quinta-feira, 14 de junho de 2018

Efeitos da TI

UMA GERAÇÃO DE  IDIOTAS E ABESTALHADOS
João Joaquim  

O nascimento da internet e toda sua prole permitiram a que surgisse uma legião de jovens completamente perdida. Uma geração de pessoas abestalhadas. São adolescentes e moços que parecem que  perderam o bonde do progresso. A prole da internet, só para lembrar são todas as redes sociais como whattsap, twitter,  facebook e instagran. Além de muitas mídias e youtube. Quando se fala em bonde do progresso, faz bem esclarecer que toda tecnologia, a exemplo da internet, foi concebida e criada para acrescentar bem estar e qualidade de vida às pessoas. Além de  em se constituir em um recurso e ferramenta que propiciasse aquisição de cultura e conhecimento.
Para essa multidão de néscios e parvos mentais nada dessa utilidade se vê fruída como crescimento cultural, profissional, ascensão   social. Levas e levas de gente vêm se entregando a futilidades, à uma vida vazia e sem finalidade, sem significado, sem  projetos de construção, de melhora pessoal, profissional ou social.
Ao que parece, pelo andar do bonde das futilidades, por esse estilo de vida vazio e sem importância, estamos vivendo o chamado império da mediocridade. E o diagnóstico, fundado no conjunto de sinais e sintomas, dessa era vazia do útil e construtivo salta aos olhos em  um exame raso em todas as searas, recantos e ambientes sociais. Sejam esses espaços nos lares, nos espaços públicos, nos ambientes escolares e recreativos.
Vamos aqui imaginar o ambiente familiar, na relação pais e filhos, no que deveria constituir a primeira e mais sólida educação do indivíduo. Nisso, assim creio, todos são convergentes e anuentes.
No chamado aprendizado seminal,  na chamada  educação de berço é  que se plasma e constrói todo a ossatura, a estrutura da formação  da criança, do adolescente, do jovem e futuro cidadão.
A noção, o senso ou contrassenso de educação têm se degenerado em tão alto grau que a tendência de muitos pais e famílias tem sido a terceirização dessa educação fundamental;  na constituição e forja do caráter, na índole e cabedal ético, cívico e social do indivíduo. Tais princípios têm sido deletados nesses nossos tenebrosos tempos virtuais e de futilidades.  
Toda criança uma vez nascida pode se equiparar a um metal precioso em meio a ganga, em forma rústica, bruta, crespa e pedregosa.
Seria como um metal raro semelhante ao  ouro ou prata ou uma pedra preciosa a exemplo da safira ou diamante. Todavia, apresenta-se essa criatura em germe, como uma flor ainda abotoada, rude, rugosa, sem nenhuma informação sensorial. O que tem que se fazer os primeiros cuidadores?  Tarefa que incumbe por dever original aos pais. Tanto melhor e mais frutífera e eficaz, se for os dois, pai e mãe. Essa missão original de educar um filho deveria ser indelegável, nunca transferida a quem quer que seja. A não ser que esses genitores não tenham aptidão moral e intelectual para tal mister, de tão alta responsabilidade e nobreza.
E aqui então já houve um erro e um crime na origem, porque se um pai ou uma mãe não reúne condições morais, mentais e socioeconômicas, não deveria então ter o direito de gestar ou gerar um filho. Seria uma aberração comportamental e de caráter.  Como  procriar se não tem capacidade para criar e educar? Mais do que condições econômicas o indivíduo necessita de um curriculum ético e moral, uma conduta proba e ilibada para gerar, criar, educar e formar um filho.  Gerar e criar , se faz com um cachorrinho, um gato. Com gente é muito diferente e mais nobre.
Quando se traz à baila a questão da relação tecnologia e educação vem logo a memória de todos o expediente ou recurso da babá eletrônica, quando do surgimento da televisão e período pré internet. Como se dava o recurso ou emprego da baba-eletrônica? A mãe ou babá não tinha como fazer as tarefas domésticas e ao mesmo tempo  brincar com as crianças. A saída então era deixar a criança à frente do vídeo de TV ou videogame. Ou seja, essa criança em detrimento de brincadeiras e entretenimento lúdico e pedagógico tinha uma única diversão, assistir a programas na televisão, desenhos animados ou manusear videogames.
Um grande dano na educação e formação dessa criança se constata  na sua ida para a escola. Como aprender as primeiras letras, números, a desenhar e escrever, se o cérebro em formação recebia tudo pronto em formatos , cores e sons? Quanto atraso e déficit de aprendizagem nesse recomeço. Em geral quando vão para a escola elas já assistiram 2000 , ou 3000 horas de vídeos, jogos e programinhas infantis na TV.
Hoje em tempos virtuais e digitais, surgiram as babás virtuais e digitais. São todos os instrumentos de informática e de mídias. São os notebooks, os smartphones, os tablets, os ipads.
Muito longe de se criticar negativamente, praguejar e demonizar os recursos, as tecnologias digitais e da informação. A deformação está no emprego precoce dos instrumentos de mídia. Basta ter presente que o aparelho celular hoje se transformou em um mini computador de mão, onde se acessa irrestritamente qualquer site. Tem-se de tudo, troca de mensagens, games, jogos sem censura e tráfico de toda ordem.
As famílias, os pais, tutores e monitores das crianças e dos filhos encontram-se embevecidos com as ofertas da internet e redes sociais. As crianças têm crescido nesse ambiente mágico e colorido. Elas não interagem com os amiguinhos, não brincam, não têm atividades lúdicas e contatos pessoais. Não leem, não rabiscam, não escrevem, não somam sequer. Por isso, da geração classificada como Z ou nascida imersa na internet tem surgido essa legião de néscios, parvos mentais e totalmente alienados do convívio social.  São os nossos adolescentes e jovens de hoje, os cidadãos que comporão o mundo de amanhã .Que mundo será esse em construção ?  Abril     /2018.  

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