sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Saúde..

 A SAÚDE É NOSSO MELHOR PATRIMÔNIO
João Joaquim  

Quando se fala em patrimônio, vem logo à mente de qualquer pessoa a ideia de riqueza, de bens e dinheiro. De fato não está de todo falseado. Na origem a palavra tem o significado de herança dos pais. De Pater+ Monius (de pai+estado ou condição, num sentido abstrato). No princípio, na história da humanidade, o termo tinha este significado, todos os bens, apólices, direitos deixados de pai para os filhos. Com o tempo, a semântica alargou o sentido da palavra.
Bem pensado, poderia  dividir o patrimônio em duas categorias. Um patrimônio material constituído  de bens materiais e dinheiro  em espécie ou creditado em bancos. E um patrimônio imaterial (em sentido abstrato). Se perguntássemos a várias pessoas qual o melhor patrimônio imaterial que elas prefeririam, certamente que as respostas seriam as mais díspares . Alguns exemplos: uma sólida formação cultural e acadêmica, uma denominada titulação profissional, fama e celebridade, uma habilidade nessa e noutra arte, talento num determinado esporte, um relacionamento afetivo e conjugal feliz. Entre outras possibilidades.
O aqui modesto e noviço escritor tem também sua preferência pessoal, e dela discorrerá neste artigo. Considero a saúde como um dos maiores patrimônios abstratos que possa ter a pessoa. Para tanto, vamos iniciar pela noção de saúde. Definição ampliada conforme OMS- Organização Mundial de Saúde. Saúde é o pleno bem estar físico, mental, social, emocional e afetivo.
Para melhor compreensão, vamos simplificar esses estados à luz das ciências médicas atuais, era da hipermodernidade ou época digital. A medicina preventiva e curativa de hoje tem plenas condições de promover profilaxia e cura para muitas doenças incuráveis, incapacitantes e de alta mortalidade,  se estivéssemos  no início do século XX. Como exemplo desses avanços as vacinas e soros para muitas doenças infeciosas. Sarampo, varíola, poliomielite e tuberculose como modelos. Sarampo e varíola estão extintas, poliomielite em vias de Sê-lo, tuberculose plenamente curável e sem deixar sequelas .
Na saúde física, ainda que o indivíduo seja portador de uma doença crônica e incurável, tem-se a solução com  uma boa qualidade de vida. Nesse rol de doenças crônicas  temos a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a asma, as cardiopatias, os aneurismas cerebrais, as arteriopatias periféricas, as hepatites, etc.
Mesmo quando o indivíduo é vítima de uma emergência como um infarto do miocárdio, um derrame cerebral ou uma grave lesão acidental. A medicina cirúrgica dispõe de técnicas refinadas e prontas respostas na cura das pessoas. Com total  reabilitação do paciente para sua vida social e profissional e  o mínimo ou ausência de sequelas.
Saúde mental. As muito doenças mentais crônicas e incuráveis têm pleno controle através de psicoterapia e psicotrópicos. São os casos das esquizofrenias e do transtorno bipolar. Os psicofármacos para esses diagnósticos têm eficácia plena e torna o paciente apto ao convívio social e ao trabalho. As especialidades médicas representadas pela neuropsiquiatria, pela psicanálise, pela  psicologia oferecem múltiplas opções terapêuticas para doenças psíquicas que afetam um percentual enorme de pessoas. Temos como exemplos os transtornos de ansiedade, a depressão e muitos outros distúrbios do convívio e das  relações humanas.
Dentro do conceito de saúde emocional e afetiva existe uma lista imensa de possibilidades. Basta imaginar o quanto a pessoa humana é susceptível de adoecer através das conexões psíquicas, emocionais e afetivas. Nesse campo de abrangência muitas são as formas de adoecimento do indivíduo. São as múltiplas possibilidades das relações intersociais. Pais e filhos, namorados, conjugais, interprofissionais, nas organizações de empresas, patrões e funcionários, entre outras. Nessas soluções entram as terapias de família, a constelação familiar, a psicopedagogia, a psicologia do trabalho, a gestão humanizada na área de recursos humanos.
Por fim o conceito de saúde social e até saúde religiosa, obviamente para aqueles que creem em Deus, caso professem alguma religião ou doutrina. E mesmo para os que se intitulam ateus ou agnósticos, se esses encontram um outro sentido sobrenatural para além da vida terrena e biológica. Em termos práticos e resumido quais os requisitos fundamentais para uma saúde plena, física e mental ?
- Moradia digna. Isso significa ter um abrigo, de preferência casa própria, que seja também uma residência com todas as condições sanitárias porque uma construção insalubre vai  igualmente adoecer os seus habitantes.
- Transporte seguro e confortável, seja em veículo próprio ou coletivo.
- Alimentação saudável e qualitativamente correta. Que o indivíduo tenha ao menos 4 refeições ao dia. Atenção! -  alimentar bem não significa ingestão de muito alimento. O mais saudável é o critério qualidade.
- Trabalho digno e remuneração justa. Isto implica condições sanitárias e seguras no ambiente de trabalho; e que as relações de trabalho sejam as mais respeitosas e humanizadas.
 A perda de qualidade nesses principais setores da vida, torna a pessoa susceptível de adoecer. Não são apenas as danos físicos e orgânicos. Entram nesse cardápio as doenças psicossomáticos. A frustração, a insegurança, a insônia, as angústias do cotidiano levam o indivíduo a adoecer também do soma, do corpo e órgãos internos . É como se fosse a janela da alma. Através da mente e das emoções todo o corpo físico se torna sensível e pode adoecer. São exemplos as dores crônicas, as gastrites, a hipertensão arterial, as arritmias, as insônias , as úlceras gástricas , e até o infarto, o derrame cerebral e morte súbita prematura.  Dezembro/2018.  

Estar Pronto..

NINGUÉM NASCE OU MORRE PRONTO
João Joaquim  

Existem certas verdades ou princípios que não precisam nem sair de boca de cientista ou especialista na questão. Além de integrar a intitulada sabedoria popular, tais afirmações são deduzidas de observação empírica. Empirismo significa aquele conhecimento concluído da experiência. Para tanto não precisa de alta escolaridade, de formação acadêmica. É muito semelhante à atividade de filosofia. Da sucessão de fatos e acontecimentos se extraem conhecimento da questão.  É com sustentação nesses postulados iniciais que se desenvolve o presente artigo.
O princípio mais importante aqui se refere à educação. Quando se refere à educação, ela deve ser entendida como um processo abrangente. E muito mais além da simples escolarização ou conjunto de ensinamentos tecnocientíficos aprendidos em  Instituições de Ensino . No senso comum educação parece ser um processo finito, quando se encaminha uma criança para o ensino fundamental, um colégio. E se ela não optar por um curso superior, ali se encerrou sua educação. Tal decisão tem sido muito encontradiça na sociedade, tendo fatores socioculturais da família , da omissão do Estado na oferta e estímulo a uma educação de boa qualidade. O nível sociocultural dos pais tem um enorme valor no que vão ser os filhos em termos de Educação.
Não aprender novas habilidades, não buscar novos conhecimentos . Não! Definitivamente aqui não está concluída o processo educacional do indivíduo. Um outro princípio incontestável é que a pessoa nunca, mas nunquinha mesmo estará pronta para a vida. Ela pode ser uma octogenária  ou centenária , o certo é que essa pessoa de 80 anos, 100 anos não encerrou seu processo de alfabetização ou educacional. Não importa o grau de escolarização do indivíduo.  Qualquer que seja o título acadêmico ou profissional alcançado.  Infinita é a aquisição de novos saberes.
Eu tomo o exemplo do aqui ora escriba. Tenho títulos de Residência Médica em Clínica Médica, em Medicina Interna e  de especialização em cardiologia. Isto significa que estou plenamente alfabetizado em cardiologia? Muito longe disto. Quer outro princípio nesse campo? As verdades de hoje podem ser mentiras amanhã. As ciências estão fartas desses exemplos. E a medicina então é um belo ramo das ciências nessa contribuição. Só essa referência já é suficiente para convencer muitos doutores e mestres a calçar as sandálias da humildade. E então lembrar que por mais que tenham aprendido muito ainda resta por aprender.

Nesse reino ou seara dos doutores, mestres e sapientes, não faltam aqueles que munidos de projeções, luzes da ribalta, imagens e data shows adoram arrostar e regurgitar ciência, esnobar sapiência , expertise, etc.  Não importa a que academia ou classe profissional eles pertençam. Não é raro assistir a esses tais que nos pódios ou púlpitos se mostram sobranceiros como se demiurgos ou o sal da terra fossem. Nas sociedades de especialidades médicas se veem muitos desses tipos. Curioso e nefasto é que saem das conferências e congressos e voltam aos consultórios e lá caem na vala comum da maioria dos profissionais. Quando então, muitos desses “notáveis” recomendam e prescrevem o contrário do apregoado em suas palestras e prédicas. O que se configura como charlatanismo.
Existe o  princípio “façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço”.  Um outro princípio ou provérbio diz: o hábito (vestimenta, roupa) não faz o monge. Trata-se de um dito popular de todo razoável. Não se faz um médico com jaleco e estetoscópio;  nem um advogado com libelo e código civil. De fato, máscara, maquiagem, imagem ou roupa não fazem nenhum tipo profissional. Trata-se de um princípio ou verdade inelutável.
Mas, treinamento ou hábito laborativo (trabalho) faz e nesse sentido têm-se as explicações.
Tornemos à questão central, educação. Como definida, ela encerra um processo longo, contínuo. Nenhuma pessoa por mais sábia que seja não prescinde de mais saber. Nenhuma por pouco que sabe não é incapaz de novos aprendizados. Por conseguinte a óbvia dedução,  ninguém nasce nem morre pronto. A educação (ampla e contínua) é tão significativa e marcante na vida do ser humano que ela vai moldar o caráter, a personalidade, as qualificações éticas e morais do indivíduo. 
Nesse quesito da ética e  da moral. A criança por natureza e absoluta imaturidade nasce aética. Comparada se torna  a uma lousa ou tábula rasa. Ela vem à luz em branco. Sem nenhuma inscrição ou instrução sobre o certo e o errado, sobre o vício e a virtude. Ética e moral, portanto, são valores a ser ensinados aos filhos, aos alunos, aos educandos, aos adolescentes e jovens.
Um indivíduo adulto que não foi educado e treinado com princípios éticos e morais pode até respeitar regras éticas e morais, mas certamente o fará por medo de reprimenda ou punição. Melhor seria que o fizesse por treinamento educacional.

O hábito, o treinamento ou instrução são expedientes fundamentais na formação do indivíduo desde a adolescência. São processos complementares na formação do ser humano como um sujeito cooperativo, participativo e produtivo. É com esses princípios, iniciados pelas famílias, que se constrói uma sociedade lúcida, ciente, justa, critica e participativa. Fora desses princípios tem-se um país de muita desigualdade, de muitos desocupados, com  legiões de jovens e adultos nem, nem. Eles nem trabalham e nem estudam. Triste! Muito triste!  

Insanidades

AS SANDICES E IMBECILIDADES DAS REDES SOCIAIS
João Joaquim  

O senso comum e o folclore produzem máximas, sentenças e princípios que encerram muitos ensinamentos e conselhos de vida. Enfim é a globalizada sabedoria popular. Princípios que circulam pela oralidade entre as pessoas e funcionam como um mantra na rotina da sociedade . Vejamos alguns exemplos bem ilustrativos.
Quem cala consente, os ausentes não tem razão, onde o ouro fala tudo cala, vê-se pela aragem quem vai na carruagem, água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
A oportuna  menção aos anexins e provérbios da sabedoria popular serviu apenas para dar vazão e introdução a outras questões de ordem social e das comunicações, mas que guardam conexões. Se a sabedoria popular tem como vetor de comunicação as próprias pessoas, princípio da oralidade, as informações da era moderna têm nas redes sociais seus maiores porta-vozes. Tudo que se diz hoje se multiplica de forma líquida e instantânea. Com uma significativa característica adicional, tudo fica gravado em imagens e áudios. Aqui não existe aquele tal disse-que-não-disse. Falou, está gravado e fim de polêmica.  Tipo a história do sujeito que jogou a mulher pela janela, e disse que ela havia pulado. Vieram os vídeos, e o sujeito foi em cana.
A internet e suas massivas redes sociais bem que se equiparam à finalidade da foice, do machado, do martelo ou faca de cozinha. Todas essas ferramentas, à exemplo das redes sócias, foram criadas na promoção do bem, de instrumentos úteis à vida das pessoas e da coletividade social . Os inventores da Internet e Redes Sociais, ao criá-las, só pensaram na finalidade útil das coisas e invenções. Nunca pensaram, ah, vamos fazer essa mídia social, para as pessoas fazerem fofocas, fake news, vender drogas, bisbilhotar a vida alheia, difamar os inimigos, enviar fotos pornôs, pedofilia, falar abobrinhas, e tantas outras platitudes e futilidades. Nada disso. Eles imaginaram ferramentas úteis e construtivas na vida das pessoas. Só isso. 
Em outra interpretação, no embate entre o bem e o mal, entre o vício e a virtude, todas as ferramentas utilitárias, como de resto a internet e as redes sociais (facebook,  whatsapp, Twitter) são absolutamente neutras, incólumes, inocentes. Assim como se dá também com a espada e a arma de fogo. Elas nunca cometem assassinatos por si mesmas. Logo se alguma ilicitude, se algum delito, se alguma contravenção ou falsidade se faz por essas ferramentas ou recursos virtuais a culpa é exclusiva do ser humano. Nenhuma rede social faz Fake News ou fofoca, nenhuma faca de cozinha comete assassinato por si mesma. Sempre tem no ato um AUTOR  humano.
Nunca se viu tanta maldade e idiotices  praticadas através da internet e redes sociais. As plataformas digitais, com suas formas de comunicação   se tornaram uma praça sem controle, onde todas as sandices e bestialidades são vistas. Os aplicativos digitais se tornaram como que os porta-vozes (alto-falantes) de turbas  e turbas de pessoas de toda ordem e ideologias. Fala-se de tudo e posta tudo que há de mais vil, insignificante e indigno. Somado a esse rosário de coisas têm-se ali as futilidades e mediocridades produzidas pelo engenho humano. São os microcéfalos, os mentecaptos, os portadores de pouca massa cinzenta e lobos frontais atrofiados. Por isso de produção micro, ínfima, pequena, tacanha.
Salvam-se poucos nesse cenário, que fazem dessas ferramentas e instrumentos virtuais exclusivos do bem e da beleza. 
A preocupação  é que muitas das futilidades e boçalidades editadas pela internet se tornem regras de vida no futuro. É o princípio da repetição 100 vezes se tornar uma verdade aceita como real. Uma mentira repetida 100 vezes toma ares de verdade. Ou como expressa o ditado popular “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
A muitas das coisas que se dizem e postam nas redes sociais podem-se aplicar as regras ou probabilidades do relativismo histórico. O que no momento e na sociedade atual se mostra inaceitável e refutado pode não sê-lo em outro tempo (futuro)por uma nova sociedade.
Para dar mais consistência e foro verossímel basta pinçar algumas recentes afirmações postadas e ouvidas nas redes sociais. Sobre o estrupo por exemplo. Diversas pessoas afirmaram pela internet que muitas mulheres quando sofrem essa violência sexual, são  elas, as próprias vítimas, as culpadas por tal injúria. Provocados a dar maiores explicações muitos entrevistados não se fizeram de rogados e apresentaram as justificativas. Como essa: “se as mulheres andam com minissaia ou rupas sumárias e decotadas elas estão convidando para ser estupradas”.  É justificar o injustificável. É o mesmo princípio popular de que a ocasião faz o ladrão. Errado, o ladrão já cresceu ladrão, a oportunidade só lhe facilita o roubo. 
E aqui cabem os efeitos do relativismo social. Em poucos termos. Nenhuma ciência ou estudo  de direitos humanos estipulam que roupas sumárias ou faltas delas autorizem investidas de estuprador. Todavia, de fato, o recato, a moderação, a sisudez de vestimentas da mulher não serão ativadores ou gatilhos da libido e sanha sexual de homens predadores de mulher. Eles estão soltos , sempre a espreita de alguma vítima menos incauta e menos recatada. 
Uma outra condição encontrada no Brasil, o feminicídio e os crimes cometidos pelo homem contra a mulher. O culpado será sempre  o homem autor dos crimes. Mas vem o relativismo da relação conjugal. Se nos primórdios do namoro ,a jovem, a mulher percebe tratar-se de um potencial violentador e desqualificado, a melhor via é a saída da relação. Fuja pronta e rapidamente do meliante. Esta a melhor estratégia, na prevenção de fatos mais graves e criminosos.  O que se vê em muitos casos é a tolerância da mulher para com esses sociopatas, e o resultado é o que mostram as estatísticas de crimes contra as companheiras. Mortes e mais mortes( feminicídios). 
E assim são vários outros cenários, ao se falar e considerar a Internet e suas massivas redes sociais,  onde embora não devessem, mas têm-se indivíduos desocupados( homens e mulheres) prontos a praticar abusos, fofocas, falsidades ideológicas, violências, futilidades. Tudo tendo como agentes os humanos, criaturas que somos racionais e inteligentes.  Imagine se não fôssemos esse animal, com esses atributos. Já teríamos incendiado o planeta. Porque a extinção de muitas espécies de animais e vegetais já vêm se fazendo lenta e gradualmente.                                        DEZEMBRO /2108


Açúcar

SE AS PESSOAS SE INFORMASSEM MELHOR ELAS NUNCA COMERIAM MAIS AÇÚCAR.

Na verdade, é um alimento mais do que inútil,  muito nocivo à nossa saúde. Não precisamos adicionar um grama de açúcar  que seja aos nossos alimentos, às nossas bebidas. Desde o tão brasileiro cafezinho aos sucos naturais. Zero açúcar .  Em resumo  trata-se de uma sandice e inutilidade  mesmo. A maioria dos vegetais, legumes e frutas já trazem o açúcar natural, a frutose, muito saudável mas, que em excesso também é contraindicada para os diabéticos. Existem muitos alimentos e frutas com alta concentração de frutose. Exemplos : Laranja, goiaba, mamão, pêssego , bananas etc.  Contraindicadas para os diabéticos  e sobrepeso.  
Todavia, temos que relativizar quando nos referimos à nocividade do açúcar. À luz das evidências científicas atuais o açúcar deveria ser ingerido como forma de sobrevivência.  Apenas . Melhor explicado, a pessoa só deveria comer açúcar na ausência absoluta de outros alimentos, ou para casos de desnutrição e baixo peso . Porque  na verdade o que mais temos no mundo é  alto peso e dis-nutrição. Quando se fala em dis-nutrição, fala-se em uma doença (dis, distúrbio) em que as pessoas têm uma dieta desbalanceada, desequilibrada. Tão grave quanto à des-nutrição.
Quanto mais alto o grau de pureza do açúcar mais nocivo ele se torna para a saúde. Os açucares refinados como exemplo. Os menos nocivos são aqueles com processamento integral. Nesse grupo estão o demerara, o açúcar mascavo e a popular rapadura. São formas em que se preservam fibras, sais minerais e algumas vitaminas do complexo B.
Tosos os consumidores poderiam se inquietar e perguntar;  por que, o açúcar,  um alimento são saboroso e apetitoso  é tão nocivo à saúde humana? A explicação é simples e direta. Ele nada mais tem do que sabor e caloria; um alimento monótono que fornece apenas energia. Nenhuma ação construtora, ação nutricional ou enzimática. Tanto que ele, na maioria das pessoas será totalmente assimilado e depositado sob a forma final de gordura, a obesidade.  Quer prova contundente da toxicidade do açúcar ? Nossa taxa de glicose ( açúcar no sangue ) é de até 100mg / dL . Uma pessoa que tiver um excesso de 20mg; 120mg no sangue, estará condenada a ter cegueira, insuficiência renal, derrames cerebrais e morte prematura. Tudo porque causa desse excessozinho .
Qual a relação causal entre açúcar e diabetes? Nenhuma. Ao menos de forma direta. Comer um kg de doce por dia não produz a diabetes. Todavia, a obesidade por uma dieta hipercalórica( doces e massas) pode levar ao diabetes tipo II. Mais comum em obesos, adultos e idosos. Ou seja ,existe uma relação indireta entre ingestão de muito açúcar e diabetes. Mais uma perniciosidade dos doces( açúcar ) .
Um outro grupo de alimentos que guarda parentesco com os açúcares é formado pelos carboidratos. São as massas em geral. São representados pelos pães, biscoitos, os bolos, as tortas, os achocolatados, o macarrão, o pão-de-queijo, o pãozinho francês, as pizzas. Muitas dessas massas trazem outros inconvenientes, a associação com outros alimentos como as gorduras, sal e condimentos. São alimentos desaconselhados para hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes e sobrepeso.
Os carboidratos, representados pelas massas trazem os mesmos inconvenientes do açúcar porque são alimentos monótonos. São extremamente calóricos, energéticos e contraindicados para pessoas obesas e sedentárias. Os atletas, sim, constituem um grupo de pessoas que fazem uso de carboidratos, porque representam uma ótima fonte energética imediata e de fácil digestão .
Uma boa dica e conselho que se deixa para as pessoas é buscar a moderação no consumo tanto de açucares quanto de carboidratos. Mas, o ideal mesmo seria zero açúcar .
O que se verifica em nossa sociedade pós era industrial é um gosto, um prazer ou um desejo exagerado pelo doce, pelos açucares e carboidratos. A  chamada dulçolatria( vício pelo doce) está impregnada na consciência coletiva das pessoas. Trata-se de um processo cultural. Ela se dá desde a 1a infância, por uma desinformação das famílias, dos pais e cuidadores das crianças. E tal desorientação continua no processo de alfabetização.
Segundo dados científicos e orientações da sociedade brasileira de pediatria, uma criança não deveria receber nenhum açúcar artificial ou carboidrato até os 5 anos de idade. E o que se vê na prática é uma inversão dessas diretrizes científicas. Um erro alimentar e vício ensinado pelos pais, mal informados, que seguem os apelos da indústria de alimentos.
Todos os vícios alimentares do consumo exagerado dos açúcares e massas estão disseminados na cultura das famílias, do comércio e todas as partes da indústria alimentícia. Essa triste realidade pode ser confirmada na visita a um supermercado, a um restaurante ou qualquer indústria alimentícia artesanal ou de alta escala. Um exemplo bem típico é uma padaria. Um modelo bem criminoso nesse sentido é quando se depara com qualquer tipo de pão branco revestido com espessa camada de açúcar. São as formas  carameladas. Quer dizer: além de um carboidrato de elevado poder hipercalórico e hiperglicêmico( o pão branco), têm-se açúcares e mais açúcares.
 Como  dica e conselho final. Nosso organismo não necessita de nenhum açúcar adicional. A mesma regra vale para o sal de cozinha (cloreto de sódio). Cada adulto necessita de apenas 5 gramas de sal por dia. O brasileiro, na média nacional, consome 5 vezes a mais do que essa quantidade recomendada, conforme orientações das sociedades de cardiologia e nefrologia. Ou seja, além da nocividade do açúcar temos aí a intoxicação pelo sal. Um perigoso aditivo para os rins, para o coração e para pressão arterial. São autênticos venenos nas mesas das famílias, dos restaurantes, dos bufês, das festas infantis, dos aniversários, das cantinas das escolas e  outros ambientes festivos.   Dezembro/2018.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Almas =s

CASAMENTO DE ALMAS GÊMEAS NÃO EXISTE  
Joao Joaquim

As relações humanas são muito complexas. Eu diria que em muitos casos  elas são complexas, melindrosas, sensíveis e até impossíveis. Como exemplo de relações impossíveis nada mais consistente e exemplar do que as convivências  conjugais. Ou seja, o exemplo de um divórcio é a quintessência de como duas pessoas se mostram impossíveis em relações humanas . Longe de pensar nas tais almas gêmeas , como queria Platão. O que se deve procurar é o máximo de semelhança possível, em se tratando de relação a dois. Não importa o gênero.  
Tais dificuldades e incompatibilidade nas relações de uma pessoa com outra, não importa se do mesmo sexo ou não, se de forma apenas social, profissional ou conjugal decorrem de um único fator, da (s) diferença (s) que marca (m) o ser humano. Ninguém é produzido em série, como são as coisas e objetos. Até mesmo os gêmeos univitelinos não são iguais. Eles se mostram muito semelhantes. Mas, nunca o DNA de um é exatamente igual ao do outro.
Ainda dentro do contexto da diferença e tomando a contribuição dos gêmeos  idênticos. Ou seja, embora gerados de um mesmo óvulo e espermatozoide eles terão identidade genética, mas nunca igualdade genética rigorosa. Muito menos comportamental, social e afetiva.  Basta constatar que a personalidade, os sentimentos, o gosto, a vocação podem ter pontos de congruência, mas nunca igualdade plena. Além do que tem-se em conta também a influência do meio ambiente, isto é, do meio social, do processo educacional, enfim , de todas as interações que cada um estabelecerá  com outras pessoas e o mundo com todos os seus valores culturais e tecnológicos .
Muitos são os exemplos que se podem enumerar sobre a impossibilidade ou complexidade das relações sociais. Nas relações entre profissionais de uma mesma categoria de atividade (médicos, advogados, enfermeiros, professores), nas relações corporativas de uma empresa ou órgão público. Quantos não são os conflitos surgidos entre colegas de trabalho de uma sessão ou departamento de uma empresa pública ou privada? A rivalidade, a disputa, a porfia, a emulação, a concorrência são fenômenos inatos do indivíduo.
 Um exemplo repicado pelas mídias se vê nos parlamentos das várias administrações públicas do Brasil e do mundo. Porque se trata das diferenças de caráter e personalidade do gênero humano. Quantos não são os episódios de escaramuças e entreveros flagrados em câmaras municipais e no parlamento estadual ou federal. São brigas, motins duros de assistir e de conter os brigões. E assim são muitos os episódios no campo profissional e empresarial. Quantas não são as sociedades comerciais que se desfazem ou acabam em litígio por absoluta incompatibilidade entre os sócios?
As relações sociais de maior complexidade referem-se às convivências conjugais. E elas são provas em profusão do quanto uma relação interpessoal pode se tornar incompatível, conflituosa, tormentosa e até letal, como são os casos repetidos de feminicídio cometidos por indivíduos predadores de mulheres.
E basta lembrar que para se chegar no convívio conjugal, os cônjuges passam por um longo estágio ou período probatório que é o namoro e noivado. Ou seja, constitui aquele espaço de tempo onde o casal deveria conhecer bem o outro e ver se as diferenças e divergências são compatíveis para uma convivência de proximidade, de intimidade e solidariedade.
O casamento, como definí-lo ?  Deveríamos entendê-lo como a junção das diferenças. Eu sou concordante com outros profissionais e estudiosos da matéria. O casamento entre pessoas muito parecidas e idênticas sugere não ter tanto encanto, tanto brilho e completude de um para o outro. Se as pessoas entendessem as relações conjugais como a soma de dois indivíduos desiguais, grandes seriam as chances de mais sucesso, solidariedade e amor perene.
O princípio da convivência entre os diferentes é uma recomendação e postulado para uma vivência harmoniosa, respeitosa e mais fraterna entre os seres humanos. Isto tem sido uma premissa vital para toda sorte de interação social.

Assim deve prevalecer no casamento. A comunhão dessas diferenças deve ser entendida como um somatório positivo, de enriquecimento mútuo e pontos chaves para uma vida feliz e duradoura. Portanto, fica aqui essa deixa ou dica: Nunca queira o outro como você o imagina, queira o outro(outra) como de fato ele(ela) é, e seja feliz para sempre.  NOVembro /2108. 

Filtros

ESTÃO FALTANDO FILTROS NESSES TEMPOS DE REDES SOCIAIS
João Joaquim  

Um produto que deveria estar em alta nesses tempos virtuais e não está é o filtro. Na verdade, os filtros. Porque existem vários tipos no mercado. À frente falo sobre eles. Não todos porque não há espaço para tanto. Com a chamada hipermodernidade, precisam-se de novos filtros.
O primeiro filtro com qual eu tive contato era feito de barro. De um material trabalhado  em olaria. O mesmo para os tijolos tradicionais. Uma vez levado ao forno ele se torna ocre, de cor amarela. Neste recipiente, em forma de pote, se instalavam as velas. Um material de cerâmica porosa para filtrar as impurezas da água. Trata-se de um filtro de água bastante primitivo porque ele deixa passar cloro, bactérias e impurezas químicas. Diferente dos purificadores de água que retêm elementos químicos e biológicos e empregam até luz ultravioleta como antisséptica e bactericida. De todo modo, os filtros de barro e velas de cerâmica ainda são muito empregados em regiões menos desenvolvidas e para as  classes sociais de menor renda.
Assim existem um sem-número de outros filtros. Basta imaginar outras situações de elementos nocivos, a que se podem criar uma barreira, uma peneira, um anteparo, um freio, um controle, uma porta de triagem no sentido de sua eliminação.
Como exemplos: um filtro acústico, um filtro de ar para os aparelhos de ar condicionados de residências e automóveis. Filtro de linha é um outro exemplo. Têm-se lá vários equipamentos elétricos, pode usar um filtro de linha, para evitar oscilações de energia e avaria dessas máquinas. Ou seja, um filtro elétrico.
Ah! Ia me esquecendo. O filtro solar. O tão sistemático, recomendado e ubíquo (global) filtro solar. Essa modalidade de filtro tem uma enorme importância em saúde pública, privada e individual. Até mesmo as pessoas melanodérmicas(afrodescendentes) podem usar. Os leucodérmicos ou albinos então, nem se falam em termos de indicação. A grande indicação do filtro solar está na prevenção do câncer de pele. A luz solar, seja através dos raios ultravioletas A ou B é cancerígena. Antes de se formar o câncer têm-se os estágios iniciais que são as queimaduras incipientes, o envelhecimento da pele e a ceratose solar. Ninguém, em se tomando sol a mais vai querer se tornar e parecer mais velho do que já está.
Todavia, um pouco de sol, por 10 minutos que seja, até 10 horas da manhã faz bem. Representa energia e sintetiza vitamina D. Mas, de preferência com filtro solar.
Há um outro filtro que já esteve muito em voga. Eu  não disserto sobre ele, apenas uma breve menção. Trata-se dos filtros políticos. Também chamados de censuras. É próprio dos regimes totalitários e das ditaduras. Mas, ainda vingam em alguns países. Muitos outros filtros existem. O último a ocupar este espaço não tem ainda um nome específico. Didaticamente ele será nominado de filtro informático e têm-se as explicações.
O que vem a ser informação? Daí filtro informático. Informático, tudo que é relativo, congênere ou respeitante a informação (informática deriva de informação). Informação é toda forma de comunicação que chega ao indivíduo, a mim, a você, à sociedade. Para mais clarividência, necessário se torna reportar ao filtro de cerâmica a velas.
 A água que chaga ao filtro é a nossa informação. Essa informação, nos regimes democráticas como o Brasil, está eivada, contaminada de elementos insalubres e perniciosas. Quem a ingere ou assimila está susceptível, sujeito: primeiro, à sua inocuidade, ou seja à sua absoluta ineficácia. Segundo, está vulnerável à sua virulência e nocividade. Como rodapé, é bom que se faça uma distinção, uma destrinça (separação) entre informação e formação.
Como já referido, informação é toda forma de nota, de comunicação, de notícia que chega ao indivíduo. Cada informação pode trazer alguma utilidade ou não. Entra aqui o princípio da relatividade. A informação, o comunicado não têm o compromisso da utilidade na construção cultural, ética e moral do indivíduo. Enfim, no aprimorando da pessoa, seja de caráter cultural ou profissional. Se pensarmos na pessoa humana, na sua fase de escolarização, crianças, jovens e adolescentes. A formação equivale ao processo educacional desse educando. Algumas informações podem até contribuir na sua formação.
Agora vamos contextualizar, as informações veiculadas pelas redes de televisão e pela internet. Todas as nossas mídias, sejam elas televisivas, telemáticas e virtuais. O quanto elas passam de informação e de formação para o indivíduo? E mesmo coletivamente? Para a sociedade?
 Comecemos esta digressão pelos canais de televisão. Que tipo de programação eles transmitem que contenha algum valor na educação, na instrução e na formação da pessoa? Sobretudo em se falando das crianças e jovens. Ao contrário. A maioria do que se veicula se encerra em conteúdos de baixaria, contracultura, policial e vulgaridades.
A mesma natureza e conteúdo trazem as tão massivas, populares e incontroláveis redes sociais. Quantas informações deformantes que chegam às crianças, jovens e às pessoas! É um horror de deformação.  O indivíduo é bombardeado (pelo face, whatsapp, twitter) o tempo todo. É muita desinformação ao mesmo tempo. Por isso o projeto do filtro informático ; na falta de um filtro específico eu sugiro não ver o que não presta e que não forma ninguém . Controle remoto e tecla  delete. Eliminar tudo quanto há de inútil, vulgar e contracultural.  Novembro / 18

Ética Universal

LIBERDADE E LIVRE-ARBÍTRIO NÃO DÃO DIREITO A ALCOOLISMO E  DROGADIÇÃO
João Joaquim 


Neste artigo trago em meu auxílio dois grandes pensadores. Embora tenham vividos em épocas longínquas um do outro e de mim, mas me darão sustentação para esta proposição. São eles Santo Agostinho (354-430) e Immanuel kant (1724-1804). O tema aqui em análise, ética e livre-arbítrio.
A ética aqui será tratada como a teorizou Aristóteles, mas, num sentido mais abrangente e consensual como a definiu Immanuel Kant. Na percepção Aristotélica é definida   como a perpétua busca do bem e da felicidade ( pessoal ou alheia). Mas, muito mais centrada na concepção kantiana, no seu imperativo categórico que imaginou a prática de qualquer feito ou ação que fosse um benefício ou bem de alcance coletivo e universal. Seria assim a Ética segundo Kant.
1.   Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza."
2.   Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio."
3.   Legislador Universal (Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins."

Já no concernente ao conceito de livre-arbítrio, não seguirei a estrita rigidez de Agostinho. O sentido de livre-arbítrio será aquele sentimento de liberdade de cada um em agir e obedecer à sua própria vontade. Nessa concepção, no estrito senso moral e vocacional. Não o religioso.
 “  Tendo sido demonstrado suficientemente, no Livro I do Sobre o Livre-Arbítrio, que o livre arbítrio humano é a única causa do mal, que aparece não como ser, mas como não-ser ou nada – ausência, falta, defecção do bem, Evódio, principal interlocutor de Agostinho, ainda não se dá por satisfeito e questiona se este – o livre arbítrio – é um bem ou um mal, visto que é unicamente por ele que  pecamos. Mais do que isto, se Aquele que nos deu - Deus, deveria ou não ter nos dado” Santo Agostinho.
No sentido de mais clareza, torna-se necessário dissecar o termo livre-arbítrio. Palavra composta pelos termos livre e arbítrio. Livre, adjetivo ou qualificativo de liberdade. Ser livre, estar desimpedido nas ações de pensamentos, atitudes e vontade. Arbítrio seria a faculdade de cada pessoa em executar em ato, um feito pelo simples ato, sem outros motivos para esta ação. Em outros termos, a faculdade de uma decisão conforme seu íntimo julgamento, seu próprio juízo, sua própria opinião ou parecer.
Não impropriamente há outras condições de uma livre ação. Como exemplos: livre-câmbio, seria a plena liberdade de comércio externo, sem obediência a normas de tarifas alfandegárias.
No mesmo sentido o chamado livre-comércio. Livre-cultismo, a liberdade que assiste a cada um na sua prática religiosa. Live-iniciativa, doutrina econômica que assegura ao indivíduo praticar uma economia e comércio sem a interferência de órgãos estatais.  Condição de Livre-pensador, o direito de cada um em professar a religião, filosofia ou ideologia que lhe aprouver.
Vamos então discernir sobre ética. Na concepção aristotélica, a ética deve ser entendida como a busca do bem e da felicidade. Mas, eis uma questão: o bem e a felicidade individual, pode não contemplar o coletivo, o universal, o geral. Nesta hora, e neste questionamento nos socorremos então da ética segundo Kant.
Conforme teorizou esse grande pensador, para reger nossas ações existem dois imperativos. Sinteticamente, têm-se o imperativo hipotético e o categórico. No hipotético o indivíduo vai sustentar suas iniciativas, suas ações no exercício do bem e da felicidade. Todavia, atributos esses dirigidos à própria pessoa (de efeito individual). Nem tudo que me traz prazer , alegria e felicidade trará também o fará  a terceiros.
Alguém perguntar-me-ia: mas, a ética também não estaria presente nesse contexto? De fato, ela se faz presente, porque buscar o bem e a felicidade para si próprio não é agir contrário a ética. Seria alguma coisa como a autoestima, um amor-próprio. Entretanto, poder-se-ia estar caindo em outros estados e condições morais como o orgulho ,a  vaidade, o narcicismo , o hedonismo, o culto à própria personalidade.
Nessa dúvida e indagação socorre-nos novamente o filósofo  Kant com sua descrição de ética, no imperativo categórico. De acordo com este pensador alemão. Disse ele: Age de tal maneira como se sua ação tivesse um alcance universal. Em outros termos, o que defende esse pensador é que a verdadeira e genuína ética é aquela que tenha alcance não para o próprio praticante, mas que seja aceita e benéfica para qualquer pessoa que a contemple, que a receba, que dela tenha algum efeito.
Fazendo uma analogia dos imperativos hipotético e categórico com a abelha e a colmeia, não importa  que seja  a colmeia de que faz parte essa abelha. Nem todo néctar saboroso à abelha o será para a colmeia. Segundo a ética do imperativo categórico o justo e correto é que se for bom para a abelha devera sê-lo também para todas as abelhas, para as colmeias de outras abelhas, enfim.
Analisemos agora a prerrogativa do livre-arbítrio no campo ético. Livre-arbítrio, livre opção ou livre decisão conforme a própria vontade. Tomemos esse postulado no estrito sentido metafísico ou moral, fora da consideração teológica. Repetindo o significado de ética nos moldes do imperativo categórico de Kant: faça tudo que almejar como se esse ato, essa opção ou decisão tivesse uma aceitação universal. Como exemplo: o cuidado com o meio ambiente, incluindo uma correta destinação no lixo produzido, uso de energia limpa, cultivar e conservar todas as formas de vida animal e vegetal. Quem no mundo se oporá a tais atitudes? Trata de uma decisão ou opção de aprovação universal. Portanto foi um livre-arbítrio nos princípios éticos do imperativo categórico, não importa o credo, a opção sexual, a etnia, a religião, a ideologia da pessoa que receba ou contemple esse ato.  
Vamos agora imaginar um indivíduo no seu livre-arbítrio de se tornar um alcoólatra ou um drogadito. Esse dependente químico, segundo Aristóteles, pode de fato estar buscando a satisfação de seus instintos, seus prazeres e regalos; ética da busca da felicidade.
Mas, desses vícios poderão advir doenças incapacitantes, sequelas físicas e cognitivas, invalidez permanente. Por conseguinte esse indivíduo se tornará dependente de cuidados de familiares, de auxiliares diários para uma vida vegetativa. O que significa dissabores, sofrimento, sacrifício e ônus para outras pessoas, para o Estado e sociedade.
Um outro exemplo : uma jovem dependente química de maconha e cocaína-crack. Todos os dias ela satisfaz o seus instintos , sua sofreguidão pelos efeitos da droga. Descuidada , ela engravida. Seu nascituro nascerá com a chamada síndrome de abstinência, com riscos de graves sequelas neurológicas e cognitivas, baixo peso, e insuficiência respiratória. Quantos cuidados exigirá de cuidadores, fisioterapia, familiares, da Saúde Pública. Quanto sofrimento e ônus a todos. Ou seja, foi um livre-arbítrio, dessa jovem mãe, de extrema irresponsabilidade e graves danos a outras pessoas. Do filho que nasceu devastado pelos efeitos do vício da mãe,  e de pessoas, no acolhimento e socorro a esse recém-nascido.
Portanto, são exemplos de um  livre-arbítrio contra a ética e a moral, segundo os princípios éticos, bioéticos, deontológicos , morais e sociais do imperativo categórico do grande pensador e humanista Immanuel Kant.  No exercício de liberdade , do direito de fazer tanta coisa, do LIVRE-ARBÍTRIO, pense nisso, pense no mundo e no outro à sua volta . Novembro /2108


Um Sim.. falso

NADA MAIS FALSO DO QUE O SIM DO CASAMENTO
João Joaquim  

Nada mais falso para mim do que as juras e promessas na hora do sim do casamento. Não é nada exagerado quando se trata o contrato esponsalício com os rigores que ele merece. Em prol dessa assertiva basta uma consulta notarial e fazer uma leitura do quanto há de rescisão contratual, o popular divórcio,  dessa milenar celebração.
Se ainda assim o leitor não der por satisfeito que consulte as delegacias da mulher, as varas de família, as promotorias da mulher. Não sentiu ainda convencido? Fale com as pessoas casadas, com as descasadas, com aquelas que desistiram antecipadamente, com as que caíram fora em plena igreja, quando havia esse item na celebração.
Sim, porque com a chegada da modernidade líquida (leia Zigmunt Bauman), muitos conúbios dispensam até a cerimônia religiosa. Nos tempos modernos tudo se tornou menos burocrático e informal.
Há casais hoje que fazem uma inversão total daquele casamento tradicional e convencional. São os casos por exemplo da união estável, de um contrato extraoficial no cartório, de apenas um contrato de gaveta, de um trato informal com testemunhas. Há até o contrato de namoro, para não surgir outros deveres indenizatórios e vexatórios. Tem gente que se casa até por procuração e pela internet. Ou nada disso é necessário em algumas uniões a dois.
Nesses tempos de abundância nas liberdades coletivas e individuais, as relações também se tornaram mais fluidas. Fluidas e invertidas no tocante aos frutos das conjunções. Tem algum fruto que, às vezes, até frustra uma relação mais estável. Quer um exemplo? Os jovens mal se conhecem e começam a “ficar”. Desse ficar já partem para um contato mais extremado.
Incautos, porque muitos namoram sem as devidas camisas, a saber:  a torácica e a de vênus, por serem jovens, a menina engravida. Frente a enorme responsa, em geral o jovem não assume maritalmente a mãe do rebento. E não são poucos os casos dessa natureza. Abunda pelo Brasil o número de mães solteiras. Sem falar também, nesse contexto, de um outro fruto proibido que é o aborto. É além de perigoso um crime cominado no código penal. Muitos desses delitos são cometidos na surdina e na clandestinidade, por clínicas e magarefes que são cúmplices nessas práticas em desacordo com a bioética e com a lei.
São milhares de abortos de  forma clandestina, com alta taxa de mortalidade materna devida a terrível e temível infecção puerperal (septicemia). O que é matéria para outro artigo.
Retomo aqui as chamadas relações fluidas nesses tempos de liquidez digital. O curioso é que com tanta distensão comportamental, foram-se criando novos termos. Terminologia da era das novas tecnologias. União estável, casamento homoafetivo, adoção por homoafetivos, barriga de aluguel, fertilização in-vitro ou in-vivo , inseminação artificial, doação anônima de esperma. Se bem que nessa forma de inseminação há o grupo dos contra. Entre os quais eu me incluo. Por quê? A mulher classificada como mãe independente, não quer ter marido. O que se faz? Ela pode ser engravidada com um espermatozoide sem identificação do doador.
Agora imagina esse filho, dessa gravidez. E se um dia ele desejar saber quem é seu pai ?  Torna-se complicado e susceptível de graves danos à saúde afetiva e psíquica dessa pessoa concebida de um pai anônimo. Imagine a situação, a mulher loirinha, olhos azuis, engravida e nasce uma criança afrodescedente . Ou o contrário. Nada de algum ranço ou laivos de discriminação étnica. Levanta-se aqui a expectativa da própria mãe e familiares em suas adjacências. 
Tais desdobramentos e mostras são evidências da complexidade em que podem redundar e resultar muitas formas de união conjugal. Assim pensado pode-se cravar de forma retumbante o quanto de sofisma, insegurança e falsidade subsistem no juramento perante o altar, quando se vai ao altar, e perante o escrivão casamenteiro, quando os nubentes fazem tal opção do casamento civil. 
Em assim pensando é que venho de propor novas dicções e um novo protocolo para o casamento. Tal proposição tem razões de ser pelo ainda elevado número de casamentos na forma tradicional. A proposta é que no ato do sim haja algumas condicionantes de parte a parte. Por exemplo: Dele para Ela - prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, contanto que minha amada fulana de tal,  continue me amando pela simples razão do amor, que ela cuide bem de seu corpo, mas também da mente e do intelecto, que use menos smartphones e redes sociais, que ela continue  falando comigo de viva presença e não pelos aplicativos, etc e tal. 
Aí vem as outras condicionantes de parte a parte . Como modelo de algumas condicionantes: Da mulher para o homem. Prometo amar fulano, etc, contanto que ele continue  gentil, solidário, zeloso com sua saúde e seu corpo, que tome banho ao menos duas vezes por dia, que escove os dentes para me beijar, que não me deixe sozinha para beber com os amigos, etc.

Pronto! Postas assim tais condicionantes, a chance de fracasso seria até minimizada em muitos e muitos casamentos. E ainda assim, nos casos useiros e vezeiros de separações, os desfechos esponsais seriam mais ordeiros e civilizados. Haveria mais coerência e humanização nas cerimônias de separação. Para ser mais exato e congruente, festas alegres e mais sorridentes poderiam ser realizadas nos momentos de despedidas. Seriam as festas divorciais. Tem que ser lembrado que muitas vezes na separação é que as pessoas têm a chance de se encontrarem de verdade, porque na prática e no casamento nunca se encontraram inteiramente. Simples assim e ponto final -   novembro/ 2108

Folgados

OS FOLGADOS E APROVEITADORES 

João Joaquim 


As relações humanas se revestem de muita complexidade. Esta frase que abre este artigo se encontra nas regras sociais defendidas por Immanuel Kant e por Arthur Schopenhaner. Tal afirmativa se torna muito verossímel e convincente porque, ninguém, absolutamente ninguém guarda identidade com o outro. Por isso o conceito de que cada pessoa é única, indivíduo, não divisível e todos somos diferentes.
Quando se fala de relações sociais, muitos  atributos e qualificações podem ser dadas às pessoas. E é justamente aqui que moram as dificuldades,  o  quanto podem ser complexas, complicadas e impossíveis as relações  entre pessoas parecidas ou muito diferentes. Há semelhanças entre as pessoas, igualdade jamais. Nem gêmeos univitelinos são iguais.  

Dentre as pessoas de nossas relações, têm-se aquelas a que somos ligados pelo fator genético, as populares parentas (es) e aquelas pessoas por laços de amizade ou profissional. Ou seja, as nossas relações se dão pela chamada consanguinidade, por união conjugal ou de amizade e profissional. Estudos neurocientíficos e psicológicos mostram que traços genéticos não são garantias de relações sociais harmônicas e saudáveis. E a prática e vivências mostram isso, trata-se de dedução empírica . Quantos e quantos irmãos que têm divergências fratricidas!
Há duas classificações (classes ou tipos) de pessoas ou gentes que são o mote deste artigo. Têm-se aqui em análise os indivíduos folgados e aproveitadores. Ainda não há estudos estatísticos da prevalência destas espécies de gente. O que se tem de certo e substancial é que elas existem em todos os meios de convivência.
 Muitas são as pessoas de bom caráter, probas e honestas que são obrigadas a aturar e  suportar tais indivíduos. Os folgados e aproveitadores podem ser aqueles que se estabeleceram por laços de “amizades”, podem ser pessoas colegas de trabalho e que compartilham afinidade profissional,  de forma autônoma ,e num mesmo condomínio ou empresa pública ou privada.
Todavia, os folgados ou aproveitadores mais nefastos são os próprios parentes. Aqueles ou aquelas que entram nessa categoria pela parentela de consanguinidade ou conjugal. Podem ser marido, esposa, namorado, namorada ou companheiros.  Cunhados(as), como eles existem .
Não importa. O folgado parente é aquele que para atingir os seus intentos, vai se aproximando do parente ou parenta vítima. Seja entre irmãos por exemplo. Ele se torna um importuno recalcitrante, sub-reptício e nocivo em suas investidas. Seja na obtenção de um favor laborativo,  na execução de alguma obrigação ou uso de algum bem da vítima. Mas, em geral o seu foco de subtração está na tomada de empréstimo de dinheiro. Dívida que, às vezes, nunca será quitada, ou quando o faz, o faz sem as devidas correções monetárias.
A pessoa da classe aproveitadora têm muitas das características do folgado. Em geral suas atitudes se revestem também de perfídia, de má-fé e muita dissimulação. Nesse sentido o aproveitador se passa por exemplo por vítima de uma situação de saúde, uma dificuldade financeira, uma  dificuldade familiar no sentido de despertar a compaixão alheia. Nessa circunstância de sensibilização da solidariedade alheia é que o aproveitador justifica sua natureza e qualificativos. Ele aproveita dessa compaixão alheia para obter os favores, préstimos e empréstimos pecuniários almejados. E outras prestações  e favores que nunca são ressarcidos, retribuídos na justa proporção do tomado inicial. Ele quer sempre levar vantagem em tudo.
Tais categorias de gente, os folgados e aproveitadores têm sido objeto de estudos, tanto da psicologia comportamental como das neurociências. Quando se estuda o cérebro e as sinapses nervosas desses indivíduos têm-se as explicações neuroquímicas desses comportamentos. Dois são os hormônios dos circuitos cerebrais desses indivíduos, a serotonina e a dopamina.
De tal sorte que sempre que um folgado obtém a satisfação de suas malévolas intenções o seu cérebro está banhado de serotonina, o hormônio neural da alegria e do prazer. Quando caem os níveis de serotonina aumentam as taxas de dopamina ; o hormônio da motivação, dos impulsos; é hora então  do folgado buscar a satisfação explorando  suas vítimas. É como num jogo ou luta do gato e rato.
O que se recomenda para não fazer o jogo ou não ser vítima de uma pessoa (ele ou ela) folgada e aproveitadora? Simplesmente com peremptórias e incisivas negativas às suas investidas. Que, repitam-se, na maioria são os membros parentais. Nesse sentido, de pronto e sem meias palavras deve-se sem condescendência ter como resposta um bem soletrado não. Não! Não e não. É o mesmo princípio dos limites impostos a um filho, a uma criança, sobretudo quando ela se rebela contra as ordens dos pais. Por que não ? Porque não e fim de conversa.   Novembro/2108

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...