quinta-feira, 14 de junho de 2018

Pessoas Honestas

HÁ UM BRASIL QUE AINDA NOS TRAZ MUITA ESPERANÇA
João Joaquim  

Quando percorremos este Brasil, tão conflagrado e convulsionado politicamente, com escaramuças de xingamentos e acusações entre os poderes, brotam em nosso íntimo otimismo e esperança. Esta energia alentadora remanescente no fundo da caixa de pandora (a esperança). Comigo, pensam e sentem, muitos dos que campeiam e perfilam esse imenso Brasil. Porque na verdade tem sido esse o cenário, têm sido essas as tendências postas à nossa frente. Uma nação em que parece que as instituições, a moral, os valores cívicos estão se esfarinhando, se esgarçando, sendo carcomidos pela corrupção, pela imoralidade política, administrativa e funcional, sob os auspícios e gerência dos que nos governam.
Não podemos esmorecer em ânimo e nem  ter ilusões que estamos salvos. O cancro, o abismo, as aves rapinantes estão sempre a espreita para nos engolir cada vez mais. Os sistemas, os esquemas, as combinações, as medidas provisórias ou permanentes e tantos outros arranjos tornam imprevisíveis afirmar sobre o que virá a cada amanhecer. O presente tem sido de insegurança, o passado perturbador e o futuro atormentador. O que será do povo brasileiro, o que se fará do Brasil?
Torna-se pertinente lembrar uma frase do ex ministro da fazenda, Pedro Malan. Numa certa reunião para deliberar sobre questões financeiras ele saiu com essa: “No Brasil as coisas andam tão esquisitas que até o passado está imprevisível”.
 E de fato soa verossímel a assertiva do economista Malan. Quantas não são as decisões editadas no passado que são revogadas anos depois? Quantos não são os atos, as medidas, os decretos, regulamentos de um governante anulados e cancelados pelo governo sucessor?
Quer exemplos bem chegadinhos de fresco? A tal decantada e recitada prisão após julgamento em 2ª instância. Várias autoridades, políticos e segmentos da sociedade estão aflitos, clamando pela mudança da decisão já tomada pelo supremo tribunal federal (STF). Têm ministros do próprio STF que já se pronunciaram que vai reverter e seu voto. Em 2016, em sessão para tal fim ele , O SUPREMO, votou favorável à prisão após condenação em 2ª  instância. Agora, querem mudar de novo, olha o passado imprevisível aí, como cravou o ex ministro Malan.
Um exemplo nas entrevistas para Deus e o diabo. Trata-se do ministro Gilmar Mendes. Ele muda de voto ao deus-dará .  E assim tem sido com tantos outros homens de governo, assim tem sido com o congresso nacional, com o executivo e instâncias do judiciário. Por isso, tinha razão Pedro Malan em tascar essa de que até o passado, em se tratando de política brasileira é imprevisível.
O que se tem então de alvissareiro tem sido esse confronto, de um Brasil obreiro, de uma banda de pessoas operosas e trabalhadoras, que plantam, que produzem, que constroem, que são honestas, solidárias, fraternas e ordeiras. Para tal confirmação basta permear, palmear, percorrer alguns rincões e regiões do país e lá são avistados os trabalhadores  no campo, nas construções civis, em infraestruturas, em estradas e rodovias.
Nos cenários públicos basta olhar com interesse e admiração o que fazem as forças armadas, as diversas polícias, os bombeiros civil e militar, os órgãos de defesa civil e fiscalização, as agências reguladoras. Vejamos a atuação combativa e eficaz de nossa polícia federal e do ministério público; no combate a tantos crimes internos e transnacionais! O papel em logística dos correios.
Todos esses exemplos constituem o lado bom, ordeiro, honesto, produtivo e construtor de nossa nação. E não se pode perder de vista e consideração, nesse confronto e paralelo, a banda podre, putrescente e malcheirosa de nossa sociedade. Aquela que não produz , nada faz, parasita, que é  predatória e comensal.
Nesse sentido, torna-se fácil e bem assimilável esse cotejo, entre o Brasil produtivo e trabalhador com o Brasil que nada faz, nada produz. Aqui representado, esse Brasil do nada, e improdutivo, de pessoas vagabundas, parasitas e comensais. São parasitas e comensais do governo, dos órgãos previdenciários, da sociedade, das famílias, dos pais com míseros bens e salários de aposentadorias.
Aqui e ali,  se excluem os profissionais e poderosos da corrupção, esses que ainda que a justiça os condene ou não já estão nos círculos profundos do inferno, ao modo e meios previstos na Divina Comédia de um Dante Alighieri.  Que esses gatunos e ladravazes brasileiros tenham os mesmos destinos daqueles do grande escritor romano.  Porque são os grandes, os maiores malfeitores da humanidade, porque roubam o dinheiro mais sagrado como o que deveria manter as creches, as escolas e hospitais públicos.
Nesse grande rebanho de pessoas que nada fazem e nada produzem, encontram levas e levas de jovens, moços e moças, completamente entregues aos expedientes fúteis e aos apelos da mediocridade. E assim o fazem impelidos e aliciados pelo sistema de consumo e marketing do “admirável” mundo da internet e das redes sociais. Esses vem engrossando as filas e cordões dos indivíduos que não leem, não redigem, não pensam e nada criam. E para quê. Tudo agora já vem pronto. É o império das futilidades, irmanado com a vigência da mediocridade, tão em voga e vigência de nossa intitulada hipermodernidade.
Mas ao cabo e termo das coisas, o bem, o trabalho, a honestidade da banda construtiva e produtiva do país hão de vencer. É só participar e acreditar. Abril/2018. 

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