sábado, 11 de fevereiro de 2012

EXAME DE ORDEM PARA MÉDICOS....

É NECESSPARIO PÓS-GRADUAÇÃO E EXAME DE ORDEM PARA MÉDICOS
João Joaquim de Oliveira


http://www.opopular.com.br/cmlink/o-popular/editorias/opiniao/exame-de-ordem-para-m%C3%A9dicos-1.53350




O mundo digital e informatizado como o que temos hoje exige cada vez mais capacitação e qualificação em qualquer setor profissional. O público consumidor se torna cada vez mais cobrador e não dá chance para o profissional amador, inexperiente ou negligente em seu ofício. Esta exigência vai desde um agente de portaria, jardineiro ou até profissões mais elitizadas com médico, arquiteto ou engenheiro.

Esta aferição da competência profissional se tornou fácil pelos próprios meios de comunicação como a internet, ou mesmo nas entidades classistas, sindicatos ou conselhos da categoria profissional. Mas, a melhor fonte de informação de cada profissional são os próprios clientes, a informação que corre de boca em boca .

Uma realidade com a qual nos deparamos no Brasil se refere à baixa qualidade (despreparo) da formação profissional. Esta má qualificação surge como conseqüência do baixo nível educacional e técnico das escolas e faculdades em geral. Trata-se de uma constatação que nasce lá no ensino fundamental e de roldão passa por todas as escolas de nível médio ou técnico e reflete nas universidades. Um fenômeno que tem entre as causas o sucateamento das escolas públicas, a baixa remuneração e formação de professores, e por que não o descaso do governo e sociedade com a cultura e educação?

Todos os índices e métodos de avaliação de desempenho escolar colocam o Brasil entre os piores países da América Latina. Que sétima economia é esta que tem os estudantes entre os medíocres do mundo? Paralelo ao nível de nossa educação, há uma tese de que o brasileiro tem uma personalidade indolente, preguiçosa e desleixada quando a questão é estudo, qualificação profissional e ascensão social( que o diga o herói sem caráter - Macunaíma, Mário de Andrade)

Todos sabemos o quanto é difícil quando temos que contratar um pedreiro, um pintor, um marceneiro etc, quanta negligência e ineficiência existem nos serviços desses profissionais. Haja paciência em lidar com esta classe!
Mas, se existe algum consolo para estes profissionais de nível escolar fundamental ou médio é o fato de que a má prática profissional não é exclusiva deles. Esta constatação está presente também nas profissões de nível superior como odontologia, advogados e médicos.
Na área de saúde, onde eu milito, posso falar de carteirinha. O que há de médicos ruins por formação e falta de vocação no mercado, a sociedade não faz idéia. Aqui pesam dois fatores: o fator faculdade e o fator aluno. Muitas faculdades pela falta de estrutura técnica e corpo docente qualificado em oferecer uma boa formação. Muitos formandos fazem o curso sem o perfil pessoal que recomenda a profissão . Os alunos que buscam estas escolas sem muita credibilidade técnica trazem em mente a profissão que ainda tem um certo glamour e fazem da medicina uma oficio para status social e ganhar dinheiro.
Existem muitas faculdades no Brasil, que precisariam ser proibidas de funcionar pelo Governo. E não é só na área médica. Elas não oferecem os requisitos básicos para uma boa formação acadêmica. Então não poderiam existir fatores piores para maus advogados, maus dentistas e médicos ruins: escolas e faculdades sem estrutura para uma boa formação técnica-científica e estudantes muito mais preocupados com o título de doutor que de fato vocação para o curso em que formam .
Trata-se de um cenário cuja tendência é piorar. São questões que envolvem mudanças na política educacional em todos os níveis, critérios mais rígidos do MEC na abertura de novas faculdades, interdição de muitas já existentes e mais rigor e fiscalização do exercício profissional de todas as classes.

Um bom modelo já temos com o exame da OAB para os advogados. Que tal se criar por exemplo o exame de ordem pré-exercício profissional para médicos, dentistas, engenheiros, e assim por diante . Este exame de admissão no mercado de trabalho deveria ser exigido pelos conselhos de cada profissão , com revalidação(novo exame de capacitação profissional ) a cada 5 anos.
Seria um bom expediente para reduzir muitos erros em todas estas categorias profissionais, e dar mais segurança à sociedade que buscam os serviços desses doutores. .

João Joaquim de Oliveira médico – joaomedicina.ufg@gmail.com

OS ERROS MÉDICOS.. M .JACKSON,, BRASIL

A MORTE DE MICHAEL JACKSON E OS ERROS DE TODOS OS MÉDICOS
João Joaquim de Oliveira
Todas as profissões estão sujeitas a graves falhas, erros ou desvio de conduta de seus profissionais. Entre estas profissões o Direito, a Medicina e a própria Justiça nas pessoas de seus juízes, em primeira ou última instância. Os chamados erros médicos e de justiça são os mais rumorosos e impactantes! Afinal está se lidando com saúde, vida, dignidade e direitos do ser humano.
Nos EUA um caso que vem despertando o foco da mídia e interesse da sociedade é a culpa do médico Conrad Murray pela morte do popstar Michael Jackson ( assim entendeu a Justiça americana). Pelo que se sabe da imprensa, o cantor era dependente dentre outras substâncias químicas do potente anestésico propofol. Trata-se de uma droga de uso exclusivo em anestesia geral, por anestesistas, em ambiente hospitalar. Para pessoas não médicas entenderem, este medicamento ao ser injetado no sistema circulatório, ele produz um estado de coma. Com esta indução ao estado de inconsciência todos os nossos reflexos são abolidos, inclusive a respiração. A dose capaz de provocar apenas um sono profundo ou coma é variável de individuo para individuo. Daí o risco de uso do medicamento sem um respirador artificial ao lado. Aliás é uma exigência formal para o emprego de qualquer anestésico geral, seja uso venoso ou por inalação .
Os erros médicos de negligência, imperícia e imprudência no caso Michael Jackson foram flagrantes e bisonhos. É básico e elementar:- todo médico deve saber dos benefícios e riscos de uma droga prescrita. Mais importante que as indicações ,os danos e efeitos colaterais de cada substância devem ser sabidos e colocados em jogo na hora de cada prescrição. Os crassos erros do dr Conrad Murray deveriam servir de um alerta para a classe médica do Brasil, país onde a aquisição e acesso a medicamentos é muito fácil. Trata-se de uma questão onde além de legislação permissiva, a maioria dos médicos têm culpa.
A julgar por tantos psicotrópicos que as pessoas usam, pode-se considerar a sociedade como depressiva, neurastênica e muito doente. Tem sido exceção encontrar um paciente de consultório que não saia com receita de um sedativo, sonífero ou antidepressivo. O médico tem participação ? Claro que tem e muita! Qualquer Rivotril, Diazepan, Lexotan ou o Propofol do Michael Jackson só se compra com prescrição médica. São medicamentos de tarja preta ou vermelha, sinalizando os graves riscos de dependência ou efeitos tóxicos. A presença da tarja preta indica que se trata de remédios que oferecem alto risco para o paciente, pois ativam o sistema nervoso central (SNC) ou provocam ação sedativa e, por este motivo, podem causar dependência física ou psíquica
É de importância capital lembrar que as diferenças entre veneno e remédio estão na dose, no organismo do hospedeiro e no tempo de uso da substância. Vivemos em uma era de muitas neuroses. Para aliviar tantos males, crises existenciais e angústias as pessoas buscam alívio em todos os tipos de drogas. Entre estas drogas estão as lícitas compradas com receitas médicas em farmácia de cada esquina .
Como médicos e promotores da saúde e da vida, não podemos ser meros prescritores ou trocadores de receitas de tranqüilizantes. Do contrário estaremos incursos nos mesmos erros do médico pessoal de Michael Jackson e em pequenas doses diárias praticando a complacência, a imprudência e a negligencia, o que significa tornar as pessoas adictas de psicotrópicos, intoxicar, envenenar e matá-las lentamente.
Por último não custa lembrar que um hábito perverso que têm os brasileiros chama-se automedicação. Psicotrópicos associados a qualquer outra substância, sobretudo o álcool, são capazes de causar graves efeitos colaterais, inclusive parada cardiorrespiratória e morte súbita. Médicos tem o seu papel, no uso abusivo de muitos remédios. Papel aqui em seus múltiplos sentidos.
João Joaquim de Oliveira médico – joaomedicina . ufg@gmail.com

CRISES ..FAMILIA .. SOCIEDADE

CRISES SOCIO-FAMILIAR E ECONÔMICA
João Joaquim de Oliveira
Ao assistirmos como um seriado a crise econômica que vive a Europa, sobretudo a Grécia, berço da filosofia e sabedoria ocidental , é natural indagar do porquê de tamanha atrapalhada e confusão financeira a que chegamos em plena era iluminista da comunicação e da informação!
E vejam que trata-se de um fato que iniciou em 2008 nos EUA, teve lampejos de solução em 2009 e 2010, se fez como rastilho de pólvora atingindo outros países, passou por períodos de calmaria e agora coloca a Grécia novamente no turbilhão da crise . E de roldão ameaça enredar outras nações da Europa.
Não sou economista. Mas, será que equilibrar receitas e despesas , déficits e superávits, produção e consumo é tão difícil assim para os sábios economistas e tecnocratas de cada Estado? Meu Deus! aonde esse mundo pode chegar?
Na obscuridade de tão grande turbulência das finanças global , evoco aqui outras crises que queiramos ou não guardam alguma relação com esse furação que teima envolver países de outros continentes, mesmo regiões não atreladas ao Euro.
Crise tem sido um termo na rotina da sociedade. Nesta rasa digressão gostaria de rememorar algumas delas. A crise da família parece representar hoje a célula-máter de muitas outras que o mundo enfrenta. Cada vez mais somos obrigados a conviver com padrões de comportamento e vínculos entre as pessoas que deixam em segundo plano o amor, o afeto e a generosidade mútua. A virtude, a moral e o respeito nas relações familiares e esponsalícias foram trocadas por prazer, culto ao materialismo e ao consumo. O lema é consumir, consumir e paga-se quando der . E a irresponsabilidade das uniões, Hoje casa-se até pela internet e procuração .
Crise de cidadania e educação. A omissão que o estado e a família têm com a educação dos filhos coloca nossa juventude em risco de perdição total. As manchetes dos jornais nos alertam para isto. As crises ou os excessos de liberdade e da tolerância fazem com que nossos adolescentes e jovens se descambem para o ambiente sem limites do sexo, das drogas, do uso indiscriminado de coisas supérfluas e perda total de reverência aos pais, a professores e a valores éticos e morais que devem permear e nortear as relações sociais em todos os níveis.
Na temática dos deveres e direitos, mesmo na esfera familiar, tem-se dado grande ênfase aos direitos de filhos e aos adolescentes. Tornou-se careta e proibido corrigir filhos e alunos nas escolas. Professores que corrigem com mais rigor um aluno correm o risco de ser processados pelos pais. Um absurdo!
Parece que aos poucos pais, escolas e a própria psicologia moderna vêm percebendo que o ensino e a pedagogia dos limites e deveres devem vir antes da concessão dos direitos e liberdade. É muito racional que o gozo destes decorram do correto exercício de limites e obrigações nas relações interpessoais. Essa inversão de ensinamento é um equivoco e perigosa na educação dos filhos .
O mundo atual tem um campo minado que vem esgarçando os atributos de humanidade e de moralidade das pessoas. Trata-se do mundo virtual e sem lei da internet. Pais e educadores precisam acordar para esse monstro que vem aterrorizando e pervertendo as famílias. Sites da internet têm sido um cenário para práticas anônimas e sem punição de tráfico de drogas, racismo e pedofilia e outros crimes contra a honra e a vida das pessoas.
São crises que parecem menores frente à desordem econômica de que falamos. Mas, somadas colocam-nos todos em risco. Ou a sociedade acorda para estas ameaças que vêm solapando as famílias e a sociedade ou estaremos todos perdidos.

João Joaquim de Oliveira Médico - joaomedicina.ufg@gmail.com

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CORRUPÇÃO MAIS IMPUNIDADE = CALAMIDADE

CORRUPÇÃO MAIS IMPUNIDADE E POBRES EM CALAMIDADE
João Joaquim de Oliveira
Quem dorme com o diabo cria chifre. O uso do cachimbo torna a boca torta. Com estes surrados ditados populares abro este artigo para me referir a um malfeito que de tanto ser reprisado pela mídia, vem anestesiando as pessoas. Parece que os brasileiros vêm perdendo os reflexos e a capacidade de revolta e indignação . Claro que me aludo à corrupção e aos desmandos que assolam e grassam por este país. Nunca antes na história deste país se roubou tanto como agora sob a “batuta” do PT, aliados e asseclas que apóiam o governo.
Há um ditado que expressa: as palavras convencem, os exemplos arrastam de roldão. Nós os brasileiros ainda lembramos com nitidez dos imbróglios do mensalão. Que exemplo para os futuros políticos desonestos por índole. CPI pra lá, oitivas teatrais para cá, quando um dos mensaleiros profetisou: no futuro toda essa história de mensalão não passará de uma piada. A depender da classe política e da toada da Justiça, dentro em breve tudo não passará de um deboche contra a sociedade como vaticinou um dos próprios beneficiados daquela quadrilha que saqueou o Brasil . O mensalão se transformará nos Ali Babá ( ou Lula lá ) e seus 40 ladrões. Nós os eleitores que os reelegemos a cada eleição nos transformamos em eternos babacas e ajudamos a manter impunes os contumazes ladrões da politicalha brasileira.
Muito interessante os belos discursos dos larápios que estão no poder como representantes do povo. A encenação e capacidade oratória que tem os gatunos na hora de justificar os desvios milionários chegam a despertar dó e piedade aos menos avisados, incautos e de boa-fé. Os malfeitos e a propinagem que vêm ao conhecimento público são de estarrecer e causar descrença nas pessoas. Agora imagina os feitos e acordos que são perpetrados nos porões e bastidores do poder e das empresas corruptoras. Aliás ,percebam bem: a moeda nos negócios escusos e pútridos dos políticos á sempre milhão. Mil é coisa de pobre ou basbaque como nós eleitores. A unidade monetária corrente é um milhão. Mil é moeda que se dá como gorjeta a serviçais nos palácios de governo.
Beira ao escárnio ministros e outras autoridades do governo assomarem ao parlatório, com microfones e câmaras abertas à nação e de forma farsesca e cínica tentar explicar o inexplicável. Desta forma como aceitar que toneladas de feijão vão para o lixo para não servir de prova contra políticos que não destinaram estes alimentos aos famintos e miseráveis de estados pobres do nordeste? Como explicar as fortunas pessoais, o milionário patrimônio acumulado apenas com os salários de servidor público temporário de 4 anos, quando não renunciam antes em meio às roubalheiras ?
Na verdade, como já fiz referência em outro artigo de minha lavra, políticos , cartolas e empresários que patrocinam o futebol formam uma classe especial de pessoas. Parece que todos eles são imunes às leis dos códigos civil e penal. Nenhuma lei ou código lhes são aplicados. Como eleitores ou consumidores somos vistos por eles como presas fáceis ou otários. Como cordeiros ou pacíficas ovelhas somos permanentemente manipulados e enganados.
Trabalhadores e obedientes pagamos milhões de impostos. Por tantos saques e assaltos aos cofres públicos cometidos por esses ladravazes e empresários-gangsters ( de empreiteiras, do futebol, de redes de televisão patrocinadoras da seleção de futebol) o Brasil está em estado deplorável em setores como saúde e segurança pública.
Todos eles, mancomunados com parlamentares travestidos de gestores da coisa pública, contribuem para as chocantes cenas que temos neste Brasil tão rico e próspero. O que temos ? A saúde pública( ou doença pública) em frangalhos e precisando de UTI, Escolas caindo aos pedaços e da pior qualidade, estradas esburacadas que matam milhares de pessoas a todo mês , e tantas outras mazelas sociais.
E olha que pode piorar. Chega a dar descrença e desalento . Se os Supremos ( no caso Deus e o Tribunal Federal) não se tocarem, tudo em breve pode arruinar . E então como antecipou um dos notáveis mensaleiros, tudo em breve não passará de uma burlesca anedota. Anotem !

João Joaquim de Oliveira médico – joaomedicina.ufg@gmail.com

HOR-RORIZ-AÇÃO NO PARLAMENTO BRASILEIRO

HOR(RORIZ)AÇÃO NO PARLAMENTO BRASILEIRO
João Joaquim de Oliveira


“Mas é infâmia demais!.. Da etérea plaga/levantai-vos , heróis do Novo Mundo../Andrada! Arranca esse Pendão dos ares!../Colombo! Fecha a porta de teus mares”/ Castro Alves

Ao fazer uma leitura dos acontecimentos políticos em pleno agosto/2011, pude recordar deste grande poeta. Castro Alves foi para mim um dos maiores poetas românticos do Brasil e do mundo. Pena que morreu tão precoce, aos 24 anos em julho/1871. Nos versos acima, ele com seu estilo grandiloqüente e tonitruante vociferava contra as injustiças do tráfico negreiro. Fico a me perguntar; se vivo fosse hoje, certamente estaria o grande bardo em tom condoreiro a bradar sua poesia contra tantas injustiças sociais, desigualdade entre as pessoas, corrupção da classe dominante e outras coisas tão esquisitas perpetradas pelos nossos parlamentares e gestores dos bens públicos.
Fosse possível ressuscitar alguns idealistas, mártires e heróis de nossa Historia! Como seriam a reação e os sentimentos deles ao se depararam com o cenário político de nossos tempos? Vamos imaginar o que pensaria um Tiradentes, um José Bonifacio, um Osvaldo Cruz, um Mal Rondon de nossos homens públicos de hoje?
Não, não! Supliquemos a Deus que os mantenha sob seu pálio e conforto. Eles fazem jus ao abrigo divino e aqui na atual conjuntura poderiam ter uma segunda morte, e esta com certeza de susto , pasmo e muita tristeza! Eles não merecem uma morte tão sofrida assim. Os tempos quando viveram esses nossos insignes compatriotas foram também muito difíceis e de muita amargura. Todos eles lutaram e defenderam seus ideais por um mundo mais justo e democrático. Enfrentaram interesses ditatoriais e escusos não menos ignominiosos do que os de nossos tempos. O que há de destacar nestes genuínos patriotas foram o ardor e a pertinácia na defesa do ideário de um mundo melhor. Um país compartilhado igualmente por todos.
Naqueles tempos os meios de comunicação eram precários, se resumindo a alguns jornais de pouca circulação, discursos em praças públicas ou no parlamento. Mas, nem por isso as vozes dessas proeminentes figuras das letras, das artes e da política foram sufocadas. Foram palavras, poesias e discursos que reverberaram no ânimo das pessoas e mudaram o destino da nação!
Ao dar um salto para nossos tempos podemos constatar uma certa letargia na sociedade. Parece que as pessoas estão muito contentes, cada um em sua vidinha, em seu mundinho. Bem fresquinho em nossa memória temos a marcha da maconha e dos gays. Foram marchas tão coloridas e numerosas quanto inócuas do ponto de vista social. As questões gravíssimas da corrupção e roubalheira em progressão geométrica continuam a todo vapor. Segurança pública e sanitária em condições insuportáveis. Por que não uma marcha em prol da moralização na seara pública, contra a corrupção e os desmandos de governantes corruptos ?
O que a Nação pôde assistir neste 30 de agosto/2011, em sessão na Câmara dos deputados em Brasilia, é de estarrecer as pessoas e parlamentares do bem. O que se viu, sem trocadilho, foi muita parlação , cinismo, jactância, e muitas pessoas hor-roriz-adas , com a absolvição de Jackeline Roriz, envolvida em mensalão do DEM-DF e outras coisitas indecorosas com processo em curso no STF .
Indagar ou cobrar não deve ofender a ninguém! O que andam fazendo as entidades e autarquias que sempre lutaram pelo social ao lado do povo? O que andam pensando a CNBB, a UNE, a OAB, os caras pintadas da era Collor? A Transparência Brasil ? Será que os representantes e altos dirigentes dessas instituições estão anestesiados com tantos escândalos, corrupção e indignação moral? Vamos! Mostrem a cara, queremos participar!

João Joaquim de Oliveira médico joaomedicina.ufg@gmail.com

EDUCAÇÃO MARIA DA PALMADA

LEI MARIA DA PALMADA

João Joaquim de Oliveira

Eu gostaria de ver muitos debates sobre os Deveres Humanos, como por exemplo na educação e criação de filhos. Muito se fala hoje em Direitos Humanos. No teor destes princípios são abordados a relação pais/filhos, alunos/professores, sem esquecer a posição oficial do Estado através do Estatuto da Criança e Adolescente(ECA). As diretrizes do Estatuto, são muito edificantes e positivas, mas com resultados simplesmente pífios quanto à atuação objetiva dos órgãos de Governo.
Uma questão recentemente muito debatida foi o castigo físico que é comum ser adotado pelos pais na correção e educação dos filhos. Em linguagem mais popular foi exaustivamente discutida a lei da palmada. Na minha opinião foi tão infrutífera quanto vender geladeira para esquimó. Sem mencionar nomes, o(s) autor(es) desta idéia, em detrimento de outras questões mais relevantes, buscaram trazer à baila um assunto que além de não acrescentar nada na educação de filhos , causou mais confusão e embaraço para pais e educadores.
Aliás, acho até que foi um desserviço que os debatedores prestaram á sociedade. imaginemos as crianças maiores de 10 anos e adolescentes. Estas com acesso fácil a toda informação, não deixaram de entrar no clima das discussões. Sem dúvida que os filhos assimilaram as informações alinhados com os que são contrários a qualquer castigo como as palmadas ou beliscões na hora de corretivos .
Eu faço coro com aqueles que vêem nas palmadas, cintadas ou chineladas uma maneira de educar , colocar limites e corrigir pirraças, birras e outras manifestações de indisciplina e desobediência dos filhos. Claro que estas reprimendas devem ser feitos por quem de direito ( pais, avós e outros tutores ). Ao me posicionar desta maneira busco me fundamentar na própria experiência de vida. Até a fase adolescente recebi palmadas e cipoadas de meus pais. Já mais adulto pude bem compreender as correções feitas frente ás minhas rebeldias e transgressões inerentes a faixa etária. O amor que sempre devotei e devoto aos meus pais é incondicional.
Sou pai de dois adolescentes. Hoje as correções que lhes aplico se restringem a muito diálogo, trocas de idéias , de forma franca a mostrar-lhes não confundir ética com estética. Meus filhos sabem que se descarrilarem demais dos trilhos traçados por mim e pela mãe ainda estão sujeitos às pedagógicas e amorosas palmadas. Nada contra quem pensem, agem e recomendem em contrário a qualquer repreensão para plasmar e sedimentar na cabeça da criança a diferença do certo e do errado, valendo-se, quando inevitável, do expediente extremo de algum castigo físico.
Eu perfilho com aqueles que são peremptoriamente contra qualquer excesso na intensidade da palmada ou chinelada no filho. Radicalmente contra qualquer forma de tortura. Mais, ao se aplicar uma correção física ou castigo ao filho, que lhe seja explicado de forma clara e enfática o porque da penalidade, para que de futuro, este educando possa fazer esta associação: repetição do erro ou infração e o dissabor da correção. Aliás, uma forma que se emprega até no adestramento dos animais e funciona, imagina então os efeitos no ser humano, dotado de razão e inteligência.















01/09/2011

Hitler e Wagner
Diz a lenda que Hitler assistiu a Rienzi , uma das primeiras óperas de Wagner, e seu primeiro sucesso, mais de 40 vezes. Também se acredita que o manuscrito original, um dos mais longos produzidos por Wagner, foi enterrado junto com o Führer. Teria duração de quase seis horas, com um balé no meio. E daí?
Daí que, pra começo de conversa, nos dá um bom exemplo do quanto é traiçoeiro misturar-se ética com estética. O senso comum, não raramente, faz a ponte entre gosto artístico e julgamento moral, atribuindo qualidades éticas positivas a indivíduos que as tenham no terreno artístico. Em bom português: quem aprecia arte só pode ser um bom sujeito. Nada mais longe da verdade. Quer dizer, nem longe, nem perto, pois o contrário também seria injusto. Em melhor português: ser boa ou má pessoa não tem absolutamente nada a ver com apreciar arte. Eu posso ser um apaixonado por música erudita, teatro, artes plásticas, e ainda ser o maior de todos os canalhas. Ou não.

Quanto a Rienzi , é compreensível que Hitler tenha gostado tanto. Deve ter se identificado com o protagonista, um plebeu que, com seu carisma, inflama o populacho de uma Roma decadente, contra os nobres, conseguindo erguê-la momentaneamente. Embora, no final, seja sacrificado pelos próprios aliados. Essa associação com a Alemanha nazista fica mais evidente na produção da Deutsche Oper Berlin (DOB), no Blue-ray da Art Haus. Philip Stölzl, o diretor, optou por uma versão de aproximadamente duas horas, "modernizando" e estilizando o que originalmente se passa numa Itália medieval.

Não é a primeira vez que a DOB moderniza e mexe no libreto de uma ópera. Ano passado, sua produção de Turandot matou os pais dos protagonistas, a princesa e seu herói. Ficou estranhíssimo, não dá pra entender a utilidade dessa mexida.

Já no caso de Rienzi, faz todo sentido. O cuidado com a associação com o nazismo chegou ao capricho de projetar, em enorme tela ao fundo, em preto e branco, as cenas enquanto estas aconteciam. O close no protagonista discursando com uma cara de louco raivoso, assim como a multidão em marcha, filmada de baixo pra cima, nos remetem a O Triunfo da Vontade , documentário de Leni Riefenstahl, sobre o congresso do partido nazista em Nuremberg, em 1934.

Então me deu vontade de ver de novo esse que se tornou um exemplo histórico em que a estética perdoou a ética (apesar de ser uma grande propaganda nazista, passou a ser visto como um belo filme).

Duas coisas chamam a atenção, a displicência com que Hitler faz a saudação nazista (enquanto todos apontam o braço direito pra frente com força, ele joga a mão direita pra trás, burocraticamente - isso deve ter algum significado psicanalítico que me escapa), e o porte físico ridículo dele e de seus seguidores mais próximos. Esses caras não tinham espelho em casa não? Como podiam se considerar "superiores" ao resto do mundo?

Quanto a Wagner, não tem culpa de ter sido apropriado. Permanece sendo o maior compositor de óperas de todos os tempos.

Psicanálise do século 21

Luciene godoi 01 de setembro de 2011 (quinta-feira)
Alguém pode dizer: "Ora pois, então a psicanálise mudou? Pensei que fosse só uma.

É, as coisas não ficam sempre no mesmo lugar. O mundo caminha.

O sujeito freudiano vivia num momento histórico que chamamos de "a era da proibição". Hoje o mundo vive num que é chamado de "a era do gozo".

Um é o oposto do outro e, por isso mesmo, Lacan, ao ir percebendo o que já se anunciava, escreveu em 1969-1970 o seu seminário O Avesso da Psicanálise , preparando a psicanálise para um mundo que estava se tornando o oposto do mundo freudiano.

Depois de sua volta a Freud, ele ruma para onde o mundo está rumando. Para dar conta de novas respostas a novas questões de um mundo se revirando. Um mundo onde há um comando para que todos gozem de tudo (sexo, objetos, informações) ininterruptamente.

Você pode tudo: agarre, consuma, experimente! As pessoas são empurradas a necessitar do que há para ser comprado, adquirido, vivido.

Do "você não pode nada", agora é "você tem que ter tudo". E se não entrar na onda, sente-se mal, excluído do parque de diversões onde todos brincam sem parar.

Não estamos tão tocados pelos valores antes sustentados, que se mostraram vazios. Há um investimento no presente, no uso pragmático de qualquer objeto.

Não se vive pensando em gozar depois. Até mesmo as religiões não propõem mais "sofra agora e goze depois", mas "seja feliz aqui também porque Deus assim quer".

O que atrai o ser humano hoje é a possibilidade de viver bem, aqui e agora. Ótimo! Mas isso não será alcançado de maneira infantil, ingênua, na obediência cega aos meios de comunicação.

É preciso relativizar os excessos propostos, e, às vezes, impostos. É preciso se dar ao trabalho de saber de você. Do que realmente gosta e quer. Não há receita igual de felicidade para todos, prêt-a-porter, como se as famílias Dorianas fossem possíveis para todos, bastando comprar margarina.

Mas também é prazerosa a construção desse saber de si, porque sem isso não há como escolher o que lhe trará benefícios nessa oferta descomunal de objetos, modos de pensar e viver.

Então, como é que a psicanálise do século 21 se propõe a lidar com o que se apresenta?

Não mais só explicando (Freud explica!), mas implicando. Implicando o sujeito nas suas escolhas, dizendo que é com ele mesmo, já que os ideais - "se seguir o que o meu pai disse vou me dar bem"-, não nos sustentam mais. Estamos num mundo onde tudo é volátil, nada nos garante, a não ser saber de nós mesmos, do nosso desejo o suficiente para enfrentar os riscos das escolhas e das construções.

segunda-feira, 28 de março de 2011

NA PRÁTICA A TEORIA NAO ....

NA PRÁTICA A TEORIA NÃO PODE SER OUTRA
João Joaquim de Oliveira


É bem conhecido aquele adágio popular “ façam o que eu digo não façam o que eu faço”. Além do engenho espirituoso , os ditados e provérbios trazem sempre um senso, um quê de verdade e realismo. Há um outro de muitos conhecido que traz o mesmo sentido: “ na prática a teoria é outra “. A menção desses dois axiomas populares objetiva realçar o comportamento de muitos profissionais em geral, mas aqui falo mais estritamente da seara médica, onde eu milito.
Tenho observado um dúbio ou duplo comportamento de muitos profissionais, sobretudo aqueles ligados ao ensino, pesquisas e conferencistas que expõem os resultados de seus “ trabalhos científicos” ou compilações de dados da literatura em congressos ou sessões clinicas. Reiteradamente, constato um grande descompasso entre o que muitos palestrantes ou docentes apresentam em suas exposições nesses encontros de reciclagem e “atualização” e o que eles na prática, em suas clinicas privadas recomendam ou prescrevem para sua clientela. Ou seja; se esses profissionais e pesquisadores fazem ou participam de uma pesquisa clinica; se chegam a uma conclusão convincente e consistente de bons resultados; e mais, se essa conclusão encontra eco e respaldo de outros trabalhos pelo mundo afora, então estes benefícios deveriam ser oferecidos aos pacientes, aos clientes que buscam atendimento desses profissionais. Parodiando o ditado: na prática a pesquisa não pode ser outra.
Ainda dentro deste mesmo comportamento, constatamos o quanto muitos médicos e profissionais afins, são aliciados e persuadidos a adotarem estes ou aqueles medicamentos, insumos e equipamentos sem uma comprovada grande eficácia ou vantagem a justificar o seu alto custo frente a outros de mesmo emprego , mais baratos e já conhecidos no mercado.
Exemplos desses disparates, são as drogas para os convalescentes de infartos ou derrames cerebrais . A maioria desses fármacos custam 300 a 500 vezes o preço da aspirina e sucedâneos de eficácia idêntica e menos efeitos colaterais.
As grandes marcas para tratamento de colesterol, largamente prescritas, custam 10 a 20 vezes mais do que as estatinas e genéricos, de efeitos semelhantes , conforme atestam pesquisas clinicas bem conduzidas e confiáveis.
Para rebater esta realidade encontradiça nas condutas e prescrições de profissionais recém-formados ou mesmo por alguns já rodados na vida, não custa lembrar e asseverar que o compromisso maior de qualquer profissional de saúde deve ser com o ser humano. Muitas vezes, o médico, em que pese exibir atualização e estar bem antenado com a modernidade, atende muito mais aos apelos das propagandas de laboratórios e vieses de trabalhos patrocinados por esses mesmos laboratórios do que condutas e prescrições em prol dos doentes. Um paciente , a depender do poder aquisitivo, com uma receita de anti-hipertensivo ou anti-colesterol que custe R$ 100,00 ou R$ 200,00 , provavelmente jogará a prescrição no lixo e buscará uma alternativa compatível com o seu poder de compra.
Eu concluiria estas singelas criticas proclamando que frente aos lançamentos tão vantajosos mostrados por representantes da indústria farmacêutica, não seja você profissional de saúde que tem por alvo o bem-estar e a virtude para o seu cliente , o primeiro a receitar uma novidade, nem o último a abandonar um produto mais antigo e tradicional, cuja relação risco/beneficio, seja largamente conhecida e aceita por todos.
A Ética e a saúde do paciente agradecem.

João Joaquim de Oliveira médico joaomedicina.ufg@gmail.com

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...