domingo, 30 de outubro de 2016

BRASIL DE PREGUIÇOSOS

UM PAÍS DE GENTE QUE  NÃO TRABALHA CONTINUA NO ATRASO

João joaquim 

Um país composto de pessoas produtivas e trabalhadores tem todos os requisitos para ser, primeiro um país desenvolvido e organizado, depois uma nação com baixo índice de corrupção. São condições inter-relacionadas. Basta partir daquele princípio: a pessoa produtiva e operosa em geral não pensa no que é ilícito e corruptível. Porque em agindo assim, o indivíduo sequer tem motivos e pulsões para práticas delituosas. É o velho e valioso adágio, mente desocupada é oficina do diabo. O trabalho traz boas energias que se canalizam para o bem. 
O fato do indivíduo ser de índole dedicada ao trabalho, o comportamento ativo e produtivo têm influências genéticas e culturais. Vamos tomar por base duas genéticas e duas etnias distintas. A japonesa(oriental) e indígena como exemplos. É bem sabido de todos o quanto o povo japonês é voltado e dedicado ao trabalho. Além de ser da natureza daquela população uma vocação exemplar para a disciplina e honestidade.
No outro exemplo os povos indígenas. Ao que parece uma questão de natureza e de cultura. Uma característica de muitos, se não a totalidade dos indígenas, é  o comportamento da subsistência pelo extrativismo vegetal, da pesca e da caça.
Quando consultamos o ranking da corrupção, temos a convicção do quanto o espírito laborativo, o senso de honestidade e ética estão entranhados no DNA e comportamento das pessoas e das gentes  dessas nações com a inclinação para práticas e atitudes voltadas para o bem comum, para o que se mostra e se materializa  como ético e moral . E nesse cenário, dessas nações, consideradas as mais honestas, estão presentes na consciência coletiva das pessoas a absoluta reprovação e condenação a qualquer atitude ou atos de desonestidade, seja no âmbito privado ou público. Uma demonstração permanente nessas sociedades é o rigor das leis contra toda prática de improbidade administrativa, peculatos ou desvios de recursos de governo  para outros fins que não os serviços públicos .
Quando se fala em rigor das leis de muitas dessas nações não é demais lembrar que toda a legislação de qualquer país é elaborada e proposta por pessoas, pela sociedade, através dos representantes nos poderes executivo e legislativo. Ou seja, as leis refletem a cultura , a consciência e personalidade das pessoas que as elaboram. 
Os exemplos de Estados ou de homens de Estado como o Japão, Noruega, Finlândia, Suécia e Suíça são emblemáticos nas questões do trato das coisas públicas (res publica, daí república). Todas essas nações têm um baixíssimo índice de corrupção. Esse princípio é fundado sobretudo nesses quesitos, a saber:  espírito trabalhador dos cidadãos e vocação natural para a honestidade. Somado a estes fatores há leis rigorosas e intolerantes com todo jeitinho desonesto, vagabundo e trambiqueiro de se viver.
Para melhor contextualizar a ideia inicial, qual seja,  povo trabalhador e produtivo e menos corrupção, vejo como útil o caso específico do Brasil. Ao que parece constituímos uma raça com uma genética e cultura de muitas gentes.  Herdamos sementes de joio e de trigo. Assim, vieram europeus (Portugal), africanos e asiáticos e se juntaram aos nativos aqui pré-existentes. Os nativos como dito de início, por questão de cultura e natureza, nunca foram dados a trabalho mais árduo. E tal comportamento e estilo de vida se devem até a uma influência ancestral, uma marca de hereditariedade étnica e modo de vida dos silvícolas de cada continente, de cada civilização . 
Quanto, ainda ,  aos nossos indígenas. Verdade que muitos ao longo de 500 anos sofreram até genocídio. Algumas famílias se extinguiram e outros estão  em vias de sê-lo. Agora, o que tem de índios por aí que não gostam de trabalhar não está escrito! Outro aspecto curioso, no que eles(indígenas),  misturaram com os brancos, receberam muitos fatores ruins, entre estes doenças para as quais têm baixa imunidade e maneiras desonestas e vagabundas de se viver.  
Enfim,  misturando tudo e todos ,  o que têm de brasileiros preguiçosos, malandros, desonestos e trapaceiros no seu modo de sobreviver é uma enormidade. Mas, estes não estão sós. Isto porque não falei naquela casta de gente que vive encastelada e refestelada no bem bom ali em Brasília. Aqueles brasileiros que se julgam mais iguais que os outros perante as leis e a constituição. Esses mesmos que desdenham da Justiça, que chamam magistrados de juizecos, de justiça de 1ª instância de última categoria e outros deboches mais.
De quem estou a falar ? De  nossos homens públicos, políticos e legisladores? De presidentes de nossas casas legislativas.  A mais nova notícia dessa casta de brasileiros é a tentativa de uma emenda constitucional que lhes traga mais imunidade e proteção contra investigações de ministério público (operação lava-jato) e polícia federal, além do foro privilegio de que eles já gozam, mordomias, salários nababescos e complacências das leis por eles criadas.  Só mesmo  aqui no Brasil.   Outubro/2016. 

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