quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Teoria Involucionista

NOSSO PROCESSO DE FRANCA INVOLUÇÃO E DERROCADA PESSOAL
João Joaquim  
Vivemos uma época de plena industrialização. Apesar de tanta mecanização, de tanta tecnologia, de tanta automação, o trabalho do homem continua significativo em todas as etapas de produção industrial. O Brasil conta hoje com cerca de 13 milhões de desempregados, segundo estatística do IBGE. Isto sem contar os indivíduos subempregados, os que trabalham de modo informal (sem carteira assinada) e os milhões que ganham muito pouco. Viver com um salário mínimo, equivalente a U$ 400  seria não viver mas subsistir . Uma triste realidade, mas que bem se aplica ao contexto do Brasil. “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”- Oscar Wilde.
A abertura acima foi apenas um jeito de dar vazão ao tema central: relação trabalho e lazer. É inegável que o entretenimento, o lazer, a diversão, a festa, os festivos, a folga e o ócio fazem parte da existência humana. O trabalho de forma exaustiva, contínuo, traz um enorme desagaste à pessoa, ao organismo, à saúde e ao bem estar do indivíduo. Diversos são os pesquisadores e profissionais da saúde que são uníssonos  em recomendar o entretenimento e lazer como expedientes promotores da saúde física e psíquica.
Sociólogos, economistas e filósofos têm as mesmas recomendações. Platão, na antiga Grécia, por exemplo preconizava a música e a ginástica no sentido de fortalecer até a moral e o caráter da pessoa. Bertrand Russel (1872-1970 -97 anos) escreveu um magnífico ensaio intitulado o elogio do ócio;  segundo sua tese o trabalho não deveria ser a prioridade na vida da pessoa. O ideal seria tempo livre, ocioso, com atividades agradáveis. E não no sentido de vadiagem ou só diversão, mas uma oportunidade de ganho de conhecimento e capacidade de reflexão.
Domenico de Mais(nascido na Itália) é outro cientista e sociólogo que editou um impactante artigo denominado o ócio criativo. Segundo este renomado cientista italiano, estudioso da relação trabalho e descanso, é importante que as pessoas trabalhem menos e tenham momentos de descanso, de pausa nos esforços e busquem entretenimento e um ócio de reflexão, de aumento de conhecimento e capacitação intelectual e profissional.
A relação trabalho e entretenimento na sociedade atual. Hoje, século XXI, contemplamos um progresso nunca imaginado em nossa história. Com tantos avanços científicos, com o surgimento da internet e suas ubíquas redes sociais, surgiram nesse caudal de transformações os tão almejados avanços sociais, o aprimoramento dos direitos humanos e naturalmente uma nova ordem de relações sociais e novas diretrizes no ambiente de trabalho. Todas essas evoluções refletiram também no comportamento das pessoas no concernente às atividades de lazer e entretenimento.
Uma das marcas da sociedade atual é o apelo ao consumo. O poder da propaganda é enorme e de alcance rápido e instantâneo, graças aos modernos recursos de comunicação (internet e redes sociais). As pessoas em geral se comportam como reses de um rebanho. A maioria é levada e aliciada polos engodos da propaganda. Somos animais de rebanho, vamos com os outros.
A semântica bem explica o que a sociedade, o que as pessoas veem como lazer e entretenimento na era virtual, no império do mundo da digitalização e do consumo. Toda forma de lazer, de diversão e de ócio se transformaram nos prazeres dos instintos, do corpo e da boca.
Em toda folga, em  todos os momentos de ócio que sobram, as pessoas se entregam aos regalos e orgias da boca, do bucho e do sexo. Tudo regado a libações etílicas, até o entorpecimento, embriaguez, coma alcoólico, e combinado com a insensatez ao volante, muitos acidentes de trânsito e mortes. E como rescaldo a tão molestante ressaca, com cefaleia, mal estar, melancolia, náuseas e vômitos. Por no mínimo 2 dias. Que prazer é este ?
Essas são as opções de lazer e entretenimento do homem moderno. Apenas uma demonstração de que o homem deixa a sugestão de que  é um projeto que não deu certo. Estamos em fase de involução. Nesse processo estamos retrocedendo aos tempos da derrocada do império romano. Triste, muito triste!

BIG BROTHER

GOVERNOS E EMPESAS DE OLHO NO CIDADÃO
JOAO JOAQUIM

Um dos maiores e persistentes objetivos de todo e qualquer governante foi sempre o controle e vigilância da vida dos cidadãos. E aqui decididamente vale para todos os sistemas de governo. Obviamente que esse interesse está muito mais presente e impositivo nos regimes de exceção como nas ditaduras de Cuba, da Rússia, China e Coréia do Norte. E atenção! Notadamente para as pessoas menos aficionadas em política: a titulação de democrática de uma nação não lhe caracteriza como um regime de liberdades individuais e coletivas. Basta ter em conta os casos da república democrática Bolivariana da Venezuela e a república democrática da Coreia do Norte. Estes dois exemplos ilustram bem o que é a bandeira ou brasão de um país e o que é a ideologia de seus mandatários. Mandonismo, tirania e coerção das liberdades individuais e dos direitos humanos.
Nessas definições do que seja regime de exceção e democracia eu aprecio muito aquela indagação de um eleitor que diante de um governante não titubeou: - qual a diferença entre ditadura e democracia? A quem o governante redarguiu de bate-pronta: democracia é quando você manda em mim e ditadura é quando eu mando em você. É o conceito mais simples, direto e popular.
Conforme proposta de nossa constituição- Carta Magna de 1988- nossa democracia é representativa. O parlamentar ou governante eleito representa os anseios do povo ou dos eleitores que o elegeram. Como referido no introito o grande objetivo dos governantes é o controle e vigilância da vida do cidadão. Todas as democracias fazem isso muito bem, certamente por um efeito osmótico e aprendizado das tiranias que fazem muito melhor. Esta foi a inspiração do grande escritor George Orwell  ao escrever sua magnífica obra. O título inicial foi 1948, depois 1984 e por fim big brother. Grande irmão ou irmão mais velho.
Essa nação ou sociedade descrita pelo autor é constantemente vigiada por teletelas com o slogan:  o grande irmão zela por ti ou está te  observando do inglês original “big brother is watching you”.
Foi o que fizeram por exemplo as grandes ditaduras do século XX, são os casos de Josef Stalin e Adolf Hitler. E naqueles tempos esses tiranos não dispunham dos recursos tecnológicos de hoje. Vivemos novos tempos. A hipermodernidade digital, era da internet, das redes sociais e grandes provedores. Nesta época da plena digitalização em tudo não temos um, mas vários grandes irmãos. Todas as nossas compras e aquisição de bens, viagens, transações comerciais, festas e comemorações são vistas e sabidas pelos órgãos de governo, pelas indústrias, comércio e agências reguladoras. Com uma observação ou registro a se fazer: tudo feito graciosamente, de forma voluntária e permissão dos cidadãos consumidores. Fornecemos graciosamente todos os nossos dados pessoais, CPF, RG, fotos, endereços, telefones, nossas preferências, etc. 
Tudo que fazemos, compras, passeios, contexto da vida social e privacidade ficam gravados em nossas páginas e na vigilância do governo e empresas privadas, graciosamente. Muitos fazem isso até como exibicionismo, sorridentes, inocentes em suas páginas da Internet, nas tão badaladas e públicas redes sociais. O nome não poderia ser mais sugestivo, armadilhas(redes) que nos pegam todos os dias , estamos todos sempre bem enredados nas malhas das grandes empresas, nos órgãos de governo e nas malhas finas da REceita Federal  . Que horror!

Cão.Fusão

O ESTRAGOS DO CÃO CHICO

João Joaquim  

Com efeito um canal de TV noticiou o fato e malfeito do cachorro chico que, na ausência da dona, estraçalhou todo o seu colchão de espuma. Tudo se deu nesses moldes: a proprietária do canídeo deliberou ir a uma sessão de cinema com o filho. Por precaução e comodidade, como fazia frio, o chico foi deixado preso dentro de casa.
O tempo foi passando e o chico se enervando. No pensamento instintivo do cachorro o que se passou? Nada mais normal do que tal inclinação.
 - Por que só eu tenho que ficar encarcerado se a minha natureza é a liberdade ? Para compensar referido estado de enervação não se podia esperar outra resposta, chico fez em estilhaços o colchão de casal de sua dona. E isto ajudado por um outro comparsa, um cãozinho de menor porte. E assim outros casos de depredação e estilhaçamento material foram exibidos por dois, três e não se sabe quantas emissoras de TV. 
Patéticas, hilárias e hipócritas foram as explicações para referido comportamento animal. Um pouco de zoologia e psicologia comportamental se torna útil para análise da relação homem/animal. Vejamos. Nos primórdios da humanidade, cães e gatos existiam apenas como animais selvagens. Aos poucos o homem percebeu que domesticar e docilizar os cães lhe( ao homem) traria muitos benefícios com a utilização do animal no abate de caças. Função que é utilizada até os dias de hoje. Como exemplos o cão perdigueiro, o paqueiro; o porcino, empregado na caça a porcos selvagens,  entre muitos outros empregos do animal em prol do homem.

Todo animal estimado e domesticado, sofre um processo de docilização (mansidão). Mas ele guarda o seu potencial selvagem. Isto significa que ele mantem sua ferocidade. Tanto que não é incomum as investidas e os ataques aos humanos resultando em graves ferimentos ou morte, quando o dono é processado e penalizado pela justiça. O que é muito coerente e arrazoado, tendo em conta que o cão não é mas, o homem é classificado como racional.  Torna-se um fato curioso e instigante porque nesse contexto o irracional se torna o animal humano em aprisionar e maltratar o bicho desprovido de razão. 
Por último o potencial selvagem tão importante de um cão, o instinto da liberdade, a vocação para longos corridas, o desembaraço de ir e vir, de estar em constante movimento. Agora, imagine domesticar um animal que não perdeu esses atributos, cerceá-lo em sua liberdade de andar, correr e confiná-lo em cubículos restritos ou amarrado em coleiras e correntes. Tortura, na forma mais incivilizada.
E assim, diante de vários casos de danos  causados pelos chamados pets domésticos vieram as explicações. Justificativas de todos aqueles que rebarbativamente embarcam na mesma prática e onda da escravização e encarceramento de cães e gatos. Ante os danos estressantes dos “estimados” bichos, dos estragos por eles provocados, dos ataques e destruição de sofás, móveis e colchões, dos excrementos e sujeiras deixados pelos enervados cães, surgem de forma até risível as razões dadas por donos e adestradores; enfim por todos que exploram os animais irracionais.
-“Tudo normal, tudo por amor e apego ao próprio dono”. Ao estilo de um feminicida, que preso pelo assassinato da companheira sai com esta”: matei por amor.

Patéticas, hilárias e hipócritas  são tais justificativas. Desfazendo tais versões míticas e enganadoras. Êi-las: O animal, depreda, estraçalha móveis, sofás e camas à sua volta pelo alto estresse em que é mantido pelos seus donos e escravizadores. Todos esses discursos e arrazoados são em uníssono para justificar uma prática refratária e antinatural na posse e clausura de bichos de toda espécie. E prendê-los para que? Para enfeite e adorno? No mínimo é uma demonstração de insensatez e irracionalidade. É muita sandice e insanidade nas justificativas dos que exploram, vivem e mercantilizam os seus serviços na manutenção antinatural dos chamados animais irracionais. E isto porque nós humanos somos dotados de razão. Imagine bem, se não fôssemos.

Gosto do Trabalho

A VOCAÇÃO AO TRABALHO VEM DA VIDA INTRAUTERINA
João Joaquim  

Eu penso em uníssono com aqueles cientistas e pesquisadores do comportamento ou relação do homem com o trabalho. O que dizem estudos horizontais e verticais nesse sentido? A maioria converge em que a propensão, a vocação e disposição para o labor produtivo tem grande dependência da educação global do indivíduo( a volição indutiva – estudada em Psicologia).  O meio familiar vai ser determinante nessa característica comportamental da pessoa. Família que será o suporte no arcabouço educativo e na responsabilidade profissional do filho.
Conclusões  cientificas e empíricas não deixam margens dúbias. A inclinação do indivíduo a um estilo de vida laborioso e produtivo se inicia antes do nascimento. E nem de tantas pesquisas precisariam porque se pode deduzir da observação prática diária.
Na vida fetal já se dão essas influências do meio social. Tomemos dois grupos de gestantes. Que sejam de 100 grávidas cada grupo. No primeiro, as futuras mamães são constituídas de mulheres continuamente ativas, dinâmicas, operosas, trabalhadoras, e que até  fazem atividade física regularmente. E assim se comportam até a última semana de gravidez. No grupo 2, de 100  mulheres pouco ativas, sem uma profissão definida, pouco produtivas e sedentárias.
Todos os filhos nascidos das mães do grupo de mulheres gestantes com um estilo de vida mais dinâmico, de trabalho e atividades físicas terão a tendência, a propensão em seguir o estilo e comportamento da mãe. Ou seja,  com uma coerência e alinhamento ao ritmo materno. Essas mães de forma muito precoce serão estímulos e modelos para esses filhos. É o princípio pedagógico do estímulo e da mimetização.
De forma reversa serão os filhos das mães do grupo 2, constituído de mulheres pouco afeitas ou voltadas para um ritmo de vida de trabalho, produção e atividades físicas, mães ociosas e sedentárias.
Do pouco estímulo e exemplo resultarão filhos e indivíduos com predisposição à ociosidade, ao não trabalho e um comportamento sedentário. Um perfeito alinhamento com o ritmo materno desde a vida intrauterina , coerente e bem arrazoado tal resultado.
Uma outra conclusão de dados empíricos se refere à influência do tipo de parto na índole ou comportamento laboral do indivíduo. Temos assim os nascidos de parto normal ou parto cesáreo. No parto natural ou espontâneo, não impropriamente tem-se o período denominado de trabalho de parto. Grosso modo: o útero entra em contração e começa a expulsão do feto já maduro. Esse nascituro( futuro nascido) também terá sua cota de esforço e trabalho para nascer.
No parto cirúrgico por cesariana, a anestesia inibirá todo aquele processo laborioso do feto e do útero . Assim sendo, como esperado, filhos nascidos de parto normal já nascem condicionados a no futuro serem pessoas mais dinâmicas, laboriosas e produtivas. O contrário se vê nos nascidos de parto com anestesia.
E tudo se faz no âmbito cerebral. Neurologicamente a criança já nasce com essa primeira e significante tendência e predisposição. E assim converge todo o processo na formação do indivíduo. A educação da criança é um processo complexo, com marcante influência da mãe em primeiro lugar, mas também de todo o ambiente social e das escolas na sua formação ética e técnica.
Ética, cidadania e trabalho são valores e princípios que devem ser ensinados e exercitados com as crianças de todas as idades. A Pedagogia do trabalho deve fazer parte do mesmo pacote de aprendizado.

Ninguém tem um igual

DIVERSIDADE PESSOAL
João Joaquim  
É maravilhoso e fascinante quando pensamos na diversidade humana: e essa variação ou diversidade abarca todas as características da pessoa. Para mais justeza e veracidade até os gêmeos ditos “verdadeiros” são desiguais. Eles têm muita semelhança, muita simetria, muita paridade e homologia, mas não são exatamente iguais.
Nesse sentido, quando falamos em diversidade humana não estamos referindo apenas às diferenças morfológicas das pessoas. A alusão aqui é sobremaneira nos aspectos psíquicos, emocionais, nos sentimentos, no comportamento, na índole e caráter que compõem cada indivíduo. Em termos objetivos cada um é composto de uma parte física (soma, somático) e uma parte anímica. Feitas essas definições, por demais óbvias e sucintas, discorramos sobre essas características anímicas a que também chamaremos comportamentais ou a caracterologia do indivíduo.
Quando analisamos a característica comportamental do indivíduo levamos em conta uma influência constitucional a que também pode ser desdobrada em genética ou hereditária. Tem-se também uma parte pós constitucional ou adquirida. O  que se tem de aceito e científico é que a pessoa é o resultado de sua constituição genética (ou hereditária) e do meio ambiente.
O conjunto anímico ou comportamental de cada indivíduo guarda muita analogia com os animais irracionais. São os instintos biológicos comuns aos humanos e não humanos.
Esquematicamente, para mais fácil compreensão, dois são os comportamentos na formação do sujeito. Imaginemos uma pirâmide. Na parte inferior temos o que se chamam os instintos inferiores da pessoa, muito semelhantes a qualquer animal. Na parte de cima da pirâmide têm-se todas as características mais nobres, a alma, o espírito, a razão;  o que nos diferencia de animais inferiores não pensantes. Façamos agora considerações sobre o comportamento do indivíduo, tendo em conta sua relação com o meio ambiente. Quando se refere a meio ambiente abre-se um espectro bem amplo de possibilidades: família, sociedade global, escolas, contatos pessoas, nexos sociais, etc. 
Numa analogia ou paralelo com a constituição física. A anatomia e cada órgão ou tecido do indivíduo são muito refratários a mudanças. A constituição genética então é muito imune a intervenções das ciências. Assim também se dá com a esfera psíquica ou comportamental do indivíduo. São as inclinações ou tendências inatas que cada um traz de sua geração desde a fase embrionária.
Quando se fala na constituição psíquica, em comportamento, na parte anímica e caráter do sujeito poder-se-ia perguntar: o que é normal? O que é patológico? Quais são os limites do caráter do indivíduo?  São perguntas de quase impossíveis respostas dentro do espectro da interação da pessoa com o meio ambiente. Uma  influência muito marcante refere-se a todo o complexo e longo processo educacional. Educar é moldar, transformar e construir a pessoa humana. 
Para contextualizar , algumas questões podem ser postas. A educação, o modo de agir, o comportamento do indivíduo podem ser moldados, modificadas com educação? Sim. Um consistente exemplo se vê com os padrões e condutas éticas de cada pessoa. Basta ter em consideração que todos nascemos aéticos. A grande ética, como a pequena ética, a etiqueta são aprendidas. A criança é desprovida de ética. Por isso já recomendava Aristóteles, o filósofo : A ética deve ser ensinada e praticada com as crianças. Todos os profissionais que trabalham com áreas  humanas devem estar continuamente preparados em relações humanas, em lidar, ajudar, compreender e cuidar de gente. E muitas vezes de gente fora do prumo, do eixo, das balizas de normalidade.
As diferenças entre as pessoas nos quesitos comportamento, atitudes, caráter, respeito são muito díspares. As disparidades são flagrantes. Muitos são os tipos de pessoas perturbadas, folgadas, aproveitadoras e conflituosas. Às vezes, de relações civilizadas e harmoniosas impossíveis. Desses modelos o melhor e mais aconselhável é um afastamento lento, cuidadoso e sem discordar. Do contrário as discordâncias podem ser destrutivas e letais. Em cada família, tem sido encontradiços esses tipos de caráter , de pessoas folgadas e dissipadoras. O melhor é o isolamento dessas personalidades e sem piedade, do contrário elas nos engolfam, nos sufocam.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Cérebro no comando

NOSSO CÉREBRO É BOM E PERVERSO AO MESMO TEMPO
JOAO JOAQUIM

Nosso cérebro é um dos órgãos mais fantástico de todo o nosso sistema corporal. Tanto assim que a ciência tenta ao menos imitar o seu funcionamento. Mas ele não tem só virtudes. Quantas não são as doenças neurológicas que continuam sendo um enigma para a medicina? Quantas não são as doenças mentais incompreendidas pelas ciências. A própria mente das classificadas pessoas normais continua sendo um mistério para os pesquisadores. Nosso cérebro também não é de muito labor. Trata-se de um órgão preguiçoso. Ele não gosta de gastar energia. Não sem motivo gosta de ao menos umas 8 horas de sono por dia.
Uma outra característica bem peculiar de nossa prodigiosa máquina é o fenômeno intitulado acomodação. Trata-se de um mecanismo de adaptação a uma condição ou estado de não bem estar, nocivo, insalubre, enfim anormal e desconfortável. Paradoxal , mas é isso mesmo. Mudar dá trabalho, gasta energia.
E quais são as características do intitulado fenômeno da acomodação? A principal é a latência de longo tempo. Uma outra de igual significado é a repetição ou continuidade do estado nocivo ou insalubre para gerar o fenômeno. Para mais clareza e materialização bastam alguns modelos.
Exemplo um. Imaginemos o indivíduo e sua estética corporal. Fosse possível a condição de a pessoa dormir e no dia seguinte ela se encontrar 20 kg ou 30 kg acima de seu peso normal. Certamente e com absoluta razão essa pessoa, de imediato, entraria em estado de pavor ou choque emocional, com exigência talvez de uma internação psiquiátrica.
Todavia, o mesmo ganho ponderal, ou mesmo em maiores percentuais em estágio até de uma obesidade mórbida, quando se faz de modo paulatino, de longo prazo, não traz nenhum dano ou abalo psíquico. Porque aqui sucedeu o fenômeno tão useiro e vezeiro da acomodação que ocorre em nosso sistema sensorial comandado pelo cérebro .
E assim ocorre com outros estados ou circunstâncias de natureza nociva, antissocial, insalubre e que traz algum dano físico ou psicológico à vítima.
São exemplos as relações humanas perturbadas e conflituosas, os assédios morais ou sexuais. A convivência continuada com pessoas de temperamento instável, de tratamento desrespeitoso e agressivo tem sido uma mostra bem robusta e típica do fenômeno da acomodação. A pessoa vai assumindo uma atitude de tolerância, de aceitação, de subserviência ao agente ou ambiente nocivo. E tem-se então para ela, a vítima , uma condição de naturalização daquela relação, do ambiente hostil e de submissão ao agressor e condição de exploração.
Uma outra condição ou estado onde se constata o tão estudado fenômeno da acomodação refere-se ao processo de envelhecimento. Para tanto vamos imaginar que pudéssemos envelhecer uma pessoa em 10 anos de forma acelerada. O indivíduo iria para o seu leito, se ele adormecesse e acordasse 10 anos mais idoso que a noite anterior. Ao se olhar no espelho no dia seguinte, certamente que essa pessoa iria sentir profundamente sobressaltada pelas rugas e cabelos brancos a mais. Ou talvez até já sem cabelos (alvo). Um choque emocional e profunda tristeza.
Haveria, à semelhança da obesidade aguda um enorme pavor, uma crise aguda de depressão, muito sofrimento psíquico e necessidade imediata de tratamento psiquiátrico.
Por que o envelhecer lento e paulatino não causa nenhum espanto, nenhum sofrimento? Porque lenta, gradual e paulatinamente tem-se o tão protetor fenômeno da acomodação. E assim se dá com inúmeras outras condições na vida, nos ambientes de convivência humana. Basta um olhar atento às pessoas, à nossa volta  , e constatar o quanto muitas delas passam pelo fenômeno da acomodação, a que muitos chamam também de comodismo ou zona de conforto. E então fica esse enigma de nossa prodigiosa máquina cerebral . Acomodar ao que é bom, prazeroso, saudável,  tem até muita coerência e compreensão. Mas, vá lá entender por que acomodar ao que é tão nefasto e nocivo para a vida e para a saúde da pessoa . Julho /2019

Biografia Estróina

A IRMÃ DE VIDA ESTRÓINA
JOAO JOAQUIM 

..........................
.........................Una seconda classificazione concettualizza il disturbo borderline come peculiare organizzazione di personalità: Eisenstein, 1956; Wolberg, 1952; Schmideberg, 1959; Zetzel, 1976; Rinsley, 1978; Meissner, 1978-1983-1984; Bergeret, 1976; e in particolare Kemberg (1975) per il quale la diagnosi di borderline va fatta derivare dall'analisi strutturale della organizzazione personologica. La terza classificazione concettualizza il disturbo borderline come “un'entità clinica indipendente all’interno della più vasta categoria dei disturbi della personalità”. Iniziato con l'indagine di Grinker e coll. (1968) questo indirizzo si è confermato con gli studi di Gunderson e coll. (1978), di Perry e Klerman (1978, 1980) e di Spitzer e coll. (1979) fino ad essere accolto nel DSM-III-R (APA, 1980). Sua specificità è di essere caratterizzato da “rigore nel lavoro quantificatorio di ricerca” (Dazzi e Maffei, 1991, XII). Questi schematici accenni all'evoluzione dei criteri diagnostici del disturbo borderline avvalorano considerazioni che oltrepassano decisamente il semplice problema classificatorio. Il superamento dell'apparente legame della sindrome borderline con la schizofrenia è stato possibile grazie all’adozione di criteri teorici di tipo “molare”: la forza, la debolezza e lo stato delle funzioni dell'Io (Knight, 1953); la formazione strutturale del Sé e l'organizzazione della personalità (Kemberg, 1975); un non molto definito concetto d'identità (Spitzer, 1979). Parlare di teoria di tipo “molare” implica sia il superamento della classificazione basata sulla sola osservazione dei sintomi sia l'esigenza di un referente spiegativo non dipendente dal metodo clinico, ma validato dalla ricerca empirica. Widiger e coll. (1988) hanno affermato, e può essere tranquillamente ribadito oggi, che la codificazione dei disturbi di personalità del DSMIII-R “non rappresentano la parola finale”. Il modello prototipico dell'asse del DSM-III-R, ove le scelte multiple e facoltative dei criteri implicano la consistenza di categorie diagnostiche eterogenee e senza confini distinti (Widiger e coll., 1988) non suggerisce forse l'esigenza di un radicale superamento del modello di categorizzazione classico? Se tutta la patologia fosse riletta alla luce di criteri “molari” quale risulterebbe essere il significato diagnostico e prognostico di una fobia, un'ossessione, un delirio o un'allucinazione? Akiskal e coll. (1985), Stone (1981) e Androulonis (1982; 1984) per avere accentuato il criterio diagnostico affettivo non dimostrano a sufficienza che il problema vero è nella teoria di riferimento e non nell'indagine e negli strumenti diagnostico? Queste domande hanno evidentemente un obiettivo a monte: utilizzare il dibattito sulla sindrome borderline per mettere in luce sia la ristrettezza teorica all'interno della quale esso avviene sia la conseguente necessità di un referente teorico di tipo 'molare”. Il modello di categorizzazione classico è stato almeno in parte abbandonato dallo stesso DSM-III-R. Le teorie cliniche di marca prevalentemente psicoanalitica sono oggi fortemente indiziate nella loro ossatura in quanto costruite solo col metodo clinico. I dati dell’Infant Research, ottenuti col metodo sperimentale, sollecitano da una quindicina d'anni a lavorare per la costruzione di una teoria generale di tipo molare che funzioni tra l'altro anche come criterio di riferimento per la classificazione e l'intervento sulla patologia. Mi permetto per questo di presentare schematicamente quella che chiamerò la teoria unitaria del Sistema. Essa poggia sui dati empirici ed ha carattere “molare”, merita quindi di essere verificata nella sua portata diagnostica e d'intervento. 3 La teoria unitaria mette, al posto della pulsione freudiana e dell'oggetto delle Relazioni oggettuali la tendenza innata dell'organismo umano a costituirsi in sistema unitario. Sappiamo dopo Von Bertalanffy che un sistema è un tutto diverso dalla somma delle sue parti, retto da una causalità di tipo non lineare ma interattiva ossia relazionale sulle due direttrici della morfostasi e della morfogenesi. L'affermazione dell'unitarietà sistemica è obiettivo e motivazione ultima di ogni comportamento. Attingendo all’Infant research possiamo costruire i macromomenti del costituirsi dell'unità del Sistema. Abbiamo due componenti qualitativamente diverse: la Soggettualità o unità diretta, dipendente da coscienza diretta, comune con gli animali e l'Identità o unità riflessa specie specifica dell’essere umano. La soggettualità si attua attraverso il momento esperenziale prevalentemente somatico e il momento d'intesa o sintonizzazione. Questi due momenti sono retti rispettivamente dalla legge della assimilazione-accomodamento e dalla legge della conferma-sconferma. La componente soggettualità del Sistema in quanto tale non può dare luogo a patologia a causa del funzionamento oggettivo delle leggi che ne reggono l'affermarsi. L'Identità si attua, a partire dai 15-18 mesi, attraverso il progressivo emergere della coscienza riflessa. Dobbiamo su questo soffermarci maggiormente. L'attuarsi della coscienza riflessa dà luogo a due momenti cruciali per il configurarsi del Sistema: il primo è dato dall'attuarsi della capacità di cogliere riflessivamente la propria soggettualità, acquisendo questo “cogliersi”, significativo potere d'Identità; il secondo è la richiesta di riconoscimento dell'Identità riflessa così scoperta da parte dell'oggetto significativo. Sembrerebbe che evolutivamente l'appropriazione della propria immagine riflessa non diventi possibile se non mediata dalla conferma, convalida esterna. Mentre la legge che gestisce il momento del cogliere riflessivamente la propria Soggettualità “se questo sono io, io sono questo” è automatica ed inevitabile, più complesso è il momento dell'esigenza di riconoscimento da parte dell'oggetto significativo esterno dell'Identità colta in precedenza. Possiamo ipotizzare due situazioni. Se da parte dell'ambiente viene data una risposta di riconoscimento mediamente positiva il Sistema, in continuità con i momenti evolutivi precedenti, può accedere all'assunzione della propria soggettualità colta riflessivamente e inserirsi nella normale interazione con l'oggetto attingendo a se stesso. Se invece da parte dell'ambiente la risposta di riconoscimento non è mediamente positiva il Sistema nega la non risposta esterna all'esigenza di riconoscimento in quanto causa di sofferenza e disagio e si irrigidisce su una posizione autarchica che acquista una funzione strategico-sostitutiva dell'Identità che avrebbe potuto essere ma non è stata. In altri termini, a conseguenza della non risposta esterna di riconoscimento e dell’irrigidimento sistemico nasce l'inconscio dinamico. Più esattamente nasce la componente inconscia dell'Identità ossia del riferimento unitario riflesso del Sistema. L’inconscio dinamico non riguarda quindi contenuti esterni, ma suo oggetto è sempre e solo l'unita riflessa del Sistema. Il costituirsi di una soluzione inconscia all'imprescindibile bisogno di unitarietà riflessa del Sistema è origine e contenuto della patologia. Le caratteristiche sintomatologiche e la configurazione strutturale varieranno da patologia a patologia ma esse sono come dice Kernberg (1975) solo “segni diagnostici presuntivi”. La diagnosi vera va fatta sul grado di negazione e irrigidimento della configurazione dell'Identità riflessa ossia sulla “quantità” di Identità inconscia

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...