências mais explícitas de lavagem cerebral se dão nos templos taoistas. O taoísmo é considerado uma filosofia ou religião de tradição chinesa. Um dos lemas ou mantras pregados nessas casas religiosas era a limpeza de coração das coisas nocivas à alma. Esse foi um mote muito repetido e empregado pelo partido comunista Chinês (PC Chinês). Ainda o é pelos seus líderes e ideólogos, numa clara estratégia de incutir suas ideias e “verdades”, nas mentes dos cidadãos (lavagem cerebral). Dois autores, Edward Hunter e Robert Liftor, nos idos de 1950, época da guerra fria, fazem extensas referências ao processo de lavagem cerebral imposto às pessoas.
De momento aqui no Brasil estamos vivendo um modelo bem nítido de lavagem cerebral. Ela se dá nos apoiadores, eleitores e seguidores do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como do mundo inteiro sabido, ele foi condenado por um tribunal de 2ª  instância (TR4, de Porto Alegre -RS), a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Eu disse do mundo inteiro sabido, mas disse mal, porque à exceção de seus eleitores e seguidores.  Mesmo  que ressoe pelos quatro cantos do país, eles negam a ouvir e acreditar no que prolataram (proclamaram) os três juízes do TR4.
No presente caso, Lula é o personagem, líder do partido dos trabalhadores (PT). Como poderia ser outro líder, PSDB, MDB, ex -Arena, ex UDN, etc. A referência aqui é apartidária e sem engajamento.
“lamentavelmente, Lula se corrompeu -É  essa conclusão a que se chega com uma análise técnica e isenta da prova, e não com uma visão que se faz míope pela veneração à figura política que foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”- Maurício Gerum, procurador da República, no julgamento do TRF4, em 24.01.18.
Dois comentários  se fazem pertinentes nesses caso de líderes carismáticos e populistas. Sejam eles de uma Venezuela, da Bolívia ou do Brasil. Dois são os grupos de seguidores e apoiadores. O daqueles que formam a claque e o palanque do líder.  Estes  têm memória e conhecimento dos fatos e feitos daquele político, mas dão –lhe apoio e guarida porque são participes e beneficiários dos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. Esses são leais ao chefe e líder porque também são corruptos e têm culpa na justiça e no cartório.
O outro grupo, mais numeroso,  daqueles desvalidos e menos escolados. Eles foram ou ainda são agraciados com algum programa social assistencial. Muitos desses eleitores e seguidores se negam a acreditar no que apuram os órgãos de polícia e de justiça. Esses últimos constituem os autênticos  cidadãos portadores do processo já tão conhecido de lavagem cerebral. Trata-se de um processo de arregimentação  empregado por líderes políticos , religiosos e outros  falsos profetas e falsos messias.   Janeiro/2018.   

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