sábado, 30 de março de 2019

Fingir de Ensinar...

FALTA SERIEDADE NA EDUCAÇÃO ESCOLAR DOS JOVENS
João Joaquim 

 Graças a internet e redes sociais, vivemos uma época repleta, prenhe e diversificada em informações. Informação. Essa  a palavra que define os tempos da comunicação virtual. Comunicação instantânea e informação em tempo real. Aconteceu alguma coisa em qualquer ponto do planeta, de pronto, toda a humanidade será informada do ocorrido. Para tanto, basta que a pessoa tenha os recursos para esse acesso. Pode ser um monitor de televisão, um smartphone, um tablet. Instrumentos  esses não tão caros.
Interessante, que não parece haver  empecilho para aquisição de um aparelho de celular do tipo smartphone hoje em dia. São objetos que se tornaram o sonho de consumo de todos os terráqueos. Não importa onde o indivíduo estiver. Seja ele urbano, um rurícola, um silvícola; todos em detrimento de outros bens ou víveres porta no bolso, na bolsa ou na mão um smartphone para falar aqui, ali e alhures. Pode ser futilidades, mas, o sujeito fala fácil.
A referência ao fenômeno da comunicação, à informação pronta e acabada foi o modo de entrar no assunto desta crônica, a formação escolar de nossa juventude proposta e oferecida pelas escolas e universidades com a comunicação tão universalizada, com o acesso fácil e de baixo custo. 
 Torna-se de conclusão meridiana que com tantos recursos disponíveis se abolisse o analfabetismo, que melhorasse a qualidade do ensino oferecido em todos os níveis escolares, que as universidades estivessem formando a excelência profissional, mestres e doutores; enfim que a formação técnica, científica e cultural dos jovens estivesse numa classificação “Gold Standard”. E melancolicamente não é isto que temos visto. Verificação esta obtida em entrevistas informais com estudantes de todos os níveis, em provas de concursos públicos ou privados ou testes de avaliação de aprendizagem. 
Existem vários testes e provas para avaliação de rendimento escolar e habilidade em matérias (disciplinas) específicas. Assim têm-se as olimpíadas em matemática em âmbito nacional e mundial, a prova Brasil, o ENEM para classificação a ingresso nas universidades, o IDEB, o PISA de alcance internacional ; e para os cursos superiores o exame nacional de desempenho do estudante (ENADE), que avalia o curso e o aluno.
Quando se revisita os resultados de todas essas provas de aproveitamento, tem uma conclusão diversa do esperado.  Mais do que isto, não as notas em si, mas o que os candidatos expressam e escrevem. Fica a sensação de que estamos em outro continente, em outros países de mais altos índices de analfabetismo, tal o grau de inaptidão, de insuficiência de conhecimento sobre as matérias e questões propostas.
Imagine um estudante universitário de áreas não exatas, imagine ele não conseguir elaborar um ofício ou memorando no Português padrão. Não se exige nem o português erudito, mas dentro das normas de sintaxe e gramática atuais. Não dominar questões elementares de matemática como juros, percentagem e regra de três. Eles não sabem esses rudimentos em matérias básicas.
Quando se busca as causas de toda essa tragédia de nossas escolas ficam alguns indícios muito fortes dessa falência. As escolas não podem mais reprovar os alunos com insuficiente aproveitamento em cada série. A relação do aluno com a escola é de consumo, se pagou está aprovado. Seja ensino fundamental, público ou privado ,ou em faculdades particulares. Nas escolas e universidades falam-se muito em direitos humanos. Alunos têm direitos e não se exigem limites e deveres. Muito parecido com garantias constitucionais e direitos humanos, para humanos tortos. Porque o indivíduo probo e honesto dispensa essas regalias.
A falta de seriedade é tanta que a cada feriado tem-se a metade ou semana inteira de feriado. Agora durmam todos com essa, bem chegadinha de fresca. As férias dos universitários chegam a 4 meses/ano. Em conclusão: com tanta comunicação e acesso fácil a informação toda formação aferida pelos alunos e oferecida pelas escolas tresandaram. À la revolução caranguejeira, ou se desloca para o lado ou para três.  Em vez de progresso andamos para trás. Sinal de que a tecnologia da informação tem sido empregada para o fútil e o inútil. E o uso desmedido do celular e redes sociais são bons demonstrativos desse desacerto geral em educação escolar e cultura das pessoas. Melancólico.  Marco/2019.

Pressão e Diabetes

CLÍNICA.CARDIO.EXAMES joao joaquim consultoriojoaojoaquim@gmail.com (enviado por joaomedicina.ufg@gmail.com)

ter, 19 de mar 16:00 (há 11 dias)

para Opinião

COMO NÃO MORRER  DE PRESSÃO OU DO DIABETES
João Joaquim  

 Quero neste texto discorrer e alertar para duas doenças muito frequentes, que são negligenciadas pelas pessoas e que mais matam no mundo. Estou a falar da hipertensão arterial e do diabetes. Basta lembrar que 30% das pessoas em geral são hipertensas e 10% tem também o diabetes, ao mesmo tempo. A coexistência dessas doenças traz um alto grau de morbidade e mortalidade. A somatória dos danos na saúde se torna devastadora quando o portador desses dois diagnósticos se torna displicente e descuidado nas recomendações terapêuticas oferecidas pela medicina.
Tanto a hipertensão como o diabetes têm efeitos deletérios nos mesmos órgãos vitais. Ou os chamados órgãos alvos: coração, sistema circulatório, rins e retina. Elas são as principais causas de infarto do miocárdio, de derrames cerebrais, de insuficiência renal irreversível  e cegueira (retinopatia hipertensiva e/ou diabética).
Em face portanto dessas características quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento menos riscos corre o paciente. Uma marca comum de ambas essas doenças é que elas podem ser silenciosas na maioria de seus portadores. Uma pessoa saudável deve aferir a pressão pelo menos uma vez por ano, o mesmo se recomenda com a prevenção do diabetes, com uma dosagem da glicose sanguínea uma vez ao ano. Para os hipertensos ou diabéticos essa monitorização se torna mais rigorosa que será ditada pelo médico que orienta e assiste o paciente.
Em medicina ou saúde em geral temos a classificação dos chamados fatores de risco (FR) para as doenças. Por definição FR é aquela condição, característica ou comportamento que aumenta a chance ou probabilidade de um indivíduo desenvolver alguma doença ligada àquele fator.
Para ilustração vamos a alguns exemplos. O tabagismo é um fator de risco enormíssimo para câncer de pulmão; o álcool para o alcoólatra é um grande FR para a aquisição de cirrose hepática. Tanto o câncer de pulmão quanto o alcoolismo se equivalem em termos de prognóstico e expectativa de vida.

Existem alguns FRs que são genéticos, têm influência familiar, por isso hereditários. Dois exemplos como modelos. O câncer de mama na mulher. Muitas pacientes têm um gene de alto  risco para câncer. Outro exemplo: a presença de pólipos no intestino grosso (polipose familiar). Trata-se de uma anomalia intestinal que uma vez diagnosticada tem que ser extirpada porque se transforma em câncer.
Em se tratando estritamente dos FRs para doenças cardiovasculares. Eles são muitos e vamos tratar dos principais. O primeiro grande fator para morte cardiovascular é genético e ele não deve ser negligenciado. A própria hipertensão arterial é uma doença poligênica em cerca de 80% das pessoas, ou seja tem uma causa hereditária, com múltiplos genes envolvidos. 
Para sistematizar, os principais FRs para as cardiopatias e acidente vascular cerebral (AVC) são a hipertensão, o diabetes, o tabagismo, o uso de drogas ilícitas, o colesterol alto, o sedentarismo e a obesidade.
A cardiologia tem uma tabela de análise dos FRs para cada perfil de pessoa, baseada na idade e naqueles atributos presentes no paciente. Em termos práticos e objetivos, quanto mais FRs tiver o indivíduo, mais grave é a sua situação em probabilidade de ter uma doença cardiovascular. 
Existe um somatório de pontos e interação negativa pela concomitância dessas condições mórbidas. A coexistência desses fatores tem sido muito presente em nossa sociedade, com um alto percentual de indivíduos sedentários, tabagistas, obesos, com hipertensão sem medicação e alterações metabólicas a exemplo de glicose e colesterol elevados. São condições mórbidas silenciosas.
Em conclusão, deixo reiterado o alerta inicial, da coexistência muito encontradiça da hipertensão e diabetes. São os FRs mais nocivos no sentido de comprometer órgãos vitais como coração, rins, retina e cérebro.
A notícia boa é que ambas as doenças, e ao mesmo tempo como grandes fatores de risco , têm pleno controle e prevenção. Basta a observância  das recomendações médicas para mudança no ritmo de vida e de da alimentação, mais o emprego  correto dos medicamentos específicos. Nesses termos é como se a pessoa estivesse curada desses doenças altamente mortais e causadoras de graves sequelas. Como alerta citem—se  as sequelas de um derrame cerebral ou da insuficiência renal e amputações por que passa um diabético que não seguiu corretamente as prescrições médicas.  Não quer morrer dessas doenças terrificantes ? Siga fielmente os conselhos e prescrição do médico. MARÇO/2019.     
João Joaquim  médico e cronista do Diário da Manhã .

Nossos choros

                          CHOREMOS EM UNÍSSONO  PELA EDUCAÇÃO
João Joaquim  

Pegue uma criança e dela faça o que quiser. Toda criança, ressalvados os casos patológicos, nasce com o mesmo potencial de se transformar em um adulto bom, correto e produtivo, enfim, numa pessoa bem resolvida em todas as esferas da vida. 
O mundo sofreu mudanças gigantescas, as ciências, as tecnologias, a sociedade sofreram profundas transformações nas últimas décadas. As organizações de Estado tiveram que mudar. Novos tempos, nova mentalidade, instituições e constituição novas. Muitas ditaduras ruíram porque se tornaram insustentáveis ante o clamor e protestos sociais. Que bem o atestam os antigos regimes socialistas e comunistas da união Soviética e China, de muitas tiranias comunistas de países do Leste Europeu, de regimes nazifascitas da Alemanha (de Hitler) e Itália (de Mussolini). Esses e assemelhados regimes de exceção  nunca mais. 
As presentes frases, verídicas na sua inteireza, como matéria de abertura foram apenas para dar vazão a outra conjectura.
Afinal de contas, e a educação de nossas crianças e jovens, de nossos filhos e filhas desse Brasil; o que fizeram da educação? Mais especificamente, da educação oferecida pelos pais (de berço) e oferecida pelas escolas brasileiras?
Ao problema em si.  Tornemos aos tempos subdesenvolvidos; os pais então ensinavam mais aos filhos, os filhos aprendiam mais. Os filhos pensavam mais, muitos sabiam até português e matemática, os jovens falavam mais uns com os outros, presencialmente. Muitos até redigiam e trocavam cartas. Ainda estavam em voga o raciocínio lógico e a abstração. Falava-se muito em criatividade.
Com a mudança de muitos regimes e sistemas de governo, a juventude foi para as ruas. Era a reivindicação por mudanças. E elas foram chegando; aqueles jovens protestantes atingiram a maturidade e se tornaram pais.
O Brasil no contexto das mudanças. Instaura-se a democracia, abertura plena. “Egalité, fratermité, liberté”. Grupos ativistas por justiça social e direitos humanos. Constituição de 1988, a constituição cidadã, promulgada por Ulisses Guimarães.
Continuam em Ascenção os grupos de direitos humanos. Legislação ou leis infraconstitucionais foram promulgadas. Estatuto do idoso, estatuto da criança e adolescente. Passeatas, protestos, cobrança das minorias por “mais” direitos. Como exemplo:  direito a cotas raciais para ingresso nas universidades. Os afrodescendentes, os índios adquiriram esse passaporte.
Movimento dos sem terra (MST), dos sem-isso, sem aquilo. Continuam em ação os grupos de direitos humanos. Direito a isso, direito aquilo. Tudo direito.
Não se tem notícias de algum grupo dos deveres humanos. Só direito a tudo que se tem direito. Ops! As escusas pela esquecida educação. Frente a tantas mudanças e transformações sociais e de estado parece que um setor andou para trás, tresandou e piorou. As políticas das famílias e de Estado. Educação. Esqueceram-na, abandonaram-na. Aonde vai parar a educação de nossas crianças, de nossos filhos e filhas?
Com a descoberta das últimas maravilhas do progresso, das ciências e da tecnologia parece que a educação antes praticada pelas famílias foi parar no lixo. O surgimento da internet e suas redes sociais, do telefone celular e smartphone era o que faltava para as nênias e exéquias da educação.
Choremos todos, num uníssono pelo descalabro da Educação. Aliás, até ir para a escola, se tornou um risco, pela invasão das drogas e do terrorismo. Melhor mesmo ficar em casa, pelo menos os riscos são menores, porque até onde se sabe os pedófilos e abusadores costumam não matar suas vítimas, apenas as seviciam e molestam com sequelas permanentes.  Março/2019.    

EDUcação

A EDUCAÇÃO COMO LIBERTAÇÃO DO INDIVÍDUO

JOAO JOAQUIM 


Na sua filosofia da educação Paulo Freire(1921-1975) sofreu influência de outros pensadores como Karl Marx (marxismo), Jean Paulo Sartre e Kierkegaard. Ele dava relevo especial à conscientização do indivíduo nas políticas da educação como um processo pedagógico libertador. Na instrução, crítica e conhecimento como um processo do desenvolvimento do homem ou da mulher que por ventura se encontra numa condição de opressão ou submissão (pedagogia do oprimido). O melancólico é constatar que Paulo Freire não teve o merecido e justo reconhecimento dos políticos e governantes de seu tempo. Coisas e ocorrências bem próprias de nosso país. Quantos não são os cientistas, pesquisadores e doutores que saem do Brasil, por falta de incentivo e suporte financeiro?
São centenas que deixam o próprio país por falta de financiamento para suas pesquisas. Além do salário que, às vezes é indigno, quando comparado com o que recebe membros do ministério público e do judiciário, ou mesmo os congressistas. São fenômenos  e jabuticabas próprias do Brasil.
A citação dos dois indigitados cientistas da educação no presente artigo foi um modo, um mote do tema central, a educação como transformação e formação do indivíduo. Ortega y Gasset disse que “o homem é o homem e sua circunstância”. Vale dizer que cada pessoa é o produto de seu meio social que começa pela sua educação. E aqui eu cito outro grande pensador, Jean Jacques Rousseau (1712-1778). Ele foi um franco-suiço, grande pensador da formação do ser humano. Autor da teoria do bom selvagem. Foi um dos iluministas e precursor do romantismo. Seu pensamento lapidar foi: “ Todo homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe”, teoria do bom selvagem.
Ele fazia acerbas críticas às instituições públicas, inclusive às escolas, capazes de desviar o indivíduo de suas potencialidades naturais. Ele é autor de duas obras seminais: o Emílio e o contrato social.
Rousseau  discorreu muito sobre relações sociais e atividade política. Das relações do homem com o estado. Das leis e estamentos.
Trazendo a temática da educação na construção e formação da pessoa humana. Não é pleonasmo a expressão pessoa humana. Serve para dar ênfase e distinguir de pessoa física e pessoa jurídica. Muito se tem negligenciado quando a questão é educação, notadamente com os avanços sociais, com o surgimento do instituto dos direitos humanos.
Ao que parece grande parcela da sociedade humana tem a fixação apenas no termo direitos. Nunca se fala em deveres humanos. Há na verdade uma corrupção, uma subversão desses princípios. E aqui entra o processo educativo. O maior reflexo da educação boa ou má, distorcida, canhestra, viciada, mambembe, customizada, individualista, egoísta se vê no conjunto de hábitos do sujeito.
O que é o habito? É o comportamento permanente do indivíduo, fruto de sua educação primeira, aquela que se inicia na fase da amamentação e da chupeta. A família, os pais, os cuidadores iniciais, sejam as babás e outros monitores da infância serão os modeladores do futuro caráter e padrão comportamental do indivíduo.
Nesse processo de educação e hábitos entram as atitudes mais básicas da vida. Assim temos os cuidados higiênicos, sejam os de ordem pessoal e ambiental, o respeito sistemático aos pais e aos idosos, ao cultivo da gentileza no trato com qualquer pessoa, ao respeito hierárquico a quem de mais experiência e de mais conhecimento, etc.
Enfim, os bons ou maus hábitos  são  o resultada da educação recebida e da família, complementada com os ensinamentos técnicos de uma boa escola. A educação é tudo na vida do indivíduo.    
    

Energia que nos move

A ENERGIA MOTRIZ QUE MOVE TODOS OS ANIMAIS
João Joaquim  

Pensemos além do homem, mas ele inclusivo. Se tomarmos qualquer animal irracional, Cada espécie se mostra com uma energia específica para a sua subsistência. Não importa como foi a origem desse animal, aqui pensando nas duas teorias da origem das espécies. A criacionista, tendo em conta que Deus criou o universo, o cosmo e todas as espécies de vida; e a  evolucionista, onde, há milhões de anos surgiram os seres primitivos e eles por uma seleção natural foram se modificando para se adaptar ao meio ambiente. Teoria evolucionista do cientista naturalista Charles Darwin.
O que importa é que cada espécie no quesito energia de subsistência teria a sua energia motriz. Tal característica está estampada na motricidade do animal, em seus instintos de defesa, nos reflexos de luta e fuga, na busca por alimentos, na proteção de suas crias, na energia do cio, na reprodução como forma de preservação da espécie entre outros instintos de relações entre os indivíduos da mesma espécie e com o meio ambiente.
O que é muito instigante é que a energia motriz e vital de cada espécie se torna bem perceptível no convívio diário com as diferentes espécies. De igual forma é muito admirável como cada espécie possui, de forma inata e instintiva, habilidades e vocações inerentes aquele grupo.
A título de ilustração vamos tomar alguns exemplos. Os canídeos, uma característica típica desse grupo de animais é a energia canalizada para o sentido do olfato (faro). Ao que sugerem os estudos nenhum outro animal tem essa habilidade tão evoluída. A outra, a lealdade que todos, sem exceção, têm ao dono e ao território, residência onde é criado.
Os felinos. Todas as espécies tem uma extrema acuidade do sentido da visão. Um atributo inigualável do grupo se refere à diferenciada habilidade cinética;  são autênticos velocistas, exaltada  atividade reflexa e alto grau na estratégia de defesa e da caça. São os predadores mais aptos, inteligentes e audazes da natureza.
No tocante ao gênero das aves, cada espécie tem os indivíduos com sua energia motriz e as habilidades peculiares. Tomemos as aves de rapina e aquelas de migração. Dentre as de rapina as águias e os falcões. Quão magníficos são esses animais no seu expediente da caça, do voo, da diferenciada função visual e de audição.
As aves de arribação e migratória com seus instintos de voos de longa distância e nos instintos de nidação e procriação. O quanto de energia que elas ciclicamente expendem nessas jornadas.
Em termos de energia na espécie humana, muitos são os trabalhos e ensaios científicos nesse sentido. Os próprios símbolos das mitologias grega e romana estão repletos dessas representações da chamada energia vital, da psicoenergia. O símbolo e alegoria de eros, o deus do amor. Nesses termos ele traz não apenas a conotação da perpetuação da vida pelo afeto, pela conjunção carnal. Muito além desse símbolo é a encarnação da energia motora, do fermento e combustível para a vida. O mesmo se dá no mito simbólico do cupido romano. O mesmo desígnio, o mesmo desiderato, o mesmo design inteligente.
Todos as ciências humanas revisitadas trazem suas teses sobre a energia que move os humanos.
Sigmund Freud e Carl Yung foram protagonistas nos estudos da energia psíquica, na energia vital. Podemos em termos práticos e compreensível afirmar que existe uma energia positiva e construtiva do indivíduo. Ela está intimamente relacionada com o amor, com o otimismo,  com a alegria, com o bem estar e júbilo da pessoa.
De outro lado tem-se aquela psicoenergia negativa, nociva e destrutiva da pessoa. E esta se manifesta com ódio, com inveja, com o mau humor, com o estresse, com uma existência marcada por melancolia e negativismo em todas as atitudes.
Muitas dessas duas formas de energia, a positiva e a negativa, são canalizadas para o corpo, para a saúde física. Dessa forma uma pessoa com predomínio das expressões e atitudes negativas está sempre propensa, e em risco das doenças psicossomáticas. Como exemplos, as cefaleias, as gastrites, enxaquecas, hipertensão, arritmias, infarto do miocárdio e morte súbita (morrer de raiva). O mundo vem assistindo a uma pandemia de ansiedade e depressão. São os males muito prevalentes nesta era considerada como hipermodernidade líquida.
O melhor então é viver e estar de bem com a vida, consigo mesmo e em paz.  Março /2019

Comida também mata, Lentamente

                                A GULA E OUTROS PECADOS CAPITAIS

João Joaquim  
Na  religião cristã há   catalogados os sete pecados capitais.
Há uma classificação dos pecados segundo a tradição dessa lista;  os principais seriam os capitais como já citados , o original, o mortal e o venial.
Um pecado mortal é designado como aquela transgressão dos postulados divinos que leva à danação da alma; isto é, a  condenação da alma às penas do inferno. Há na literatura mundial duas obras emblemáticas nesse sentido. A Divina Comédia de Dante Alighieri;  e o personagem (protagonista) da obra e peça teatral Fausto,  de Goethe. De forma muito criativa e altamente inspiradora, esses dois autores mostram que tipo de danação e condenação podem receber as pessoas pelos pecados praticados. Fazendo aqui um adendo e um parêntese, eu fico a imaginar nos grandes pecados cometidos pela nossa elite política. Para quais círculos do inferno eles seriam enviados quando morressem ? Trata—se de um decisão muito difícil.  
Sobre a preguiça. Em muitos textos filosóficos ela é também designada por acídia ou acedia. Tem o sentido de inação, moleza, frouxidão, inércia, tristeza.
A preguiça pode ser melhor caracterizada por ausência total de iniciativa, falta de  mobilidade ou produção. É uma ociosidade absoluta, um não desejo de ação, um completo imobilismo em termos de gerar ou produzir alguma coisa. Há uma obra clássica brasileira que bem ilustra o que é a preguiça, Macunaíma, de Osvald de Andrade, editada em 1928. O protagonista da narrativa é o homônimo da obra, o Macunaíma. Além de representar o anti-herói ele é a pessoa em preguiça. “Ai que preguiça” é o seu bordão quando incitado a dizer ou fazer alguma coisa. Trata-se de um livro e linguagem de complexa compreensão mas que vale a dedicação  a sua leitura.
A ira. Quando se fala em ira temos que distinguir algumas formas. Nesse sentido até Deus, segundo as escrituras sagradas pode sofrer ira, seria a ira santa. Entre os humanos pode existir o que se denomina a ira racional e a ira raivosa, colérica, um desejo incontido e contínuo de vingança. Nos dois casos, imagina um governante ou chefe que praticou algum crime político, alguma improbidade administrativa, algum assédio moral ou sexual.  
Agora imaginemos no segundo caso, da ira,  ou raiva colérica. Muitos vezes, o indivíduo ante uma pequena ofensa ou distrato, desenvolve uma ira vingativa contra o detrator. Esse exagero irado, sim, se torna um pecado capital.
A avareza — Tal pecado é também inqualificável. Refere-se ao excessivo e sujo apego aos bens matérias comprados pelo dinheiro. É a falta de generosidade, de compaixão, de se sensibilizar com qualquer opressão, necessidade e sofrimento do outro.
A luxúria ou lascívia não passa de um intenso gosto e a prática do desejo carnal, é a devassidão, a corrupção do ser humano ao ser dominado pelos seus instintos físicos, é prazer carnal e pura concupiscência( ops, a palavra em si já é feia).
O orgulho é outro pecado que pode de fato ser considerado um vício e defeito de caráter. Porque neste caso não passa de um sentimento de arrogância, de sentir exaltado e excelente por uma característica ou posse pessoal. Mas, pode também ser uma valor moralmente positivo quando decorre de algum feito ou consideração recebida de outra pessoa ou entidade.
À  luz da cultura e dos tempos de hoje, pode-se considerar a inveja em “santa inveja”, quando se busca repetir, mimetizar ou reproduzir um feito ou fato benfazejo. Pode ser em proveito próprio ou da sociedade. E tem-se a inveja maligna ou raivosa. Trata-se de um sentimento de raiva ou tristeza pelo bem ou felicidade do outro. Esta inveja pode gerar até ataque ou ofensas a outro por isso.
Por último a gula. Reporta-se ao excesso no ato de alimentar. Trata-se de um pecado que vem dominando o comportamento da humanidade.
O prazer ou pecado da gula tem gerado a grave pandemia da obesidade. Porque além da deformação anatômica ela traz um espectro gravíssimo de outras doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer e morte cardiovascular.
As pessoas não têm mais os alimentos como nutrição, mas como um prazer orgástico. Com isto eu fecho a matéria: diz-me o que come e o quanto come  e eu  lhe direi quando e de que vai morrer. Além da danação da alma pelo pecado capital. Março /2019

INTER-naufrágio







A INTERNET É DO POVO COMO A POCILGA É DOS PORCOS
João Joaquim  

Quando os pesquisadores, as forças armadas americanas e a NASA inventaram a internet, o mundo inteiro comemorou a descoberta do enorme recurso da informação. Estava também inaugurado o início da informática. O processo se deu nesses termos: havia a necessidade de transmissão de dados do Exército Americano, da NASA, do governo. Daí surgiu a ideia de se criar uma rede de comunicação entre esses órgãos. A princípio a internet foi pensada como um recurso de comunicação de Estado, não aberto ao público. Mentes democráticas e libertárias facilitaram o imediato acesso a todos e a grande rede (www) ganhou a dimensão que se tem hoje.
Acredita-se que a internet seja uma das grandes conquistas da humanidade no século XX. As críticas são convergentes a que ela se tornou a meio de comunicação mais acessível a todas as pessoas. De custo/benefício extremamente prático e capaz de utilidade a quem quer que seja, independentemente do credo, de ideologia e de ser alfabetizado ou não. Olha que útil esta característica, quantos e quantos analfabetos absolutos ou relativos fazem uso das redes sociais! O sujeito pode não saber ler ou escrever, mas tem-se lá, de fácil manuseio envio de imagens e áudios. É a comunicação audiovisual. E como se tornaram poderosas!
Colocada ao pública, a grande rede mundial de computadores gerou outros descendentes. Vieram então as redes sociais. Tivemos inicialmente os chats, o Orkut (já extinto) e preponderantemente as redes sociais. O facebook, o twitter e whatsapp são os grandes aplicativos da comunicação da era digital. O Email tem sido empregado de forma periférica. Como toda invenção ou descoberta a internet trouxe também a sua utilização colateral. São os efeitos colaterais da grande invenção. Não é que os inventores da internet e das redes sociais tiveram também pensamentos e concepções malignas ou que invenções e inventores tenham um quê de nocividade e fermento do mal. Todos são absolutamente neutros e inofensivos. A questão central e estrutural está na mente, no espírito e intenção dos usuários, no caso aqui dos internautas. Bem comparando, tomem a internet e todo o mundo virtual, como uma praça pública. Lembrando o nosso grande bardo Castro Alves, “a praça é do povo como o céu é do condor”. A internet além de livre e libertária é uma praça liberta e libertina, onde tem liberdade o monge e o cafetão, onde atua o indivíduo legal e o pirata, onde se expresso o pudico e o devasso, onde trabalham os éticos e os honestos, mas também exibem suas futilidades os folgados e parasitas.
Expressando assim pode até parecer, sugerir ou insinuar que a internet seja a responsável por tanta vagabundagem e desocupação. Pode ser quase isso mesmo. Na verdade vagabundos, folgados e parasitas sempre se fizeram presentes em todos os recantos do planeta. A diferença é que agora eles têm mais voz e vez. Eles ganharam destaque, eles são ouvidos e o que é pior, eles fizeram seguidores.
A corrente deles se fizeram nesses termos, facilmente identificados. Imaginemos o surgimento do facebook. O primeiro cadastrado, criou o seu perfil e fez o que ele chamou de “amigos”( na verdade fantasmas de fótons e cores), são os contatos desse primeiro navegante (internauta). No caudal desses novos contatos, foram surgindo novos usuários: “ novos amigos” e contatos;  e assim geometricamente progressivos.
E como se dá essa rede ou teia de usuários por todo o planeta? Toda a engenharia ou processo se faz pelos grandes provedores da internet. Pegue-se o exemplo do facebook.
As inteligências ou administradores do facebook agem de forma muito sub-reptícia, aliciante e ardilosa. De forma inebriante e paulatina todos vão sendo enredados.
Para se tornar um usuário, primeiro se oferece de forma ingênua e graciosa todos os dados pessoais, os gastos, e ganha-se um identificador. A partir daqui entra em ação a inteligência artificial (IA) do provedor. Pronto, aqui o indivíduo cai nas malhas da rede daquele site e não tem volta. O usuário e cadastrado se torna uma presa fácil, tanto do provedor como dos anunciantes. Todo apelo de consumo é dirigido ao assinante, ao seu gosto e preferência. E como pululam as futilidades e baixarias; o que se sabe é que numa filtragem mais rigorosa sobra pouco, muito pouco mesmo de proveito, quando o assunto é ofertas e contribuição da internet e redes sociais para a formação da cultura, da cidadania e caráter do cidadão.
Todos nós deparamos, em todos os espaços públicos ou privados, sejam em festas, nas ruas, em aeroportos e áreas de lazer, com multidões, cordões de pessoas. Todos assistimos a fileiras e legiões de pessoas encurvadas e atentas nas telinhas de seus celulares e tablets. Ninguém olha ou fala com as outras pessoas. Todos no mesmo vazio em nada acrescentar de proveito e útil em suas vidas! Que triste!  “ Viver se tornou a coisa mais rara. A maioria das pessoas apenas existe – Oscar wilde -  Março /2019  

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...