sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CANABIDIOL



OS PERIGOS DA LIBERAÇÃO DE DERIVADOS DA MACONHA
                                                                                                                                            João Joaquim

A imprensa científica (médica) e leiga noticiaram sem muito alarde a liberação do canabidiol (derivado da maconha) pela ANVISA . Esta substância conforme depoimentos de vários neurologistas e outros profissionais de saúde  é eficaz no controle (não cura) de alguns tipos de epilepsia. São formas raras de doença neurológica refratárias a todos os anticonvulsivantes disponíveis no mercado. O principio ativo ainda parece ser eficaz em casos de doença de Parkinson, dor neuropática , esquizofrenia, formas graves de ansiedade e autismo.
A esse propósito em faço dois comentários. Primeiramente aos usuários da cannabis sativa (nome científica da maconha). Aqui considerados aqueles fumantes eventuais (ritualísticos) ou mesmo já adictos da droga. A esses eu já me antecipo, não me venham agora com mais um argumento de inocuidade e inofensividade da maldita verdinha. Ela sempre foi, é e não deixará de ser uma “droga” no sentido nocivo e tóxico do termo. Ainda que não agressiva e devastadora para a saúde humana como a cocaína e crack, a maconha por si só traz grande impacto no comportamento, saúde mental e físico do indivíduo , como também representa um chamariz para drogas mais pesadas.
Vale lembrar, ao que parece,  que o canabidiol, um dos vários princípios ativos da planta, não gera dependência e pode de fato trazer eficácia,  bem-estar e controle de algumas formas graves de doença neurológica que cursam com crises convulsivas, conforme depoimentos abalizados de profissionais médicos. A segunda questão que trago à baila se refere à segurança na fabricação, comercialização e receita da droga. Eu não entraria nem na questão da pirataria e compra clandestina do medicamento, visto que dada a natureza corrupta e antiética do ser humano ele está propenso a vender a própria alma e comprar até o indulto dos pecados junto a algumas igrejas de falsos profetas. Para essas condutas antiéticas e desonestas não há leis ou fiscalização que dêem  jeito.
Eu refiro-me estritamente ao rigoroso controle na dispensação da substância pelos conselhos de farmácia e criteriosas exigências dos conselhos de medicina relativas às prescrições médicas. Qual será a cor da tarja do produto, preta , vermelha ou roxa ?
A esse respeito e para ilustrar minhas preocupações para a saúde humana eu rememoro o lançamento dos compostos diazepínicos (sintetizados na década de 1950). De muitos sabidos, são medicamentos sedativos, ansiolíticos, soníferos com amplo emprego na Medicina por várias  especialidades. Todavia, mercê de normas frágeis dos conselhos de Farmácia e de Medicina, hoje são drogas populares, receitadas até por amigos e vizinhos. Quem por exemplo não usa, ou não conhece o popular lexoton, diazepan, rivotril etc. No Brasil temos muito mais pessoas dependentes e adictas dos diazepínicos do que usuários de maconha ou cocaína. Este consumo se refere àqueles indivíduos que usam esses sedativos e tranqüilizantes sem critério ou indicação médica. Eles o fazem por indicação de outras pessoas ou como automedicação. O que constitui outra prática condenável do brasileiro, uma vez que no Brasil é fácil comprar qualquer droga, inclusive remédios .  Tornou-se um problema de saúde pública.
 Como se sabe a regulamentação e liberação do uso restrito do canabidiol foram decorrentes do clamor de populares, sociedades médicas e grupos de familiares de pacientes portadores de formas graves de epilepsia. Com toda  a colaboração também de muitos veículos da mídia televisiva e impressa.
O que esperamos é que este potente e eficaz canabidiol traga de fato melhora na qualidade de vida para muitos doentes e seus familiares. Mas, que os órgãos fiscalizadores como ANVISA e conselhos de Farmácia e Medicina, não afrouxem no controle de fabricação , comercialização e prescrição   do produto. Com este expediente evita-se  o uso abusivo e indiscriminado desse psicotrópico extraído da maconha , como são hoje os compostos á base de rivotril, lexotam, diazepan e muitos outros psicotrópicos já conhecidos e usados pelas pessoas de forma perigosa  com um alto grau de dependência psíquica e orgânica.      

   João Joaquim-  médico- articulista do  DM  joaomedicina.ufg@gmail.com  WWW.jjoaquim.blogspot.com




FILHOS BASTARADAS DA...



 OS FILHOS BASTARDOS DO  PROGRESSO E DA INTERNET http://www.dmdigital.com.br/?old=1#!/view?e=20150119&p=21



João Joaquim


Como é impactante o progresso e toda forma de invenção  no comportamento e socialização e até mesmo na saúde das pessoas!  Neste começo de 3º milênio (2015) não há como falar de progresso sem recorrermos aos avanços do mundo da informática, dos avanços das comunicações, da indústria de equipamentos digitais e tantos outros produtos relacionados com a internet.
O surpreendente  e curioso é que quando uma sociedade se acha plenamente imersa em determinadas tecnologias fica difícil para as pessoas sobreviverem sem elas. Isto é mais notável  nas novas gerações. Imagine se privarmos  um jovem do uso do telefone celular! Aliás, ex-celular, porque o que a garotada menos faz são ligações telefônicas com as tais maquininhas . O aparelhinho virou um microcomputador de bolso. As novas gerações entraram em uma neura da conectividade, todos ligados e on-line.   Mas, enfim as tecnologias de ponta chegaram não só para facilitar o trabalho em todas as profissões, elas vieram também para mudar atitudes, comportamento, entretenimento , postura em tudo, educação lato sensu e cultura ou contra-cultura e deseducação .
Há certos ramos profissionais e indústrias que dá para se perguntar: e se não existe o tal do computador, dos equipamentos de informática, como seria? O processamento de dados e digitalização facilitou a vida global. Vamos pinçar dois exemplos aqui bem corriqueiros em nossas vidas, a fotografia e a Medicina. Na fotografia, a maioria das pessoas com mais de 30 anos se lembra da trabalheira que era fazer algumas fotos. Havia  aquelas máquinas enormes  e o rolo de filme. Faziam-se as fotos, levava o filme para se revelar e fosse o que Deus quisesse, porque não tinha como conferir a qualidade das imagens. E hoje? Fazem-se quantas fotos quiser ,  até com celular ou Ipad e são conferidas no instante do clique . Não ficou ideal a imagem , deleta-se e nova foto. Tudo pode ser armazenado num cd ou pendrive. Maravilha pura. No 2º exemplo, a Medicina. Muitos já devem ter ficado espantados ao se verem inteiro por dentro em um exame de tomografia ou  ressonância magnética. É evidente que aqui entra uma tecnologia do uso de um radioisótopo, ou apenas do hidrogênio (ressonância magnética ). Quando esses dados são processados e digitalizados ficam a parecer coisas de ficção científica. São as maravilhas da computação gráfica pró ciência, saúde e vida.
Há de se render páginas e mais páginas de louvor  a todo o aparato tecnológico empregado na melhoria das condições de vida,  na saúde, no trabalho, com quantidade e qualidade da produção industrial. Isto está pacificado e sem polêmicas. É consensual .
Todavia, o que também é inegável são os efeitos colaterais ou desvios de função de tantas inovações. Desvios e danos estes que as invenções não têm culpa. O problema está com o ser humano, na sua formação pela família , pela sociedade , pelo meio onde se encontra inserido o indivíduo. Não perdendo de vista que existe um marketing de toda rede industrial e comércio para tornar o cliente um escravo de seus produtos. Como existe também um idolatria pelo consumo e pelo modismo, todos se tornaram presas fáceis do sistema.
Para dar consistência a esta outra face de muitas invenções e descobertas tecno-científicas vamos pontuar alguns exemplos. No campo da Física temos o estudo dos elementos radioativos. São substâncias com propriedades altamente eficazes na produção de energia empregada em indústrias, na Medicina etc. Entretanto a humanidade jamais vai esquecer seu emprego nas guerras, a exemplo da destruição de Hiroshima e Nagasaki na 2ª  guerra mundial. Uma tragédia inominável.
A invenção do avião foi com o fim primordial de facilitar o transporte humano e comercial. No entanto tem sido empregado nas carnificinas de guerra. Não foi por outra razão que seu inventor, Santos Dumont suicidou-se.
Os inventos da internet e recursos digitais são outros exemplos de tecnologias com efeitos colaterais muito danosos aos seus clientes. O emprego abusivo e vicioso das mídias digitais (celulares, smartphone) e da internet ( com as  redes sociais) tem criado uma legião crescente de autênticos idiotas, imbecis e alienados. Já temos um quadro anti-social bem definido de adolescentes e jovens que vivem uma crise de isolamento social. Parcela significativa desses usuários tem a chamada webdependência e/ou transtorno de ansiedade digital. São verdadeiros zumbis ou autômatos humanos que passam grande parte da vida plugados em seus aparelhos celulares, no smartphone, Ipad, tablets e redes sociais. São indivíduos com sintomas de ansiedade, fuga do convívio humano, isolamento social, dispersão familiar e outros transtornos nas relações afetivo-sociais .
 Quer um exemplo desses efeitos nocivos da digito ou eletrônico-dependência ? Os resultados do ENEN e tantos outros testes de conhecimentos em Português, Matemática e outras habilidades escolares. O declínio em conhecimentos nessas disciplinas do ENEN/2014 em relação a 2013, foi de cerca de 10% . Com essa tendência em 10 anos teremos 100% de analfabetos . Mais de 500 mil alunos do ENEN 2014, tiraram zero em redação . Uma tragédia em educação . Isto contando que a maioria esmagadora desses deficientes em educação básica, terminaram o 2º grau e frequentaram um ano de cursinhos pré-vestibular.
Para esses efeitos adversos no uso das tecnologias digitais e da internet a melhor terapia está na prevenção, que deve começar na infância e adolescência, quando pais, famílias e educadores devem orientar e disciplinar o acesso e uso de todos os instrumentos de internet, recursos digitais e jogos eletroeletrônicos. O que parece , segundo cientistas e pedagogos, é uma displicência dos novos pais( igualmente internautas ou náufragos da grande rede)  na criação e educação dos  filhos. As famílias e escolas parecem perdidas, dispersas e distraídas sem saber o que fazer para reverter essa tendência à formação de uma geração que não tem mais o hábito da leitura, de escrever, de pensar, de transcrever para o papel o que pensa. Em tempo, e para que pensar ? Não precisa, os “ celulares” já trazem tudo pensado por outros, ainda que todos os pensamentos prontos sejam de péssima e nociva qualidade. Que triste!
 João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com 


RESSACA



A OPÇÃO DA FARRA ALCOÓLICA  E  DOIS DIAS DE RESSACA

 João Joaquim

 E aí amigo (a), você é daquela galera que de vez em quando ou sempre toma aquele porre de algumas horas e passa dois dias com aquela indisposição , um bafo de afugentar muriçoca , dor de cabeça, e mal-estar ? Já imaginou que escolha! Algumas horas de muito prazer , total liberação ou libertinagem, relax e desinibição, extrapolando a razão e o senso autocrítico, se passando até  por uma pessoa ridícula e jocosa e depois de todo estupor acordar com aquela ressaca?  Que opção de prazer hein! Só mesmo nós humanos,  dotados que somos de razão, consciência e livre-arbítrio. Enfim são escolhas de cada um , sempre há aqueles  representantes humanos  com inteligência de avestruz  e QI de idiossauro( fusão de idiota com dinossauro) , quando se trata de buscar prazer, diversão  e cultura.  Volta e meia deparamos com alcoólatras contumazes ou eventuais ou alcoolistas ( termo mais chique), com esses quadros clínicos da temível  ressaca . E tem outras consequências ,   ausência do trabalho , de aulas escolares, justificativas esfarrapadas  ao patrão por essas faltas, etc. 
A ressaca, por libações alcoólicas desregradas, lembra-me a filosofia machadiana ao reverso. Aquela do uso do sapato apertado. A grande virtude de se usar um calçado apertado por longas horas é  quando se retira-o dos pés.Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar”, Brás Cubas – Machado de Assis.  Quanto alívio e felicidade! Na ressaca não, o sujeito toma todas e mais algumas , por algumas horas, fica todo alegre e depois numa tremenda deprê , e dois dias seguidos todo alquebrado, corpo mole e aquela sensação de que  levou uma tremenda surra. Que opção de lazer hein! O pior é o hálito etílico ou o popular bafo de onça . Coitados dos cônjuges nessas horas! As namoradas, as mulheres , os maridos .
 Como se caracteriza a intoxicação alcoólica aguda ( a popular ressaca)? Quase tudo que ingerimos passa (é processado) no fígado. Cerca de 92% do álcool ingerido é metabolizado nesse magnífico órgão digestivo. Aqui ele  transforma-se  em acetaldeído, que é cerca de 30 vezes mais tóxico do que o etanol. Esta reação, aliás, se faz em duas etapas. Nesta segunda passagem do acetaldeído pelo fígado  temos como produto o ácido acético, inativo e atóxico. Cerca de 3% do álcool se elimina pela urina e 5% pelos pulmões (por isso o teste do bafômetros para motoristas bêbados e criminosos). Vale lembrar que o álcool e acetaldeído são cancerígenos para fígado, pâncreas, aparelho digestivo e sistema genital e urinário.
Porque da embriaguez  ou ressaca?  O fígado só consegue metabolizar 10g de álcool/hora, o equivalente a uma taça de vinho ou 300 ml de cerveja.  Agora imagina a ingestão a mais do que 10g/hora. O organismo terá duas  substâncias muito tóxicas, o etanol e acetaldeído. Beber em jejum, aumenta a absorção;  mais álcool no sangue, maior e mais rápida vai ser a embriaguez. Ingestão de água, glicose (açúcar) e proteínas (carne) retarda o início da intoxicação alcoólica.
O primeiro órgão afetado é o cérebro. O individuo passa por uma euforia e desinibição passageira, passando por perda do senso crítico (bebum)  , letargia, incoordenação motora, sonolência; podendo surgir eventos cardiovasculares como infarto, derrame cerebral e até coma( perda da consciência) e morte. A ressaca caracteriza-se por um quadro clínico de intenso mal-estar, dor de cabeça (cefaleia), náusea, inapetência, perda da  libido e potência sexual, insônia, diarreia, boca seca, hálito alcoólico ou cetônico (bafo de onça).
 Todos estes sintomas e tormentos se dão principalmente pela intoxicação pelo acetaldeído (metabolito do álcool ) ,  pela hipoglicemia e desidratação celular.
O tratamento de qualquer intoxicação alcoólica ou ressaca  consiste em ingestão abundante de líquidos, constando de água, sucos naturais ou soro, voltar a uma alimentação normal rica em frutas, verduras e carboidratos e evitar remédios populares vendidos livremente como sal de fruta, sonrisal, engov e outros para enxaqueca. A ingestão de leite e derivados como coalhada, iogurte ajuda a proteger o estômago e melhora os sintomas digestivos de enjoo e queimação .  Os casos mais severos devem ser tratados em hospital , onde o médico vai avaliar as complicações e orientar a melhor terapêutica , podendo constar de reidratação venosa , anti-eméticos e protetores gastrointestinais . 

            
João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com   www.jjoaquim.blogspot.com




sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

10culpas pela obesidade

AS (DEZ)CULPAS PELO FRACASSO DE  NÃO EMAGRECER
 Joao Joaquim



 Uma das maiores pandemias deste início do século XXI se chama obesidade. Pelo espectro de suas manifestações e consequências (comorbidades ) pode ser considerada uma doença grave. Todavia, por tratar-se de um processo crônico e paulatino surge o fenômeno ou comportamento da acomodação, da  aceitação e o indivíduo assume o  biótipo fofinho, rechonchudo e pesadão. As complicações metabólicas e tantas outras doenças coexistentes  estão ali presentes com profundas marcas na qualidade e expectativa de vida. O excesso ponderal  é tão importante na saúde humana que ele é estudado pela Antropologia, pela Sociologia ,  Psicologia e Psiquiatria. A Medicina ( endocrinologia, nutrologia, nutrição) entra na história  no sentido de prevenção e tratamento.
O excesso alimentar está na gênese da maioria dos casos.  Por que da ansiedade, do desespero por tanta comida e farra alimentar? As respostas estão nos primórdios evolucionistas da espécie humana. Há 50 mil anos os hominídeos tinham grande dificuldade de acesso aos alimentos. Quando se comia havia um comando cerebral para se ingerir o máximo de calorias e estocá-las sob a forma de gordura para os dias seguintes sem alimentos. Esses reflexos ainda são observados em alguns animais como os felinos e ursos. Abatida uma presa, eles empanturram como reserva para os dias seguintes.
Tecido gorduroso é como uma enorme  glândula . Vários hormônios estarão alterados. Podemos ter aumento de insulina, baixa do hormônio da tireóide , alterações de estrógenos e testosterona com diminuição da  libido e desempenho sexual, aumento de angiotensina( elevação de  pressão arterial). Além de outros secretados pelas próprias células adiposas como a leptina( hormônio do apetite). Uma associação muita encontradiça nos grandes obesos é a síndrome metabólica que se caracteriza por hipertensão, aumento de colesterol e triglicérides, diabetes tipo II, e resistência insulínica . Esta síndrome está muito associada com infarto do miocárdio e acidentes vasculares( derrame cerebral por exemplo).
Para o homem do século XXI o comportamento da glutonaria( farra alimentar)  beira a uma sandice ou insanidade mental. Hoje, além das técnicas e abrigos para estocagem dos alimentos, temos a geladeira, o freezer e muitos alimentos já prontos. Basta lembrar as pizzarias, os fast-foods, as sanduicherias. Tudo na hora e até com entrega a domicílio. Na busca de uma abordagem prática e útil vamos enumerar 10 itens sobre os mitos e verdades da obesidade. Vamos chamar cada item de culpa, sem hierarquia entre elas .
Culpa 1 – Desequilíbrio na ingestão/gasto calórico- Eu alimento(como) pouco ou até normal e engordo. Uma mentira dita por muitos que estão acima do peso. O excesso de peso em quase 100% dos casos resulta de mais ingestão de  alimentos do que o necessário. É aquele ditado popular , eu vivo para comer ou como para viver?  A escolha é de cada um.
Culpa 2 . Sedentarismo. Trata-se nos tempos modernos de um dos principais fatores de risco para ganho de peso e outras doenças degenerativas (osteomusculares) e cardiovasculares tipo hipertensão arterial , infarto, AVC. Vivemos uma epidemia de preguiça e passividade. Ninguém quer exercitar.
Culpa 3. Dietas. O termo dieta vem do grego diaita. Ao pé da letra= modo de vida. Ela não deve ser confundida com regime (restrição, ditadura), mas atitudes e práticas permanentes com o que se come, a quantidade e qualidades dos alimentos. O que sai e entra pela boca mata com a mesma letalidade e virulência. Trata-se de uma área onde se vê as maiores esquisitices, asnices e charlatanismo.
Culpa 4 . Ansiedade e depressão engordam? Cada pessoa tem uma reação. O comportamento de comer mais nestes estados emocionais pode vir de uma educação familiar equivocada, quando se tenta acalentar, acalmar, ou recompensar a criança com alimentos apetitosos (doces e chocolates). O cérebro que não é nada bobo guarda este reflexo. Muito erro das mães, babás e cuidadores .
Culpa 5. Excesso de medicamentos tipo soros venosos, corticóides e hormônios engordam? Trata-se de uma das mentiras mais ouvidas por muitos obesos- O efeito de alguns desses medicamentos no ganho de peso é muito pequeno e tão somente durante o uso de tais fármacos. Cessado o efeito, eles não deixam sequela como ganho ponderal.
Culpa 6.  Comer centrado apenas no prazer- Trata-se de um dos maiores erros do ser humano. O nome já define, alimento tem o objetivo  primordial de nos nutrir e oferecer os elementos essenciais à nossa saúde psíquica e orgânica. Hoje os alimentos apetitosos e hipercalóricos se tornaram símbolo de prazer, farras e orgias gastronômicas. Basta lembrar de alguma festa, alguma reunião , alguma comemoração . Quanta mais saborosos os “comes e bebes” , mais gente. Se oferecer sanduíches  naturais e sucos de fruta , ninguém vai na festa.
Culpa 7. Ser obeso por uma influência genética e hereditária. Uma mentira muito difundida entre os obesos. Coitada da genética .  A culpa do genoma constitui casos raríssimos; o que se admite é um comportamento (educação familiar) de “obsessão e compulsão” alimentar.
Culpa 8. Uso de drogas anti-obesidade -Todas são de muito risco, pouco eficazes e com muitas contraindicações. Cito algumas absolutas como  a hipertensão, as doenças cardiovasculares, ansiedade e depressão. O termo já desaconselha, todas são uma “ droga” para a saúde.
Culpa 9.  Cirurgias para obesidade funcionam? Basta lembrar que os procedimentos cirúrgicos reduzem o estômago, mas não reduzem o apetite e fome das pessoas. A maioria dos operados não consegue manter o peso desejável por muito tempo. O que adianta o paciente submeter-se ao procedimento que reduz o volume do estômago , mas continuar tomando latas e mais latas de coca-cola,  alimentos líquidos muito calóricos ? Conheço um sujeito que fez bariátrica ,  na fome, ele ingeria uma lata de leite condensado. Ganhou todos os quilos de antes da cirurgia.
Culpa 10. Obesidade tem prevenção? Tem, na infância e adolescência; que deve ser administrada  pelos pais, babás, cuidadores e escolas. Dieta saudável deveria ser uma disciplina escolar obrigatória. Constitui um ato de aprendizado e encerra saúde, cidadania e civilidade. Crianças e adolescentes que se tornam adultos com sobrepeso estão condenados a uma obesidade de difícil tratamento e refratária pelo resto da vida com todo seus estigmas, discriminação social e uma alta carga de morbidade.       


João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

“DO MAL SERÁ QUEIMADA A SEMENTE “

João Joaquim

Qual é o significado do homem. Bem entendido aqui homem no sentido de espécie humana, antes que as mulheres se sintam discriminadas. Qual será então o objetivo, a finalidade da espécie humana? Eu imagino que meus leitores (as) devem já, nesta introdução e com  perguntas preliminares, estarem hesitantes e sem entender a razão destas dúvidas e questões propostas.
De fato, se nós formos pensar de forma simples, como fazemos em nosso cotidiano, ou até nem pensarmos nada, fica a parecer uma certa insanidade mental de nossa parte e de poucos daqueles que o fazem. São mesmo dúvidas insólitas. Há um ensinamento filosófico mais que milenar, lá da época dos gregos antigos, dos tempos de Aristóteles, Pitágoras e Platão que nos incita a proceder como as crianças frente às coisas mais banais e comuns de nossas vidas. Como se comportam as crianças no seu crescimento e desenvolvimento normal? Elas perguntam tudo. Por que da existência do ar, da água, do fogo, disto e tudo mais à nossa volta?
Na verdade o que ocorre é um lento entorpecimento e acomodação de nossa parte frente ao mundo, a todo ser vivente ou inanimado com os quais mantemos contato desde o nascimento. Daí os conselhos dos grandes pensadores em mantermos as chamas, as chispas de uma criança que procuram uma resposta para tudo, para os fatos mais corriqueiras e repetitivos da vida. Ser sempre criança é a forma mais inteligente para se decifrar os mistérios e enigmas do universo. Ainda há pouco ouvi na TV algum repórter  dizer que em são Paulo choveu quase 200 mm . Alguém , mesmo bem alfabetizado sabe o que significa chover 20,  50 ou 100 mm ?  O quanto de água seria isto ?
Eu já disse em outro artigo que sou adepto da teoria do criacionismo para explicar a vida em nosso planeta. Não desacredito na vida em outro(s) planeta(s). Somos muito pequenos e insignificantes para achar que somos o único planeta com vida. A teoria da evolução nos revela ser muito engenhosa, no sentido de provar e explicar as modificações e adaptações de cada espécie ao meio onde vive ou onde seja obrigada a viver. Todavia, não me convence de ser a única justificativa da vida na terra.
Partindo da tese do criacionismo, temos que Deus idealizou e concebeu o homem. Aqui a Ciência entra na História e nos mostra por exemplo, de forma aproximada, os passos a que seguiu a espécie humana. De forma muito útil e convincente entra a teoria evolucionista, principalmente com Charles Darwin, demonstrando as adaptações e mutações de cada espécie consoante as necessidades do ambiente e respectivo  habitat.
Retorno eu aquela grande interrogação inicial, qual o significado do homem? Seu fim, seu objetivo? Vamos imaginar nós humanos por analogia à invenção de qualquer artefato, objeto, máquina , equipamento etc.  Ao idealizar e conceber alguma coisa o inventor tem um objetivo. O autor e criador de algum objeto na sua primeira imaginação e conceito vai dar um significado e finalidade à sua invenção. Simples. Imagina você médico com a preocupação com a AIDS ou  a dengue;  você pode idealizar e conceber uma vacina ou medicamento com o significado ou finalidade de profilaxia ou cura da doença. Toda ideia, projeto e concepção de alguma coisa tem um objetivo, uma finalidade. Eu penso que Deus na sua infinita inteligência inicial, na criação do homem o fez com o foco tão somente de uma criatura boa, pura, benfazeja, ética, solidária, generosa. A criatura, a criação é um reflexo do criador, do seu autor. O que pensou Deus ?  Uma criatura que cuidasse bem de seus filhos e semelhantes e da saúde e beleza de sua principal casa, o planta terra. Alguém mais afoito e apressado poderia intervir e rebater-me, mas então por que isto desandou a não acontecer com o passar do tempo ? Simples, tinha que ter alguém do contra para atrapalhar. E assim se sucedeu. Começou lá no éden com a sagacidade e malévola inteligência da serpente. Lembram? Estavam lá Adão e Eva na sua pureza e inocência. Mas, eis que lhes surge o espírito diabólico encarnado numa peçonhenta cobra e atrapalhou toda a criação e criaturas de nosso Deus. E a coisa não parou por lá. Basta olhar para a seara política de nossos dias. Vejam por exemplo o mensalão, o petrolão e toda corrupção a mais Brasil a fora.
Enfim é a eterna luta entre o bem como criação de Deus e o mal como concepção do demônio . Demo que intromete até na democracia para infernizá-la. Aliás, larápios, mentirosos e corruptos são criaturas malévolas , todas destinados ao mal. Aos poucos estes roazes e nocivos tipos de gente( roedores da coisa pública)  deram outra semântica ao termo democracia. Governo inspirado nas coisas de um espirito maligno .   Que triste! Não?
 “O sol....há de brilhar mais uma vez /A luz....há de chegar aos corações / Do mal....será queimada a semente” ( Nelson Cavaquinho). Feliz ano novo a todos(as).    Dez 2014 


COMEÇAR UM NOVO FIM....

     
COMECEMOS AGORA E FAÇAMOS UM NOVO FIM
 João Joaquim 


Já imaginou se o espírito de natal fosse uma constante no comportamento, na vida e nas atitudes de cada pessoa? Se cada um tirasse 100 ou 200 gramas que fosse do seu prato e desse a um dos 7,5 milhões de famintos  do Brasil? Neste gesto além de aliviar a fome do semelhante o sujeito perderia um pouco do excesso de peso , filantropia e saúde pura
Já imaginou se cada um de nós pegasse o dinheiro de alguma futilidade que compramos , de uma bebida, de uma gordura a mais  e desse de agasalho ou comida para um irmão com estas necessidades?
Fossem essas singelas atitudes exercidas pelos 200 milhões de brasileiros, que fossem 10 ou 12 vezes por ano, uma por mês, o mundo e o Brasil seriam mais justos, mais humanos, mais dignos e sem fome.
No livro cadeira de balanço em uma de suas belas crônicas Drummond de Andrade (1902-1987) imaginou um mundo no qual o Natal se prolongasse todos os dias do ano. Eu sou daqueles que acreditam muito no ser humano. A solidariedade é um sentimento muito real e  presente nos corações das pessoas de forma natural. O que ocorre é um processo de massificação; de materialismo, da idolatria do consumo, da posse e do egoísmo. Cada vez mais somos uma sociedade do distanciamento do outro, da dispersão familiar onde prevalece o princípio de cada um por si e Deus por todos, quando o mais humano e civilizado seria todos por um e um por todos.
O resgate do humanismo (amor) das pessoas ainda está na busca do exemplo crístico de Jesus de Nazaré. Ele foi o mais genuíno e consensual exemplo de solidariedade, afetividade e proteção ao outro , aos nossos irmãos e semelhantes.
Aliás, é bom lembrar aos mais afoitos e desinformados que Natal se refere ao nascimento dEle, Jesus Cristo. Como personagem místico e teológico, e mesmo histórico Jesus constitui o símbolo da solidariedade, da fraternidade e amor ao próximo. É difícil e inimaginável pensar na humanidade de cada um sem esses atributos.
Os sentimentos de acolhimento ao próximo, de generosidade e de amor são tão peculiares à noção de civilidade e virtude que devem ser pensados e praticados dissociados da obrigação de ser ou não religioso(a), de acreditar ou não em Deus. A vida sem a noção de coletividade, de grupo, da companhia do outro é quase impossível. Aquela história de Robinson Crusoé , de Daniel Defoe( 1719, Reino Unido), onde o personagem passou 28 anos isolado numa ilha é quase impossível. Segundo se deduz do romance, Crusoé conseguiu viver esse tempo sozinho( náufrago ) , porque ele tinha introjetado a convivência  familiar anterior. Ninguém consegue viver sem o outro.
A prática do bem e do altruísmo está acima da crença ou religião de cada um. Os ramos da filosofia (oriental ou ocidental) em todos os tempos e nos seus diversos ensinamentos sempre têm o exercício do bem, da ética e solidariedade como principais recomendações para uma pessoa civlizada.
Demócrito de Abdera (460-370 a.c) cravou esta premissa “ É preciso ou ser bom ou imitar quem o é”. Platão (428-347 a. C) foi outro titã da filosofia grega que    exaltava a prática da virtude e do bem. Disse ele: “ a ideia do bem é a mais elevada das Ciências e é para ela que a justiça e as outras virtudes se tornam úteis e valiosas”.
Hoje, nos encontramos num estágio civilizatório que, às vezes, perdemos um pouco da esperança em um mundo melhor. Um mundo bom, generoso e solidário com todos. Apesar do ceticismo de muitos, e não sem razão, eu, a exemplo da menina Anne Frank ainda acredito na bondade das pessoas. Apesar de sermos enganados e traídos por tanta gente, por tantos lideres políticos dos bens públicos, por tantos governantes e estadistas; eu ainda vejo, assisto e convivo com muitas pessoas cheias de bondade e amor. E estas pessoas, às vezes, simples e anônimas, em que pese todas as durezas e amarguras da vida; me dão a certeza de que o bem existe e ele há de prevalecer sobre a arrogância e egoísmo de muitos, aqueles que idolatram somente a imagem, a posse desmedida  de toda sorte  de bens  materiais.
Os festejos e farturas de Natal devem ser uma data propícia para uma reanálise da vida de cada um. Um momento de amolecer nossos corações. Mas, que não sejamos apenas guiados por  apelos e marketing da Brahma,  da Coca-cola, da Skol, da Samsung, da Sadia, do Mc Donald .
Quem sabe a gente não repita esses gestos outras vezes durante o ano. Não precisa ser 365 vezes como deseja Drummond. Dez, doze, já faria algumas pessoas sentirem mais humanas e cientes que elas não estão sozinhas  neste mundo.

Quem sabe não possamos praticar o que nos ensinou Chico Xavier : " Eu não posso voltar atrás e fazer um novo começo , mas posso começar agora e fazer um novo fim" .


A FOSSA, A FOME....

A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo..
João Joaquim


A fim de facilitar o nosso raciocínio eu quero dividir os nossos tempos  em era  pré e pós-internet. A era da virtualidade (internet) conforme o uso que se faz dela, como se referia Millôr Fernandes pode também ser chamada de tempos da infernet. Muito pertinente tamanha a devassidão e libertinagem que tomaram conta da grande rede. Naturalmente que temos a turma de bem. Ela serve como jornalismo, fonte de pesquisa, enciclopédia ( wikipedia), transmissão de dados, redes sociais do bem etc.
Mas, para favorecer nosso entendimento quero me referir à sociedade de antes e depois dessa grande invenção midiática que iniciou com todo gás no 3º milênio (ano 2000 em diante).
Quero inclusive, falando de Brasil, tecer comentários de nossos costumes e cultura bem antes da massificação dos recursos de informática. Eu era muito jovem  e ainda me lembro bem. Estávamos nas décadas de 1970, 1980. Ter uma máquina Olivetti ou  Remington era como ter hoje uma BMW ou Mercedez Benz. Era um bem restrito a poucas pessoas  e de muito luxo.
As famílias de classe média dos anos 70 e 80 ainda tinham prole de mais de 3 ou 4 filhos. Como pensavam os pais sobre a criação e educação dos filhos? Primeiro, que os pimpolhos  fizessem um bom colégio (2º grau). Naquela época (governo militar) os ciclos escolares eram diferentes dos de hoje. Fazia-se o curso primário até o 4º ano. Aí tinha uma prova pré-admissão para o curso ginasial de mais 4 anos. Depois existiam os ciclos de 2º grau. Lembro-me de duas opções principais: tinha o curso normal, maciçamente preferido pelas moças que queriam seguir a carreira de magistério. E havia a opção do colégio científico para quem queria outra profissão. Médicos, advogados, engenheiro etc.
Eu por exemplo fiz o primário, o ginasial, o colégio científico e vestibular em seguida para Medicina - formei-me pela UF de Juiz De Fora MG. Todas essas escolas foram públicas. E eram de boa qualidade. Tanto assim que não precisei de cursinhos treineiros para passar no vestibular. Os cursos pré-vestibular de hoje não ensinam o aluno a pensar, são treinados a responder questões , uma modalidade de competição  para ver  quem acerta mais e consegue os pontos para entrar na universidade. O que ainda salva é a redação . Esta sim decide quem sabe usar o raciocínio lógico, a aptidão para expressar seus pensamentos e idéias.
Os pais e mesmo os jovens daqueles tempos( pré-Internet) tinham como metas e ambição de  fazer um bom curso colegial e entrar numa boa faculdade. Os sonhos eram ter um médico, um advogado, um engenheiro na família. Isto era motivo de orgulho não só para os jovens e famílias, mas até para a sociedade que abrigava essas famílias e esses privilegiados estudantes e formandos.
A esta altura, certamente, aqueles meus leitores mais jovens (abaixo de 30 anos) devem estar se perguntando, mas quanta mudança? Como tudo mudou! Logo agora que estamos na era digital e da informática! Eu responderia:  que bons tempos aqueles onde se dava muita importância às escolas, às faculdades, à formação profissional, à cultura em geral, às disciplinas de Ética e educação cívica.  Hoje predomina a cultura( ou incultura ) do Internetês.  Escreve-se tudo em códigos, sem regras gramaticais, sem sintaxe, sem regência verbal, etc.  Um escracho geral em termos de linguagem.
Não há como a gente não comparar o que eram os anseios e projetos da juventude dos tempos pré-Internet e os de hoje. Fica a sensação de que os recursos de informática e a popularização da internet provocaram um fenômeno de alienação em nossos adolescentes e jovens. Ninguém mais dessas criaturas querem ter a ambição, o desejo, o sonho de obter uma ascensão social, profissional e cultural em suas vidas. A juventude que  com toda sua energia, seu entusiasmo, seu espírito de mudança foi sempre  tida como o futuro e salvação de uma sociedade, de um país. Será que esta esperança dos mais idosos ainda prevalece ? Eu estou cético e pessimista em relação ao futuro de nossa cultura e de nossos jovens.
Ao lançarmos um olhar mais atento para os moços e moças de hoje é oportuno perguntar: O que querem essas pessoas jovens , na fase áurea e mais encantadora e vigorosa de suas vidas? Que futuro podemos esperar de nossa juventude de nossa era digital e midiática.  Lamentavelmente o que assistimos hoje são hordas de arruaceiros e baderneiros. Quando esses jovens se agrupam ao que parece, são no intento de protestos vazios, sem pautas de reivindicações convincentes e na maioria com atitudes e práticas de vandalismo, depredação de patrimônio público e privado e nada mais. Acomodados e entocados em seus cantos, em suas casas e quartos temos uma legião de adolescentes e jovens, alheios (alienados) ao que se passa lá fora. Todos eles  estão contentes e plugados na internet, nas redes sociais, em seus objetos de mídia. Para esses o futuro não existe. Todos estão conectados no mundo virtual. Eles não estudam, não têm projetos de vida, não sonham como os jovens da era  pré-internet. Os sonhos para eles já vêm prontos através da navegação virtual. Então pensar e criar para quê? Que triste, quanta futilidade anda tomando conta de nossa juventude. É muita falta de esperança e futuro!  

  “Eu não queria a juventude assim perdida /Eu não queria andar morrendo pela vida”  - Taiguara – Hoje. 

Necedade especial

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