segunda-feira, 29 de abril de 2019

Inimigos do País

O INIMIGO Do INIMIGO DE MEU PAÍS
João Joaquim  

No Brasil, no mundo e na vida tem sido assim. Surge um fato, deste fato puxa-se outro fato. É o chamado efeito cascata ou dominó. Uma peça cai, ou notícia surge e dali se puxa o fio da meada para outros acontecimentos. Tem-se como modelo a prisão de um graduado criminoso. Vai que esse criminoso resolva alcaguetar outros comparsas, prende̶ se esse companheiro dos crimes, este por sua vez e turno resolve entregar outros membros. Aí haja vagas nos presídios.
A polvorosa do momento, de um fato puxar outro envolve o atual presidente do supremo tribunal federal, o ministro  Antônio Dias Toffoli. A origem se dá lá nos idos de 2007, quando o agora ministro da suprema corte era advogado da advocacia geral da união (AGU), ou equivalente a advogado do governo Lula e protegidos do PT .  Naquele ano estava em disputa a construção da hidroelétrica do Rio Madeira PA . A empresa Odebrecht era a principal empreiteira na proposta (via licitação) na construção da hidroelétrica. O presidente do Brasil era o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente preso por corrupção.
Como do Brasil e do mundo sabido, essas empresas viviam e ainda vivem mergulhadas em corrupção e muito tráfico de influência com os homens de Estado, num estado de compadrio, ou toma lá dá cá.  Tanto que essas empreiteiras têm um departamento de propinas para os homens do poder, afeitos a corrupção. 
Para melhor contexto: o Sr. Emílio Odebrecht é o dono da empresa e construtora de mesmo sobrenome. Seu filho Marcelo, na época de Lula (2007), era o presidente e principal mandatário da Odebrecht. Ou seja, de todas as negociações, negociatas e traficâncias ele tinha conhecimento, voz de comando e deliberações.
Na operação de investigação da lava-jato, o Sr. Marcelo foi condenado por corrupção. Como dito, havia na empreiteira sob seu comando um departamento e planilhas para pagamento de propinas aos políticos comparsas na quadrilha de corrupção. Tais beneficiários tinham codinomes ou apelidos. Amigo do amigo de meu pai era o então advogado da AGU, Antônio Dias Toffoli;  o amigo de meu pai conforme se deduz era o então presidente Lula da Silva, muito amigo e ligado ao pai de Marcelo, Emílio Odebrecht. Assim o declarou, assim o delatou o condenado a prisão e multas milionárias, Marcelo Odebrecht. 
Diante de tanto imbróglio, de tanto emaranhado de roubos e corrupção que dilaceram e dilapidam os cofres de nossa nação eu pus-me a imaginar e fazer um paralelo. Se lá nas empresas existem os setores de propina, um tratamento especial para os corruptos e corrompidos, uma deferência distintiva para o amigo do amigo de meu pai;  nós, cronistas e cidadãos,  em contrapartida podemos ter um referência ignóbil para os que são inimigos dos inimigos de meu país. Que tal? Quem seria o inimigo do inimigo de meu país?
Todo aquele político que tem sido  ávido ou tido   embriaguez pelo poder já deixa boas doses de desconfiança. Todo aquele (a) que se diz “homem público”, que tem sede e fome de perpetuar em cargo de comando já dá mostras de ser um mentiroso, um embusteiro e fanfarrão que tudo promete e não cumpre nem a metade das promessas.
Todo gestor e administrador das coisas públicas que desses bens faz uso para se locupletar e enriquecer se torna um inimigo do povo, do bem-estar das pessoas e do país.
Mas esse salafrário, fanfarrão e corrupto ou corruptor agora tem um inimigo implacável em seu calcanhar. Pode até demorar, mas o judiciário, corroborado pelo ministério público e polícia federal, será o seu inimigo número 1. O judiciário (como inimigo) do inimigo (corrupto) de meu país.  Falei e disse, e disso não abro mão. Liberdade de expressão. Abril/2019.

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