quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Risco de Extinção

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ter, 27 de nov 12:21
para Opinião

O HOMEM E O PLANETA EM RISCO DE EXTINÇÃO 
João Joaquim  

Uma condição que me mobiliza, me inquieta, me fustiga a curiosidade é nossa finalidade de estar no mundo. Enfim, o significado de nossa existência. E aqui sem ser instigado pelo ramo filosófico(existencialismo) como o propõem os filósofos existencialistas Jean Paul Sartre(1905- 1980) e Soren Kierkegaarden(1813-1855). Sem me valer dessas teorias.
Aqui, no caso do ora escrevente,  se acha uma mente inquieta como o pode fazer qualquer outra pessoa, independentemente de sua formação escolar, sua instrução, religião ou ausência dela, seu estilo de vida, doutrina ou modo de relacionar com o divino. Inteligência, curiosidade e inquietação mental com a própria existência são condições independentes de escolaridade e formação acadêmica. Aristóteles, Sócrates, Platão, não fizeram nenhum faculdade. Machado de Assis foi um autodidata, não teve nenhuma formação universitária. Ele é considerado grande escritor e filósofo.
Nessa linha de raciocínio e com absoluta isenção de crença, fé e convicção vamos aqui imaginar as duas hipóteses para o nascimento ou surgimento do homem no planeta terra. Primeira, o homem é uma criação divina (teoria do criacionismo). Segunda, o homem é fruto do evolucionismo, tese da evolução natural do naturalista Charles Darwin(1809-1880). Considerando toda a população mundial, parte dela acredita que é fruto da criação de Deus;  parte, sendo crente ou não em uma divindade maior, supõe ser descendente de algum primata inferior até se tornar o atual homo sapiens sapiens.
De sorte que para a análise de nossa finalidade não tem significado ser religioso, agnóstico ou ateu.  E chegamos então à questão central, à grande inquietação e interrogação. Eu, como sujeito, como  um indivíduo ativo, participativo, cooperativo, com potenciais de refletir, pensar e produzir, será que estou cumprindo os fins aos quais fui destinado estando nesse mundo ?
Para alguns exemplos concretos. Todos os seres no planeta e no cosmo. Literalmente todos, animados (animais e plantas) ou inanimados têm e cumprem a sua finalidade. Assim, tomo a folha de papel que nela agora faço este rascunho e manuscrito, reciclável por sinal ,formulário antigo da unimed para solicitação de exames. Aliás, para que este papel chegasse às minhas mãos uma cadeia de outros seres tiveram a sua participação. De forma sintética alguns desses elementos. Para ter o papel, a árvore entrou com sua finalidade. A árvore veio de sementes, que dependem das chuvas das nuvens. Chuvas que se fazem de forma cíclica para regar a terra, encher os mananciais e rios. Para que o planeta floresça, produza os frutos e o lenho, necessário se faz o sol com sua finalidade e promover a  fotossíntese. E assim, no exemplo do papel podem ser buscados outros elementos da cadeia com suas finalidades. Como a indústria da celulose, os compostos químicos, a água e as pessoas no resultado último que é o papel.
E assim, sucessivamente, é o que se espera de todas as outras coisas, seres inanimados ou vivos. O que se espera da pedra? O seu papel da pedra, da areia, do cascalho, da prata, do ouro, do diamante, das gemas, da esmeralda? Que cada um tenha a sua finalidade e utilidade a que foi destinada. Independentemente de como chegou ao planeta, ao universo. Imagine, se o sol resolvesse se neutralizar!  Um dia que fosse, e não brilhar!
Se a terra resolvesse tirar umas férias de uns 15 dias. Nem rotação, nem translação. O desastre estaria à vista.
As águas dos oceanos se entrassem em greve de um ano que fosse. Não evaporar, não formar nuvens, não haver precipitação de chuvas. Seria quase o fim do mundo.
Uma greve dos caminhoneiros já parou o Brasil por duas semanas e trouxe o caos político e econômico. Imagine o sol, a terra. Uma grevinha que fosse.
Agora, durmam com essa possibilidade, a terra, apenas o nosso planeta parar por um dia. Tudo o que o planeta e o universo esperam de cada um é que cada qual na sua vez e destinação cumpra a sua finalidade existencial. Em se cumprindo o objetivo existencial cada ser humano em especial chegará à sua essência.
Eis que então se finaliza com o gênero humano em sua estada no planeta e no universo. Não é exagero a estada do homem no universo, porque além das viagens espaciais queremos agora chegar e habitar o planeta vermelho (Marte). A sonda Insight já está lá , enviará para a NASA, as informações sobre o solo, a temperatura e outros elementos fisicoquímicos do planeta tão distante e inóspito .
Ao que nos indicam as evidências e tendências das atitudes, expedientes e comportamento dos humanos, estamos num processo lento, mas progressivo de desumanização. Trata-se de uma estúpida ironia, mas se revela uma realidade; que por acomodação e zona de conforto; passa ao largo da apreciação e crivo da sociedade.
Os órgãos de proteção do planeta e da vida vêm se preocupando com a extinção de várias espécies de animais e faz todo sentido. Mas uma outra conclusão bem anterior é inegável. A espécie animal em maior risco de desaparecer do planeta é o próprio “homem humanizado”. Homo sapiens já sabemos que somos. Mas, juntinho de sabedoria, estamos perdendo a nossa humanidade.
Pleonástico, mas tristemente real. O homem ciente, consciente, sábio, civilizado, racional e “humanizado está em risco de extinção. Isto se justifica até pelo risco em que ele coloca as outras espécies de animais e espécies vegetais e até o próprio planeta. Um risco de extinção total. Cadê a finalidade principal do homem?

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