sábado, 30 de maio de 2020

Uma bela Construção

A Construção do In-divíduo

 Muito se busca de como se deram a formação das coisas dos seres, do homem, dos componentes dos universos(ou dos  multiversos, porque não parece haver “ um só universo”). Como se deu o surgimento do cosmo. Há  que indagar, perguntar de como surgiu Deus? Se ele é infinito, não dá para imaginar que teve um começo. E faz sentido considerando que não terá fim(infinito, sem inicio e sem fim).
Nesse sentido se seguirmos a teoria criacionista, existia o caos(teoria alegórica ) e Deus pairava sobre , em meio a esse caos. Até que percebeu ser bom separar dia e noite, água e ar, terra e mar. A teoria cientifica do big bang. Como se deu? haveria como que um monte de coisas, não se sabe bem de que natureza. E então houve uma big explosão e tudo foi para os ares e se organizou. Astros, estrelas, planetas, cometas, buracos negros, forças gravitacionais. Tudo isso teria ocorrido segundo estruturas da Física Newtoniana e Quântica há cerca de 14 bilhões de anos.
Estas notas introdutórias foram no sentido de abrir um pórtico, uma vazão ao presente tema, também de como se deu outra formação ou construção, a do homem. A partir então da concepção, como se dá a construção do indivíduo? pode-se ter essa avaliação até aquém porque as Ciências, a Medicina e a obstetrícia nos provam que o nascituro, mesmo na vida intrauterina já faz conexões com a mãe, com o meio ambiente. Para simplificar nossa exposição vamos considerar a formação do indivíduo a partir do nascimento. Para tanto eu vou buscar a influência e auxilio de alguns filósofos.
Primeiro os empiristas como John Locke e David Hume. Segundo Locke, todos nascemos absolutamente desinformados, analfabetos e sem nenhum registro sensorial. Teoria da tábula rasa (ou lousa em branco). A partir desta folha de papel alva e límpida é que a criança vai criando a sua memória, os seus registros internos através de suas percepções sensoriais. Para dar mais consistência à teoria da tábula rasa, tomemos um exemplo, defendido até pela Pediatria Cientifica no seu capítulo da puericultura que busca o mais saudável desenvolvimento físico e mental da criança até a puberdade;  como exemplo prático inicia-se pela percepção sensível ou gustativo do paladar. Uma criança não deveria nunca, mas nunca mesmo receber açúcares, sal e sabores artificiais até os 5 anos de idade. Porque se assim o fizer essa criança desenvolverá uma dependência aos sabores artificiais(doce ,do chocolate, salgado) ; ela vai identificar esses sabores como os melhores e verdadeiros, e não são , como demonstrado pelas Ciências Médicas na formação da criança.
Vou buscar o auxílio de outro filósofo, J.J Rousseau , com a sua teoria de Bom Selvagem . “ Todo homem nasce bom , a sociedade é que o corrompe”. Vamos dissecar e analisar esta tese original - toda pessoa nas suas necessidades, nas suas ambições ou inclinações internas e inatas não precisa de tantas coisas, objetos, recursos, tecnologia e matéria para ser feliz, boa ou honesta.
No mundo tecnológico, competitivo, materialista e consumista da era digital, o que torna as pessoas infelizes, nevrálgicas, melancólicas, ansiosas e depressivas? O apelo desmedido e coercitivo ao consumo e posse de tudo quanto é fútil, efêmero e frívolo. Fruto de que? De que mesmo conforme teoria do bom selvagem? Da família consumista e materialista como a primeira sociedade-escola, do meio de convivência social, das novas diretrizes pedagógicas, da TV, da Internet, das Redes Sociais.
E isto não tem retorno. Eterno retorno, como já dizia o filósofo Friedrich Nietzsche.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Hospiciocracia

O BRASIL se transformou em uma nau dos insensatos

Joao Joaquim

Cada crise que se abate sobre um país, além dos profundos impactos negativos que traz às pessoas, à paz social e à economia revela outras questões positivas ou negativas. A bola , ou melhor as crises da vez são  a da pandemia da covid 19 e a crise da governança.
A minha implicância já começa pelo nome da coisa. Numa tradução livre covid significa doença do novo coronavírus, iniciada em fins de 2019, na cidade de Wuhan – China . Por que não coronavirose ? Seria de mais fácil entendimento.
Uma pandemia como essa  mostra por exemplo a quantas anda o nosso grau de desenvolvimento, de pobreza, de analfabetismo, de desemprego, de trabalhadores informais. Basta ver quantas pessoas estão necessitando do auxilio emergencial, oferecido pelo governo federal, de R$ 600,00. Uma crise como tal revela ainda outros atributos de nossas pessoas: o grau de civilidade, de cooperação, de higiene, o quanto elas gostam de lavar as pessoas quando vão ao banheiro, ao mictório , o nosso IDH, o que posta a Pisa, o Ideb,  a prova Brasil,  etc.
No caso do Brasil, a covid 19, está mostrando também o quanto as estatísticas oficiais podem ser tendenciosas, com vieses a favor do governo reinante;  basta manipulá-la de acordo com os interesses de quem está no Poder.   Com a crise da covid 19, o Brasil está sendo passado a limpo, desnudado, desvelado em suas mazelas, nas misérias de toda ordem, e o mais aterrador, o quanto inepto e inapto é cada presidente no poder.
Uma crise como qualquer doença sistêmica( epidemia, pandemia) serve para mostrar o quanto apto ou inapto é um governante em atuar e superar os grandes imprevistos e tragédias que assolam um povo, suas infraestruturas de saúde, suas finanças, as organizações estatais e o socorro e assistência a quem se encontra em vários riscos : alimentação , moradia, transporte, segurança, saúde, etc. 
No caso da disseminação  de infectados e mortos pelo novo coronavírus , várias são as nações que anteciparam nas medidas preventivas , no isolamento social, no confinamento das pessoas; e muitos países  vêm dando lição ao resto do mundo ou como agir sob as diretrizes e postulados das Ciências e das autoridades sanitárias. São exemplos nesse sentido a Coreia do Sul, a Finlândia  , a Islândia  , a Noruega e até o Vietname do Norte, esse país comunista e ditatorial do sul da Ásia .
A melhora nos índices de infectados e mortos revela outras características ou  atributos dessas populações :  o grau de desenvolvimento, o nível de civilidade, o  grau de esclarecimento, de cooperação e engajamento das pessoas  que, nesse momento,  se tornam decisivos na obtenção dos resultados alcançados. Compare-se agora esses dados com o Brasil.
Nosso país parece padecer de má sorte. Ou seja, caiporismo, urucubaca, azar. Muitos diriam que aqui funciona e prevalece a lei ou regra do Sr. Murphy. Trata-se daquele  princípio que assevera : quando alguma coisa tem de  dar errado, cuidado!  Isto  porque ela pode ocorrer da pior forma possível. Basta lembrar do calo no pé ou da unha encravada, alguém sempre, entre muitas unhas ,  vai pisar na sua. Ou na expressão do pessimista: é assim mesmo depois piora.
A dinâmica do país aqui continua ruim por causa de nossos governantes. Parece mesmo uma sina rara de imprecações lançada e pegada nos rumos da nação e para danação geral do povo brasileiro.
Sai um governo militar, vem um fanfarrão chamado José Sarney. Entra um caçador de marajás e se envolve com corrupção e sofre impeachment ; foi o caso de ex presidente Collor de Melo. Tivemos uma trégua com Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Vieram dois presidentes de esquerda : Lula da Silva, novamente envolvido com corrupção e condenado a prisão. Dilma Rousseff, afastada via impeachment. Pequena trégua com Michel Temer ? Que nada, o homem também foi  processado por corrupção e aguarda julgamento em liberdade.
Eis que surge um como que salvador da pátria Jair (Messias) Bolsonaro e com tantas ingerências, prepotências, teimosias, insolência, encontramo-nos à beira de um abismo frente a pandemia do coronavírus. Somado a esta tragédia, vieram de roldão a crise econômica, a crise política, as operações da Policia Federal envolvendo gestores da saúde na compra de equipamentos médicos e hospitais de campanha.
O atual quadro sanitário, social, político e econômico, que piora a cada dia me traz à memória a obra a nau dos insensatos (de 1495) , do alemão Sebastian Brant.  Trata-se de um um poema satírico, com críticas corrosivas às instituições da época como Igreja Católica, universidades, Justiça e pessoas em geral, nos seus costumes, na vida frívola e ociosa de então.  Muita semelhança com o Brasil de agora. 
Assim, está o Brasil, à deriva e à beira de um colapso de governabilidade, de credibilidade, de segurança; e  na esperança de uma solução a curto ou médio prazo. Ninguém entende ninguém , em se tratando de governantes, de gestores da república( res publica, coisa pública), dos poderes constituídos para dirigir e tocar os expedientes do País. Estamos como em um navio de loucos, ninguém sabe para onde vamos.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

A peraltinha Nariz de morango


                                                       
 
Narizinho de  morango

Esta é uma historinha que aconteceu de verdade.

Era uma vez uma menina que mais parecia ter engolido algumas pilhas. Era como se pode dizer uma pilha de energia. Era tanta disposição para correr, que até  dormindo suas pernoquinhas , às vezes , se  debatiam. Por sorte sua babá era muito forte.

Sabe aquelas mulatas que, se fica bem, podemos chamá-la de armária. Isto mesmo:  quando é homem muito forte chamamos de armário , então mulher vamos chamar de armária. Seria uma Maria com   jeito de armário de tão forte  que é . Bem , estamos falando da menininha saltitante,  peralta, sapeca, que a todos  encantavam . Sabe o que mais encantava esta  pimpolha ?   Bonecas!  Isto mesmo. 
Acho que o seu grande  gosto por bonecas é porque lembra gente.  Quem será que inventou estas criaturinhas tão delicadas e que tanto encantam as crianças ? .  
Seja como for foi uma bela invenção . Ah  estamos falando da menininha nariz de morango não é ?   
Certo dia esta miniatura de gente, que mais parecia uma boneca falante, pôs-se a saltitar, correr pela casa toda, que era um apartamento. A babá sempre por perto, brincando também. Mas , é impossível ficar ligadona o tempo todo em um  bichinho peralta, corredor.

Ouve-se um pequeno barulho, chorinho em seguida. Quem estava  esparramada no chão era justamente aquela guriazinha que mais parecia um pé de acelga  enfolharada,  pintada de tinta roxa. 
Um exame mais cuidadoso revelou-se que a vítima  tinha sido o nariz que se encontrava despelado, ensanguentado e amassado.  Passado o choro  meio de dor, meio de manha , viu-se que foi apenas um arrancamento de pele e vermelhidão tipo tomate , ou se preferirem um nariz de palhaço. Vermelhinho vermelhinho , que levou  dias e dias para cicatrizar.

Essa criaturinha de nariz de morango, provisório, era minha filha , Andressa de Souza Neves. A peraltinha.

Goiânia – 18.03.2003 - 

João Joaquim – papai de Andressa


Os aditivos fúteis e vazios da Internet e redes sociais

  E nesses termos caminham rebanhos e rebanhos de humanos. Com bastante fundamento e substância afirmou o filósofo alemão Friedrich Nietzsch...