domingo, 29 de dezembro de 2019

FAKE news


 FOFOqueiros,  tremei-vos


A internet não é um universo sem lei. Os julgados, em 1ª ou 2ª instância ou  do STJ retratam o cenário atual no Brasil ao mostrar que a internet é um espaço de liberdade, muito valioso para a busca de informações e o contato entre as pessoas, mas também de responsabilidade.  O Judiciário está atento ao direito das pessoas que têm a sua imagem violada. E os agressores, que imaginam estar encobertos pelo anonimato, serão devidamente responsabilizados por suas condutas.
No âmbito internacional, tem-se como marco a Convenção sobre o Cibercrime (Convenção de Budapeste), tratado internacional de direito penal e direito processual penal firmado no âmbito do Conselho da Europa para definir (de forma harmônica) como os crimes praticados por meio da Internet e as formas de persecução são tratados, basicamente as violações de direito autoral, fraudes relacionadas a computador, pornografia infantil e violações de segurança de redes. A Convenção foi adotada pelo Comitê de Ministros do Conselho da Europa na Sessão 109 de novembro de 2001 e entrou em vigor em 01 de julho de 2004..
  
Mais recentemente temos :


Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos; altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras providências.
Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos e dá outras providências.  
Art. 2o  O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, fica acrescido dos seguintes arts. 154-A e 154-B:  
“Invasão de dispositivo informático  
Art. 154-A.  Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:  
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.  
§ 1o  Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. Bem assim aqueles que enviam mensagens ofensivas, fraudas, com intenção de menosprezar, vilipendiar ou oprimir quem quer que seja.  
§ 2o  Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico.  
§ 3o  Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:  
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.  
§ 4o  Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos.

Quem paga o almoço ?

O MUNDO NÃO ESTÁ PARA VAGABUNDOS E OCIOSOS
João Joaquim  
Uma questão humanística que sempre foi debatida refere-se à relação do homem com o trabalho. Tais referencias rememoram às escrituras sagradas. Basta citar a alegoria da criação. Adão e Eva levavam uma vida paradisíaca. Foi então que surgiu a pérfida e serpe mensageira do diabo. Eles comeram do único fruto proibido do Éden. O desenrolar da história é de todos sabido. Tiveram noção da culpa e passaram então a trabalhar para o sustento. Apegando-se a essa visão fica a sensação que trabalho é castigo, suplício e torturante. Na origem vem de tripalium, suplicio. Mas, os tempos são outros, estamos na era pós industrial, mais que industrial vivemos em tempos do liberalismo econômico, era digital ou modernidade líquida  conforme teoria social e dos costumes do filósofo polonês Zigmunt Bauman.
Em poucos termos significa que hoje (vida digital, admirável mundo digital) tudo é plástico, mutável e célere, nada é permanente e garantido. A data de validade das coisas, utensílios, da moda e dos costumes é muito fugaz e volátil.
Quando comparamos as relações de trabalho desse mundo moderno dos novos tempos, com tempos passados tudo é mais exigente, mais competitivo. Além dos sistemas de economia liberal, do capitalismo selvagem temos então um novo sistema, o sistema do consumo. É uma imposição dos novos tempos. Consumir, comer, exibir, aparecer.
Para tanto vamos voltar não muito distante no sentido de se fazer um paralelo, do antes e do agora. Ao analisar a sociedade de antes da telefonia móvel e da internet constata-se o quanto a vida era mais simples, previsível e de pouca ambição e competitividade.  A dinâmica social era discreta, reservada e de baixa rivalidade e competição. Cada pessoa levava uma vida modesta, frugal e com poucas posses para o gozo e fruição da  felicidade. O que almejava um jovem na constituição de uma família? Um emprego para as exigências básicas de sobrevivência, uma casa e pouco mais ,conforme os padrões da época que se resumiram a poucos apelos em comparação com as propagandas, apelos  que se tem hoje.
Chegaram o telefone celular, o aprimoramento e massificação da televisão, a internet e as intrusivas e oblíquas redes sociais. De forma muito rápida  mudaram os paradigmas sociais, os apelos ao consumo. A pessoa então passou a ser “torpedeada” o tempo todo, com o marketing persuasivo e nocivo ao consumo e aquisição dos mais novos e modernos produtos de uso pessoal. Dentre os campeões estão os objetos digitais;  os smartphones, os notebooks, os iphones, os ipads. O mercado de alimento busca os preparos mais gustativos e coloridos na fidelização do consumidor. Um dos grandes consumos da modernidade líquida é a glutonaria, o refestelar, empanturrar de comida e bebida; como se a cada farra gastronômica fosse o último dia da vida.
E eis que ideologicamente, emocionalmente tem-se a sensação difusa do pertencimento, do sentimento de estar inserido na tribo global da posse e do consumo. Essa percepção de tantas mudanças em relação ao materialismo do consumo se vê com a inserção da mulher no mercado de trabalho. Em tempos não muito remotos a mulher era considerada predominantemente como uma profissional de prendas domésticas, na manutenção e cuidados da casa e dos filhos. Hoje, não. Houve uma mudança radical. A mulher, por uma exigência dos sistemas se equipara ao homem em todas as profissões e mercado de trabalho. Tantos assim que muitas adiam ao máximo a gestação de filhos e outras nem filhos querem. Elas dão preferência e prioridade às carreiras profissionais e aos empregos. Tudo por essa nova mentalidade na relação com o mercado de trabalho. Os novos tempos e o admirável mundo digital e tecnológico não mais permitem que os ociosos, desocupados e vagabundos vivam dignamente. Isto porque se eles desfrutam de todos os pratos e objetos digitais, só podem estar subsistindo de forma parasitária, às expensas de outro trabalhador que os sustentam. E tal expediente se torna  indigno, predatório. Porque como participar de todos os objetos da modernidade sem trabalhar, sem um poder aquisitivo que faça frente a essas demandas ? Alguém tem que pagar essa conta. Quem pagará ?

NATAL..SINCERICÍDIOS....


Rinhas de Gente pode

OS HORRORES DAS RINHAS DE CÃES

João Joaquim  

 Com muitos efeitos e reverberações negativas foi noticiada a prisão de uma malta de homens que tinham como diversão, entretenimento e prazer uma rinha de cães da raça Pitbull. Estamos a falar de um fato dantesco (por alusão ao inferno da divina comedia de Dante Alighieri), mas que está ocorrendo agorinha, século XXI, em plena era digital, aqui no  coração do Brasil - Centro Oeste, na cidade de Anápolis GO. Informam-nos a imprensa local, Tvs e redes sociais que a horda de gente foi presa,  pagaram fiança e os convivas do espetáculo de horrores vão responder ao processo em liberdade. Na verdade ao que sugerem as investigações, há uma rede de pessoas que vem explorando esse macabro negócio- São Paulo e Paraná já com alguns indiciados pela Polícia Civil.
Os cachorros foram liberados, alguns morreram pelos maus tratos, outros foram mortos e viraram churrasco dos criminosos.  Muitos  deles com ferimentos graves estão sendo tratados em clínicas veterinárias. Os animais eram treinados, açulados e atiçados para as lutas; tudo  para deleite, aplausos, gozo e diversão das pessoas ali presentes e organizadores do espetáculo macabro, de violência e sangue.
Como massivamente divulgado, os participantes do lúgubre evento eram de classes sociais e profissionais diversas. Do perverso espetáculo fazia parte um médico goiano , de renome entre a categoria profissional. Ao que sugere, Este indigitado profissional da saúde jogou na latrina o juramento (hipocrático) de defender a saúde e a vida, independentemente de quem quer que seja e que animal for, se racional como ele ou não ,como um cachorro.
Lendo e assistindo essas referidas cenas de maus tratos aos animais veio-me à lembrança um outro teatro de horrores que foi o coliseu Romano.
O termo deriva de colosso (houve o de Rhodes e o  de Nero). O coliseu foi construído no século I, por ordem e desejo do imperador Flávio Vespasiano. Este nome nos remete a vespa, aquela peçonhenta abelha  chamada marimbondo. Com esse nome, não se podia esperar alguma virtude dessa governante romano.
Nesse gigantesco teatro (de horrores) se davam as lutas entre guerreiros X guerreiros ou gladiadores; e o mais medonho e tenebroso entre homens e animais selvagens como tigres e leões. Morriam centenas de lutadores e milhares de animais ferozes. Cenas de nos remeterem aos círculos do inferno imaginado por Alighieri na obra a Divina comédia.
O coliseu Romano funcionou para essas tétricas lutas e combates até o ano de 404, quando o imperador Flavio Honório proibiu essas atividades. Atualmente, restam partes da construção.
Quando lemos sobre algumas barbáries da história da humanidade , sem uma reflexão mais detida, pensamos de imediato: ainda bem que isto não vai acontecer de novo. E erramos. Quantitativamente nem tanto. Mas, quantos pequenos massacres, chacinas e assassinatos ocorrem todos os dias.
Fica uma sensação daquela concepção de que o homem é um animal violento, que se deleita, se  diverte, se regozija com a dor, com a humilhação e com o sofrimento do outro. Principalmente quando se trata de um rival, um desafeto, um inimigo. E nem precisa ser um desafeto , basta ter um galo ou cachorro.
Quantas não são as pessoas que se comportam como sádicas e perversas e tem atração e um certo fetiche por brigas, agressões, ofensas, tortura animal, programas policiais, etc.
Um exemplo gigantesco e robusto do que são as mentes mórbidas e destrutivas de muitas pessoas está se regozijar com uma  luta de pugilismo;  modernamente e muito midiáticas, as lutas de MMA ou UFC. Para essas rinhas humanas ou octógonos do horror existem os empresários, os patrocinadores e as redes de televisão. Todos se irmanam e se pervertem no mesmo mau gosto pela violência, em agressões brutais e aniquilantes do perdedor e de preferência com  hematomas, ferimentos e sangue. Às vezes mortes.
Portanto, nossos convivas e anfitriões das horrendas rinhas de galo e cães, a exemplo das que vimos esses dias no interior de São Paulo, no Paraná e em Goiás,  têm muitos exemplos televisivos em que espelhar.  Dezembro/2019

Cachorros-filhos e ...

A HUMANIZAÇÃO DOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
João Joaquim  
Quando o assunto se refere aos animais, nossos irmãos irracionais, eu sou um ardoroso e entusiasmo defensor de todos os bichos. Eu evito eliminar até mesmo as formigas-doceiras, aquelas que compartilham o nosso açúcar de mesa. Já morei em uma casa onde existiam dezenas de caramujos, aqueles moluscos da espécie escargô. Sempre que chovia eles saiam de caracol às costas, iam para a rua e eu tinha que devolvê-los ao jardim, de onde eclodiam da terra, eram um de meus animais de estimação.
Muitos riam de mim! Pelo simples fato de declarar os gosmentos caramujos de animais de minha estima e proteção. Quando mudei desse sobrado dos moluscos, possuía também uma cadela e um gato. Aí surgiu um impasse porque fui morar em apartamento. Uma condição logo foi imposta: não dá para ter os dois animais em apartamento! Não combina e não orna, diria algum filósofo. Depois de algumas ponderações, conformamos em viver com o gato, que se adapta bem em confinamento e doamos a cadela para nossa passadeira. Ela mora em uma mini chácara com muito espaço. E lá a megue (a cadela) vive na maior alegria e felicidade.
Essa breve resenha foi no estrito sentido de me declarar um ferrenho e perpétuo defensor de qualquer espécie animal, da vida, da natureza, da ecologia; do planeta, enfim, como um organismo vivo, sensível e que tudo nos provê.
Duas outras questões de grande estridência trago à apreciação no concernente à relação do homem com os animais. A primeira diz respeito aos maus tratos. E aqui poder-se-ia abrir páginas e páginas sobre tal comportamento. Grosso modo, temos aqueles indivíduos que graciosamente não se comovem nem se movem com o sofrimento de qualquer bicho. Seja em seu domicilio ou nas vias públicas ou natureza. Pior do que isso: existem pessoas que escravizam e exploram o trabalho e sofrimento de animais; um bom exemplo são os animais de tração: cavalos, muares e bois.
Um outro exemplo, aqui em grande escala refere-se à exploração industrial dos animais, nos chamados frigoríficos e abatedouros. E o que é mais estarrecedor, tudo sob o pálio e condescendência das leis. A forma como muitos animais são criados e sacrificados para consumo nesses grandes frigoríficos e abatedores nos rememora as cenas do homem do nazismo. Todos esses cruéis  crimes para justificar os fins da ganância de lucros desses mercadores de animais.
 E na ponta final está a última razão de toda essa sanha dantesca, os consumidores das carnes desses animais ou seja, quase a humanidade toda. A segunda consideração da relação com os bichos diz respeito à humanização dos animais. É dar atributos de gente aos intitulados pets. Na prática como se dá esse processo de conferir faculdades humanas a qualquer animal doméstico?  Massivamente com os cães. E por demais frequente os donos e donas dos cães chamá-los de meus filhos, e a eles dirigir-se como o pai e a mãe. São novas tendências dessa relação .
 Muitos desses pets vivem em franca intimidade com as famílias. Eles recebem tratamento alimentar, médico e festas de aniversário como se tudo compreendessem racionalmente. E aqui chega-se ao cúmulo de muitos bichos usar os mesmos aposentos e cama dos donos(“país”).
Eu vejo diuturnamente muitos desses animais sendo carregados em carrinhos de bebê. Muitos, torturantemente, viajam em longas distâncias de carro ou de avião. Para fecho de tanta perversão ou idiotia, imaginemos a cena de um dia, a mãe gestante vai parir seu filho. E na maternidade, no fecho da cesariana, em vez de choro um latido de um cãozinho. O pavor seria tamanho que até o obstetra vai desmaiar. Menos o pai ao lado da mãe. Por que? Eles já não tem em casa uns filhos 4 patas? A quem chamam de filhos e deles consideram pai e mãe? Foi apenas mais um que nasceu. Deu-se a mesma relação de inteligência e racionalidade. Ter um cachorro como filho e a ele se dirigir como seu pai ou mãe. dezembro/2019. 

Desafetos e Pseudoamigos

Mais amo um desafeto longe....

João Joaquim  
Há estudiosos humanistas, sociólogos e mesmo pessoas comuns que afirmam ser a amizade um dos maiores bens que possamos ter. E de fato é essa a opinião deste modesto escriba, possuir um amigo fiel e verdadeiro é ter um tesouro. Aliás, a amizade é inclusive um sentimento invocado nas boas relações entre a nações. Na política, no esporte, nas relações comerciais, se busca o sentimento amizade no sentido de estreitar o diálogo e o entendimento. A ligação do Brasil com o Paraguai por exemplo é feita com diplomacia e com a ponte da amizade.
O esporte é outra atividade onde também as competições são azeitadas pela amizade. São os jogos amistosos que ocorrem no futebol, no voley, etc.
Existe até um princípio curioso na relação amistosa entre duas pessoas que afirma: se um amigo se torna inimigo é porque ele nunca foi amigo. Tanto que amigo fiel e verdadeiro são poucos. Eles podem ser contados nos dedos de uma só mão, ou nem de tantos dedos precisa.
Um dos segredos para a perpetuação da amizade é não convivência sob o mesmo teto. Tanto é real tal princípio que anda alto o índice de divórcios ou separações. Inicia-se uma amizade, se as pessoas optam pelo casamento grande risco da perda dos dois sentimentos: a amizade renunciada e o amor. Existem outros fatores capazes de arruinar uma amizade. Enumeremos alguns dos mais encontradiços: empréstimos de dinheiro. Talvez desse risco de inimizade é que surgiu o aforisma de que dinheiro não traz felicidade. Como corolário também não traz amizade. E assim também outros negócios que podem desandar para o credor pela inadimplência do “amigo” devedor.
Um último fator que pode também desandar uma amizade são as sociedades , anônimas ou limitadas. Há sempre a possibilidade de algum dos sócios usar de esperteza, querer tirar vantagem e quebra de confiança; com as desavenças tudo pode desandar em nocivas e perigosas inimizades.
No tocante à questão da raridade da amizade verdadeira tem aquela referência à amizade canina. É o princípio de ser melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro. Tanto que tem aquele teste que consiste em prender um amigo e um cachorro por 4 horas. Solte os dois e veja quem continua sendo amigo.
Ouvi de um sábio uma certa vez de como se prevenir de certos amigos e suas pérfidas intenções. Segundo esse conselheiro o perigo é sempre o amigo porque ele está sempre por perto e pode nos trair. Já com o inimigo, não , porque ele está sempre mais distante e não nos preocupa tanto.
De minha parte eu afianço possuir poucos amigos e alguns ex pseudoamigos. Com parentes e contraparentes sempre adotei um princípio de não emprestar dinheiro nem ter outras transações envolvendo dinheiro.
Nessas tratativas de não admitir negócios ou negar empréstimos de dinheiro , eu sempre me divirto e me deleito com aquelas pessoas que tornaram-me desafetas e inimigas. Assim, eu tenho a certeza de que elas não mais me representam risco de perfídias, de falsidades, trairagem. Neste sentido vivam a minha franqueza a minha coragem de dizer não em  alto e em bom som, e minhas negativas aos caloteiros. Eu sempre estimei e admirei um desafeto ou inimigo, principalmente aquele(a) que mora e vive bem distante de mim. Porque os “muitos amigos” que me rodeiam, podem sempre ser um amigo da onça e oportunista.

No vio da Navalha

OS MEDOS E PERIGOS DE NOSSOS TEMPOS
João Joaquim
Vivemos tempos de muitos perigos e medos. Vamos por parte e deslindar cada uma dessas condições. Os perigos, de forma genérica, são as grandes ameaças às pessoas com a chegada  da chamada hipermodernidade. Tomemos o provérbio do escritor mineiro (Cordisburgo), João Guimarães Rosa, para quem “Viver é perigoso”. Com toda razão o médico e escritor das Gerais. Se a vida é em si uma condição arriscada, o quanto de outras condições, naturais e criadas pelo homem, estão aí para tornar a existência de mais risco !
As crises e paroxismos vividas pelo planeta são daquelas outras contra  as quais nada se pode fazer. De algumas dá até para fugir. Mas, e como fugir? Se o retirante assim o fizer outra de mais ameaça pode o encontrar. Seria o exemplo das secas nordestinas, onde morre gado e gente e até quem tem asa voa e vai embora como a asa branca de Luiz Gonzaga. E nesse contexto entra até a seca de ajuda dos governos local e federal. Drama a vista.
Por falar em drama, lembra-me a tragédia que assola muitos países do continente africano. São perigos e ameaças das mais trágicas que acometem a humanidade. São crises humanitárias imensuráveis e perenes para as quais as nações ricas não encontram ou não querem propor soluções. Porque de fato se mostram insolúveis.
E os perigos e ameaças dos países em conflitos bélicos e conflagrados? São os casos da Síria, do Sudão e Sudão do Sul. Com isso, criando uma das maiores crises humanitárias com a emigração dos refugiados. Nesses perigos e ameaças temos como fatores perpetradores e de continuidade a chamada insanidade e tirania de muitos líderes e fanáticos. Temos como exemplos os tiranos da Coreia do Norte, da Síria e Venezuela. E quem sofre com os perigos e ameaças são as pessoas comuns, a população mais pobre.
Quando se fala em medo, tem-se uma matéria de amplo espectro. Toda forma de perigo, seja ele de ordem natural ou induzido pelo homem causa medo. Quando se trata de saúde temos o diagnóstico clínico das fobias. A Associação de Psiquiatria Americana (APA) tem um guia ou classificação das doenças mentais. Chama-se Manual Estatístico e Diagnóstico (DSM), hoje, na 5º edição, DSM-V;  lá estão catalogadas as várias formas de fobias (medos). Alguns exemplos: claustrofobia, medo de multidões e locais fechados; tanatofobia, medo da morte; nomofobia, medo de ficar desconectado (off-line) da internet.
Paralelo ao progresso (talvez sem ordem) os sistemas capitalista e consumista foram criando monstrengos que representam perigo e medo nas pessoas. Pode-se afirmar que vivemos em um cenário de muita competição, rivalidade e busca frenética por posse, status social e visibilidade. E todo esse cardápio de novos valores cria muita ameaça, perigo e medo nas pessoas porque nem todos podem desfrutar igualmente dessas conquistas. Um exemplo bem atual dessas imposições da sociedade do consumo são os padrões de estética e beleza. Todos, especialmente as mulheres, querem andar de acordo com os modelos de mamas, glúteos, pernas, pálpebras, bochechas, lábios, cabelos, rosto; todos ditados pelo mercado de estética, anatomia e beleza.

ÌNdice Malígno

A OBESIDADE É UMA DOENÇA MALIGNA E PRINCIPAL CAUSA DE MORTE
João Joaquim  
Até meados do século XX a obesidade ou qualquer excesso de peso era relacionado com uma boa saúde. Não só como um símbolo de saúde, como de prosperidade, sucesso e ela, tão buscada e desejada pelas pessoas, a felicidade. Foram-se esses tempos, foram-se essa despreocupação e crença de que uns quilos a mais, ou algumas arrobas a mais se encerravam em um mero detalhe anatômico ou silhueta corporal. Uma demonstração do quanto se associava a obesidade com saúde e bem estar  ainda se acha nas obras de arte. Muitas pinturas e quadros traziam ou retratavam as pessoas  repimpadas e rechonchudas.
As ciências médicas evoluíram e todos os ramos da medicina como a nutrição, a endocrinologia e a cardiologia não deixam dúvidas. A obesidade constitui uma doença, de gravidade linear com o seu índice de massa (gordura) corporal (IMC). Quanto maior o IMC mais complexa e nociva é a doença. Ela se define como uma doença porque dificilmente se restringe a meras alterações das medidas e quilos corporais. Na maioria de seus portadores ela se manifesta por um conjunto de sinais e sintomas que traz mal estar e muito desconforto à pessoa.
Mais do que esse espectro de alterações clínicas, os exames de laboratório vão exibir significativos desvios metabólicos. Dentre os quais taxas altas de glicose, colesterol, triglicérides, entre outros. Mais de 90% das pessoas portadoras da doença tem como causa um desequilíbrio energético. Dieta hipercalórica e sedentarismo. O ideal seria um balanço racional, ingestão moderada de alimentos e atividade física. A obesidade mais o sedentarismo constituem em dois grandes fatores de risco para doenças cardiovasculares. Além de outras doenças como diabetes e câncer de vários órgãos internos.
Ora! Que contraste então! Sabendo dos males e riscos que o excesso de peso traz, por que então que as pessoas engordam? E de fato, a sociedade é diuturnamente informada, notificada sobre os danos na saúde causados pela obesidade. Apesar disso ela hoje constitui uma pandemia a merecer preocupação  de muitas nações com campanhas de esclarecimento e incentivo a prevenção, tratamento e prática de atividade física. Alimentação saudável e exercícios físicos, ao menos 5X de 30 minutos por semana são as melhores estratégias na prevenção e tratamento da obesidade.
À pergunta :  por que as pessoas engordam tanto? Pode-se objetivamente cravar que o hábito de se comer tanto, mesmo sem fome e sem necessidade tem razoes ancestrais. O homem primitivo quando encontrava o alimento procurado se empanturrava porque ele não sabia quando encontraria a próxima refeição. É o mesmo que fazem muitos animais selvagens quando abate uma presa. Eles comem como sobrevivência individual. Similarmente o homem civilizado tem essa memória ancestral. Somos o único animal que como sem ter fome. E tal atributo é uma das causas para o ganho de peso.
Um outro fator na gênese do acúmulo progressivo de peso é de natureza comportamental, reflexa e adaptativa. Em outros termos imagine a acomodação a um odor desagradável. Ao se entrar em um recinto com exalação pútrida e desagradável ao olfato. Quanto mais tempo se permanece nesse ambiente menos desagradável se torna aquele mau cheiro por puro reflexo de acomodação e adaptação.
Tal fenômeno também se verifica no ganho paulatino de peso. Se uma pessoa engorda 100 gr / dia, ela terá 3 kg em um  mês ou 36 kg em final de ano. Puro processo de acomodação ou zona de conforto, porque o fenômeno se faz a granel. Imagine se uma pessoa ganhasse 30 kg em um dia! O desespero e mal estar seriam insuportáveis. Portanto, o preço de um peso normal é a eterna vigilância e mudança permanente no estilo de vida. E isso pode começar não antes de Natal e Ano Novo, Mas agora, já  . Nov/2019.   
João Joaquim médico e cronista DM www.jjoaquim.blogspot.com   

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Depende da vantagem


SE ME PAGAR BEM SOU NEGRO OU GAY
Na esteira do progresso científico e tecnológico, o homem na sua infinita criatividade foi também buscando o seu desenvolvimento social. desenvolvimento este com muitas facetas, nuances, confluências e controvérsias. Um exemplo muito em voga e exaustivamente visto encontramo-lo na área ou matéria dos direitos humanos. E aqui já existem não uma, mas múltiplas controvérsias. No que concerne por exemplo à vítima e seus familiares. Quantas vezes o Brasil já assistiu algum defensor público, algum membro da ordem dos advogados do Brasil (OAB) ou uma regional irem atrás dos familiares da vítima e saber de seu sofrimento, seu luto, suas dificuldades de sobrevivência e direitos como cidadão (ã)? Quantas vezes? Ou seja, no caudal dos avanços das ciências e das tecnologias da informação, muitos foram os avanços sociais. Mas, pensando de forma humanista, mais coerente e mais compreensível seria se tais direitos e garantias fossem distribuídos de forma isonômica, com um regramento e balizas de mais justiça. E justiça, desde a concepção da República de Platão, se mostra uma ilusão no Brasil como nação.
Ainda dentro das normativas das conquistas sociais e direitos humanos, vamos agora analisar as chamadas garantias das classes intituladas como minorias. Assim tidas e havidas porque representam umas percentagem (%) menor da população brasileira. E aqui estabelecida está outra controvérsia nos avanços sociais. E nesse contexto, temos a cristalina ciência de como os valores, conceitos, vícios, defeitos e virtudes são mutáveis conforme também as vantagens, prerrogativas e benefícios que cada categoria ou indivíduo aufere se ele enquadrar nessas classificações criadas pelo estado e grupos dos direitos humanos. Um exemplo bem chegadinho de fresco refere-se às criadas leis das cotas raciais. Nesse cenário das cotas uma pergunta fundamental: antes da legislação das cotas como vantagem para ingresso na universidade pública, quantas eram as pessoas que se declaravam negras? Tal visão, para os agraciados com esse privilégio mudou radicalmente. Compare um questionário ou cadastro de um jovem afrodescendente antes e depois da criação das cotas raciais. Nomear a cor ou etnia de um jovem antes como negra, constituía-se em contravenção ou injúria racial. No entanto para ter uma pontuação a mais para ingresso em curso superior se tornou um atributo privilegiado, um qualificativo e distinção pessoal. Nesse sentido e mudança de visão, à luz do discurso e teses dos defensores dos direitos humanos nós, brasileiros, somos constituídos maioritariamente por negros, mulatos e afrodescendentes, ainda que a cor da pele, ou seja, o fenótipo aponte o contrário. Aliás, nessa estratégia vêm até surgindo notórios casos de fraudes e falsidade ideológica, quando alguns indivíduos buscam artifícios para bronzear ou enegrecer a pele para passar a aparência de mulatos ou afrodescendentes.
E assim se sucede com “ainda outras minorias” tendo em conta suas características étnicas, físicas e sociais. Tomem como tipo as pessoas homoafetivas e os portadores de necessidades especiais. Basta conceder-lhes algum tratamento mais igual em relação a outras pessoas, algum privilégio. Todos, literalmente todos, nunca se ofenderão em ser tachados de gays ou aleijadinhos, contanto que, sejam num contexto ou concessão de algum benefício e vantagem em relação ao resto da sociedade. Tudo pode ser normal, bacana, legal e aceito, se traz-me algum ganho, algum lucro ou tratamento exclusivo para mim e minha classe. Êta progresso, êta social, êta direitos humanos.  Novembro /2019.    

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...