domingo, 12 de setembro de 2021

DIVINÓPOLIS para o Planeta

 

Contou-me uma certa vez um andarilho que expressava ter atributos de taumaturgo. Chamava-se Faustino José. Tino era o seu apelido dado por antigos seguidores e sectários. Declamava provérbios invisos. Eram prolóquios e anexins os mais sentenciosos. Muitas eram as vezes que invitava admiradores para pósteras palestras.

Ninguém, mas ninguém mesmo o arrostava com suas máximas e mínimas assertivas. Referia mesmo fazer milagres. Mas, milagres de cultura, porque alguém mesmo iletrado e de pouco ou ínfimo saber passava a gostar de oralmente, repetir seus ditos e brocardos.

Quando algum gaiato na sua agrestia e rusticidade o enfrentava, mais que isto, se havia algum traficante de simonia, ele de tudo fazia para traspassar suas investidas. Os seus ouvintes, a maioria, tinham suas prédicas como vindimas de bom saber. Nessas andanças e trilhas muitos eram os seus catecúmenos, neófitos do bom saber, aquele que transforma o indivíduo. Ele nunca desanimava desses trêfegos e refegas contraditas. Nada diminuía ou cominuía o seu mister de reverberar cultura e cidadania.

Muita vez alguém tentava promover alguma detença ou dilação de sua participação em público. E ele repetia incansavel. Desde as primícias de minha semeadura, se tornou cediço nos alvedrios dos circunstantes o quanto se torna em exabundância as minhas lides meridianas e nas contínuas lucubrações. Não me cansarei de minha faina cultural.

E nessa missão seguia nosso Tino. Seu desvanecimento era se manter nesse impenitente objetivo. Quando chegava em alguma comunidade que o desconhecia, não era raro, ver-se corrilhos e conciliábulos a seu respeito. Ele se lixava para esses mexericos ou conventículos. E impávido seguia o leu labor diário de ensinar, de interpretar as cenas da vida. Milagroso cultural, daí seu justo hipocorístico de taumaturgo das novas gerações.

Alguns sujeitos, algo agnósticos das alvíssaras fraternas tinham-no como supositício e recamado de veleidade pessoal. Mas nada perdido. Pessoas mais aficionadas ao saber, ao conhecimento davam-lhe crédito cem-dobro. Ele, o Tino de nossa história, não se ensoava ou se fatigava de suas lides libertárias. O mais admirável, quando vilipendiado, aí que tresdobrava sua energia mental e punha a perpetrar as mais agradáveis preleções de toda ordem e natureza. Em todos os recantos por onde passava se mostrava intemerato, nada exigia em troca de seus feitos de taumaturgia da cultura e do saber. Em tudo que falava, fazia-o de modo intimorato. Suas falas brilhavam sempre, nunca entreluziam como as de outras beldades das mídias e do youTube. As pessoas circunstantes de suas palestras eram suas devesas. Eram sua guarida e apoio pessoal.   

sábado, 11 de setembro de 2021

ENQUANTO ISSO


  • DE VIDA ESBÓRNIA 
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  • Não é vexatório alguém afirmar que não tem dom venatório. Mais opróbio seria se o sujeito fosse venal. A arte de arraçoar ou amilhar indivíduos tânicos não merece nenhuma reconvenção. Reconvir faz que a pessoa perca a munificência hagiológica. Esta não é missão das mais tacanhas gentes.
  • Muitas são aquelas que sub-repticiamente e sem esta lucidez comete lenocínio em seus contatos digitais. Proxenetismo é uma das mais remotas atividades do mundo. Muitas são as pessoas ditas e cujas se honestizam com o pouco laborar. Laboremos. Falta a estas açaimos como alguma espórtula.
  • Para essas e outras azêmolas estejamos prontos a ensanchar-lhes os sedosos e límpidos açaimos. Sevandijas são diversos destes. Eles marcham por vias ínvias. Usam de apurados olfatos, tresandam em seus repetidos far-nientes. E ao a fim ressumbram tudo de mesmo potencial intelectivo que portam.
  • Muitas dessas criaturas e futuras se pudessem viveriam em contínuas sinecuras, desfrutando de prebendas e veniagas obtidas com os desforços e sudorese de ancestrais que deram a vida para deixar os parcos bens de herança.
  • Na certa esses e essas, sujeitos e sujeitas não passam de cabotinos e cabotinas de qualidade presumida, ante mesmo de seus próprios iguais. Os tais lé com lé, cré com cré.
  • Nas atividades de traficar coisas lícitas ou até sagradas, muitos são os vendilhões que para obter os seus estipêndios, se tornam estipendiários por carência afetiva de parentes, dos mais próximos liames genéticos. Pouco importa para essas crias e criaturas. Para se parecer o que não são pouco importa se nos alcoices ou casas próprias. São como pécoras da sociedade. De intelecto se comportam como almocreves de azêmolas de baixo quilate biológico.
  • Ao se mancomunar com as suas léses, pouco importam com os hipocorísticos a elas tributadas. Para que? se estou levando vantagens nesses contatos das redes sociais. Os meneios para essas conquistas se dão se forma impertérrita, e intrépidas existirão enquanto os didelfos colaboram nessa mantença. Arre! Zéfiros! .

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

PERGUNTA E

 RESPONSO

 Ao me alentar ou aviventar para uma nova vida e trazer nessas linhas os aromas do imo, me nutro dos bródios gustativos, sem resvalar para pífias patuscadas. Como o fazem diversos nas conexões gastrocnêmicas.

Lídimos e fiéis são os estros de cada ser vivente. Ao trafegar pelas selvas sociais não uso de altos coturnos e sim de mocassins os mais perfunctórios. Nada obstante vicejam os que reverberam suas fagulhas e centelhas de algum azedume. Nada desses anátemas ou silogismos precisa de nos atingir. São opróbrios e execrações de mesmas procrastinações anfíbias.

Os proscênios ou ribaltas de cada contato virtual, das Redes sociais de toda natureza, mostram-se com lustres de baixa luminescência. Nem por isso devamos nos tornar réprobos dessas e desses clientes da escravidão digital. São despiques com nulos desagravos de injúrias. Mais que isto, são cúpidos e desejosos de nomeadas a qualquer custo. Tenhamos deles um dó, nada além.

Nas soledades domésticas e interiores dos redutos das alcovas, todos ou quase todos vivem cobertos pelos seus reposteiros. Para tais sujeitas e jeitos tenhamos nossos gestos de os escoimar de culpas. Essas e esses tais prescindem dessa forma de coima. Afinal são integrantes de levas que nos redutos ou recessos intracranianos usam a mesma coifa neuronal. Falta-lhe revestimento mais nobre. O cinzento e córtex.

Muitos são os que usam o mesmo broquel. Uma forma de autodefesa. Ao se amesendar com referidas espoliadas criaturas, tenhamos afeto merencório. Ao menos. No expediente de nos embair muitos são os refalsados conveniados. Para alguns dos labéus desses tais, o melhor é atirar-lhes nosso lebréu

domingo, 5 de setembro de 2021

#NAS FESTAS

 DE VIDA VIRTUAL E UBÍQUA

Assim se dá a comunicação nos tempos mais modernos da comunicação. Diria nossos colunistas e emissores de opinião de toda ordem. Quando se revisita e acessa as ubíquas ou globais Redes Sociais dos intercâmbios léxicos e gramaticais, dá bem para compreender em que ordem andam as coisas nessas plataformas de platitudes sociais. Ai, ai!


Refalsados e aleivosas usuárias(os) desses esquadrinhadores do que circula por esse malbaratado mural de espoliar divergências. Tudo vem a reio e a tento de não se expor. Em cada azo de cada post são torrentes e chorros de assacadilhas. Ao que ressumam tais afirmações nada é anacrônico. São assertivas asininas de pura veleidade.


O anelo que essas malsinadas pessoas emitem não passa de apotegmas de pura refrega virtual. O intelecto de tais e quais personagens se revestem de pura acomia neuronal. São gabolices da era digital. Nada além desse quadrante.


“Ipso facto e já portanto, “ Ipso jure”, temos que compreender os direitos e prerrogativas dos iguais e diferentes. Do contrário entraríamos na seara de assertivas com flagrantes delitivos. A cupidez de cada qual já se dá nos albores da inauguração de seu manto inquisitorial. A exemplo do que fazia Tomás de Torquemada. As falas, as trocas de comunicações soam como algaravias de algo confuso e baixo intelecto.


O que se detém de defeso já vem do interdito de defessos e lassos embates. Não se deve esbulhar os projetos de cada usuário ou usuária dessas mídias. Do contrário, nós os outros, e out group , nós os fora de grupelhos e maltas dos modernos nos tornamos usurários desses agentes privados de suas faculdades intelectivas. Arre! Asininos!


Beatíficos e beatificados os que louvam esses tais com exageros. Mesmo esses e essas, sujeitos dessas veleidades virtuais, estejam hebetados em suas perenes necedades. Também especiais.


Nosso aparte quando afeito em tempo oportuno se aveza por questão de fidelidade honorífica de aviventar nossa destra honra.


E assim é a convivência com essas personas, gratos somos pelos sua existência, porque assim o desejam, os cultivam, os fazem nessa mantença pelo sagrado e insofismável princípio do livre-arbítrio.



terça-feira, 27 de julho de 2021

CUCURBITÁCEAS

 

Abóboras e Melancias

João Joaquim  

 

Falar de assuntos e coisas muito serias é tarefa complexa porque exige complexidade de expressão. E eu não estou de momento disposto a queimar meus fosfatos nem adenosinas. Aquilo que é recorrente, que é trivial vai saindo ao saber da dança da esferográfica. Além do que aquilo nas linhas do ordinário já o vemos, já o lemos e ouvimos pelas redes coais como face, no Twitter, no Whatsapp. E a gente pode começar esta digressão exatamente por esse emaranhado de falas, de truísmos, de platitudes e outras cucurbitáceas de mesma natureza e gênero.

   Bem antes ali do nascimento do telefone celular, da Internet e Redes Sociais, era comum o que? Quando eu tinha dúvida sobre determinado tema, alguma matéria etc., eu buscava essa informação onde ou com quem? Nas enciclopédias disponíveis. Barsa, Mirador por exemplo. Ou com um livro e especialista no ramo do conhecimento desejado. Eram as vias normais, acreditáveis e oficiais.

Hoje, como se dá? Basta pegar do celular e acha-se especialistas aos milhares. Todos dão opinião de tudo. Vai do ciclo menstrual ou cio da cadela, aos casamentos e separação das telenovelas e transas e vilanias dos reality shows. Ou seja, fala-se desde a dieta do chuchu, passa-se pelo melão, das abobrinhas e morangas até a melancia, a cucurbitácea de que mais gosto.

 

   Todas essas informações vêm acompanhadas de acréscimos, apensos e anexos de fofocas. Na Internet e nessas Redes Sociais existem os especialistas, os analistas e catedráticos para tudo, para qualquer assunto. Analistas em saúde, em questões de família, em conflitos conjugais, em relações de filhos com os pais, em desavenças e desafeições com os cunhados. Basta uma palavra-chave e pronto. Tudo na telinha, explicadinho. De preferência com imagens, vídeos, fotos e reportagens, porque escrever e elaborar dá trabalho, gasta energia mental. Muito interessante é que no Whatsapp pode-se ter os grupos fechados. O que um do grupo posta os outros recebem, instantaneamente. Espécie de panelinha ou clube do bolinha. A internet e as Redes Sociais são muito democráticas. Nenhum critério, nenhum controle. A regra implícita é justamente essa: sem controle de qualidade.

   Uma cena curiosa e repetitiva da Internet e das Redes Sociais se dá com a banalidade no estilo de vida das pessoas. Basta tirar alguns momentos e conferir as páginas dos internautas. Quanta platitude, quanta truanice e janotice se vê no que as pessoas trocam entre elas. Algumas dessas pérolas valem reprisar. A história contada por certa madame das viagens que fazia, levando seu cachorrinho: as burocracias no preparo e exigências da empresa aérea para a viagem, os atropelos pelo stress sofrido pelo bichinho, o desconforto causado aos outros passageiros pelo animal. Há o relato também daquela internauta contando da rotina maçante e antissanitária como cuidadora, ou melhor , como mãe de sua cadelinha já idosa.

   E não ficamos só nessas essências que se postam nas páginas das pessoas. Como modelos temos as expressões de gente casquilha com suas veleidades e “vanitas”. Haja “vanitas”, hajam vacuidades. A “vanitas” cerebral é tanto que raramente as pessoas escrevem ou elaboram alguma coisa. Tudo se faz “prêt-à-porter”. São os vídeos, as fotos, as legendas, as imagens já legendadas. Assim são os almoços, as festas, os pratos, as lingeries, as viagens, os resultados dos enxertos, dos silicones, das cirurgias plásticas.

   Enfim, quer truanices, quer digressões, quer pele, quer tegumento, quer superfícies lisas e brilhantes? Acesse as Redes Sociais.

João Joaquim médico e articulista do Diário da Manhã

Autoengano

 

AUTO-ENGANO

João Joaquim  

 

O quanto de contribuição negativa e de desconstrução um pai e mãe podem estar proporcionando e oferendo a um filho? A um educando, a um adolescente e jovem? Se, o quanto de ruim assim fazendo, isto é: se tornando complacente, cúmplice e leniente com o comportamento, com as suas imaturas e rebeldes teimosas, suas atitudes antissociais, desadaptadas e desajustadas? Enfim, são perguntas emblemáticas das relações de pais e filhos, de alunos e professores. Perguntas de todos os tempos. Mas, de maior significado agora do império da Internet e Redes Sociais. Sociais? Há quem defenda como antissociais.  

Vamos às possibilidades. Um pai ou mãe que tudo consente, que em tudo se mostra conformidade e dá suporte com o sim, o tudo pode, o tudo patrocina e apoia. Isto sim, em primeiro lugar deseduca e desconstrói esse próprio filho ou filha. E de igual efeito, esse pai ou essa mãe está sendo vítima do próprio engano. O chamado auto-engano é bem estudado pela psicóloga do comportamento. Trata-se de um mecanismo psíquico de mentir para si mesmo(a). Aristóteles foi O Filosofo que estudou o fenômeno categorizando-o como uma estratégia de perpetuação da espécie já nos animais. Inclusive entre algumas bactérias e animais menores.

   Uma pessoa que dá acolhimento ao outro, seja a um filho ou quem ela quer apoiar e se tornar como uma escora e suporte para o comportamento impróprio desse terceiro não engana e mente para esse protegido; mas acima de qualquer dúvida, mente para si mesmo. Nessa forma de engano, essa pessoa cúmplice comete o pior dos autoenganos porque mente e engana a si própria. O Filosofo Nietzsche foi um pensador que bem expressou essa estratégia de mentir para si mesmo. Renê Descartes e Fernando Pessoa foram outros pensadores que discorreram sobre o autoengano. “Será que não sou alguém que está sonhando? “Perguntou o genial Fernando Pessoa.

   O autoengano conduz a pessoa a erros, a interpretação falsa do meio onde vive e outros convívios; e até mesmo o seu estilo de vida social, porque ela se refere perante sujeitos espertos e folgados prontos a tirar dessa pessoa ingênua e incauta algum proveito, tornando-a conscientemente subserviente, dominada, possuída.

   Para quem estuda e é aficionado de Filosofia há de lembrar de Sólon (638-558 a.C). Ele foi um dos 7 sábios da Grécia antiga. Era legislador e poeta. Disse o seguinte sobre o autoengano: “Cada um de vós em separado tem a voz astuta da raposa, mas todos juntos sois um tolo de cabeça oca”. No fundo e na realidade ele quis referir as pessoas como hipócritas, medíocres, iguais ou piores do que muitas ao redor.

   A psicologia cuida muito bem do comportamento de pessoas portadoras do chamado auto-engano. No chamado viés de confirmação há o que se chama concepções e valores puramente subjetivos, contrários à razão e às ciências. O autoengano com seus vieses de confirmação estão presentes nas relações conjugais, nos laços e vínculos familiares, sejam estes de amor, de paixão, de ciúme, de inveja, nas intrigas familiares. Para muitas pessoas se torna muito difícil pensar, racionalizar a verdade e sair de seu casulo, de sua concha e casca de noz.

   A política é outra seara de comportamento repleta de auto-enganos. Muitos ideológicos fazem como teorizou Nietzsche = a verdade é igual tomar banho em água fria, entrar e sair rapidamente. Pensam no que acreditam.

   Por fim, uma forma muito comezinha de auto-engano se dá no entorno, na interação familiar. Ele pode ocorrer entre vários membros parentais. Temos nesse modelo aquele pai, aquela mãe, aquele irmão; não importa. Há muita vez nesse grupo o chamado alvo ou escolhido do auto-engano. É o filho primaz que não precisa de mais aprimoramento, é o tal com inteligência acima da média, é aquele membro parental com tratamento diferenciado. Refere-se aqui, um modelo clássico de viés de confirmação. Sugestões de leituras Schelling, Schopenhauer, Nietzsche.

João Joaquim médico e articulista do Diário da Manhã

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...