quinta-feira, 29 de abril de 2021

Corruptos

 

 CORRUPÇÃO EM EvidÊNCIA

   De uns 5 ou 10 anos para cá nunca se falou tanto em corrupção aqui no Brasil. Nunca ela esteve tão em voga como agora. E aqui podemos dividir essa onda da corrupção em 2 grupos de gente que a evidencia. Temos o grupo daqueles que a combatem de forma enérgica, de forma austera e sob os tridentes das leis; e de outro lado existem aqueles que descaradamente, com toda desfaçatez tendem mantê-la como sempre foi, como sempre foi praticada. Ao menos, desde quando o Brasil foi invadido e esbulhado dos nativos e legítimos donos, que eram os indígenas aqui nascido e viventes.

   É bom lembrarmos que o Brasil sempre manteve a tal cultura patrimonialista, aquele chamado cartel ou complô público com o privado, parceria perversa de mandatários do país, de se considerar donatários de terras, de bens e dinheiros públicos como se legítimos donos deste patrimônio fossem.

   Ao se falar aqui dos dois grupos de pessoas que vêm colocando em evidência a corrupção em nosso país, basta que tomemos a chamada operação lava-jato. Força-tarefa essa, só para contextualizar, composta por procuradores, delegados federais, juízes e dedicados servidores públicos na apuração, em extensos inquéritos, com a remessa aos tribunais de justiça de todas as provas dos crimes de corrupção, praticados por agentes públicos (políticos) contra o patrimônio e dinheiro públicos.

   Um dos principais protagonistas da lava-jato, foi o ex juiz Sergio Moro. O outro grupo de pessoas que tem colocado a corrupção em evidência têm sido o Supremo Tribunal Federal, nas pessoas de seus ministros. São 11 ministros. E são 11 para não haver empate nas decisões.

   Ali dentro do STF, temos ainda duas divisões. Aliás, duas termos de 5 ministros. De novo para não ter o risco de empate. No máximo 3x2. Como sabido da maioria dos brasileiros, a justiça no Brasil se compõe de 4 instâncias. O Supremo é a última. É o tribunal de julgar os crimes de colarinho-branco. Juízo de último grau dos poderosos e mandatários da nação. Presidentes, deputados, senadores, ministros. Cometeram estes algum crime, são eles jugados e amparados logo pelo STF. São os privilegiados da Nação.

   Então temos hoje no Brasil, esses dois embates, esse confronto para mais exatidão. Entre os que querem tornar o país mais justo e honesto e aqueles do Supremo Tribunal Federal que arrotam e reverberam frases e brocardos de efeito retórico e erudito e fazem com que tudo continue como dantes no quartel (país) de Abrantes.

   Basta lembrar, para registro, da recente decisão de 9 ministros do STF em anular as condenações de corruptos de nosso país. Foram trabalhos de anos, de apuração meticulosa de Polícia Federal, de Procuradores, de juízes sérios como Sérgio Moro. E agora tudo perdido por juízes escolhidos pelos ex presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff.

   Não bastasse o risco da pandemia da Covid19, temos a vitória da corrupção, sua ameaça permanece. E tudo volta como dantes no quartel de Abrantes. 

Desobediência

 

 DESOBEDIÊNCIA CIVIL

 

Nesta suave digressão literária quero falar sobre a desobediência. Começo pela genérica, aquela vista e assistida por muitos pais, de falas de correção, de limites, do que pode e não pode no convívio da casa, com os pais, com os irmãos, com os coleguinhas da escola, com os amigos, com aos mais velhos, os mais idosos, com os parentes de todos os graus. Esse gênero de desobediência, sim, deve ser corrigido com limites e palavras pedagógicas, de ordem, do que pode e não pode fazer. Porque é da natureza humana, da criança assimilar as inclinações do mal, do ilícito, das transgressões, do feio, do desumano e desonesto. O filosofo Aristóteles já ensinava que a Ética e a prática do bem devem ser treinados para serem incorporados como expedientes na vida adulta. 

   Uma outra forma de desobediência é a chamada Desobediência Civil. Trata-se de uma forma civilizada, esclarecida lúcida e democrática de não se acatar toda lei, norma, decreto ou ordem emanada de um governo que ressoem como injustas, inadequadas e danosas para a maioria das pessoas, a uma comunidade ao meio ambiente, à saúde individual ou coletiva. Pode também ser àquela norma, portaria ou medida provisória ou permanente que viole um direito fundamental. Para melhor substanciar o conselho que proponho da desobediência civil cito exemplos da História.

   Na verdade, busco um caso da Literatura Universal. Trata-se da peça Antígona de Sófocles. Em resumo: a obra retrata a desobediência civil de Antígona contra a Rei de Tebas, Creonte. Antígona bravamente reivindicou o direito de dar um enterro justo ao seu irmão Polinices, que tinha sido morto em combate por guardiões do rei. Ela, essa irmã se insurgiu contra as leis criadas pelo homem (rei de Tebas).

   Na história é emblemática a vida e participação de Mahatma Gandhy na Independência da Índia do jugo, da colonização britânica, de quem foi cativa e escrava por muitos, e muitos anos. Ele, Gandhy, encabeçou e liderou uma longa e exaustiva campanha denominada desobediência civil. E o mais admirável, sem armas, sem violência. Foram apenas longas e populosas caminhadas, discursos, companhas de convencimento e esclarecimento, sobre a exploração dos tiranos colonizadores, sobre os impostos abusivos e toda forma de lesão a direitos os mais básicos. Gandhy foi um grande herói.

   Vele a lembrança de citar outros dois grandes líderes que arregimentaram multidões para a desobediência civil: Marthin Luther King, nos Estados Unidos, contra toda forma de racismo e discriminação social, nos Estados Unidos. E por último Nelson Mandela, da África do Sul. Perseguido e preso, quando livre da prisão, ele lutou e aboliu o Apartheid, essa forma era a mais cruel e repugnante prática de racismo e discriminação étnica.

   Assim pensado, sobre seus efeitos humanísticos, essa forma de desobediência para nossos dias, ela bem que pode ser aplicada e exercida em nossos tempos de Pandemia de Covid. Se há normas, portarias, discursos, recomendações, ou até kits contra o coronavírus que se encerrem em chacota, prescrições infundadas e falas de gente topeira e troglodita, charlatanismo puro.

   Essa, sim, é uma forma de desobediência civil, a mais santa e sensata das desobediências. Todos os que a quiserem praticar , contem comigo.

Quanto comer

 

O PORQUÊ E QUANTO COMER

João Joaquim 

Um dos grandes erros alimentares da população de pessoas acima do peso ideal está no objetivo da ingestão alimentar. Por que comemos o que comemos e o quanto precisamos comer? Todos os ramos da Medicina que tratam das doenças ou espectro mórbido do excesso de massa corporal têm esta certeza. O que falta é a transparência, a clareza e objetividade de cada profissional de saúde, em dizer ao paciente que procura orientação para emagrecimento.

A pergunta objetiva é esta: você ingere comida para que? Trata-se de uma pergunta emblemática, de clareza meridiana. A partir dessa franqueza e lealdade bilateral (paciente / profissional) o enfoque, a abordagem diagnóstica e terapêutica se torna mais fácil, direta e ética. Em todos os segmentos profissionais se vê muita enganação, muito charlatanismo, pseudociência, muita embromoterapia(gíria), nessa que deveria ser uma postura muito mais séria, o tratamento da obesidade.

E aqui, já de plano há como melhor recomendação tratar o cliente ou doente e não a doença em si. Temos aqui um outro desvio de formação e objetividade de muitos profissionais e terapeutas. Tratar doença é fácil. Para tanto basta abrir um livro, as diretrizes ou até o dr. Scholar Google , lá se acham os fluxogramas e algoritmos para toda enfermidade. Seria como a Medicina, via despachante, semelhante ao kit covid do governo federal.

   Recebido o paciente no consultório, necessário se faz nunca se preocupar de início com o seu peso. Nada de balança no começo da consulta. Conhecer a pessoa, sua história familiar, seu currículo pessoal de saúde. Enfim, buscar de forma meticulosa as causas do excesso ponderal e então fazer a pergunta capital, de todas a mais importante. Você como para que? Muitas podem ser as respostas sem uma reflexão mais pausada. Eu como para matar a fome; eu como porque tenho bom apetite; eu como porque sou bom de mesa e garfo.

   Certamente a resposta esperada mais sensata, coerente e científica seja aquela referente ao objetivo da nutrição. Eu como para me nutrir bem de forma qualitativa e quantitativa. O que comer, como comer e quanto comer.

   O maior erro da população obesa está justamente no objetivo da ingestão de alimentos. Os alimentos, as comidas de todos os gêneros passam a ser fontes de prazer, de muito prazer imediato. O alimento se tornou até um lenitivo, um ansiolítico e bálsamo para as dores da alma, para o sofrimento psíquico e emocional.

   As próprias mães, babás, avós e cuidadoras buscam nos alimentos, nos doces, nos biscoitos e chocolates um expediente de recompensa para os choros e birras das crianças. Tal fonte de prazer, de calmante e recompensa se perpetuará na vida adulta. Milhões são os obesos (as) que em estado de ansiedade e depressão ingerem mais alimentos do que a cota nutricional. Um erro alimentar trazido da educação infantil, de uma cultura familiar em fazer da mesa, da cozinha, do fogão, da geladeira, dos comes e bebes a única, a maior e constante razão e expediente de alegria, de prazer, realização e até fonte cotidiana de felicidade. É o império da boca e do baco na construção maior do deleite, entretenimento, festas e prazer e bem-aventurança.

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...