quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Ninguém tem um igual

DIVERSIDADE PESSOAL
João Joaquim  
É maravilhoso e fascinante quando pensamos na diversidade humana: e essa variação ou diversidade abarca todas as características da pessoa. Para mais justeza e veracidade até os gêmeos ditos “verdadeiros” são desiguais. Eles têm muita semelhança, muita simetria, muita paridade e homologia, mas não são exatamente iguais.
Nesse sentido, quando falamos em diversidade humana não estamos referindo apenas às diferenças morfológicas das pessoas. A alusão aqui é sobremaneira nos aspectos psíquicos, emocionais, nos sentimentos, no comportamento, na índole e caráter que compõem cada indivíduo. Em termos objetivos cada um é composto de uma parte física (soma, somático) e uma parte anímica. Feitas essas definições, por demais óbvias e sucintas, discorramos sobre essas características anímicas a que também chamaremos comportamentais ou a caracterologia do indivíduo.
Quando analisamos a característica comportamental do indivíduo levamos em conta uma influência constitucional a que também pode ser desdobrada em genética ou hereditária. Tem-se também uma parte pós constitucional ou adquirida. O  que se tem de aceito e científico é que a pessoa é o resultado de sua constituição genética (ou hereditária) e do meio ambiente.
O conjunto anímico ou comportamental de cada indivíduo guarda muita analogia com os animais irracionais. São os instintos biológicos comuns aos humanos e não humanos.
Esquematicamente, para mais fácil compreensão, dois são os comportamentos na formação do sujeito. Imaginemos uma pirâmide. Na parte inferior temos o que se chamam os instintos inferiores da pessoa, muito semelhantes a qualquer animal. Na parte de cima da pirâmide têm-se todas as características mais nobres, a alma, o espírito, a razão;  o que nos diferencia de animais inferiores não pensantes. Façamos agora considerações sobre o comportamento do indivíduo, tendo em conta sua relação com o meio ambiente. Quando se refere a meio ambiente abre-se um espectro bem amplo de possibilidades: família, sociedade global, escolas, contatos pessoas, nexos sociais, etc. 
Numa analogia ou paralelo com a constituição física. A anatomia e cada órgão ou tecido do indivíduo são muito refratários a mudanças. A constituição genética então é muito imune a intervenções das ciências. Assim também se dá com a esfera psíquica ou comportamental do indivíduo. São as inclinações ou tendências inatas que cada um traz de sua geração desde a fase embrionária.
Quando se fala na constituição psíquica, em comportamento, na parte anímica e caráter do sujeito poder-se-ia perguntar: o que é normal? O que é patológico? Quais são os limites do caráter do indivíduo?  São perguntas de quase impossíveis respostas dentro do espectro da interação da pessoa com o meio ambiente. Uma  influência muito marcante refere-se a todo o complexo e longo processo educacional. Educar é moldar, transformar e construir a pessoa humana. 
Para contextualizar , algumas questões podem ser postas. A educação, o modo de agir, o comportamento do indivíduo podem ser moldados, modificadas com educação? Sim. Um consistente exemplo se vê com os padrões e condutas éticas de cada pessoa. Basta ter em consideração que todos nascemos aéticos. A grande ética, como a pequena ética, a etiqueta são aprendidas. A criança é desprovida de ética. Por isso já recomendava Aristóteles, o filósofo : A ética deve ser ensinada e praticada com as crianças. Todos os profissionais que trabalham com áreas  humanas devem estar continuamente preparados em relações humanas, em lidar, ajudar, compreender e cuidar de gente. E muitas vezes de gente fora do prumo, do eixo, das balizas de normalidade.
As diferenças entre as pessoas nos quesitos comportamento, atitudes, caráter, respeito são muito díspares. As disparidades são flagrantes. Muitos são os tipos de pessoas perturbadas, folgadas, aproveitadoras e conflituosas. Às vezes, de relações civilizadas e harmoniosas impossíveis. Desses modelos o melhor e mais aconselhável é um afastamento lento, cuidadoso e sem discordar. Do contrário as discordâncias podem ser destrutivas e letais. Em cada família, tem sido encontradiços esses tipos de caráter , de pessoas folgadas e dissipadoras. O melhor é o isolamento dessas personalidades e sem piedade, do contrário elas nos engolfam, nos sufocam.

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