quinta-feira, 14 de junho de 2018

Felicidade sem dor

A FELICIDADE SE GRACIOSA NÃO TEM SEM SABOR
João Joaquim  


Em todas as épocas, em todas as culturas e civilizações, as pessoas enfrentam o que se pode chamar de as durezas da vida. E não só pela crueldade que a própria vida pode nos dar, mas por muitos outros fatores gerados, perpetrados pelas próprias pessoas. Ou seja, sendo essas pessoas os sujeitos ativos dessas crueldades e tornando outras pessoas vítimas desse processo.
Há uma frase popular que afirma: o bom dessa vida é a vida que a gente leva. Vamos dissecar e desmistificar aqui o ressignificado dessa afirmação. Mais seletiva e especificamente o segmento vida que a gente leva. Vida leve, com leveza e serenidade seria o ideal da vida a levar. É possível que sempre tenha havido, mas, hoje mais do que nunca parece haver mais mediocridade e banalização no jeito de levar a vida. A humanidade, de fato e de concreto, atingiu um alto grau de progresso, de desenvolvimento, de avanços tecnológicos e científicos. Disso ninguém em sã e lúcida consciência vai divergir porque as provas e as próprias invenções estão ao alcance de todos como testemunhas vivas e ambulantes. Que o atestam os próprios meios e aparelhos de comunicação dos quais todos fazem uso. São exemplos os objetos de mídia e de informática como os tablets, os ipads, notebooks e smartphnes. SÃO sinais de avanço e de progresso.
Mas, que dicas e respostas se pode dar à que se leve a vida com leveza e serenidade? Muitos são os choros e lamentações a que passam ter as pessoas diante dos mais diversos imprevistos e infortúnios. E nesse sentido basta lembrar o próprio nascimento. Nenhum triunfo, nenhuma vitória, nenhum troféu ou medalha de bronze, de prata ou de ouro se consegue sem um esforço, algum grau de sofrimento e superação dos próprios limites( Super- Ação).
Esse é o primeiro princípio da própria vida. Para tal tome-se como ilustração o próprio nascimento. A invenção e opção da cesariana de fato minimiza e mitiga a dor para a mãe, mas não tanto para o feto e nascituro. Porque ele  passa pela quase via crucis do parto vaginal ou pela apertada incisão da cesariana, aos trancos e choros e palmadas no bumbum ( muitas vezes), para chorar e respirar.
Essa Perda do aconchego uterino do recém nascido , da proteção do ventre materno e agora ter que respirar e buscar o leite materno de forma ativa e plangente. É o primeiro e mais candente modelo de superação de dor, imprevisto e crueldade humana. E ele será feliz, se tiver os cuidados pater e maternais comuns a todos os animais, irracionais ou não .
Ora! E assim prosseguem as reflexões da leveza com que levar a vida. Mas, com a lucidez e consciência da infinita aptidão para a superação. Superar significa vencer, dominar, ultrapassar, pular ou atravessar um obstáculo, algum inimigo ou infortúnio. É ir além do ordinário, do comum de nossas ações (super-ação). E nesse sentido o período do trabalho (dor, sofrimento) do parto para o nascituro e parturiente é simbólico e emblemático.
Quantos e quantos não são os exemplos que podemos tirar do cotidiano humano nesse sentido. Muitos são os desafios, os imprevistos e durezas a que todos estão em risco. Assim pode suceder no sentido econômico e da carreira profissional, na integridade física e da saúde, nas relações sociais e conjugais.
Não é incomum que na trajetória de vida, cada pessoa perca um emprego, sofra um abalo na expectativa de ascensão  funcional ou tenha algum prejuízo financeiro. Nessa circunstância, se deprimir e inferiorizar jamais. Cada um e uma têm plenas condições de reagir, de com uma atitude ativa vencer, pular; enfim de superar tal imprevisto. E superar significa alcançar um grau qualificativo e de excelência acima do que foi perdido inesperadamente. O mesmo se afirma para um dano econômico ou financeiro.
Pode parecer difícil ou impossível, mas tome-se um caso concreto de uma sequela funcional, orgânica ou física. Como exemplo, uma amputação de membro, paralisia qualquer, um déficit visual(cegueira). Trata-se, por obvio, de uma condição imutável. A medicina e ninguém vão reverter tal crueldade e imprevisto que algum infortúnio patológico ou acidental nos impôs. Nenhum resmungo, lamentação, ou choro vão mudar a nova realidade. O que nos sobra? Superar, readaptar e viver com alegria a mesma felicidade de uma pessoa normal. E nesse sentido não faltam inúmeros exemplos ao nosso redor,  de pessoas readaptadas, uma vez vítimas de tais infortúnios e crueldades, seja por ação da natureza, algum revés, ou mesmo de outras pessoas. Imagine-se o caso de uma amputação de um braço, uma perna, a perda total da visão por uma doença inflamatória ou degenerativa. Seja ou não com uma prótese, órtese, a vida pode e deve ser readaptada e tocada com uma ressignificação e temperada com leveza, otimismo, produtividade e alegria. Esses indivíduos nos motivam, devemos mirar em seus exemplos e superação.
No tocante às relações sociais têm-se as mesmas diretrizes e recomendações. Quantas não são as pessoas que incompatíveis numa convivência mais próximas devem ser distanciadas e desconectadas de maior intimidade. De mesma natureza nas mais variadas formas de laços conjugais. São milhares os exemplos vistos no cotidiano das pessoas. O amor tem analogia com as reações fisioquímicas. Os componentes ou cônjuges uma vez incompatíveis podem gerar reações nocivas, virulentas ou venenosas. E dessas ralações inarmônicas, desajustadas, nocivas, odiosas, etc,  muitas tragédias pessoais e familiares podem surgir . Para quê? 
Que cada qual torne a vida mais leve e a leve com ternura e mais leveza. Ao modo e jeito de cada um . Para isso é até significativo que cada pessoa aprenda a respeitar a alteridade. Nunca devo querer no outro o meu alter ego. Jamais. O BELO da vida são as diferenças, porque do contrário seria um só tédio, um monocórdio, uma música de uma lnota só. Imagina isso! Seria horrível .    08  Maio /2018.

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