segunda-feira, 29 de abril de 2019

Maus governos

MUITOS MAUS GOVERNANTES SÃO ELEITOS PELO POVO
João Joaquim  

No Brasil ocorrem coisas e fatos que parecem um monopólio nosso. Entre outros motivos fica a sugestão de que tudo acontece assim ou assado porque nosso sistema de governo é a democracia. Tal realidade nos leva a concordar com o ex primeiro ministro Winston Churchil (̶1874—1965 ) que cravou essa em plena época da guerra fria: “ A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”.
Tudo se dá e se estabelece nos seguintes moldes: cada governante que assume o mandato, inicia o mandato com um rol imenso de dividas e compromissos. Trata̶ se da chamada plataforma ou pasta de promessas. Muitas das quais fantasiosas e utópicas. E o povo, quer dizer o eleitorado vai acreditando em tal retórica. Quando o candidato se torna entronado, empoderado no cargo, vêm todas decepções do rebanho de pessoas que elegeu o promitente e falastrão mandatário.
Para cada desastre de governança ou governabilidade existe uma conjunção de fatores ou causas. Temos neste sentido a questão da boa fé das pessoas. Muitos têm uma natural tendência em acreditar em promessas vãs ou irrealizáveis. Falta de discernimento.
Milhões de eleitores não têm a capacidade de separar o que apenas é um recurso estilístico de oratória daquilo que de fato pode e não pode ser realizado. Este é um recurso de marketing. E essa estratégia ou arte de persuasão é feita com muita eficácia em todos os meios de comunicação ou negócios da vida.
É o que fazem por exemplo a indústria e o comércio de qualquer produto ou artefato. Tome como modelo a indústria farmacêutica. Ao se colocar um medicamento para o consumidor ele é colocado como o elixir da beleza, da energia sexual, como a última descoberta naquela indicação. Basta usar a droga e constatar que ela é mais do mesmo ou até capaz de efeitos colaterais mais nocivos. É o mesmo efeito que se tem na eleição dos governantes.
Por último, por falta de espaço, uma grave, gravíssima questão da desqualificação de nossos governantes está em nas eleições dessas pessoas para os cargos públicos e políticos. Nas eleições, mas como assim? Justamente no eleitor.
Nenhum mau político ou administrador corrupto foi empossado no cargo por coerção ou força de lei. Ele assumiu o mandato porque milhares ou milhões de eleitores o elegeram. Ele está na sua função por escolha popular. E aqui nesse rebanhão de eleitores subsistem outras gravíssimas chagas peculiares do Brasil, pobreza e analfabetismo.
O que falta ao analfabeto absoluto ou funcional? Análise crítica, e novamente, discernimento. Ele não sabe separar o candidato falso, falastrão e demagogo daquele que expressa a verdade e a realidade.
O mesmo se verifica com as pessoas na categoria de pobreza. E nessa classe surge mais uma doença moral, a venalidade; por um mínimo de dinheiro ou cesta básica ou objeto pessoal o eleitor vende o seu voto e o de seus familiares e dependentes. São fatos e ocorrências próprias de Brasil.
Em conclusão, pelo que nos demonstram os feitos e fatos nas searas política e administrativa no Brasil, uma conjugação de causas leva a que tenhamos sempre, mas sempre e sucessivamente as piores e mais incapazes pessoas a nos governar.  Abril/2019.

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