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ter, 27 de nov 12:21
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O HOMEM E O PLANETA EM RISCO DE EXTINÇÃO
João
Joaquim
Uma
condição que me mobiliza, me inquieta, me fustiga a curiosidade é nossa
finalidade de estar no mundo. Enfim, o significado de nossa existência. E aqui
sem ser instigado pelo ramo filosófico(existencialismo) como o propõem os
filósofos existencialistas Jean Paul Sartre(1905- 1980) e Soren Kierkegaarden(1813-1855).
Sem me valer dessas teorias.
Aqui, no
caso do ora escrevente, se acha uma
mente inquieta como o pode fazer qualquer outra pessoa, independentemente de
sua formação escolar, sua instrução, religião ou ausência dela, seu estilo de
vida, doutrina ou modo de relacionar com o divino. Inteligência, curiosidade e
inquietação mental com a própria existência são condições independentes de
escolaridade e formação acadêmica. Aristóteles, Sócrates, Platão, não fizeram
nenhum faculdade. Machado de Assis foi um autodidata, não teve nenhuma formação
universitária. Ele é considerado grande escritor e filósofo.
Nessa
linha de raciocínio e com absoluta isenção de crença, fé e convicção vamos aqui
imaginar as duas hipóteses para o nascimento ou surgimento do homem no planeta
terra. Primeira, o homem é uma criação divina (teoria do criacionismo).
Segunda, o homem é fruto do evolucionismo, tese da evolução natural do
naturalista Charles Darwin(1809-1880). Considerando toda a população mundial,
parte dela acredita que é fruto da criação de Deus; parte, sendo crente ou não em uma divindade
maior, supõe ser descendente de algum primata inferior até se tornar o atual
homo sapiens sapiens.
De sorte
que para a análise de nossa finalidade não tem significado ser religioso,
agnóstico ou ateu. E chegamos então à
questão central, à grande inquietação e interrogação. Eu, como sujeito, como um indivíduo ativo, participativo,
cooperativo, com potenciais de refletir, pensar e produzir, será que estou
cumprindo os fins aos quais fui destinado estando nesse mundo ?
Para
alguns exemplos concretos. Todos os seres no planeta e no cosmo. Literalmente
todos, animados (animais e plantas) ou inanimados têm e cumprem a sua
finalidade. Assim, tomo a folha de papel que nela agora faço este rascunho e manuscrito,
reciclável por sinal ,formulário antigo da unimed para solicitação de exames.
Aliás, para que este papel chegasse às minhas mãos uma cadeia de outros seres
tiveram a sua participação. De forma sintética alguns desses elementos. Para
ter o papel, a árvore entrou com sua finalidade. A árvore veio de sementes, que
dependem das chuvas das nuvens. Chuvas que se fazem de forma cíclica para regar
a terra, encher os mananciais e rios. Para que o planeta floresça, produza os
frutos e o lenho, necessário se faz o sol com sua finalidade e promover a fotossíntese. E assim, no exemplo do papel
podem ser buscados outros elementos da cadeia com suas finalidades. Como a
indústria da celulose, os compostos químicos, a água e as pessoas no resultado
último que é o papel.
E assim,
sucessivamente, é o que se espera de todas as outras coisas, seres inanimados
ou vivos. O que se espera da pedra? O seu papel da pedra, da areia, do
cascalho, da prata, do ouro, do diamante, das gemas, da esmeralda? Que cada um
tenha a sua finalidade e utilidade a que foi destinada. Independentemente de
como chegou ao planeta, ao universo. Imagine, se o sol resolvesse se
neutralizar! Um dia que fosse, e não
brilhar!
Se a
terra resolvesse tirar umas férias de uns 15 dias. Nem rotação, nem translação.
O desastre estaria à vista.
As águas
dos oceanos se entrassem em greve de um ano que fosse. Não evaporar, não formar
nuvens, não haver precipitação de chuvas. Seria quase o fim do mundo.
Uma
greve dos caminhoneiros já parou o Brasil por duas semanas e trouxe o caos
político e econômico. Imagine o sol, a terra. Uma grevinha que fosse.
Agora, durmam
com essa possibilidade, a terra, apenas o nosso planeta parar por um dia. Tudo
o que o planeta e o universo esperam de cada um é que cada qual na sua vez e
destinação cumpra a sua finalidade existencial. Em se cumprindo o objetivo
existencial cada ser humano em especial chegará à sua essência.
Eis que
então se finaliza com o gênero humano em sua estada no planeta e no universo.
Não é exagero a estada do homem no universo, porque além das viagens espaciais
queremos agora chegar e habitar o planeta vermelho (Marte). A sonda Insight já
está lá , enviará para a NASA, as informações sobre o solo, a temperatura e
outros elementos fisicoquímicos do planeta tão distante e inóspito .
Ao que
nos indicam as evidências e tendências das atitudes, expedientes e
comportamento dos humanos, estamos num processo lento, mas progressivo de
desumanização. Trata-se de uma estúpida ironia, mas se revela uma realidade;
que por acomodação e zona de conforto; passa ao largo da apreciação e crivo da
sociedade.
Os
órgãos de proteção do planeta e da vida vêm se preocupando com a extinção de
várias espécies de animais e faz todo sentido. Mas uma outra conclusão bem
anterior é inegável. A espécie animal em maior risco de desaparecer do planeta
é o próprio “homem humanizado”. Homo sapiens já sabemos que somos. Mas,
juntinho de sabedoria, estamos perdendo a nossa humanidade.
Pleonástico,
mas tristemente real. O homem ciente, consciente, sábio, civilizado, racional e
“humanizado está em risco de extinção. Isto se justifica até pelo risco em que
ele coloca as outras espécies de animais e espécies vegetais e até o próprio
planeta. Um risco de extinção total. Cadê a finalidade principal do homem?
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