quinta-feira, 14 de junho de 2018

Retrocesso

O HOMEM NO SEU RETROCESSO, APESAR DO PROGRESSO

João Joaquim 

        
Quando avaliamos o nosso desenvolvimento tecnológico, nosso progresso científico, nossas conquistas sociais, etc; fica uma impressão bem patente. Fica a sensação que o animal humano (homem ou mulher) não está sabendo lidar com essa evolução, em todos os campos do conhecimento. E em tão sensível questão não há exemplo mais contundente e robusto do que todos os recursos da internet com suas tão ubíquas (universais) redes sociais. Nem digo tanto nos dispositivos de informática: e quando me refiro à informática, significa apenas os instrumentos, objetos de armazenamento de dados como o disco rígido de um computador, um cd, dvd, cartão ou pendrive.
Quando refiro-me então ao fato de as pessoas não estar aptas, preparadas em lidar com esta e aquela tecnologia eu me fundamento na exemplo da internet. Recurso que pode ser classificado como uma das maravilhas da era moderna, tamanho é o seu poder de enriquecer a vida de cada usuário, seja no sentido de entretenimento, da aquisição de informação e da cultura. Cada um ao seu gosto e preferência a utilizará como melhor lhe aprouver. 
Todavia, não têm sido esta a prática e a realidade. Da internet tem se extraído muita informação, notícias, troca de mensagens e até uma profusão de fofocas, mentiras e “fake News”, mas muito pouco de formação, cultura, conteúdo ético e aquisição técnica e científica (formação profissional). 
Quando se retrocede um pouco ao advento da informática, internet e redes sociais, temos duas conquistas que servem de comparação. Os avanços da tecnologia de energia nuclear e a televisão. Quando se analisa as técnicas no emprego da radioatividade, não ficam dúvidas de sua grande utilidade para a saúde humana. São exemplos o emprego de radioterapia para múltiplas indicações médicas e outras fontes de energia. Por outro lado, temos a sua destinação para o mal, para a destruição e ameaças. São os casos das bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki, na 2ª  guerra mundial. O mesmo se diz das constantes ameaças dos países inimigos, a exemplo de EEUU e Coréia do Norte, EEUU e Irã. A humanidade dorme e acorda em polvorosa. Sobressaltada pelo temor do fim do mundo, se algumas ogivas forem lançadas nos países inimigos. O perigo é real, e muitos ditadores andam fuzilando ameaças. Contra , por exemplo ,o imperialismo americano. 
Portanto, os avanços científicos e tecnológicos no emprego dos elementos radioativos (urânio, hidrogênio, cobalto, plutônio) são provas irrefutáveis da pouca sabedoria humana em lidar com o progresso e descobertos científicas.
No tocante à invenção e descoberta da televisão, faz-se a mesma indagação. Em que grau, em que consistência ela contribuiu na formação cultural, profissional e ética do homem (gênero)? Não se têm mostras, provas claras nesse sentido. É possível que ela venha disseminando mais contracultura, incivilidade e baixarias antes que enriquecimento cultural, cívico e social para as pessoas. Para tal confirmação basta que o consumidor (telespectador) sente-se no sofá e faça em tur pelos canais abertos (sem assinatura).
Na maioria dessas redes televisivas encontrar-se-ão os intitulados realities shows ou big Brothers do Brasil (BBB), os programas policiais ao vivo e em cores e muitas outras abobrinhas e futilidades. Salva-se um ou outro canal de valor cultural ou social.
E assim caminhou e progrediu a humanidade e estamos na tão decantada (exaltada) e celebrada hipermodernidade digital. A maioria das pessoas vive numa cultura líquida e fluida. Nada é permanente ou sólido. Nesse sentido, a internet e suas redes sociais têm um papel fundamental. Elas que foram concebidas e criadas para troca de cultura, de informações e de conteúdos tecnocientíficos se transformaram em ferramentas de desinformação, de deformação de caráter e de costumes; enfim numa rede de boatos, fofocas, mentiras e futilidades. Vivemos a era também chamada de imbecilização ou idiotização da sociedade. Provas vivas e fresquinhas de como o ser humano não soube aprovar e lidar com as próprias conquistas e progresso. Os maiores provedores de Internet nada ou pouco investem em cultura de qualidade, em inforamações cosntrutivas e formadoras de cultura, de profissionalismo ou participação social e política. Todas essas redes de provedores( facebook, google, whatsApp, Twitter) estão muito preocupadas em criar uma horda, um população de consumidores e usuários de seus serviços e dos produtos de seus patrocinadores. Nada além disso, e pelo jeito a coisa vai piorar. 

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