quarta-feira, 30 de março de 2016

RATOS E CORRUPTOS....

  JUSTIÇA E GATOS  À CAÇA DE  CORRUPTOS E RATOS
  João Joaquim  



Hoje, assistindo às cenas políticas do Brasil me volto à minha infância. Não que meu período de criança tivesse cenas políticas que pudesse ver, eu mal ouvia rádio. Nossos políticos de agora é que me remetem aos albores de minha vida. E vamos pontuar porque. Todos estamos acompanhando capítulo por capítulo, a uma novela que parece sem fim, ao curso dos maiores esquemas de corrupção do Brasil e do mundo. Basta lembrar os medonhos e repulsivos episódios do mensalão e petrolão. Isto para ficar nos mais recentes.  Um  escândalo, de roldão, vai apagando o outro. Passa-se alguns meses e o país entra em amnésia dos fatos passados (desculpe a redundância).
Vejam exemplos de amnésia coletiva. Alguém se lembra ou comenta  a construção do porto de Mariel para a ditadura cubana pelo governo do PT?  Lembram do perdão de dívidas que Lula fez a algumas ditaduras africanas? Dos escândalos na construção da refinaria Abreu e Lima , em Pernambuco  ? Da corrupção que correu ,à discrição de enxurros,   na construção dos estádios e arenas para a copa FIFA-BRASIL 2014? Este  fenômeno do esquecimento faz parte de nossa índole e até do funcionamento das instituições públicas. Quer instituição  mais desmemoriada, retardada e esquecida do que o próprio judiciário? E assim, nesse remanso e mar de esquecimentos, de amnésias, de frouxidão com as coisas não privadas,  é que nadam nossos iníquos e corruptos gestores e dirigentes públicos.
 Ora, por que os agentes públicos de hoje, nossos homens da política me lembram a minha infância? O embate que se dá no Brasil de hoje (mensalão e petrolão) entre o Estado legal , o poder  oficial,  e o estado criminoso ( esquemas de corrupção) dentro das próprias  instituições públicas e privadas mais parece uma briga de gato e rato. Os gatos aqui de nossas cenas políticas e urbanas são todos os atores da lei. Ministério Público, polícia federal, juízes independentes etc.
E os ratos? Todos os ladrões, ladravazes e corruptos, travestidos de representantes do povo e se passando por  servidores do povo e da nação.
De quando menino e adolescente, lembram-me cenas onde fui criado, interior mineiro. Havia muitos ratos, roedores mesmo, aqueles bichos pestilentos de esgoto quem transmitem doenças ( ex leptospirose). Meu pai para combatê-los tinha gatos que os caçavam. Muitos deles( os ratos) se infiltravam debaixo das espigas de milho dos silos (paióis). Ou  então subiam para a cumeeira das construções. Não havia gato que os pegasse.
Outro expediente que se adotava era o emprego de ratoeiras. Os primeiros caiam na armadilha e eram exterminados. Mas, os que viam a cena aprendiam e nunca se aventuravam a beliscar as iscas de queijo no interior das armadilhas. Puro jogo de gato e rato.
Agora, tornemos para nossas cenas políticas. Imaginemos um governante, um presidente, um ministro, um parlamentar qualquer. Basta que ele seja dado ao embuste, ao roubo, ao furto, aos ilícitos, às mentiras ; e seus intentos serão alcançados, em todas as chances propícias. E aqui com uma assertiva das mais pertinentes. Esse corrupto e ladrão das coisas do Estado, não se faz ladrão pela oportunidade que tem. Ele já nasceu ladrão e cria as condições e meios para o seu fim que é roubar descaradamente. E o faz em conluio e em comunhão com os membros de sua camarilha, ou quadrilha como a nomina  a Justiça. Pergunta-se : alguém imagina que algum corrupto será pego em quebra de sigilo fiscal, bancário ou telefônico ou de e-mail? Ele guardará os tesouros roubados em paraísos fiscais, em nome de laranjas, de familiares, em espécie num cofre secreto, etc.
 Por que desta afirmação? Simples dedução. Estando este agente público dentro do Estado Legal, ele detem todos os meios de como escapar de eventuais futuras investigações. Ele conhece os expedientes e meios investigatórias de Ministério Público, de polícia federal, de órgãos judiciários. Por conseguinte, esse corrupto, travestido de servidor público e da nação, a exemplo do rato não cairá em armadilhas de polícias e Ministério Público de forma tão fácil. Por isso que as provas contra esses gatunos da nação se tornam quase inalcançáveis pela Justiça.
O que resta nesses casos seria o princípio de não haver crime perfeito e sobrar  algum cochilo do rato ou ladrão das coisas públicas. E a partir desse descuido então se pegar tal larápio, embusteiro e mentiroso.
Outra esperança de se pegar tais criminosos de terno e colarinho branco é o instituto da delação premiada que vem sendo empregado  pela Justiça. E o faz muito bem. Aqui poderia até se aplicar o princípio: ladrão que delata ladrão, merece um bom perdão.
Como se vê a semelhança entre ratos, corruptos e ratoeira é muito grande. Se um x(xis) ou y(ipsilon) de um problema, de uma investigação   já se torna um incógnita complicada, agora  imagine essa incógnita multiplicada por três  para a justiça.  Haja  lupa, luneta, bons detetives, bons gatos( Polícia e Justiça)  e matemática para tanto enigma. Ufa!                 março /2016    



João Joaquim - médico - articulista DM   Goiania  Go             www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

ANARQUISTAS E GOLPE MILITAR

MILITÂNCIA COMUNISTA NA INCITAÇÃO AOS  GOLPES DE ESTADO

João Joaquim  


O homem por uma inclinação inata é um animal político. O sujeito se dizer apolítico soa  não verídico   porque se ele é um ser pensante, normal, e tem discernimento do que faz e deve ser feito ele está praticando política. Ser político não significa ser filiado ou engajado com esse partido  e outra ideologia, é bem diferente.
Essa era uma concepção do grego Aristóteles. Quando eu falo  de política, de imediato,  lembro-me de outro grande pensador, Platão. Isto por causa de sua magnífica obra A República. Se tivesse que definir qual o regime político ideal eu não hesitaria eu tascar: aquele que tivesse as diretrizes do que recomenda essa grande obra, A República. Ali encontram-se os preceitos de excelência no que se refere ao modo ou sistema de governo de qualquer nação.
Impelido pelos dias convulsos em que vivemos eu pus-me a algumas reflexões relativas à política e aos sistemas de governo. E assim fazendo eu estou praticando política.
Vamos partir da seguinte premissa, todos queremos a paz. Vamos pensar em nosso país, com um regime republicano e democrático. O povo brasileiro, por índole e cultura, é um povo pacifico e ordeiro .  Quais características tem esse governo? Ele é composto de três poderes; o executivo que é o governo central, o legislativo bicameral com senado e câmara dos deputados, e o judiciário com todo o seu organograma de juizados especiais federais (1º instância) , o superior tribunal de justiça (2º instância) e o supremo tribunal federal (3º instância ou corte suprema).
Além desses três poderes, existem várias outras instituições e órgãos que compõem o aparelho de Estado.
Quais têm sido nossas marcas e conquistas como democracia? A liberdade de livre locomoção, a de expressão e opinião, a de imprensa, a de opção religiosa e sexual, etc. Claro que no atual período democrático existiu algum governante que quis impor regras à imprensa; em limitar o direito de opinião de partido adversário etc. Outras duas anomalias de nosso regime é a tal obrigatoriedade de comparecer às sessões eleitorais em datas de eleições e a tal incompreensível imunidade parlamentar e política de que gozam muitos membros do governo e das casas legislativas.
No concernente às forças armadas:  Exército, Marinha e Aeronáutica. Elas são instituições permanentes, cuja principal função é a garantia de segurança,  da integridade física e territorial da nação, de nossa soberania. E elas sempre se houve muito bem nessas principais atribuições. Não se esquecendo o genocídio de que ela participou que foi a guerra do Paraguai. Mas, enfim são fatos terríveis enterrados nos recônditos de nossa História. Que foi triste foi!
Como se caracterizam as instituições militares? Noutros termos para melhor contexto: como se dá a ética, ou como se fazem ou sucedem as normas de conduta da função militar? Em objetivas linhas seriam:  ordem, hierarquia, disciplina, patriotismo e honestidade.
Já quadrando e arredondando minhas reflexões. Como se estabelecem ou se implantam os chamados regimes militares pelos golpes de Estado? Se torna de uma conclusão acaciana ou franciscana;  eles surgem por exemplo diante das conflagrações políticas, das convulsões ideológicas e de desgoverno como as que vivemos em nosso país, com as denúncias( Ministério Público Federal , Polícia Federal)   de tanto escândalo, corrupção e crimes de responsabilidade perpetrados pelos nossos atuais mandatários
A solução de uma intervenção militar em muitas nações se estabelece como um mal menor. Diante do apodrecimento das relações daqueles que nos governam com crimes organizados, do risco do esgarçamento das instituições públicas, talvez não  haja  outro caminho como a tomada de poder e de governo pelas forças armadas. Uma das causas de golpes militares se dá, não pela ameaça que vem  de fora,  mas  por esses inimigos internos, de compatriotas traidores. O que soa muito mais melancólico, de compatriotas sem nenhum patriotismo e amor pela pátria . Quão triste imaginar fatos como esses.  
É oportuno imaginar o que devem estar pensando os comandos de nossas forças armadas diante do estado de ânimo em que se encontram os grupos pró e contra o desgoverno que se estabeleceu em nosso país.
Falam muito mal de nossa ditadura recente(1964-1985). É bom lembrar que se não fossem os militares, talvez os comunistas e guerrilheiros daquela época tivessem nos transformados em  uma grande Cuba. Os presidentes daquele mal afamado regime( militares) morreram todos pobres, não tiveram nenhum filho milionário e nenhum deles teve qualquer indício de corrupção. Eu penso e tenho a concepção que a pior das democracias ainda é preferível à mais branda das ditaduras. O que temos é que buscar uma solução constitucional , legal e democrática para o pandemônio e balbúrdia em que se tornou o cenário econômico e político do momento.  Eu espero e acredito numa solução pacífica, até porque temos instituições e um judiciário ainda acreditável.   Março/2016. 


João Joaquim médico articulista DM           www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

DEPRIMA-SE DE GRAÇA....

         MÚSICA E DEPRESSÃO
João Joaquim  


A medicina , uma profissão fundada em vários braços científicos, e com todos os avanços, pesquisas e ensaios clínicos, está aí a serviço da melhoria de nossa saúde, de combate a todas as doenças preveníveis e curáveis, de promover a qualidade de vida e com tudo isto em foco , uma longevidade mais saudável. E as pessoas longevas e saudáveis têm sido cada vez mais numerosas. Não demorará muito ,e ser um Oscar Niemeyer, não será surpresa. O famoso arquiteto faleceu com quase 104 anos. Detalhe importante, era fumante e morreu altamente produtivo. Talvez foi o trabalho um dos seus segredos de romper um século e de bem com a vida. Advertência importante: o tabagismo diminui expectativa e qualidade de vida.
Com esta prévia não tão  breve, contudo, não venho de falar de expectativa de vida, mas de saúde mental. Mais seletivamente de depressão. Hoje se sabe ser uma doença de alta prevalência, a que todos, em algum grau estão sujeitos, ao menos de forma secundária (isto é, não endógena ) em alguma fase de suas vidas.
A título de melhor compreensão: se o indivíduo sofre um imprevisto qualquer, perda de amigo, um parente querido, um prejuízo etc; essa pessoa terá uma depressão secundária e  temporária. Se alguém tem uma depressão sem nenhuma causa aparente identificável, diz-se então que ela padece de uma depressão primária ou endógena. Talvez aqui possa existir uma deficiência de alguns neuro-hormônios (dopamina e serotonina por exemplo).
Não é sem razão que muitos medicamentos antidepressivos   atuam no cérebro aumentando a taxa (concentração) desses neurotransmissores, que a indústria farmacêutica chama de substâncias do prazer e da felicidade. Termo inadequado dos laboratórios porque prazer e felicidade se fazem com um estilo de vida mais saudável , pautado por posturas positivas e construtivas as mais diversas. 
Já mediando o tema, trago à baila resumo de uma pesquisa de psicologia e psiquiatria sobre três fatores estreitamente ligados aos transtornos depressivos( tristeza e angústia). São eles a cor (ou as cores), a luz e a música. No concernente as cores, todas aquelas tonalidades  escuras, muito encarnadas têm uma tendência reforçadora dos sintomas depressivos como tristeza, mau humor e apatia. As cores por exemplo azul, branca, vermelha e verde trazem sempre uma sensação e visual de alegria, prazer e vida.
Em relação a luz, todo ambiente bem iluminado traz também um sentimento de pureza, paz , beleza e harmonia. Estas evidências e nexo causal entre luz e manifestação depressiva podem ser constatadas com os períodos diurnos e noturnos. A doença tende a se agravar mais à noite. Em regiões onde os dias são menos ensolarados, nublados e chuvosos têm sido constatados mais casos de depressão;  os sintomas são mais insidiosos, crônicos; com respostas menos favoráveis às terapias psíquicas  e medicamentosas.
A música  é outro fator que vem sendo estudado pela sua estreita relação com a saúde mental, emocional e mesmo orgânica das pessoas. Em grandes centros a música já vem sendo empregada como terapia psicoemocional em muitas formas de doença, como as cardiovasculares, oncológicas e psiquiátricas.
Como explanações finais o que se pode tirar de prático dessas pesquisas recentes é que podemos trazer tais resultados para nossas vidas diárias, para nossas horas e momentos de lazer, entretenimento e na contemplação e assistência de um espetáculo, um show, uma sessão de teatro, na apresentação de um e outro artista, de um estilo musical, etc.
Fica bem plausível e convincente que as cores mais claras associadas a um ambiente bem iluminado nos passarão sempre a ideia e símbolos de felicidade, energia positiva e vida.
De igual modo a conexão que podemos fazer entre tristeza ou depressão com os estilos musicais.
 Realço um exemplo encontradiço no dia a dia das pessoas que ouvem rádios, FM, MP3 ou mesmo o show de um cantor. Imagine uma música sertaneja ou um gênero semelhante , cuja letra fale de adultério, de traição, de paixões mal resolvidas! Me alembro de nosso amor /Naquela saudosa mansão/Hoje não seguro tanta Dor /De tristeza e mais depressão . E  os refrões e melodias rolando …..

 Se o ouvinte já tem depressão, sua crise de angústia vai piorar; se o expectador e ouvinte não tinha sintomas de tristeza e depressão ele sairá bastante encaminhado para um quadro de muito abatimento psíquico e emocional, e talvez precisará tomar alguns antidepressivos ou buscar ajuda de um psiquiatra .
Então fica o conselho, se tem depressão procure combinar bem cores, luzes e estilos musicais, porque os perigos de adquirir um transtorno depressivo ou agravamento de um já existente são iminentes e reais.  Março/2016.  
   

João Joaquim médico articulista DM    www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

ABORTOS A ESPERA

O GEMIDO DOS EMBRIÕES CONGELADOS

João Joaquim 

A Medicina é uma profissão que busca o apoio e as bases de muitos ramos científicos para o seu mais ético e humano funcionamento. São exemplos no seu constante aprimoramento a química (na síntese de medicamentos), a física (na execução de terapias e diagnósticos)  e a biologia (fisiologia, citologia, genética, fenômenos de reprodução etc).
Neste artigo busco falar especificamente sobre a reprodução humana. Trata-se de um ramo da Medicina que evoluiu muito. As expressões fertilização “ in vivo ou in vitro” se tornaram até de domínio popular, tais as notícias veiculadas sobre tais práticas em clínicas de ginecologia e obstetrícia.
Antes de falar estritamente em humanos, faço um adendo. Na biologia animal e veterinária por exemplo os avanços chegaram ao estágio de clonagem e sexagem (escolher o sexo das crias). A reprodução induzida (“in vivo ou in vitro”) já vem sendo largamente praticada com vistas à geração de animais como matrizes, reprodutores e ao consumo como alimentos ( produção de  ovos e carnes de suínos e  bovinos).
 O instinto materno, muito mais do que o paterno, é um sentimento dos mais nobres. Ele deve estar presente em todas as mulheres, salvo um e outro caso fora dessa inclinação natural . Antes do advento da especialidade e das clínicas de reprodução humana o que sucedia com os casais inférteis ou estéreis? Três opções: a) aceitar a condição sem filhos, b) filhos adotivos, c) cuidar (ajudar) na criação e educação de sobrinhos ( se tornar tios e tias).
Vieram as clínicas de fertilização. E elas vêm se proliferando. Tornou-se um mercado rentável e próspero;  todavia,  com elas surgiram as questões colaterais. Algumas boas, outras ruins e péssimas. As notícias boas é que casais antes inférteis podem contar com esses serviços para o sonho de ter filhos. O lado ruim desses avanços da Medicina é que quase todas as clínicas são privadas e tudo muito caro. Existem poucas opções pelo SUS e nos hospitais-escolas das faculdades de Medicina.
Uma segunda questão digna de menção se refere à opção de muitas mulheres em adiar o sonho (plano) da maternidade. Todos havemos de lembrar que o risco de infertilidade e síndromes genéticas (ex Down) aumenta com a idade da mãe. Ou seja , mães inférteis mais velhas que buscam fertilização assistida, vão ter mais ônus monetário, porque a indução da gravidez é mais complexa,  e mais riscos de malformações fetais.
Uma terceira questão, talvez pouco lembrada de quem procura ter gestação induzida (“artificial, forçada, in vitro, de laboratório” ;  vários termos) envolve questões bioéticas graves, gravíssimas. Para tanto basta lembrar o que é feito e como é feito para uma mulher infértil engravidar. Basta enumerar os casos mais comuns. Situação 1. Vai-se estimular a produção da ovulação. Pode-se engravidar com feto único  ou gêmeos. Quanto mais gêmeos, mais riscos para mãe e filhos, são as gravidezes de alto risco. Todos os bebês , quase sem exceção, serão prematuros, o que gera mais ônus pelos custos de assistência neonatal.
Situação 2. A mulher não ovula, apesar de todas as técnicas de estimulação. Mas ela tem ovários e óvulos normais. Neste caso então entra a fecundação “in-vitro”. Vão ser obtidos vários embriões. Alguns vão ser implantados no útero da mulher. Como de todos sabido, muitas dessas gestações vão ser gemelares(2, 3, 4 fetos). As questões menos graves aqui são as de todas as gravidezes de gêmeos:  prematuridade, algum natimorto, complicações maternas , pré-eclâmpsia , diabetes, hipertensão , etc.
As questões bioéticas gravíssimas que se revelam em autênticas monstruosidades no sentido ético, humano e religioso se referem aos embriões que sobram dessas práticas.   
Há hoje pelo Brasil e pelo mundo milhares desses embriões que “sobram”, das fertilizações  in vitro,  e estão congelados nessas clínicas de reprodução.
Os comitês de bioética, os conselhos de medicina, as entidades de direitos humanos não sabem o que fazer com esses embriões humanos. E todos tem um RG(pai e mãe ) e um genoma do casal  que se deu a esses expedientes. E esses casais sabem, porque todos assinam um documento intitulado “ Consentimento Informado”; ou seja, além dos médicos que fazem as chamadas gravidezes induzidas, a mãe e o pai são muito bem orientados sobre os desdobramentos dos procedimentos e a guarda (não pode descartar) dos embriões. Reprisa-se esse ponto porque se revela um questão bioética gravíssima com as quais os conselhos de Medicina ,entidades de Direitos Humanos e religiosas se deparam. O que será feito com tantos embriões humanos “congelados”?  Eles se transformaram no maior enigma ético e humanitário para os seus genitores( pais desses seres congelados) e autoridades legais e de saúde. Parece uma pergunta que soa  como  normal. Mas não é . Essa interrogação emblemática e enigmática das mais graves não pode se calar na consciência de quem permite essas práticas que são  os casais e médicos praticantes. O que será feito dos embriões que sobram das fertilizações ou gravidezes  artificiais ?  Março / 2016


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PRAÇAS DE...

AS  PRAÇAS   DE CAMINHADAS SÃO DO POVO
João Joaquim 


Se tem um espaço onde se pode conhecer melhor a alma e o coração das pessoas esse lugar se chama passeio público de caminhadas. São as praças, os parques naturais, que muitos também os nominam de pistas de Cooper, homenagem ao fisiologista e idealizador americano  Dr. Kenneth Cooper.
Quando saio às minhas corridas matinais, às vezes corro, mas sem pressa. Primeiro faço os 7 minutos de alongamentos. Dois minutos de pernas, dois de braços, dois de abdômen e um de pescoço (coluna cervical). Falo de sete minutos porque sete é um número cabalístico e simbólico. Poderia ser uns 10 , 15 minutos, depende do gosto de cada um . Afinal em 7 dias fez Deus o mundo, 7 são os dias da semana, como o são também as cores irisadas do arco-íris.
Quando falo e prescrevo exercícios para amigos e pacientes procuro ser bem flexível. Digo sempre: façam os exercícios que melhor lhes aprouver e convier.  Os gostos, cores e exercício são de livre escolha. Tem gente que prefere os ambientes confinados de academias , há  outros que gostam de esportes, outros tantos de se exercitar pelos ares da vida; e tem aqueles que não gostam de nada. E tem até aquela classe mais casquilha e exigente que contrata um treinador pessoal (os tão badalados personal trainers).
Uma outra pergunta frequente quando de uma consulta e exame para atividades físicas se refere às normas ou atitudes de segurança para os iniciantes em qualquer tipo de exercício. A melhor orientação que faço é aquela de se auto-avaliar durante essas práticas. No geral comece com pelo menos 30 minutos 4 vezes por semana. O ritmo de se caminhar, trotar ou correr dependerá da boa tolerância e sustentação dessa velocidade. O próprio organismo através da respiração e fadiga muscular irá ditar se estamos exagerando ou não  no esforço muscular global.
 O importante é ao final de cada sessão dessas atividades a pessoa se sentir melhor do que cada começo. A melhor regra e segurança de qualquer exercício é ouvir as limitações orgânicas e fisiológicas individuais. Esqueça aquelas tabelas de frequência cárdica máxima e submáxima, de portar os frequencímetros e outras quinquilharias . São pingentes eletrônicos que mais atrapalham do que ajudam. Todavia, assevero em um ponto, nunca inicie uma atividade física sem um exame com um cardiologista. No mínimo uma consulta e teste ergométrico cardiológico.
 O único órgão que coloca qualquer  pessoa durante o exercício em risco é o coração. Este risco existe, não é desprezível, e só como alerta: as alterações cardíacas  congênitas não têm sintomas, e quando surgem são fatais. Quase sem exceção são mortes súbitas.  Raramente se morre de outra causa, aneurisma cerebral por exemplo.
Tomando a ideia inicial da beleza da alma e do coração das pessoas quando nas movimentações ao ar livre. Na verdade esses cenários  encerram em autênticos teatros da vida. São espaços onde cada um se sente  em seu proscênio.
E nessas alegres e salutares jornadas diárias me divirto muito com os variados estilos, com os tipos anônimos de corredores, caminhantes; enfim os transeuntes do nosso mundo. Existe  aquele no meu exemplo que tem uma periodicidade diária, tem aqueles que  vão 3 ou 4 vezes por semana e os que o fazem só em finais de semana ou eventualmente. Tem, acredite, até  aquele devoto que faz caminhada uma vez por ano, ele vai à festa do Divino Pai Eterno em Trindade GO. Esse merece um ingresso ao céu. Quanta devoção!
Os penduricalhos são os de todos; um celular à mão ou no bolso, mp3 nos ouvidos e um adorno , roupas e tênis  ou  algum adereço  fora de contexto.  Há os que levam suas garrafas de água. Os recipientes, às vezes, vão e voltam cheios, mas o que importa é que vão e voltam .
Um tipo especial de caminhante me deleita os olhos. São os donos de pets. Uns puxam os seus bichos, outros são puxados por eles. Há aqueles que se quer preocupam com os excrementos dos melhores amigos;  os que jogam lixos fora do lixo; e há aqueles que mesmo não tendo lixo, jogam os lixos dos outros nos coletores de lixo. Quão exemplares.
Outros tipos ou biotipos que me causam admiração são os de  alguma notável proeminência corporal. Mesmo sendo esses portadores de  excedentes ponderais personagens    preeminentes , intermitentes ou renitentes.  Passam-se dois, cinco anos e as circunferências de tronco e abdome são as mesmas. Nos casos aqui, está comprovado por um excesso de atividade de musculatura orofacial. São os praticantes de halterofilismo bucomaxilofacial ( jargão médico) .  
Eh! O certo é que as praças de atividade física e caminhadas são mesmo uma festa. Quanta alegria. Quanto de bom se vê da alma e do  coração em nossos parques , passeios públicos e pistas de caminhadas. Esses cenários são de fato e de direito as autênticas ágoras( como na Grécia Antiga) , onde todos se expressam e se encenam na mais absoluta e plena liberdade.    Março/2016.


João Joaquim - médico - articulista DM www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

VIAGEM PELO PESO

     PROJETO VIAJE PELO PREÇO DO  QUANTO PESA

João Joaquim  

Estou aqui a escrever para protestar contra uma forma das mais antigas de injustiça do mundo e do Brasil. E o faço com números, dados, relatos, estatísticas das quais ninguém pode duvidar, contradizer, contestar ou vir com pesquisas contrárias. Estou a me referir sobre o serviço de transporte de gente. Serviço esse de que todos precisam, de que todos se utilizam. Afinal ninguém é por demais sedentário, glacial  ou grabatário   que não vá um dia querer ou precisar se mover de um lugar a outro.
Todavia, para dar mais consistência e foro de valor aos meus argumentos, quero antes de adentrar em matéria específica falar de transporte de objetos, de coisas (termo genérico), ou mesmo animais ínfero-irracionais.
A título de bom entendimento, suponhamos que um cidadão brasileiro( bem entendido que conforme direito, basta ter CPF e RG) queira transportar um bauzinho(caixa de madeira) vazio, do norte para o sul, tamanho 40cm x 20cm. A empresa transportadora vai cobrar pelos critérios volume e peso. Suponhamos R$ 50,00. Se for um baú maior, exemplo 1,20mx0,80m e peso 10 Kg, será cobrado R$ 200,00. Na empresa mais popular, a EBCT ( Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), os nossos correios,  as regras de cobrança de qualquer objeto, inclusive cartas, seguem os mesmos critérios. Aliás, um parêntese, o termo telégrafo dos correios está com os dias contados, porque praticamente essa forma de comunicação como o era na época  pré internet já não existe mais.
O transporte de qualquer objeto e papeis nos correios então se dá desta maneira. Vão ser considerados o peso e o volume (tamanho) da coisa a ser transportada. O que faz todo o sentido entre as mentes humanas. Imagina por exemplo o usuário (termo genérico, tudo agora é o usuário) enviar para a sogra (jararaca ou ovelha) 20 kg de isopor de Brasília a Porto Alegre. Fica evidente que os correios não vão cobrar o mesmo valor se fosse 20 kg de pregos. São pacotes ou caixas com volumes muito diferentes. O transporte pelo sedex( serviço de expedição ) dos correios por exemplo sempre levou em conta estas duas variáveis, volume e peso. O trânsito de objetos e matérias em geral têm ainda outras características; fragilidade e periculosidade. É muito mais arriscado transportar 10 litros de álcool do que 10 kg de soja. As empresas de transporte vão  cobrar adicionais em função dessas características da carga em trânsito, fragilidade e periculosidade, casos em que o usuário também terá uma despesa a mais com seguro.
No transporte de animais se dá também a mesma observância e normativos. Peguem dois animais de estimação. São duas cabeças de mesmo valor estimativo. Um gato de 3kg e um pastor alemão de 30kg. Os gastos com o cão serão muito maiores do que os relativos ao gato(dois bichos de estimação). Feito então esse longo preâmbulo sobre o transporte de matérias, objetos e animais não humanos, tornemos ao objeto desta matéria que é o transporte de gente.
 Com base nas premissas então expostas fica por demais evidente que o único transporte que traz uma enorme injustiça é o de gente. Eu nunca vi, em parte alguma da terra,  alguma empresa (rodoviária ou aeroviária) cobrar passagem de algum cliente pelo critério peso e volume das pessoas. Isto se torna inconcebível! Imagina o sujeito com 60 kg pagar a mesma tarifa de transporte de outro que pesa 120 ou 140 kg.
Eu disse na introdução que todos haveriam de concordar com meus argumentos. Disse mal. Tenho certeza de que aqueles mais gordinhos e fortões vão discordar  de minha tese e ponderações. Mas, que eles estão errado, disto eu não arredo pé( fiz um anagrama sem querer errado, arredo).
Eu já antecipo que vou encampar essa ideia de se pagar uma passagem de ônibus ou de avião, em viagens de humanos,  baseado no critério “ viaje pelo preço do   quanto pesa”. A exemplo do que já fazem os restaurantes “self service”, de cobrar do cliente o quanto ele come em gramas. Um exemplo da maior justiça. Eu que almoço 300g não posso pagar o mesmo que um fortão que come 1000g no jantar. Outro exemplo de justiça, eu tenho visto em crematórios de animais de estimação quando eles morrem. Muitos “cemitérios” para este fim cobram pelo último trato a esses bichos de estimação (cremação) conforme o peso dos pets. Olha quanta justiça e sensatez! Assim deve-se fazer também no transporte de gente.
 Assim posto, reposto e argumentado,  deixo aqui de pronto, minha moção pública , de levarmos ao nosso inoperante Congresso Nacional, essa petição de ação civil pública, do projeto de lei do “ viaje pelo preço do quanto pesa” . Uma observação e ressalva, essa PEC, projeto de emenda constitucional, deverá ser iniciada depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff , levando em conta que não há pauta para outras matérias relevantes no momento.  Março/2016.


João Joaquim - médico - articulista DM - joaomedicina.ufg@gmail.com - www.jjoaquim.blogspot.com


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  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...