terça-feira, 9 de abril de 2024

Necedade especial

 Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), muitos já na madureza da anatomia e da personalidade, que portam a chamada necedade existencial. Necedades existenciais. Não imiscuir com as chamadas necessidades especiais. Entre outro grupo de indivíduos, não todos que de fato e de real, precisam de nossa solidariedade e auxílio.

E já de plano é útil e simbólico, referente e exemplar que façamos uma consideração de muitos nessa categoria inseridos, os portadores de necessidades especiais. Diversos são os exemplos de pessoas que portam muitas deficiências físicas, orgânicas e funcionais que nos deixam envergonhados pelo que eles (“com limitações “) são capazes de realizar, desempenhar, laborar e trabalhar. Querem um exemplo? Os atletas paraolímpicos. Muitos, como resultado de seus treinamentos, pertinácias e ralação diária, trabalham, geram receita, ganhos que nos deixam “humilhados” no bom sentido e pedagogia do termo. Nas atividades competitivas vemos com muita clareza e objetividade essa realidade.  

Vejam por exemplo nas competições paralímpicas! O desempenho, a performance competitiva dos atletas. Na natação, no atletismo, no judô, no futebol. O quanto de pessoas normais, robustas, coradas, saudáveis existem, verdade. Mas, sujeitos preguiçosos, ociosos, obesos, repimpados de adipócitos e pneus e glúteos, improdutivos e vagabundos, arrimados por familiares lenientes e coniventes. Muitos destes  não dariam conta da metade que fazem esses categorizados portadores de necessidades especiais. Deveriam esses trabalhadores ou atletas terem outra classificação! Que tal esta: portadores de produtividades especiais.

As Ciências e estudos específicos bem o dizem que a pessoa resulta de dois legados ou duas heranças: uma genética e uma educacional familiar. Excetuando os casos sindrômicos e patológicos, todos os humanos nascemos com o mesmo potencial de inteligência, de trabalho, desempenho físico e produtividade. O que variam são as vocações e inclinações de cada pessoa. Todavia, o QI de cada pessoa, conforme o cabedal, os qualificativos dos pais educativos e responsáveis, esses genitores ou tutores vão tornar esse filho ou filha em indivíduo operoso, laborativo e trabalhador. Do contrário. Esses pais criarão os filhos e filhas, com a hoje titulada necedade existencial (teremos os néscios aqui e ali, sem pudor).

O que seria, conforme nos ensinam a Psicologia Social e a Sociologia Laboral, a Necedade Existencial? Trata-se da condição de o indivíduo não adquirir depois da integral maturidade biológica (adulto, meia idade) a sua plena independência social e autonomia orçamentária para as carências primárias vitais. Quais sejam: os custos financeiros para alimentação, moradia, higiene, saúde e lazer. Muitos costumam, a trancos e barrancos (expressão popular) até transpor o ensino médio, formar em algum curso universitário. Entretanto, na fase de entrar no mercado de trabalho, não trabalham, não produzem! E por que chegam até ter um diploma de curso superior? Explica-se:

Faz-se aqui um certo paralelismo com a chamada honestidade de coração e a honestidade de coerção. Refrescando a memória, a honestidade de coração é aquela que independentemente de vídeos, supervisão e rígidas normas, “compliance”, termos de ajustamento, ela se dá na mesma natureza do indivíduo isolado, sozinho. O honesto por coerção o é pelo temor e certeza da punição e flagrante do ato imputável, antissocial. De igual natureza, o indivíduo folgado, preguiçoso e improdutivo, que se aprova até em cursos superiores. Ali, ele está sob provas, desafios, vigilância, exigência de cumprimento de um mínimo de aproveitamento para findar o curso e ser diplomado. Simples e reto!

Dessa forma e nesses termos se estabelece o indivíduo sofredor da chamada necedade existencial. No plural, esses tais, os quais e quejandos sujeitos, se tornam sujeitos (termo polissêmico) aos adjutórios, aos amparos adjuvantes e coadjuvantes de terceiros, parentes, contraparentes e aderentes com esses pendores e proteção. Portadores de necedades existenciais. De certo e concreto é que eles existem, alguns se tornam mercadores de calotas, adquirem e praticam o expediente das calotas. Ca-lo-tei-ros.

João Dhoria Vijle   

 

RESUMO: Cuida-se o presente artigo da análise acerca do

Abandono Afetivo Inverso e a violação do dever de cuidado por

parte dos filhos, situação cada vez mais recorrente pelo mundo, que

tem gerado a vitimização dos idosos tanto no âmbito físico, quanto

emocional. Não obstante o afeto seja a mola propulsora das relações

familiares, certo é que o idoso ainda tem sido vítima de abandono

afetivo pela própria prole. Pretende-se, por meio do procedimento

indutivo, investigativo bibliográfico e uma abordagem discursiva,

chamar a atenção não somente dos filhos que se utilizam desta

prática nefasta, mas de toda a família sobre a importância do dever

de cuidado, como fonte de melhor qualidade de vida do idoso. Tem-

se por motivação minimizar o sofrimento do idoso não pelo

intermédio da prestação pecuniária, mas pela conscientização dos

próprios filhos, pois, embora amar não seja obrigatório, cuidar é um

dever constitucional que não pode ser descurado.

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