Uma bela Construção
A Construção do In-divíduo
Muito se busca de como se deram a
formação das coisas dos seres, do homem, dos componentes dos universos(ou
dos multiversos, porque não parece haver
“ um só universo”). Como se deu o surgimento do cosmo. Há que indagar, perguntar de como surgiu Deus?
Se ele é infinito, não dá para imaginar que teve um começo. E faz sentido
considerando que não terá fim(infinito, sem inicio e sem fim).
Nesse sentido se seguirmos a
teoria criacionista, existia o caos(teoria alegórica ) e Deus pairava sobre ,
em meio a esse caos. Até que percebeu ser bom separar dia e noite, água e ar,
terra e mar. A teoria cientifica do big bang. Como se deu? haveria como que um
monte de coisas, não se sabe bem de que natureza. E então houve uma big
explosão e tudo foi para os ares e se organizou. Astros, estrelas, planetas,
cometas, buracos negros, forças gravitacionais. Tudo isso teria ocorrido
segundo estruturas da Física Newtoniana e Quântica há cerca de 14 bilhões de
anos.
Estas notas introdutórias foram
no sentido de abrir um pórtico, uma vazão ao presente tema, também de como se
deu outra formação ou construção, a do homem. A partir então da concepção, como
se dá a construção do indivíduo? pode-se ter essa avaliação até aquém porque as
Ciências, a Medicina e a obstetrícia nos provam que o nascituro, mesmo na vida
intrauterina já faz conexões com a mãe, com o meio ambiente. Para simplificar
nossa exposição vamos considerar a formação do indivíduo a partir do
nascimento. Para tanto eu vou buscar a influência e auxilio de alguns
filósofos.
Primeiro os empiristas como John
Locke e David Hume. Segundo Locke, todos nascemos absolutamente desinformados,
analfabetos e sem nenhum registro sensorial. Teoria da tábula rasa (ou lousa em
branco). A partir desta folha de papel alva e límpida é que a criança vai
criando a sua memória, os seus registros internos através de suas percepções
sensoriais. Para dar mais consistência à teoria da tábula rasa, tomemos um
exemplo, defendido até pela Pediatria Cientifica no seu capítulo da
puericultura que busca o mais saudável desenvolvimento físico e mental da
criança até a puberdade; como exemplo
prático inicia-se pela percepção sensível ou gustativo do paladar. Uma criança
não deveria nunca, mas nunca mesmo receber açúcares, sal e sabores artificiais
até os 5 anos de idade. Porque se assim o fizer essa criança desenvolverá uma
dependência aos sabores artificiais(doce ,do chocolate, salgado) ; ela vai
identificar esses sabores como os melhores e verdadeiros, e não são , como
demonstrado pelas Ciências Médicas na formação da criança.
Vou buscar o auxílio de outro filósofo,
J.J Rousseau , com a sua teoria de Bom Selvagem . “ Todo homem nasce bom , a
sociedade é que o corrompe”. Vamos dissecar e analisar esta tese original - toda
pessoa nas suas necessidades, nas suas ambições ou inclinações internas e
inatas não precisa de tantas coisas, objetos, recursos, tecnologia e matéria
para ser feliz, boa ou honesta.
No mundo tecnológico,
competitivo, materialista e consumista da era digital, o que torna as pessoas
infelizes, nevrálgicas, melancólicas, ansiosas e depressivas? O apelo desmedido
e coercitivo ao consumo e posse de tudo quanto é fútil, efêmero e frívolo.
Fruto de que? De que mesmo conforme teoria do bom selvagem? Da família
consumista e materialista como a primeira sociedade-escola, do meio de
convivência social, das novas diretrizes pedagógicas, da TV, da Internet, das
Redes Sociais.
E isto não tem retorno. Eterno
retorno, como já dizia o filósofo Friedrich Nietzsche.