terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Qualify de Vida




A QUALIDADE DE VIDA COMEÇA NA RELAÇÃO A DOIS

João Joaquim  
  
A partir do século XXI, entre as várias atividades humanas, passou a ser uma delas e de destaque , a busca da  chamada qualidade de vida. Trata-se de um bem-estar ou um marcador de saúde muito repetido e incentivado na Medicina Geral  e todas as áreas de saúde orgânica e mental.
A qualidade de vida poderia ser definida como um conjunto de atributos que trazem segurança, bem-estar, felicidade, saúde plena, boas relações sociais e afetivas;  enfim vários estados que trazem paz e felicidade às pessoas. Entre esses atributos podem ser listados por exemplo trabalho digno, a profissão almejada, residência própria, alimentação ideal, entretenimento; entre outros desejos de cada um. Quando se fala no idoso e aposentado, se incentiva muito sua permanente atividade em lazer, entretenimento, atividades físicas compatíveis com o gosto e aptidão de cada um e atenção dos familiares à sua volta. 
 Qualidade de vida e felicidade são conceitos que se confundem e se fundem, porque inescapavelmente eles encerram o mesmo objetivo, e são eminentemente pessoais. O que é qualidade de vida para mim, enfim a minha felicidade, não é a mesma da Maria ou  do José. Para dar um sentido concreto de bem-estar ou qualidade de vida vamos mostrar exemplos conforme a faixa etária das pessoas. O que seria a felicidade para uma criança de 10   anos? Certamente que para todas as crianças: uma alimentação saudável, ótimas condições de higiene, sono de boa qualidade, a convivência com os país num casamento saudável e espaço seguro de entretenimento e educação de qualidade.
Para um jovem em formação, o que lhe significaria qualidade de vida? Com algumas variações individuais,  num e outro item, mas muito em comum uma boa escola, boa alimentação, ótimas condições de moradia e sono, esportes e acesso a muitos objetos de mídia ( conexão digital), até automóveis. Uma vez adulto, formado e pronto para o mercado de trabalho certamente que para muitos, felicidade ou qualidade de vida seria a casa própria, o emprego sonhado, o carro do gosto, alimentação saudável, entretenimento e uma prática de atividade física, com suporte nutricional e técnico no curso desta atividade .
Para fecho dos quesitos de qualidade de vida, um considerado de grande relevo:  as relações sociais e afetivas, não importa a idade da pessoa. As boas relações de amizade, sociais e conjugais, sejam elas no namoro ou vivendo a dois( casamento ou união estável) são das mais significativas na saúde, bem-estar e na  qualidade de vida das pessoas.
Assim postos, os estados e condições de uma boa qualidade de vida, bem-estar ou felicidade, conscientes e voluntariamente, quantas pessoas deliberadamente fogem dessa rota. Muitas e muitas  pessoas buscam  circunstâncias e opções nessa contramão.
Cada pessoa, ao longo de sua vida tem a opção de buscar e adquirir todos aqueles atributos que a tornará usufruidora de uma vida de boa ou má qualidade. Cada um tem essa liberdade e livre-arbítrio.
Na questão das relações sociais ou afetivas, por exemplo, quantos de nós insistimos em vínculos com pessoas que tornam em conflitos, contatos odiosos e repletos de angústia e insegurança! Em muitos casos resultando até em assassinatos, motivados por questões passionais e de vingança. A procura da tal alma gêmea, ou um amor de Romeu e Julieta, são condições quase ilusórias. Todavia, podemos sempre selecionar e buscar o nosso melhor par, a melhor companheira ou companheiro, na construção de um casal coerente, de cônjuges  cúmplices, solidários e fiéis. Esta escolha dá para se fazer de forma muito segura, já nos primeiros contatos. A sociedade conjugal, o contrato de viver juntos , o pacto desta pareceria não difere de outros da vida social e comercial. São os mesmos princípios seletivos de gestores na área de recursos humanos. Para tanto, exigem-se currículos, entrevistas, testes, provas , às vezes prática e teórica;  por que numa relação a dois, não se pode fazer o mesmo ?
Fora dos litígios e contendas sociais e conjugais quantos outros feitos, aquisições, compromissos, as pessoas não vão assumindo que lhes tolhem muitos outros direitos, opções agradáveis como férias, descanso, viagens, diversões e entretenimento! Condições estas que caracterizam a boa qualidade de vida, das quais muitos se abdicam por outras escolhas com pessoas sem essas afinidades.
Na intenção de bem materializar esses empecilhos na vida das pessoas tomemos os casos de se contrair uma dívida na posse de um e outro bem ou direito; no compromisso de um cartão de crédito (de dívida, na verdade); na aquisição de um bem, a prazo, majorando o custo real desse patrimônio; a compra com uso do cheque especial (outro engodo, porque de especial só para o banco que cobra juros abusivos).
Um outro caso bem comezinho e encontradiço na rotina das pessoas a posse dos chamados animais de estimação. A família, às vezes, seja casais jovens ou aposentados, moram em apertados apartamentos, onde abrigam 2 ou 3 cachorros. Exemplos há em que os donos mal cuidam de si, dos filhos ou de outros parentes mais carentes de atenção, higiene e afeto; mas os bichos e seus nichos com outros bichos (parasitas, vírus e bactérias) estão lá no convívio das pessoas.
Enfim, em suma e numa frase, as pessoas trocam o seu direito a uma boa qualidade de vida, por tantos penduricalhos, estrupícios, atravancos e trambolhos que nada lhe dizem respeito ou resultam em benefícios. Fica a sugerir que a pessoa está pagando por um pecado de outras gerações ou um pesado carma deixado como herança. Mas, reiteremos, por pura escolha e livre-arbítrio de que o faz .  Quão melancólico!  Fev/2017.


Médicos Ruins...

SUBVERSIVOS E DETRATORES DA MEDICINA
João Joaquim 



Nada nesse mundo se torna inútil ou em vão. Até mesmo as tragédias, a morte, o luto e a luta de alguém, pode, uma vez decorridas, trazer debates, lições e tornar redivivos alguns valores, princípios e postulados para nortear as relações humanas. De tempos em tempos, frente a uma tragédia coletiva ou pessoal, são postas à lume uma importante disciplina de postura entre profissionais médicos, a Bioética, ou simplesmente o código de ética médica (CEM).
Trata-se de matéria obrigatória nos cursos de graduação de qualquer faculdade de medicina. Todos os estudantes passam por aulas teóricas e mesmo “vivência prática” nos hospitais-escola. Encerrada a graduação e se registrando no conselho, o agora inscrito recebe novas preleções de ética e todo o código impresso daquilo que se pode e deve fazer um bom profissional; bem assim os atos vedados ao bom e zeloso exercício da profissão. Ou seja, o médico ainda que interiormente tenha alguma inclinação ao ilícito, ao imoral, ao vício ou a desonestidade para com o próximo, ao paciente enfim; ele (o médico) está ciente que estará sob interpelação disciplinar, administrativa, ética (pelo conselho de medicina) e até penal (ministério público).
 Diante destas considerações torna-se instigante a seguinte pergunta: por que apesar de receber uma formação curricular, um treinamento durante no mínimo seis anos (duração do curso), uma sessão de advertência no conselho (ao receber o RG do médico), o médico ainda assim( felizmente são poucos casos) comete as mais indignas infrações ao CEM? Por quê? É uma indagação , que acredito ressoa no meio social, a cada atitude infracional ou penal de grande monta cometida exatamente por quem deveria ter o compromisso maior, até porque é feito um juramento , emblematicamente cunhado hipocrático( homenagem a quem teve este primeiro lampejo humanístico,  o médico e filósofo grego Hipócrates).
 Aqui o meu parecer e minha ementa. São duas as razões do mau comportamento desses maus profissionais.
A primeira(as), são razões inerentes ao próprio indivíduo, ao próprio ser humano. Muita vez temos aí uma deformação de caráter hereditário; isto é ,  trata-se de uma herança educacional, vem da família onde esse médico se fez gente e pessoa e depois se formou em Medicina. Com exceção, pode-se ter também uma questão genética mesmo. O indivíduo tem um transtorno comportamental que o leva a ser um infrator, como pessoa, genericamente um sociopata. Muitos desses estão entre nós e  livres, até cometer um crime maior e ser preso. O pior é que muitos sequer chegam a ser condenados.
Porque a honestidade, a virtude e a boa ética são valores aprendidos com os pais, com  a família e com o meio social, inclusive com as escolas de 1º e 2º graus.
A segunda razão. Decorrente da primeira, tais profissionais não reúnem nenhum cabedal, pendor ou vocação para cuidar de quem quer que seja. Muito menos de quem está enfermo, doente e carente de zelo, compaixão, amor e tratamento digno e respeitoso. Neste caso ele poderia ser um metalúrgico, um engenheiro, um matemático, um físico; menos um profissional  que lide com a vida, a dor alheia, com a doença de outrem.
A Medicina, como bem preceituava Hipócrates é um sacerdócio que exige sentimento de compaixão (se doer junto com a dor alheia) , de respeito ao pudor, à intimidade e dignidade de quem estiver sob os cuidados daquele profissional.

 Lamentavelmente temos visto muitas deformações quando se fala em formação médica. São degradações tanto das instituições que foram surgindo como um negocio lucrativo,  como os malformados médicos  egressos dessas faculdades sem uma estrutura física e corpo docente à altura da nobreza da profissão. A Medicina assim como outras profissões da saúde , pelo   que assistimos nas últimas duas décadas, têm se tornado  um mercado como outro qualquer, pouco importando com os qualificativos e valores que deveriam serem impingidos aos profissionais “formados”. O exercício escorreito, isento, virtuoso e de “boa ética” tem se tornado exceções em nosso país.
No dia a dia, assim como em tantas searas da vida, no social, no infracional e criminal, temos presenciado no circulo profissional médico, inúmeras atitudes, condutas, comportamentos e expedientes nada condizentes com os ditames da pura e virtuosa praxe profissional. Este modesto escrito fala de carteirinha e fidedigno à melhor Ética, a de berço, de família; considerando que já fora vítima de prolações, picuinhas e inventivas difamatórios de ato a que não deu causa. O que é gravoso e triste é que tais assertivas partiram de quem integrava comissão de  ética médica. São fatos que no atual cenário do Brasil passam até batidos.
A presente digressão e opinião  foi motivada pela lamentável morte da primeira-dama Marisa Letícia. À  família da qual emiti uma nota de pesar na minha fanpage. Cardiologia João Joaquim De Oliveira    2 de fevereiro às 16:15 ·  LUTO -Morre dona Marisa Letícia Esposa ex Lula Silva
Expresso meu sincero e contrito pesar pela Morte de dona Marisa –
A morte de qualquer  pessoa, se revela uma face de transe doloroso para os que ficam. Mas, faz parte da natureza humana.  Do Húmus viemos, a ela tornamos . Nossos sentimentos sinceros. Nota que fiz circular nas redes sociais.
Os profissionais que vazaram dados de seu prontuário do hospital Albert Einstein devem ser investigados e punidos exemplarmente pelo CREMESP. Aqueles que emitiram opiniões caluniosas e vilipendiosas merecem todos os rigores de punição ética e penal. No mínimo!
Todos esses, indistintamente, maculam e ofendem os desígnios e postulados da Medicina. A profissão da abnegação, do amor, do respeito e compaixão. Fora desse padrão, são muitos os subversivos e detratores de tão nobre missão.  Fevereiro/2017.

João Joaquim - médico - articulista DM   facebook/ joão joaquim de oliveira  www.drjoaojoaquim.blogspot.com - WhatsApp (62)98224-8810 

Farra do boi

O REPULSIVO PROJETO DE VIOLÊNCIA CONTRA OS ANIMAIS

João Joaquim 


Quando a imprensa do Brasil e do mundo mostra o  recrudescimento da violência de toda ordem é natural que muitas vozes levantam contra essa triste realidade. Não só a mesma  imprensa, em todos os níveis, mas segmentos da sociedade civil, grupos de religiosos, de ativistas do bem, da ética e da moral clamam e bradam pela paz e pela vida. Em que pesem tantas vozes ressoarem por uma causa tão nobre e humanista, há um grupo de brasileiros, parcela muito significativa, que vem atuando em sentido exatamente contrário.
O fato de que quero tratar é de todos já conhecido, falo da controvertida prática da vaquejada. Ou seja, há pessoas que amam a violência. Sim, porque se gostam de se divertir com o sofrimento dos bois, das vacas e de cavalos , devem gostar de outras formas de violência. Violência contra a vida, não importa de quem seja a vida, é violência sempre. A dor é a mesma.
O grupo de brasileiros a que me refiro não se compõe apenas  de zé-povinho, pé-rapado, analfabetos e descamisados. Desses também, que têm um fascínio inexplicável pela violência. O grupo mais representativo e adeptos de tal abominação é composto de os próprios praticantes (peões) ,  os donos dos animais e empresários do ramo, cuja faturamento anual chega próximo de 600 milhões de reais/ano.
O mais esdrúxulo, asqueroso e nefasto em tal vil projeto, não se restringe a essas pessoas comuns aludidas acima. Muito pior do que tais ativistas, a maioria de nossos desacreditados senadores aprovaram uma proposta de emenda constitucional (PEC) da vaquejada. Acreditem, os nossos representantes do congresso, todos seniores (senatus, senhores idosos), em sua maioria, aprovaram o exercício , o entretenimento , a diversão da vaquejada.
O que se espera dos  senhores Senadores da República?   De quem sempre se espera ideias maduras e sensatas. É de fato de fazer tremer e ter repelões! Uma casa legislativa, composta dos senis e experientes homens da república ,contrariar a constituição e os preceitos básicos de ética, do meio ambiente,  da vida e da natureza (ecologia) e aprovar tal PEC da vaquejada.
Nossos “digníssimos e excelentes” senadores estatuem não só contra a não violência e contra a constituição. Eles estão contrariando o próprio supremo tribunal federal(STF) que instado sobre a matéria já tem decisão firmada contra tal prática por ser uma autêntica atrocidade e cultura de maus tratos aos animais. À semelhança do que é uma rinha de galo, de cães e outros animais que têm vedação expressa e pena prevista no código penal. Só mais um detalhe, no STF há como que um empate técnico na decisão. Ou seja, mesmo os nossos considerados impolutos e ilibados homens da lei, alguns deles , claro, são a favor de se divertir às custas do infortúnio, dos maus tratos e da violência contra os animais.
Já imaginou , se eles, os animais, tivessem o poder , o condão , a prerrogativa de se divertir às custas de esporadas, chicotadas e ferimentos dos humanos! Isto me lembra a Revolução dos bichos, de George Orwell.
Os curtidores, adeptos e empresários desse execrável entretenimento se apoiam no slogan e lobby de que se trata de uma “prática cultural”. Retórica estapafúrdia que me traz à lembrança as festas promovidas pelos imperadores (déspotas) do império romano. Foram nos tempos do histórico coliseu romano. Eram os circos de entretenimento do povo. Pão e circo para a ralé, a plebe, aos domingos ,e no mais só opressão, opressão e opressão das pessoas (romanas) no acesso aos direitos básicos como comida digna, moradia e saúde.
 Prisioneiros, condenados e inimigos políticos dos imperadores eram jogados às feras. Leões, tigres e lobos famintos. Os humanos ali sendo trucidados e devorados, e a turba, os adeptos, as galerias vibrando com aquela barbárie e aquele morticínio pelas feras esfomeadas e predadoras. Feitos de tempos das cavernas, comportamentos de bestas-feras e outras insanidades.
 Fica ao menos esse consolo e essa dantesca justificativa, mas inqualificável e inominável : o cultivo, o culto, a cultura da violência vem dos tempos dantescos e de eras medievais. Não se trata, originariamente,  de criação, de admissão , nem de legislação do senado brasileiro. Este se espelha em outros tempos.
Quanto aos danos sofridos pelos animais não remanesce dúvidas de que eles são graves, violentos e irreversíveis. Sofrem tanto os bovinos quanto os cavalos em tais práticas. Os ferimentos mais comuns são arrancamento  dos rabos, fraturas de pernas, rupturas de ligamentos e vasos sanguíneos, lesões de medula óssea ou espinhal e necessidade de sacrifício dos animais pelas sequelas mutilantes . Não contando o estresse extremo que sofrem tanto os animais e mesmo as pessoas contrárias a esses dantescos espetáculos.
De todo modo resta uma promissora esperança! Caso a PEC seja sancionada pela presidência da república, o STF deve ser novamente requerido a se manifestar. E como se compõe de senhores igualmente seniores e idosos, e mais ajuizados, porque juízes supremos que são, novamente devem se pronunciar contra essa  mal engendrada, imoral e desumana PEC. É isso que a maioria dos brasileiros, inclusive muitos nordestinos, esperam dos 11 ministros de nosso colendo e egrégio STF. Todavia, não fiquemos muito otimistas porque muitas decisões, jurisprudências e liminares são editas, aqui no Brasil,  ao sabor de movimentos de grupos populares e apelo de massas.  Fevereiro/2017.   


Infer-Net

A BANDA PODRE E PUTRESCÍVEL DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇAO

João Joaquim  


Eu tenho para mim que em toda a história da humanidade nenhuma invenção, descoberta ou tecnologia provocou tanto fascínio nas pessoas como as tecnologias da informação(ti). Aqui entendidas como os equipamentos de informática, a internet e os recursos digitais.
 Todos esses inventos vieram para o bem e para o mal. E já explico. Em principio, lá na origem de cada uma dessas tecnologias, os seus criadores pensaram apenas no bem de cada coisa.
 É o mesmo raciocínio que poderíamos fazer para a foice, o machado e a faca de cozinha. Qual foi o desiderato ou desígnio de cada uma destas ferramentas? Cristalinamente, para servir ás pessoas no seu labor e faina diária, no trabalho, enfim. Mas, eis que de vez em quando surge lá um sacripanta, em abestalhado e comete desatinos, violência, mortes; desviando o fim utilitário desses instrumentos.
 Ninguém, nenhum cientista da computação imaginou um dia criar um computador, a internet ou o celular para armazenar cenas de pedofília, comércio de drogas, prostituição virtual, fofocas, difusão de boatos e mentiras e práticas desonestas e criminosas. Nenhum inventor ou cientista teve tais concepções em seu estro criador, em suas invenções. O desígnio primordial foi apenas o bem. O projeto original foi  trazer qualidade de vida, bem-estar, baixo custo  nos contatos entre as pessoas, bem assim  na aquisição de cultura, informação e entretenimento.
Vamos então fazer uma dissecção, um escrutínio do que os humanos pós tais TI têm feito delas; seja lá para o bem e para o mal. Nessa análise poderíamos então dividir a humanidade em dois braços ou faixas, a exemplo do que se faz em ensaios científicos. Em termos mais técnicos poderíamos nominá-los (tais braços) em o grupo putrescível e o grupo sazonado ou frutífero da sociedade. Por uma questão de ventura da humanidade a banda podre dos usuários dessas tecnologias sugere ser menos numerosa. Dentre esses adeptos e praticantes temos por exemplo os cibercriminosos, os pedófilos, os difamadores, os traficantes de drogas “lícitas e proibidas”, os mercadores de medicamentos piratas e de risco para a saúde, etc. Aliás, em tempo, sem falar nos boateiros, nós pós-verdadeiros, nos fofoqueiros e bisbilhoteiros da vida alheia. Ainda no grupo putrescível dos internautas podem-se destacar um subgrupo, aqueles (as) dados ás frivofutilidades que são veiculadas a jorros pela grande rede.
 De tudo fútil, de sexo e sem nexo se acham na internet. Depende do gosto do consumidor. Fugindo da seriedade e expressando mais ameno. No concernente ao grupo sazonado ou produtivo das TI. Na certa o que temos hoje é um novo padrão de cultura. A instantaneidade e velocidade da comunicação virtual trouxeram uma outra cultura, aquela que se expressa por sons, sinais e imagens. Os recursos dos áudios e vídeos têm sido o modo predominante da comunicação entre as novas gerações, aquelas nascidas e educadas pós internet e tendo essas mídias inclusive  nas grades de ensino.
A literatura escrita ou tradicional como tínhamos até os anos de 1990 vem “pari passu”  se constituindo em guetos restritos de pessoas. É obvio que o valor dos autores clássicos da literatura continua, sendo lidos e procurados mas agora com os recursos do livro eletrônico, dos e-books, dos tabletes e notebooks. São formas de cultura dos novos tempos, da era digital.

Um outro vasto campo onde tem sido empregadas as TI tem se tornado nas esferas dos inquéritos policiais e nas provas desses crimes na justiça, inclusive nos chamados crimes do colarinho branco. Quantos crimes têm sido desvendados e punidos graças apenas às imagens obtidas das ações dos autores. Por isso tudo, podemos aclamar: santas e benditas tecnologias digitais, ou TI.  Fevereiro/2017

Medicina em dois tempos

A MEDICINA PRÉ  INDUSTRIAL E PÓS INTERNET
João Joaquim  


Em tempos mais antigos, até meados do século XIX ou período de início industrial ( 1830), a qualidade de vida era muito precária. Pelo menos para 90% ou mais das pessoas. Basta lembrar algumas atividades. Locomover por exemplo. Quando se podia viajar por mares ou rios, havia até algum  conforto e bem estar. Quando a viagem era para o interior de um país, aqui a coisa se tornava mais árdua. Podia-se ir de transporte ferroviário, onde houvesse, por carruagem puxada por animais (caleça, jarretes, tilburi), no lombo de burros ou a pé.
A comunicação é outro exemplo do atraso e penúria daqueles idos tempos, até por exemplo a chegada do telégrafo ( 1832, Samuel Morse)  e do rádio( Nicola Tesla, Marconi, 1906). Uma carta, uma encomenda por exemplo podia demorar 10 dias, até um mês.
Uma questão que trago à pauta refere-se à saúde, seara onde milito e posso falar um pouco melhor até pelo interesse que o tema me desperta. Vamos imaginar a saúde, as doenças enfim, ali no início do século XIX. Parece nem ser bom imaginar como era a saúde pública, a higiene, as doenças que acometiam as pessoas naqueles tempos.
 Os cuidados da saúde bucal quando a família real chega para o Brasil em 1806, são exemplos do primitivismo e precariedade em tudo. Conta-se por exemplo que nesses tenebrosos  tempos algum nobre ou rico chegava a comprar os dentes de algum escravo para colocar em sua boca. O fidalgo membro da realeza ficava sem um dente, porque as doenças periodontais levavam a essa perda no indivíduo ainda jovem. O que ele fazia? Obtinha esses dentes de um escravo ou plebeu e os fixava em sua boca. Na certa durava muito pouco o processo. Isto é uma mostra do que era a precariedade da saúde naqueles tempos.
No sentido estrito de saúde e qualidade de vida pode-se começar pela própria expectativa de vida que era baixa. O brasileiro vivia em média 60 anos. Com 50 anos o indivíduo já era considerado idoso. As condições de saneamento básico, mesmo no meio urbano, eram sofríveis. Poucas pessoas tinham água tratada, não havia tratamento de esgoto, lixos se acumulavam pelas ruas e fezes eram lançadas a céu aberto. Não havia aterros sanitários.
De forma pitoresca, num humor amarelo ou negro, conta-se que a pessoa se aliviava num urinol ou penico e arremessava o conteúdo para onde o nariz lhe apontasse. Imagine quem estivesse passando pelas ruas. 
 Doenças como tuberculose, varíola, febre amarela, tifo, sarampo matavam grande parcela das pessoas e crianças porque não havia vacinas e nem antibióticos. Não se tinha estatística de morte por câncer. Primeiro porque, sendo uma doença mais comum nos idosos, o indivíduo morria ainda jovem de outras doenças. Segundo porque havia poucos diagnósticos. Os casos existentes eram subnotificados até pela falta de conhecimentos da medicina na área de oncologia.
A própria palavra câncer sempre despertava repulsa, superstição e segregação social. Ao invés de se pronunciar câncer, se referia aquela doença. Fobia e cultura que vigoram até hoje.
Enfim saltamos dois séculos e chegamos na era das luzes em todos os ramos das ciências. Nesses tempos da informática e da internet, com tantos recursos digitais e cibernéticos, a medicina tem plenos poderes em fazer uma análise de cada pessoa e apresentar-lhe os fatores de risco para cada doença. E o mais promissor: os meios confiáveis e provados de se evitar cada doença, ao menos aquelas causadoras das principais mortes naturais no mundo. São os casos das vasculares, da hipertensão, dos vários tipos de câncer, do diabetes etc.
Agora , o mais melancólico e surpreendente é constatar que em plena era do conhecimento , do domínio das comunicações , dos recursos digitais e da internet, haja tanto charlatão, curandeiro, aventureiro e falsos profetas da saúde.
E eles só fazem sucesso e ganham fama porque sempre existiram também os idiotas, os néscios, os imbecis , os que acreditam até em histórias da carocha e da mãe do ouro  Para visitar essas práticas basta ligar o rádio, ligar a tv, conectar a internet e têm-se lá remédios e curas para tudo, desde calvície, gagueira, espinhela caída, à cura do câncer e da impotência sexual. Até faculdades e  escolas de amor se veem. São os  falsos terapeutas de casais, e das relações humanas por algum canal televiso concorrente da rica e próspera Rede Globo. Só no brasil mesmo.
Mas, enfim que prevaleçam as conquistas das Ciências Médicas e da Saúde em prol da Humanidade. Nesse cenário de tantos avanços basta recordar que muitas doenças antes mortais, hoje nem existem mais. Como  exemplos a varíola, a febre tifoide e a poliomielite. Os vários tipos de  câncer, antes muito estigmatizantes, social e emocionalmente, agora são  plenamente compreensíveis, preveníveis e curáveis. Não é sem razão que a expectativa média de vida é de quase 80 anos. Como exemplo e reforço dos avanços da medicina temos hoje um sem-número de pessoas com 100 anos, saudáveis e com plena lucidez.
Vivam as ciências! Viva a medicina! Mas, repito, tem que se precaver dos curandeiros e charlatões de toda ordem. Eles continuam enganando as pessoas. Como último aviso, se recomenda: os charlatões mais nefastos e perigosos são os diplomados, os que ostentam os títulos de doutor e têm inscrições nos conselhos da categoria. De novo, só mesmo no brasil e em outras republiquetas das bananas.   fevereiro/2017.  

PPPs

AS   PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS(PPPs)  DO MAL
João Joaquim 


Não faz muito que tomei ciência de uma cooperação que fora assinada entre uma iniciativa oficial e uma privada. Privada aqui no sentido particular e não local de depósito de excrementos e sujeiras humanas. Se bem que elas se coincidem aqui no brasil.  As  famosas PPPs.
 Até onde sei o convênio funciona assim: o sujeito tem uma ideia, imagina e engendra uma atividade produtiva que lhe seja bom e útil, mas que também possa trazer alguma utilidade para o governo e para a comunidade. Pronto, aí nessas circunstâncias, a União, o Estado ou município entra com o seu quinhão de participação.
 Por exemplo as organizações não governamentais (ONGs). Elas podem ser tachadas de PPP. Porque embora sejam de gestão privada têm incentivos e subsídios dos governos. De uns anos para cá, mais escrachadamente de quando o partido dos trabalhadores (PT) assumiu o governo, a nação, a sociedade brasileira, o mundo inteiro tomaram conhecimento, de novo, de uma moderna  parceria público-privada. Para quem lembrou é isto mesmo , a propinagem  público-privada, que diga-se de passagem, não é  exclusiva do Brasil, mas tem nele seu máximo representante.
Mas, vamos à história, aos primórdios dessa relação de homens de Estado com pessoas privadas. Tudo começou com os navegadores, nas grandes navegações, quando as diligências em suas naus e caravelas singraram os oceanos em busca de terras, riquezas, ouro e especiarias. No caso das especiarias o desiderato era a Índia. No caso do Brasil, ao que sugerem as narrativas foi uma descoberta incidental, não confundir com acidental. Se buscava um território e achou-se outro. Grande Pedro Alvares Cabral. Aqui aportando, nosso primeiro Pedrão fez-se comunicar ao rei de Portugal. Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra cabralina,  não se fez de rogado. Mão na pena (literalmente se escrevia com uma pena de galinha embebida em tinta) e fez minucioso relato ao rei português, Dom Manuel I ,  falando de  nossas terras de pau-brasil, araras coloridas, muito verde e mares. Tudo ainda de muita cor, sem poluição e selvagem. Ah, e índios;  muitos índios. Alguns até canibais e antropófagos. Só de pensar dá repelões e arrepios.
 Aqui, se chamava Pindorama, terra de muitos índios, tudo muito virgem e selvagem(natural).  A carta de Caminha, preservada no original, é considerada a certidão de nascimento do Brasil.  
Eis que surge uma intrincada questão para a coroa. Como administrar terras selvagens, bravias, pertencentes aos nativos habitantes, às diversas famílias indígenas? Como fazer? E há ideias que só podiam nascer nas mentes de portugueses.
 - Fácil, Majestade, a gente (eles os ministros da época) faz uma parceria público-privada. Quem para lá se dispuser a  ir, damos a eles uma boas léguas de terras, algumas sesmarias.
Eram formas de recompensa pelo enfrentamento de feras, doenças e índios bravos. Foi nesse propósito que se criaram as donatarias e os donatários de então. É exatamente ai o nascedouro da relação espúria e de propinagem, subornos e corrupção  entre as coisas do Estado e as coisas privadas.
Ficam então aqui consignadas e bem lembradas as raízes e primórdios da mistura, do mix, das relações que hoje existem entre aquilo que é público com o privado e particular. Tudo que temos de bom nas PPPs e ONGs do bem de hoje são espelhadas nas antigas misturas e confusão entre o oficial e o privado. Entre o que  deveria ser estritamente do Estado ou Público e o que é de âmbito ou interesse particular.
E já arredondando  e quadrando tão relevante faceta meio esquecida de nossa história;  não se trata de comportamentos específicos de nosso socialista e esquerdista PT. São vários outros partidas  da letra P. PMDB, PP,PSDB, entre outras siglas. São mais de trinta agremiações politicas. É muita farra.
A grave questão ocorrida no mandato do PT é que tomaram o erário e muitos órgãos públicos de assalto e levaram o Brasil à falência , à bancarrota. O que se tem a fazer é manter os ex políticos e larápios no xilindró. Os empresários corruptos idem. E  não encerrar as diligências e prisões de mais gente graúda e poderosa. Só isso.
Dessa forma pode-se tirar o País da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)e livrá-lo da certidão de óbito, a que deixaram em risco os gatunos e ladrões do mensalão e petrolão , agora corajosa e severamente punidos e investigados pelo Juiz Sérgio Moro , da Justiça Federal de Curitiba – PR , através da operação Lava-Jata. Haja água e detergente . Ninguém quer se bater de frente com o magistrado e incorruptível Moro, e isto traz muito alento e esperança de purificação dessa triste e subversiva mistura do Público com o Privado, a propinagem Público-Privada, a PPP do mal .  fevereiro/2017.  


Frivo-Futilidades....

NO PLANETA DAS FUTILIDADES E DA PROSTITUIÇÃO  

João Joaquim  



As relações sociais “entre as pessoas” nesses tempos da chamada hipermodernidade e da cultura digital ganharam novas características. Temos hoje os chamados conectados,  essas gentes que têm a preferência pela superficialidade, pela transitoriedade, pelo descompromisso e nada de muito vínculo afetivo e amoroso nos contatos e laços conjugais.
 No tocante por exemplo a namoro e casamento a questão afetiva se banalizou tanto que se namora e casa pela internet e até sexo se faz pelas redes virtuais. Ou seja, existe uma cultura à vulgaridade e à futilidade até na intimidade, no pudor e honra das pessoas. Nada mais aviltante à honradez e dignidade do indivíduo  do que ele ou ela (homem ou mulher) mercadejar e negociar o pudor ou a intimidade. É a prostituição da pessoa na sua quintessência. Nada pode ser visto e assistido de mais degradante e asqueroso.
A atitude do homem ou mulher em se exibir nu ou nua numa rede social; e pior do que em tais poses, se mostrar em atitudes de sexo explícito, se traduz numa plena bestificação de quem o faz, compartilha ou permite tais comportamentos.
E aqui quando se assevera na vilania e indignidade de tais atos e atitudes, devem ser excluídas as práticas por exemplo de pedofilia. Porque em verdade o autor de tais crimes é na verdade um sociopata e pedofilopata com recomendação de absoluta segregação do convívio social, castração química ou até outro procedimento que o impossibilite de molestar ou seviciar outras crianças.
Ao se abordar qualquer fenômeno social faz-se necessário apontar e estudar suas causas, quais são as bases, os pontos geradores no que temos hoje dessa superficialização  e banalização nos contatos e relações sociais afetivas ou pseudoafetivas!
Em toda novidade tecnológica há um massivo marketing ao consumo, um marketing de permanente adesão a essa novidade. E aqui as mais diferentes formas de apelo foram sugerindo a absoluta e irrenunciável recusa do usuário em não pertencer a todas essas invenções. A moda, o apelo é de todos estarem na tribo dos conectados.
Os mais diversos chamamentos foram: venham para o nosso mundo, o mundo da conexão permanente, venham para a grande rede. Aqui não se tem censura, não se tem limite, não se tem controle de qualidade, não se têm filtros e patrulhas. Estamos em um novo tempo, em uma nova tribo, em uma nova órbita.
E assim, a partir da grande e ubíqua rede, da exaustiva e tão soletrada web e sua prole, as redes sociais, novos paradigmas foram surgindo e imprimindo um novo formato de viver e de relações entre as pessoas. E tudo tem sido feito e processado na velocidade da própria da internet e suas filhas e afilhadas como a telefonia móvel, as redes sociais de whatsApp e facebook.  E de todos esses novos formatos e jeito tribal de se comportar é que vem se constituindo a nossa era. Tempos digitais e da chamada mobilidade ubíqua.
E a coisa vai mudar mais ainda, para o bem e para o mal.

fevereiro/2017.  

Necedade especial

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