quarta-feira, 30 de março de 2016

RATOS E CORRUPTOS....

  JUSTIÇA E GATOS  À CAÇA DE  CORRUPTOS E RATOS
  João Joaquim  



Hoje, assistindo às cenas políticas do Brasil me volto à minha infância. Não que meu período de criança tivesse cenas políticas que pudesse ver, eu mal ouvia rádio. Nossos políticos de agora é que me remetem aos albores de minha vida. E vamos pontuar porque. Todos estamos acompanhando capítulo por capítulo, a uma novela que parece sem fim, ao curso dos maiores esquemas de corrupção do Brasil e do mundo. Basta lembrar os medonhos e repulsivos episódios do mensalão e petrolão. Isto para ficar nos mais recentes.  Um  escândalo, de roldão, vai apagando o outro. Passa-se alguns meses e o país entra em amnésia dos fatos passados (desculpe a redundância).
Vejam exemplos de amnésia coletiva. Alguém se lembra ou comenta  a construção do porto de Mariel para a ditadura cubana pelo governo do PT?  Lembram do perdão de dívidas que Lula fez a algumas ditaduras africanas? Dos escândalos na construção da refinaria Abreu e Lima , em Pernambuco  ? Da corrupção que correu ,à discrição de enxurros,   na construção dos estádios e arenas para a copa FIFA-BRASIL 2014? Este  fenômeno do esquecimento faz parte de nossa índole e até do funcionamento das instituições públicas. Quer instituição  mais desmemoriada, retardada e esquecida do que o próprio judiciário? E assim, nesse remanso e mar de esquecimentos, de amnésias, de frouxidão com as coisas não privadas,  é que nadam nossos iníquos e corruptos gestores e dirigentes públicos.
 Ora, por que os agentes públicos de hoje, nossos homens da política me lembram a minha infância? O embate que se dá no Brasil de hoje (mensalão e petrolão) entre o Estado legal , o poder  oficial,  e o estado criminoso ( esquemas de corrupção) dentro das próprias  instituições públicas e privadas mais parece uma briga de gato e rato. Os gatos aqui de nossas cenas políticas e urbanas são todos os atores da lei. Ministério Público, polícia federal, juízes independentes etc.
E os ratos? Todos os ladrões, ladravazes e corruptos, travestidos de representantes do povo e se passando por  servidores do povo e da nação.
De quando menino e adolescente, lembram-me cenas onde fui criado, interior mineiro. Havia muitos ratos, roedores mesmo, aqueles bichos pestilentos de esgoto quem transmitem doenças ( ex leptospirose). Meu pai para combatê-los tinha gatos que os caçavam. Muitos deles( os ratos) se infiltravam debaixo das espigas de milho dos silos (paióis). Ou  então subiam para a cumeeira das construções. Não havia gato que os pegasse.
Outro expediente que se adotava era o emprego de ratoeiras. Os primeiros caiam na armadilha e eram exterminados. Mas, os que viam a cena aprendiam e nunca se aventuravam a beliscar as iscas de queijo no interior das armadilhas. Puro jogo de gato e rato.
Agora, tornemos para nossas cenas políticas. Imaginemos um governante, um presidente, um ministro, um parlamentar qualquer. Basta que ele seja dado ao embuste, ao roubo, ao furto, aos ilícitos, às mentiras ; e seus intentos serão alcançados, em todas as chances propícias. E aqui com uma assertiva das mais pertinentes. Esse corrupto e ladrão das coisas do Estado, não se faz ladrão pela oportunidade que tem. Ele já nasceu ladrão e cria as condições e meios para o seu fim que é roubar descaradamente. E o faz em conluio e em comunhão com os membros de sua camarilha, ou quadrilha como a nomina  a Justiça. Pergunta-se : alguém imagina que algum corrupto será pego em quebra de sigilo fiscal, bancário ou telefônico ou de e-mail? Ele guardará os tesouros roubados em paraísos fiscais, em nome de laranjas, de familiares, em espécie num cofre secreto, etc.
 Por que desta afirmação? Simples dedução. Estando este agente público dentro do Estado Legal, ele detem todos os meios de como escapar de eventuais futuras investigações. Ele conhece os expedientes e meios investigatórias de Ministério Público, de polícia federal, de órgãos judiciários. Por conseguinte, esse corrupto, travestido de servidor público e da nação, a exemplo do rato não cairá em armadilhas de polícias e Ministério Público de forma tão fácil. Por isso que as provas contra esses gatunos da nação se tornam quase inalcançáveis pela Justiça.
O que resta nesses casos seria o princípio de não haver crime perfeito e sobrar  algum cochilo do rato ou ladrão das coisas públicas. E a partir desse descuido então se pegar tal larápio, embusteiro e mentiroso.
Outra esperança de se pegar tais criminosos de terno e colarinho branco é o instituto da delação premiada que vem sendo empregado  pela Justiça. E o faz muito bem. Aqui poderia até se aplicar o princípio: ladrão que delata ladrão, merece um bom perdão.
Como se vê a semelhança entre ratos, corruptos e ratoeira é muito grande. Se um x(xis) ou y(ipsilon) de um problema, de uma investigação   já se torna um incógnita complicada, agora  imagine essa incógnita multiplicada por três  para a justiça.  Haja  lupa, luneta, bons detetives, bons gatos( Polícia e Justiça)  e matemática para tanto enigma. Ufa!                 março /2016    



João Joaquim - médico - articulista DM   Goiania  Go             www.drjoaojoaquim.com  joaojoaquim@drjoaojoaquim.com

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