quarta-feira, 21 de setembro de 2016

FILHOS SEM Limites

PAIS OMISSOS E LIBERAIS  E FILHOS SEM FUTURO
João Joaquim  

Houve um tempo e não faz muito tempo, porque isto ocorria ali pelos anos 1970 até idos de 1980, em que os filhos, adolescentes e jovens, eram criados e educados pelas famílias já com um direcionamento e orientações sobre o futuro. Futuro aqui entendido como um rito de passagem. Do segundo grau à faculdade, a uma profissão, a uma qualificação técnica e foco em um emprego. Ou seja, o jovem era desde cedo educado e formado com essa consciência de assunção de uma responsabilidade, de uma profissão, enfim ao trabalho, a uma vida produtiva, participativa e de independência econômica, financeira, civil e social.
Tal preocupação das famílias para com os filhos não necessariamente redundava em o  jovem cursar essa e outra faculdade. Em muitos casos se viam muitos pais treinando os seus filhos e  herdeiros na sucessão dos seus negócios. Muita vez ocorria esta iniciativa do próprio filho, que concluído o segundo  grau se aliava ao pai, de forma muito responsável, e na falta deste os negócios eram geridos de forma igual e com o mesmo sucesso em qualidade e produção. E referido resultado se mantinha mercê de todo aquele treinamento metódico, cuidadoso  e educativo  da família. Aliás, temos diversos desses modelos de gestão bem sucedida, de empresas tocadas por filhos herdeiros porque esses sucessores tiveram nos pais e famílias os seus exemplos, mestres, treinadores e incentivadores.
A geração desses jovens a que eu me refiro (anos 70 ,80) se denomina, hoje, a geração X (xis), ou pré tecnologia da informática e da informação digital.  Eu ,pessoalmente, gosto de separar duas épocas bem estanques, para considerar a sociedade e as pessoas em quesitos sociais, culturais, em costumes e até mesmo em seus valores morais, éticos e religiosos. Assim temos então a era pré-internet e a pós-internet.
No concernente àqueles propósitos das famílias( pré-internet) em oferecer uma direção, uma orientação e educação aos filhos em suas vidas, em suas carreiras, uma formação e senso de trabalho e produção. Ao que parece, houve um esmorecimento, a acomodação e omissão nessas atitudes e dedicação. São vistas ainda  famílias e jovens com esse comportamento daqueles idos tempos, mas não tanto com a assiduidade e energia dos tempos em que só havia telefone fixo, telégrafo, máquina de datilografar e textos impressos e muito livro de leitura e quase tudo manuscrito. Numa palavra, quando  a vida exigia mais trabalho.
Não se quer aqui  exaltar a época pré em relação à pós-internet. Longe de condenar ou diminuir a internet com todas as suas mídias e redes sociais, muito menos os recursos de informática e digitais, tanto buscados, adquiridos e largamente preferidos pelos jovens, hoje intitulados geração   Y e Z( essencialmente voltados ao mundo digital, ao celular, smartphone, tablets e outras mídias).
Em que pese, todos esses avanços das tecnologias virtuais, dos recursos digitais e da comunicação fácil e gratuita etc; apesar de todos esses inventos, há uma questão com que se preocupar. Tal grave questão se revela primeiro de parte das famílias. De resto e como corolário, de parte dos filhos e herdeiros.
Ao que sugerem pais, famílias e filhos;  estes vêm se perdendo na esteira de tanta inovação, dos apelos de tanta tecnologia e do progresso. Num jargão popular, perdidos no bonde do progresso. Todos os jovens de agora parecem inebriados, perdidos e irresponsáveis quanto ao que fazer, quanto ao futuro, quanto à formação tecno-profissional de qualidade, quanto a empreendimentos etc.  Parecem estar perdendo o bonde da história do progresso; e se chafurdando num mundo de superficialidades, de valores rasos e sem perspectivas de um futuro melhor  e construtivo. 
Dois pontos como lição nesses tempos da chamada hipermodernidade. A primeira observação é dirigida aos pais e famílias. A permissividade e ausência de uma educação e orientação feita aos filhos. Todos vivemos em um mundo rico e vasto em informação, mas com pouca formação. Filhos e alunos têm muita informação, gratuita, ou-line e continuada, mas pouca ou precária formação nos quesitos cidadania, responsabilidade com o próprio destino e com  a construção da própria nação onde vivem. Muitos jovens e pais das novas gerações vêm tocando a vida como se vivessem num paraíso e nada tivessem para melhorar, para aprimorar. Que futuro preparam e esperam os pais modernos para suas crianças e jovens em formação ?

O segundo ponto a merecer atenção são os próprios filhos, jovens e herdeiros dessas famílias. São jovens que na maioria, criados que são   sem uma orientação quanto ao futuro, quanto à uma carreira ou trabalho se mostram desmotivados, despreparados e incapazes de suceder aos pais em seus trabalhos ou negócios, na sucessão de suas heranças e patrimônio. Nesse descalabro da falta de educação das famílias, muitos filhos chegam ao fracasso de dilapidar, gastar e perder toda a herança e bens deixados pelas famílias. E não são poucos os casos registrados e constatados nesse sentido. E quem o atesta e bem  quantifica essa triste realidade  é o nosso próprio IBGE, que num censo recente mostrou o escore da chamada juventude nem , nem;  os que nem trabalham e nem estudam . Dos quais tem uma subclasse: nem, nem, nem . Nem trabalham, nem estudam e nem interesse tem nas duas opções.  Quão melancólico pensar e saber dessa flagrante degradação social de grande parte de nossa juventude, sempre nomeada de o futuro da nação !   Agosto/2016

De Coleiras..

HOMENS E MULHERES NA COLEIRA,  QUE TAL ?
João Joaquim  

Quando eu vejo as pessoas saírem pelas ruas puxando ou sendo puxadas pelos seus intitulados “animais de estimação,” me causa uma certa piedade. Dizer piedade pode parecer exagero de minha parte, mas não é! Isto porque toda forma de vida é igual à vida humana. Humano  sou e me vejo nos animais como o mesmo desígnio da criação. Interessante e digno de reflexão é que são três os reinos; grosso modo, podemos classificá-los em inanimado, animado ou animal e vegetal. Do reino animal do qual, nós humanos, fazemos parte somos aquele animal diferenciado porque além de animal somos racional, inteligente e criado à imagem e semelhança de Deus. Depois veio o demo e criou várias figuras e clones de si próprio .
Vale lembrar que animal vem do latim “animus”, que significa espírito, energia vital ou alma. Alguns ramos da Filosofia existencialista admitem que há uma espécie de alma dos irracionais. Entendido também que o binômio corpo e alma (dom divino) é exclusivo do gênero humano. A essência e imortalidade do ser humano é sua alma. No plano biológico todos os animais, inclusive humanos,  guardam muitas características em comum, quais sejam: nascimento, maturidade, velhice, morte e putrefação. O que torna os humanos distintos e diferenciados é justamente esse sopro espiritual divino chamado alma, um sopro da santíssima trindade , do Espirito Santo. Morreu , todos são cadáveres , carne dada aos vermes .
Torno a ideia inicial de ver um animal contido, jungido, subjugado  e puxado por uma coleira e o sentimento de dó e generosidade que tais cenas me despertam. Decididamente a tal cultura e expediente da chamada posse do animal de estimação é antinatural. Que escusem-me aqueles adeptos dessa moda tão massiva, tão aceita por muitos, por segmentos civis e jurídicos da sociedade.
 Mas, de plano, sempre admiti meu dissenso nessa aceitação como uma prática normal e naturalista. Porque tal cultura e aceitação contraria aquela energia a mais sagrada, a mais natural, a mais bela, a de maior felicidade de um ser vivente, especialmente os irracionais que já são tão explorados, desrespeitados e tolhidos em outros direitos, enfim, a maior liberdade de ir e vir, de se sentir liberto para passear por onde quiser. Afirmam os entendidos que as aves canoras , quando em gaiolas cantam as suas mágoas e tristezas pelo isolamento e perda da alegria de voar. Faz todo o sentido tal interpretação .
Para os não afeitos ou não informados vale relembrar que, à semelhança do estatuto dos direitos humanos, existe o estatuto do direito dos animais. Declaração Universal dos Direitos dos Animais(UNESCO 27/01/1978).
Trata-se, à feição das pessoas, em uma das iniciativas das mais generosas e humanitárias. Toda forma de vida, todos os seres viventes, têm direito a uma existência digna e respeitosa. Quando me expresso dessa forma lembra-me o mais humanitário e generoso dos homens, depois tornado santo, São Francisco de Assis. Ele foi o protótipo, protagonista e inspirador da criação do estatuto do direito dos animais.
Art.1o - Todos os animais nascem iguais diante da vida e têm o mesmo direito à existência. Art.5o - Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias de sua espécie. Toda modificação imposta pelo homem para fins mercantis é contrária a esse direito. Como também o é para fins de adorno, diversão, ou apurado gosto de posse do bicho(“ de estimação “).
Não se pretende aqui fazer críticas pejorativas e mesquinhas aos donos de animais. Trata-se de um direito igual ao de gerar e criar filhos. Podem-se ter tantos animais, quantos queiram de filhos. No Brasil o Estado não impõe regras a esses gostos e direitos. O burocrático e restritivo é quando se quer ter um filho adotivo. Aí existe uma “via crucis” desafiante para qualquer casal. Deveria haver normas e legislação relativas ao número de filhos, levando-se em conta critérios de aptidão social, econômica e financeira. Não há nenhuma lei nesse sentido. Cultura de países terceiro-mundistas.
Não se pode e não se quer neste parecer censurar ou condenar a posse do chamado “ pet ou animal de estimação”. Nem tão pouco ser contra a posse de  um animal com outros fins como no emprego de trabalho, no esporte, como um vigia e sentinela de uma residência e outro patrimônio. Bem assim aqueles criados na produção de carne e ovos. Falo aqui em especial dos bovinos e aviários. O que se protesta e repudia é qualquer  forma de humilhação e tratamento indigno e degradante a qualquer  bicho.
O que soa altamente condenável e intolerável são as condições nas quais são mantidos todos esses grupos de bichos. Tomemos como exemplos as classes dos chamados “animais de estimação”. O que é este animal ou qual é a  sua finalidade?  Muitos desses mimosos bichinhos são adotados e mantidos como simples objeto de adorno, enfeite, decoração. Como se fossem um ursino de pelúcia ou boneco lúdico. São aprisionados em apartamentos, em condomínios, com regras rígidas de convívio e circulação. Conforme o estilo de vida e saúde dos donos, se quer tais ditos animais de estimação  têm direito ao banho de sol como o faz presidiários humanos. Muitas vezes algo pior ocorre com alguns  animais que são descartados pelo desinteresse e desencanto dos donos. É o caso de muitos cães. Cavalos e outros animais de tração que, uma vez velhos ou doentes são abandonados nas ruas. E tantos outros maus tratos e ofensas que sofrem os animais pelos seus donos. Muitos dos quais são escorraçados e mortos como se fossem um  estorvo e trambolho na vida das pessoas .
Portanto, ficam a advertência e apelo: quer ter algum bicho ou animal de estimação? Respeite ao menos a natureza, a dignidade e os direitos desse animal.

Aos que discordar deste cronista deixo umas dicas e sugestões: experimentem ficar um dia restritos a um cubículo de 200 m2, sem direito de ir e vir. Ponham-se numa coleira e peçam para ser puxados durante meia hora por uma via pública. Seria plausível e normal passarmos alguns momentos como humanos de estimação? Já imaginou se essa lógica fosse invertida de sermos adotados pelos bichos como humanos de estimação  ou o melhor amigo dos animais e fôssemos contidos com coleiras, gaiolas, e grades de ferro ou muros à prova de fuga. Eu não quero nem pensar isso para mim. Que o digam os detentos da Papuda , de Bangu I, ou de tornozeleira eletrônica .  Agosto/2016.   

Fatos de Fotos...

 REVELAÇÕES E OCULTAÇÕES DE UMA FOTOGRAFIA
João Joaquim  

Esses dias fui consultar alguns arquivos pessoais, alguns álbuns de família e confesso que tive uns pequenos sobressaltos. Não por ter perdido algum documento ou coisa que o valha. Fui surpreendido com algumas fotografias antigas. Minhas e de familiares. Fotografia, que os antigos chamavam-na e ainda chamam de retrato. Eu considero-a como  uma obra de arte. Obra artística que na verdade hoje conta com as mais refinadas tecnologias. Câmeras fotográficas se tornaram instrumentos de profissionais. As pessoas comuns usam o próprio celular e são fotos de ótima qualidade. Com a vantagem de sair acabadas e divulgadas nas redes sociais; “facebook,  instagram,  whatsapp”. Êta  mundo moderno danado de bom em umas coisas e nocivo em outras;  com as imagens não é diferente.
Preliminarmente, faço uma nota histórica sobre essa arte, que data do surgimento de outras artes. E então podemos dividi-la  em duas etapas. Antes da fotografia propriamente dita existia a arte de representação da pessoa, daí o nome retrato, uma retratação aproximada da imagem do retratado. A figura saia melhorada ou  não na capacidade do artista-pintor. Como sabemos hoje das característica de um Luís XIV ou Luís XV, de um D. João VI? Através da arte de um pintor-retratista.
E a fotografia, produto de tecnologia ? Seus primórdios se deram há menos de dois séculos. O nome da arte inicial parece impronunciável: daguerreotipia. Vem de Louis Daguerre (1789-1851). Ele foi um físico e pintor francês, criador da 1ª  máquina fotográfica, em 1839. Foi a partir da invenção de Daguerre, a fotografia, que os pintores-retratistas perderam a sua importância e o emprego.
O Brasil teve um personagem histórico que era aficionado e apaixonado por fotografia, D. Pedro II. O acervo dele no museu imperial de Petrópolis é riquíssimo de fotos, muitas feitas pelo próprio imperador. Outro personagem da literatura que me lembra fotografia, foi o Irlandês Oscar Wilde com seu livro o retrato de Dorian Gray. Vale a pena conhecer a obra desse magnífico escritor e poeta. O enredo mostra inclusive um pintor-retratista como personagem.
 Fazendo algumas considerações da fotografia na vida das pessoas. Eu começaria com a seguinte proposição: o quanto as pessoas seriam mais longevas se eles envelhecessem na proporção das próprias fotos. Basta que se faça a seguinte notação: quando se fotografa uma pessoa, aquela imagem é apenas uma visão aproximada dela, naquele átimo de segundo, tanto para melhor ou pior. Tanto que a pessoa da imagem busca o melhor de sua pose e expressão naquele momento. E, às vezes, se deleta quantas forem necessárias, até a reprodução perfeita. É a busca da melhor estética do momento. E tal artifício, ou o tal “retrato-falado”, faziam-no de forma primorosa os antigos pintores-retratistas.
Ao estudar as relações das pessoas com a fotografia, abre-se um vasto campo para o estudo da psique, para a tentativa de compreender os sentimentos, o coração e a alma humana. Ainda hoje, existe um profissional retratista. São os criminalistas das Polícias Técnico-científicas, que fazem os tais retratos-falados.
Numa análise mais rasa e resumida, falando da relação fotografia e psique, podemos lembrar da própria autorrejeição de cada um ,das fobias por exemplo do envelhecimento e da morte (tanatofobia). E aqui duas observações curiosas. Primeira, a relativa ao grupo de pessoas que não gostam de se ver e nem ser vistas em fotos.
A segunda observação de igual modo digno de registro se refere às pessoas que têm um profundo apego a fotos, desde que tais retratos, as retratem muito melhor do que a realidade. Tais imagens para esse grupo de pessoas, sejam homens  ou mulheres, devem sempre mostrá-las em atitudes, contornos anatômicos, pele e adereços os mais estéticos e os mais jovens possíveis.
Quer exemplos bem consistentes dessas fobias da idade e do envelhecimento: primeiro, o emprego do próprio “photoshop” para maquiar e rejuvenescer a imagem;  segundo exemplo, a postagem no “facebook” e em outros aplicativos de uma fotografia que não retrata a pessoa atual. Quase sempre o recurso é exibir uma foto feita  5 ou 10 anos anterior. E a tecnologia digital tem outra virtude, ela não envelhece como um retrato no papel ou na moldura. Viva a tecnologia, o photoshop e as fotos digitais, elas são de fato eternas.
A propósito, desse expediente da pessoa em postar suas fotos mais antigas(mais jovens) nas redes sociais uma historinha que me contaram. O sujeito(galanteador e pintalegrete escolado) engata uma amizade e chega a um  namoro virtual. A madame, 50 anos, na foto da internet, se mostrava bem mais jovial do que sua idade real. O conquistador, passados algumas semanas de contato, marca o encontro para o esperado contato físico . Quando se avistam no shopping combinado, ele supôs que a paquera do facebook e da foto era na verdade a mãe da pretendida, tal a diferença da foto das redes sociais com a pessoa em carne, cara, osso e toda a funilaria de 50 anos. Ela se exibia com uma foto feita 10 anos antes.

Quantas marcas  do tempo já tinham aparecido na pele, rosto e todo o esqueleto. Não precisa nem dizer que o amor e interesse se esvaíram em 10 minutos de conversa. São outros riscos das redes sociais e de se fiar apenas em imagens que duram uma eternidade. Vejam então , os adeptos de namoro e relações conjugais pelas redes sociais, que a tecnologia traz também esse risco de se conquistar lebres por gatas e vice-versa. O namoro mais seguro é aquele tête-à-tête, quando se pode ver até se a pessoa é vesga,  se coxeia de alguma perna ou do intelecto   .    Agosto 2016.

De Belos e Feios Rio 2016

LEGADOS E RENEGADOS DA OLIMPÍADA RIO 2016
João Joaquim

Enfim as olimpíadas Rio 2016 vieram nos mostrar as chamadas laranjas podres numa árvore humana em que se podem colher e admirar muitas outras; viçosas, apetitosas e capazes de saciar nossa fome de virtudes , de  honestidade e de  belezas humanas e tecnológicas .
A primeira grande laranja podre já estava prevista antes da chegada das delegações com os atletas. Refiro-me ao caso de doping dos atletas russos com a participação de órgãos do próprio governo soviético. Segundo vem noticiando a imprensa mundial  o uso de drogas ilícitas e proibidas, nas federações esportivas, pelos atletas do país era camuflado e ocultado com orientação do próprio ministério de esportes. Uma atitude altamente condenável e reprovável ao crivo da comissão antidopagem do comitê olímpico internacional (COI). Os competidores lá são vitaminados com anabolizantes.
Órgãos de imprensa acusam o próprio presidente Vladimir Putin, por omissão e conivência em episódio tão lamentável. Prática ilegal e abominável essa já ocorrida nos jogos de inverno, organizada pela própria Rússia em Sochi, em 2014.
São dignas de louvor, admiração e registro essa sempre rígida conduta e impecável  disciplina do COI no tratamento e condução das olimpíadas. Nunca se soube de qualquer ingerência, suborno ou corrupção desse órgão gestor de esportes amadores em 120 anos de sua existência. Ao contrário de outras laranjas podres como CBF e FIFA. Entidades estas mergulhadas recentemente em vários escândalos de suborno e corrupção no futebol; mais especificamente nas copas do mundo, organizadas pela Fifa,  a cada quatro anos. Com contribuição criminosa de cartolas brasileiros.
No caso concreto da Rússia, a olimpíada Rio de Janeiro 2016, será lembrada pela exclusão da equipe de atletismo. Ao todo 67 membros atletas. O alemão Thomas Bach, presidente do COI, foi objetivo, durante uma assembleia-geral, ocorrida no Rio. “ A chamada opção nuclear significa morte e destruição”. Bem entendido que “morte de uma parte da graça da olimpíada( atletas russos)  e destruição de resultados”( rendimento obtido com doping).
Atletas de outras modalidades da Rússia participaram das competições na Rio 2016. Mas, sempre com olhares de suspeição e desprezo de outros atletas, de outros países.
 Enfim, um expediente tão espúrio e desonesto do todo poderoso Vladimir Putin e seu ministro de esportes Vitaly Mutko bem justifica a punição recebida do COI. Que essa reprimenda e a exclusão do atletismo sirvam de exemplos para outras federações de outros países, inclusive para o futebol brasileiro, que através de ingerências de cartolas da CBF se beneficiou de subornos, corrupção, compra de resultados e outras traficâncias nada éticas na obtenção de vitórias e títulos de campeão em torneios nacional e pelo mundo (copas América e do mundo por exemplo).
Além da enorme laranja podre que foi o doping soviético foram-se colhendo outras laranjas também putrescentes e putrescíveis de nossa grande laranjeira que foi a olimpíada 2016, organizada pelo  Brasil, administração do Estado e Prefeitura do Rio de Janeiro. Foi uma boa oportunidade de mostrar ao mundo por exemplo nossa competência organizacional. A abertura por exemplo foi repleta de cores, tecnologia, e o mais significativo: um resumo de nossa História, desde a descoberta em 1500, nossa evolução e nosso estágio civilizatório.
Assim, podemos pinçar alguns fatos e ocorrências de nosso estado de civilidade, convivência e educação nas relações humanas. Quando se fala em esportes, não há circunstância mais propícia a demonstrar o grau e intensidade de educação  e de  gentileza de um povo. Nesse quesito por exemplo os torcedores brasileiros foram banidos de qualquer condecoração. Em muitas competições onde se exigiam silêncio e respeito à concentração dos atletas se ouviam vaias, xingamentos, termos chulos e de baixo calão. Gestos próprios de gente casca-grossa, toupeiras e trogloditas. Nesse quesito, parece que regredimos aos idos anos de 1500, primórdios de nossa civilização. Talvez nossos primeiros silvícolas e indígenas não fossem tão mal educados.
 E para fecho de mais algumas laranjas podres das olimpíadas organizadas pelo Brasil, podem ser citadas algumas nas áreas administrativas e políticas, no âmbito  em quesitos de transparências e honestidades dos gestores públicos. Ninguém se pasmará e se espantará, passada a olimpíada, se houver entre os legados, desvio de dinheiro público, malversação de verbas, registro de propinas e outras negociatas dos governantes, em fases pré, na vigência e pós-olimpíadas. No Brasil tais descobertas já não escandalizam as pessoas. Podem ser fichinhas perto de nosso Petrolão e Mensalão. Aliás, até nossa lei da ficha limpa já foi criticada pelo presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes. Ele referiu que tal lei pode ter sido criada por parlamentares ébrios. Agora quem julga prefeito ficha suja será a câmara de vereadores e não o tcu. Assim decidiu o nosso colendo STF.
E nas questões de segurança pública? Todo o Brasil reviu e o mundo todo viu o que significa o chamado estado bandido encravado dentro do Estado oficial. Fala-se aqui do chamado crime organizado. Comando vermelho, PCC e outras facções do gênero. Alguns  assaltos aos atletas e não atletas  foram registrados, o que não constitui nenhuma novidade na Capital carioca.
O registro mais dantesco e tenebroso foi um carro da força nacional que entrou numa vila sob o governo e administração de criminosos e traficantes. O carro foi metralhado, com a morte de um policial dessa guarnição que fazia a segurança das olimpíadas.
Agora escandaloso e pastelão foi o caso dos americanos Ryan Lochte e James Feigen. Eles, vindo de uma balada e bebedeira,  depredaram um posto de gasolina e fizeram  uma comunicação falsa de que foram assaltados. Ainda bem que nossa eficiente policia civil carioca, logo deslindou tudo. Que papelão! esses merecem a medalha ignóbel da olimpíada. Essa foi a maior micada da Rio 2016.
 Agora pensam os amantes de olimpíadas que nada no    COI é laranja podre? Relato duas. Primeira: O mundo e o COI tomaram conhecimento do doping russo, porque houve dois delatores. Yuliya Stepanova , velocista de 800 metros , e o marido, também atleta, denunciaram o esquema. Isto em 2014, jogos de inverno de Sochi.  Perseguidos por Putin, eles se refugiaram na Alemanha . O que fez o COI? Não permitiram que eles participassem das Olimpíadas 2016 . Uma injustiça . Deveriam receber medalha de diamante só pela denúncia que fizerem, e foram corajosos.
Segunda laranja podre do COI: a exemplo da FIFA, existem os milhares de voluntários que trabalham nas olimpíadas; sem nada receberem. Numa frase: Legal ? Sim, mas imoral e desumano. Deveriam tais trabalhadores , ainda que voluntários,  receber ao menos uma bolsa no período. E o pior , não podem ver os jogos , estão trabalhando o tempo todo. Os governantes de cada país das olimpíadas toleram tais imoralidades e injustiça . Foram descobertos também vários operários de empreiteiras de obras das olimpíadas, trabalhando em condições desumanas e sem registro em carteira. Inquéritos foram abertos para apuração de tais crimes trabalhistas.

Em conclusão, essa tão globalizada e bela olimpíada Rio 2016 serviu para mostrar as belezas do esporte limpo, respeitoso e solidário. Assim pensam todos em uníssono. Mostrou também nossa categoria em muitos coisas: incivilidade, desrespeito ao próximo, falta de  higiene, deseducação nas relações humanas e outros itens algo bastante  vexatórios. Que , faz bem se registrar, não é exclusividade do Brasil.  Foi assim nossa Rio 2016.   Agosto/2016.    

Pedagogia das olimpíadas..

MORAL DA HISTÓRIA DAS OLIMPÍADAS
Joao Joaquim

Entre algumas conclusões que me passaram as olimpíadas Rio 2016, uma eu destaco e é de grande relevo. Ela se encerra, pode-se dizer, em uma moral de uma história, que são  as próprias olimpíadas, desde o seu nascedouro. Tal moral tem um  cunho pedagógico.
Pedagogia de que eu prefiro, uma sumaríssima descrição para melhor compreensão. A etimologia é grega. Vem de paidos(criança) e agogos(condutor). Na verdade, antiga Grécia,  era um escravo ou servo que conduzia as crianças até ao professor ou mestre, no seu processo educacional. Por uma questão semântica, o termo ganhou o sentido de ciência e teoria de educação e ensino. A pedagogia hoje se subdivide em vários ramos. Um e outro cientista ou educador  defende a sua tese. Só para lembrar dois nomes: Jean Piaget, da França;  e Paulo Freire do Brasil. O desejável dessas correntes é que todas levassem à formação e educação plena do indivíduo, a partir do nascimento.
O maior legado que se pode deixar a um indivíduo é o seu processo educacional. E neste termo não quero incluir títulos de doutores ou mestres.  Se tais graus, de fato e de conhecimentos, forem alcançados tanto melhor. Educação, “lato sensu” deve ser entendida diferente de escolarização. Muitas vezes esbarramos com “doutores e mestres”, mas sem educação (leiam, ética, cidadania, moralidade). Antes ainda de chegarmos às olimpíadas, um pouco mais de educação. Eu sempre fui muito interessado e entusiasta do tema educação. De como, por exemplo,  andam nossas políticas em tão relevantes questões para a sociedade.
 Meu interesse maior . As escolas públicas na sua parte de estrutura predial, o seu aparelhamento, bibliotecas, laboratório; e talvez o item mais importante a figura do professor. E quanto mais lemos e nos informamos, mais céticos e descrentes nos tornamos com os governos de todos os níveis e os gestores públicos das referidas pastas. Quer um exemplo desse menosprezo e menos-valia para os nossos políticos? A figura do próprio  professor(a). Dele se exige muito, é mal remunerado e pouco ou zero incentivo em termos de aprimoramento na sua função docente.
Um registro que não se pode deixar de fazer: tal descaso e baixa valorização do professor (a) não se dão somente de parte das políticas públicas, vêm também da sociedade, nas pessoas dos próprios alunos e seus pais que têm o senso coletivo de que educação e escolarização são tarefas deles (professores) e das escolas. São questões anacrônicas e crônicas da idade do Brasil.
Um dia desses palestrava com uma jovem professora de ensino fundamental. Jovem, mas já com bom perímetro na profissão. Relatava-me ela que o nível de deseducação das famílias no Brasil está num grau tão alto  que os pais têm como que delegado os cuidados e ensinamentos mais elementares às escolas. São crianças de 8 anos, 10 anos que sequer sabem as atitudes e práticas básicas de higiene e alimentação.
Por que uma olimpíada encerra uma conclusão moral de que a melhor educação começa no berço? É simples, é de dedução acaciana e de clareza meridiana. Todos os competidores desses certames tiveram uma longa jornada, que se iniciou em baixa idade. Todos tiveram a pedagogia de um pai, da mãe, de um cuidador, de um bom professor, de um mestre. Todos, independentemente de medalhas chegaram à perfeição graças a um processo educacional precoce. Processo esse que exigiu dedicação primordial e decisiva da família. Foram e são anos de treinamento, perseverança e treinamento. São cidadãos e competidores que foram levados desde cedo aos mestres, ao treinamento, ao ensino das habilidades físicas e esportivas. Pura Pedagogia ( lembram ? paidos a agogôs, Pedagogia).

Vamos imaginar aqui algumas modalidades dessas competições. Um nado sincronizado, uma ginástica artística, um tênis de mesa, um salto em distância. Quantas repetições, quantos anos na mesma rotina para o alcance da excelência? Foram uma infância, uma adolescência, uma juventude inteira para se atingir o melhor, o arremate final e ponto máximo naquela busca  física e esportiva. A formação do indivíduo guarda esse paralelo com uma olimpíada. Ela começa na criação (crescimento físico e biológico), na alfabetização e educação (família e escola) e no constante treinamento e aprimoramento da pessoa. O certo é que ninguém nasce pronto e nem morre acabado. Todos temos um potencial para aprender mais e tornarmos melhores, qualquer que seja a idade de cada um.  Agosto/2016.     

Corrupção e Lixo..

A CORRUPÇÃO COMEÇA EM CASA E NA CALÇADA
João Joaquim  

Eu começo esta crônica por um fortuito encontro. Ele foi inopinado mas bem ilustrativo do tema proposto. Vinha eu de minha corrida matinal e deparei um porteiro, que fazia a varrição de um condomínio. A cena se deu ali na calçada mesmo. Cumprimentei-o com um bom dia e emendei: você está limpando a corrupção? Ao que ele retorquiu, não, estou juntando o lixo das folhas e das pessoas. E assim, em tom de pilhéria e de humor amarelo, complementei, esta é uma forma de corrupção!
No ato da pessoa deixar um papel, um resto de alimento, um copo descartável em sua calçada, passarela de todos, ela está, enfim e ao cabo,  cometendo a mais rotineira forma de corrupção. E finalizei o breve diálogo daquele encontro: estas suas vassouradas tinham que começar lá de cima, lá de Brasília de onde deveriam vir as melhores leis e os melhores exemplos. Com o mútuo sorriso de assentimento nos despedimos, eu dei seguimento à minha caminhada, o porteiro continuou  na sua faxina diária dos lixos deixados ao relento pelas pessoas.
A palavra corrupção, na sua origem latina, “corruptio” significa deterioração, decomposição física ou orgânica de alguma coisa, substância química, ou qualquer cadáver. No sentido figurado traz o sentido de degradação de valores morais, hábitos ou costumes. Traz também o sentido de subornar alguém (em função pública ou privada) em causa própria ou alheia. É o que se dá por exemplo com um gestor de serviços do governo. Ele pode se valer de informações confidenciais e numa atitude de inconfidente utilizar desses dados em proveito (lucro) próprio ou grupo de pessoas a ele ligado, num sistema de cartel ou quadrilha. São pedaladas para se apoderar do alheio.
De acordo com a transparência internacional, o Brasil figura entre os 30 países  mais corruptos. De 100 nações analisados, ele ocupa a 70º posição. Os recursos e dinheiro desviados são cifras estarrecedoras. Segundo a FIESP( federação das indústrias de SP) o erário perde por ano cerca de 100 bilhões de reais para a corrupção. Em termos práticos tais valores representam o dobro em leitos hospitalares, 18 milhões de novas vagas nas escolas e 1,6 milhão de casas populares ao ano.
Quando estudamos sobre a corrupção, sua origem e história ,ela segue aquele eterno e incessante  princípio do bem versus mal, da luz versus trevas, da virtude versus o vício( corrupção). Lá no Gênesis 8-21 E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz.
No Gênesis 6, temos sob o título a corrupção geral de gênero humano. Pecado, suborno e corrupção são dos tempos bíblicos .  No Gênesis  (6-6), então arrependeu-se o senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. No 7, disse o senhor: destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei e outros animais, porque me arrependo de os haver criado. Nos diálogos de Santo Agostinho com são Jerônimo, ano de 416, temos que corrupção vem de cor (coração) rompido(ruptus), e Kant em suas reflexões disse que” somos um lenho torto do qual não se podem tirar tábuas retas”.
No Brasil a gênese da corrupção se funda em três vertentes, a histórica, a política e a cultural. A história começa com a era colonial e escravocrata; ambas muito violentas e injustas com as pessoas. É daí que nascem o suborno, o peculato, o nepotismo e a antecipação da lei de Gerson, de se levar vantagem em tudo.
Depois vem a política do patrimonialismo, do fisiologismo, das trocas de favores e votos; do governante tratar as coisas públicas como privadas, em seu benefício, da família e de apaniguados( do toma lá dá cá).
O senso cultural é aquele do governante que rouba mas faz. Os corruptos são vistos não como larápios e gatunos do dinheiro público, mas como pessoas inteligentes e bons administradores. Lord Acton (1843-1902) dizia: “o poder tem tendência a se corromper e o absoluto poder corrompe absolutamente”. Paulo Maluf, conhecido por acusações de milionárias corrupções disse em recente juízo no Supremo Tribunal Federal, isto a uma pergunta do juiz inquiridor: o senhor  foi preso em um antigo processo de desvio de dinheiro público e caixa 2 em 2010? Ao que ele respondeu com boa verve, não! eu nunca fui preso , eu sempre foi solto. Isto mostra o mais afrontoso acinte dos que têm o mote - rouba mas faz-  Só mesmo no Brasil.

É isso aí, a corrupção é como um pecado original, ela vai sempre duelar com a honestidade, com a generosidade e com a ética. Como combate-la? Mais transparência, leis mais rígidas, revogação da antipática imunidade parlamentar, corrupção tipificada como crime hediondo, mais juízes Sérgio Moro e operação lava-jato permanente. Se não o fim, ao menos um meio-termo e bom final do permanente combate a esse cancro social que é  a corrupção no Brasil. Agosto/2016.  

COMUNICAR...

QUEM NÃO SE COMUNICA...
João Joaquim


Uma aptidão fundamental na vida profissional é a arte de comunicação com as pessoas, com os clientes. Para determinadas atividades mais do que comunicação, temos ainda de mais refinado  a arte da retórica, de falar em público. Se o indivíduo é por exemplo um assessor de imprensa, um porta-voz de outro profissional, de uma empresa , o quanto é significativo e edificante o seu domínio do idioma nativo, sua fluência e riqueza vocabular e até, conforme a pessoa ou empresa que representa, saber outros idiomas; o Inglês e Espanhol por exemplo.
No âmbito mais privativo, numa palestra ou diálogo mais restrito do profissional com o cliente é muito construtiva esta relação quando se observa o princípio de se fazer entender bem as ideias, as informações que se vendem por exemplo. Noutros termos, o profissional tem que  atentar para quem está falando e empregar termos, palavras e frases conforme o grau de entendimento e escolarização do(s) ouvinte(s).
Vamos, a título ilustrativo, suscitar alguns colóquios de algumas profissões, onde, em que pese ser a Língua  Portuguesa  o idioma empregado,  fica a impressão de que o profissional se expressa em aramaico ou Russo. Após o veredicto do júri sobre a sentença do réu. O juiz se dirige ao agora absolvido e lhe diz:” nenhum comentário objurgatório tenho a fazer a vossa senhoria, minha decisão a seu respeito é absolutória”. Conforme o grau de instrução desse réu ele não saberá se volta para o xilindró ou para as ruas.
De melhor entendimento teria dito o erudito julgador: nenhuma repreensão tenho a fazer, o senhor está livre. E assim são outros termos no mundo jurídico que para a grande maioria das pessoas soam como grego ou latim. Idioma morto esse que contribui com muitas palavras e axiomas justamente no mundo jurídico e entre os seus praticantes. E “fumus bonis iuris” (na fumaça do bom direito), o ideal em termos de mais clareza é que os operadores do direito, usassem termos mais populares quando em contato e falas com o público e pessoas de outras áreas ou menos instruídas .
Uma outra profissão de que se cobra de seus praticantes clareza e simplicidade de termos é a medicina. Imagine por exemplo um paciente com uma taquicardia paroxística supraventricular. Simplifique, dize apenas que ela está com uma arritmia atrial benigna, ou simplesmente uma taquicardia transitória. Fica simples e até mais tranquilizador ao doente e familiares. Uma pielonefrite aguda, eu traduzo-a como uma infecção renal.

Uma recomendação e conselho que sempre faço a qualquer profissional, notadamente aos noviços e iniciantes é que mantenham o gosto e cultura da língua nativa; em nosso caso o riquíssimo e belo Português. Nesse sentido saberemos o zelo e esmero do profissional apenas pela  leitura de suas receitas, laudo ou relatórios; isto em se tratando de profissionais de saúde: médicos, veterinários, agrônomos ou biólogos. Basta lembrar do adagio que expressa: “ As palavras voam, os escritos ficam”. Afinal já dizia  Abelardo Barbosa, o Chacrinha: “Quem não se comunica, se trumbica”. Não é sem razão que muitas empresas criam até o seu manual de comunicação, de redação. Esta iniciativa é muita saudável porque além de reciclar o profissional nas regras básicas de sintaxe e gramática, também  traz-lhe um melhor cabedal vocabular em sua linguagem diária e comunicação com os clientes e usuários dos serviços ou produtos da empresa ou órgão que ele representa.  Agosto/2016.  

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...