sábado, 26 de agosto de 2017

Educação

O RETROCESSO NA EDUCAÇÃO DE NOSSOS JOVENS
João Joaquim  

Eu tenho defendido uma tese, e volto a ela neste artigo, que é a importância da educação “lato sensu” e do trabalho na formação cidadã e do caráter do indivíduo. Impressiona-me sobremaneira a constatação do quanto a sociedade, os educadores e as famílias vêm perdendo o bonde da história; o bonde  da importância desses dois recursos ou expedientes no que se pode chamar ou nominar de a construção da pessoa humana, e expliquemo-la.
Quando se fala em educação, devemos entendê-la em toda sua abrangência, em toda a vida do indivíduo enquanto esse indivíduo é susceptível de mudança e aprendizado (educando, aprendiz, aluno, discípulo). Um componente determinante na primeira fase educacional da criança, adolescente e jovem é a família. O indivíduo será , em grande parte, o reflexo da família onde criado.
 A construção quase que absoluta e total do indivíduo se dá até  os 21 anos de idade. O que foi moldado nele até essa idade se tornará definitivo para o resto de sua vida. Isto no que se refere ao seu caráter e qualidade moral. De ora avante o que se terá vai ser um aprimoramento desse qualitativo cívico (cidadania) e da moral. Qualitativo esse que poderá ser adicionado à aquisição técnico-profissional e cultural. Os atributos construtivos relativos à ética e à moral influenciarão na formação técnica e  profissional e científica do indivíduo. São condições inter-relacionadas que se complementam para o bem do sujeito.
Outro componente fundamental na construção e formação do caráter do sujeito é o trabalho. Tal iniciativa, um dever das famílias, deve se dar ainda na infância. O trabalho infantil aqui defendido, muito diferente do trabalho do adulto, tem um significado pedagógico. Ele deve ter características lúdicas, adaptado à faixa etária e à aptidão da criança, do adolescente e do jovem. Muitas formas e objetos de lazer e entretenimento entram nesse expediente. Seria o entreter trabalhando.
Como exemplos vamos imaginar uma menina de 6 anos ou 8 anos que brinque de bonecas e suas casinhas e outros objetos nesse entretenimento. Como deve se dar esse ensinamento simbólico do trabalho? Treinar a criança no cuidado, organização e guarda desses brinquedos, uma vez findadoS o entusiasmo e alegria desse entretenimento. Com isso está se ensinando a essa criança o senso e significado do trabalho, tendo esta etapa como um reforço da personalidade e da importância do zelo e do cuidado com os seus pertences, os seus objetos de entretenimento e diversão .
À  medida que essa criança vai crescendo e desenvolvendo em suas habilidades físicas e cognitivas, devem ser ensinadas a ela pequenas tarefas domésticas compatíveis com seu vigor físico e sua  aptidão.
Aos adolescentes (12 anos-15 anos) devem ser delegados atividades domésticos como cuidar de seu dormitório, limpeza e higiene de banheiros, montar uma mesa de jantar e lavagens de louças.
Pelo que assistimos das famílias brasileiras, elas, muitas dessas famílias andam na contramão dessas premissas e dessas preleções. O que temos ouvido e visto são tendência de um completo relaxamento e abandono dos filhos e alunos nesses quesitos e diretrizes no concernente a esse binômio tão determinante e tão decisivo no pacote de educação e na formação da pessoa humana, o binômio educação e trabalho.
Hoje convivemos com correntes de pais, educadores, grupos de direitos humanos etc, dos quais ,  são proferidas diretrizes de amplas liberdades, muitos direitos, afrouxamento na correção e disciplina das crianças e jovens. E toda essa orientação, já se comprova, tem tido resultados muito negativos no que se refere a conduta e ao caráter de nossos jovens e futuros cidadãos.
Das gestões públicas para educação,  pouco se pode esperar. Um exemplo da imbecilidade de nossos legisladores foi a tal lei da palmada. Impor limites e corrigir os filhos com mais rigor se tornou até um risco dos pais e escolas serem processados. Ninguém é favor de castigo físico a uma criança birrenta e rebelde , mas palmada e limites só vão melhorar o seu comportamento.
As consequências nefastas de toda essa frouxa criação e educação de filhos têm sido o surgimento de uma sociedade em transe, doente, imbecil e demente. Para tanto basta ler e se informar da baixa qualificação de nossos jovens para tudo, a começar pelas relações interpessoais frágeis, pela banalização dos valores éticos e aumento da taxa de crimes infanto-juvenis. Os índices que avaliam nossos alunos e respectivas escolas, tipo Ideb, Prova Brasil, Pisa, provas de Português e Matemática atestam bem o que acima foi exposto.
 Julho /2017.

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