quinta-feira, 30 de junho de 2016

Idio.abestalhados...

SOMOS TOP EM COMUNICAÇÃO , MAS IDIOTAS E ABESTALHADOS  EM EDUCAÇÃO

João Joaquim


Deu-me em mente, e eu o faço nesta sumária digressão, em fazer uma compilação ou avaliação entre o mundo tecnológico e o mundo de formação cultural da sociedade. E busco nesse paralelo mais seletivamente os órgãos de imprensa, jornalismo e mídias virtuais.
Assim estabelecido, em faço aqui uma retrospectiva. Suponhamos que 100 anos atrás, algum visionário, algum demiurgo escrevesse um tratado de como  seria o mundo daí a um século. O quanto teria o mundo , por exemplo o que temos hoje. Isto em se falando em instrumentos e meios de comunicação. Jornais impressos de toda ordem, fresquinhos do prelo, de fácil acessibilidade  a todos, radiofonia, televisão, informática, internet, redes sociais, telefonia móvel. Eu fico imaginando o quanto, primeiro, do espanto, incredulidade e pasmo de muitos dessas profecias. Depois para outros cidadãos e sonhadores com o progresso , tendo tais possibilidades como reais.
E então para todos aqueles afeitos à cultura, para os brasileiros mais pensantes; e sobretudo para educadores, cientistas, jornalistas e escritores. O que pensariam esses grupos de pessoais cerebrais? Certamente esperariam que o nível, o grau, a qualidade, o padrão de cultura e conhecimento estariam na melhor das avaliações e escalas com o nível de progresso e tecnologia conquistados.
Assim posto e com tais provocações iniciais faz-se necessária a irônica interrogação, o nível cultural de nossa sociedade, guardadas as relações e critérios de qualidade, melhorou? A resposta é um contundente e rotúndico não.
É evidente que melhorou substancialmente o nível de alfabetização, o nível e taxa de matriculados em escolas, a taxa de diplomas universitários etc. Mas, quando se fala em cultura, em informação que agregue algum valor de melhora do indivíduo como um ser crítico e pensante, em um indivíduo cidadão responsável e participativo etc; nesses quesitos e valores sociais os avanços do jornalismo e da imprensa, em todas as suas modalidades não acrescentaram quase  nada qualitativo na vida das pessoas.
Para uma clareza meridiana é oportuno que repisemos o termo informação. Numa definição singela é tudo aquilo que chega aos meus sentidos, à minha mente e cérebro. E é quase tudo o que fazem hoje todos os órgãos de comunicação, como a internet e suas rebarbativas, estéreis e enfadonhas redes sociais.
Cultura e formação são outros conceitos muito diversos do que simplesmente as notas, os alardes, as manchetes, os apelos, os marketings, os reality Shows, e tão vastas futilidades que nos são exibidas em todos os veículos de comunicação.
A verdade cristalina e crua é que evoluímos sobejamente em todos os quesitos imagináveis , quando pensamos 100 anos atrás,  em matéria de comunicação era tudo utopia o que temos hoje ao nosso alcance e em nossos dedos. Com uma não menos significativa característica: trata-se de comunicação  a mais humana e a mais social e democrática, qual seja a de ser de baixo custo ou grátis. Basta pegar os exemplos do rádio e da internet com suas tão populares e massivas redes sociais. Esses são avanços tecnológicos e recursos de comunicação antes impensáveis que pudessem ser alcançados pelo engenho humano. Alcançamos como uma realidade sem volta, porque a cada dia temos mais e mais avanços.
Todavia, com tudo isso ao alcance da maioria dos brasileiros não nos ascendemos, não progredimos como era de supor, que fosse há 50 ou 100 anos, nos índices de formação humana, em qualificação em termos de civilidade e ética e em cultura e formação tecno-científica.
Só como argumentos, temos hoje um número maior de celulares do que gente. Celulares que são microcomputadores de bolso. O portador dessas mídias é bombardeado 24 horas/dia com centenas de informações. Muitos desses usuários não sabem redigir corretamente um bilhete, não sabem uma regra de três, nem uma equação de 1º grau.
 Enfim, que diabo de avanços em jornalismo e comunicação foram esses conquistados pelo homem, e que a um só tempo o embrutecem, o desqualificam , o idiotizam; e vem aniquilando a cultura e a formação do indivíduo como uma pessoa cidadã, ética e construtiva? Onde vamos parar com tantas ofertas  de futilidades, de nocividades e superficialidades que nos rodeiam? Ops ,  dê licença , tem um torpedo no meu WhatsApp – Eu volto-   Junho/2016.  


João Joaquim de Oliveira  Médico Cronista do DM Goiânia Go  facebook.com/ joao Joaquim de oliveira

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